Fanfic: Destruidora de corações | Vondy | Tema: Vondy

Olhe bem no fundo dos meus olhos e sinta a emoção que nascerá quando você me olhar, o universo conspira a nosso favor, a consequência do destino é o amor, pra sempre vou te amar.
– De janeiro a janeiro (Roberta Campos).

Observei ela indo um pouco para longe e logo falando no celular, dizendo que estava bem e que só iria para casa quando a tempestade parasse. E, então, eu rezei para que a chuva não parecesse nunca e ela ficasse para sempre comigo. Eu a amava, durante todos os segundos, minutos, horas, meses e anos. Eu continuava a amando mais e mais. E agora ela estava ali e o nervosismo tomava conta de mim, eu devia me atrever a beija-la? Isso seria a melhor coisa da minha vida, senti os lábios dela sobre os meus, de maneira calma. Para sempre.

– Está tudo bem? – perguntei assim que ela se jogou no sofá, sentando-se ao meu lado.

– Oh, sim. Obrigada mesmo.

– Tudo bem. – suspirei. – Vou fazer alguma coisa para comermos. Se quiser, pode colocar um filme. Sabe mexer na netflix né? – ela assentiu e então eu fui para cozinha, fiz pipoca, peguei chocolates e coca cola e fui novamente para sala. – Prontinho. – joguei tudo em cima do centro.

– Uau. Quanta coisa. – ela gargalhou e eu paralisei, apreciando o som da risada dela. Nunca tinha ouvido-a. Era doce, encantadora. Como tudo nela.

– Vamos atacar. – falei assim que o filme começou.

O filme que ela botou era Uma noite pro crime, eu já tinha assistido, mas preferi não comentar nada. Ela parecia feliz e isso me deixava bem. O filme foi passando e quando estava perto do final, percebi que ela havia dormido, o balde de pipoca em sua mão, os cabelos sobre seu rosto. Botei a pipoca no centro novamente e a puxei de leve para mim, botando sua cabeça contra meu peito.

Afaguei os cabelos dela, sedosos! Continuei a acariciar seus cabelos, descendo minhas mãos pelo seu rosto, sua pele era tão suave e ela era tão branca que eu tinha medo de quebra-la. Parecia uma boneca de porcelana.

– Eu te amarei para sempre. – sussurrei apenas para mim.

Será que um dia eu poderia dizer isso alto? Para todo mundo ouvir e em seguida ouvir ela dizendo o mesmo para mim? Será que eu estava apenas me iludindo pensando que um dia poderia ter alguma coisa com ela? Provavelmente. Mas, quem manda nos sonhos não é? Somos feitos disso, de sonhos, e ela era o meu. A noite estava chegando e então eu percebi que passei horas a observando dormir, a chuva ainda continuava, a neve caía lá fora e eu acho que ia ser praticamente impossível andar na rua durante uns dois dias. Será que ela ficaria ali comigo durante esse tempo?

– Chris. – ela sussurrou e eu me aproximei um pouco. – Seu coração está acelerado. – a voz dela estava meio grogue, acho que ainda estava dormindo. Mas, ela estava certa, meu coração estava quase saltando para fora, por causa dela.

– Durma. – alisei o rosto dela, que abriu os olhos, fechando em seguida.

– Seu coração fica que nem o meu, quando você está perto. – e então ela adormeceu novamente.

Dessa vez, eu iria morrer. Quando eu estava perto? Que p/orra era essa? Ela quis dizer que estava apaixonada por mim? Será que eu estou escutando coisas? Só pode ser. Meu coração se inundou de felicidade por aquelas simples palavras dela. Botei a mão no pescoço dela e gemi com a proximidade. Ela estava deitada no meu peito, c/aralho, as mãos dela estavam em minha cintura, era como se ela amasse estar ali. E o sorriso nos lábios dela? O que aquilo significava? Eu preciso de uma luz, eu preciso dela.
Peguei ela no colo e caminhei com ela até meu quarto, liguei o aquecedor e a deixei lá, dormindo. Serena como uma rosa. Voltei para sala e deitei lá, adormecendo.

– Christopher? – fui sacodido, olhei para frente e Dulce estava me olhando, com seus maravilhosos olhos castanhos.

– Oi. – sussurrei. – São que horas?

– Uma da madrugada. – sentou-se perto de mim, tentando me puxar. – Vamos para o quarto. Você vai ficar todo dolorido se dormir aí a noite toda. – sussurrou para mim, seu rosto estava próximo do meu e isso me deu uma vontade imensa de beija-la, mas não o fiz.

– Está tudo bem, Dulce. Volte a dormir.

– Por favor, vem. – olhei nos olhos dela e então me levantei, sem conseguir negar. Caminhei ao lado dela, meus olhos pesavam e o sono me preenchia. – Eu te ajudo. – ela segurou na minha cintura e eu me arrepiei por completo.

– Você é linda. – sussurrei ao deitar na cama, vendo ela se deitar do meu lado.

– Obrigada, mas isso é só porque você está meio dormindo. – mal sabia ela, que estava totalmente errada.

– Não mesmo, você é linda, sempre foi. – fechei os olhos, permitindo-me dormir.

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