Fanfic: Pai Por Um Tempo - Adaptação Vondy | Tema: Vondy

— Estou gostando do que está fazendo comigo! — gemeu, com dificuldade. — Na verdade, estou gostando até demais!

Dulce o fitou com olhos embaçados pelo prazer e um sorriso que era puro pecado. Conforme ela se deitou, Chris a agarrou pelas laterais da calcinha e agradeceu em silêncio quando ela ergueu as pernas de modo a ajudá-lo a se livrar da peça. Dulce estendeu os braços para ele, então, e Chris se posicionou entre os joelhos dobrados e abertos. Segurando-a pelas coxas, ele se deliciou com a visão dela, sentindo a maré dentro dele subir cada vez mais.

Afobado, apanhou o preservativo na mesa de cabeceira. Uma vez pronto, segurou-a pela parte de trás do pescoço e a beijou com volúpia ao mesmo tempo em que mergulhava fundo no corpo quente. Esforçou-se para ir devagar e ditar o ritmo; porém, a forma como ela o beijou de volta, tão faminta e profundamente, fez pouco para impedi-lo de chegar ao limiar do prazer.

— Deus, senti tanto sua falta! — ele murmurou, contra a boca úmida.

— Pensei que você não fosse ligar nunca!

— Fui um idiota por esperar tanto tempo!

Dulce sorriu de encontro aos seus lábios.

— O convite chegou dois dias depois de eu ter voltado.

— Foi como eu disse. — Chris mordeu seu lábio inferior. — Tempo demais!

Quando ela agarrou seus quadris e enroscou as pernas na parte de trás de suas coxas, todos os pensamentos de Chris, cada fibra de seu corpo, foram reduzidos a zero, transformando-se em uma única sensação escaldante. Ele se sentiu em chamas, por dentro e por fora, e, conforme aumentou o ritmo, Dulce o fez saber, com seus suspiros e movimentos, que também já estava quase lá.

Aquele calor era bom demais. Aquela boca mordiscando a sua era de enlouquecer!

Dulce começou a tremer e se agarrar mais a ele, e a mente de Chris se esvaziou por completo. Foi como se o mundo entrasse em colapso ao redor. E, naquele fragmento estelar e preciso de tempo, Chris soube: se ele se apaixonasse, iria querer se sentir exatamente daquela maneira.

— Amei sua família.

Eles estavam deitados em silêncio, apreciando o crepúsculo do amor que haviam feito, enquanto Dulce desenhava, sem rumo, nos pelos do peito de Chris. O apito ocasional e distante de um navio e a carícia de galhos antigos no telhado eram ainda mais tranqüilizadores.

Mas ela gostara tanto daquela noite que não podia deixar de falar.

— Não se sentiu deslocada? — perguntou Chris.

— Talvez um pouco, mas de uma forma agradável. Chris... se não se importa de eu perguntar... Como Alfonso perdeu o braço?

— Um carro o atropelou na bicicleta quando ele tinha 12 anos. Seu braço direito ficou preso sob o pneu, e os principais nervos foram atingidos. Alfonso perdeu todos os movimentos do membro. Ainda tem o braço, mas não consegue usá-lo.

— Então Anahí o conheceu após o acidente.

Chris se esticou e a fitou com um misto de estranheza e preocupação.

— Alfonso não deixou de ser humano por ter perdido o movimento do braço. Na verdade, isso só o tornou ainda mais homem. Ele ainda joga bola com os filhos, faz o jantar deles, corre atrás das crianças no quintal... E é um gênio na contabilidade da empresa. Nenhum de nós nem sequer pensa mais em seu braço. — Ele tornou a relaxar sobre os travesseiros. — Alfonso e Anahí vão ficar juntos para sempre.

Dulce sorriu. Acreditava nele.