Fanfic: Uma noite inesquecível - Uckerroni | Tema: MyU

Maitita: Seja bem vinda!!!! Fico feliz que esteja gostando!!!

Quando eles terminaram o beijo, Mane perguntou alguma coisa e Maite nçao respondeu. Ela virou de lado e me viu ali, parado, a observando.

      Assim que me viu, Mane a abraçou como se quisesse cantar vitória. Porém ela se afastou logo. Aquilo estava me matando.

      Ela ficou conversando alguma coisa com ele.

      Eu deveria ter ido embora, eu pensava. O que eu estava fazendo ali afinal? Eu estava sendo tão idiota!

1º - ela apenas me pediu um favor

2º - ela deixou bem claro que as intenções dela eram apenas para provar o Mane

3º - ela deixou claro que estava louca para voltar com ele

4º - ele também a amava

5º - ela havia conseguido

    “Ela” e “Ele” tomavam conta de toda história daquela noite! Minha intenção não entrava em nenhum momento! Eu apenas servi de suporte para que o desejo de Maite se realizasse. Eu aceitei essa condição! Do que eu estava reclamando?

      Vi que ela fez a menção de levantar e Mane a puxou novamente falando algo que ela respondeu. Assim que ela falou, ele a puxou para mais um beijo, mas Maite se afastou, levantando-se.

     Ela veio andando em minha direção e eu não tive coragem de olha-la. Na verdade eu nem sabia o que eu estava fazendo ali. Já havia cumprido meu papel e estava “livre”, eu tinha que voltar para festa e recuperar o tempo perdido, mas não, eu não conseguia fazer mais nada.

      Quando Maite chegou do meu lado, olhei para o nada. Eu não tinha coragem de encara-la, minha raiva era tão grande e eu nem ao menos conseguia explicar o porquê. 

Maite: Christopher... é... Deu certo... – disse sem graça – Ele pediu para voltar comigo.

Ucker: Que bom Maite! – respondi secamente sem olha-la.

Maite: Por que você está assim?

Ucker: Nada, não tenho porque ter motivo!

Maite: É uma interpretação isso também? Porque dentro do acordo, eu “traí” você... Beijei outro cara sendo que “namorava” contigo.

Ucker: É, parece que saí de corno nessa história!

Maite: Ai Ucker! Desculpa! Por qual parte você está chateado comigo? Me explica! Por favor!

     Eu não estava chateado com ela. Estava chateado com a situação. Chateado porque ela amava o Mane. Chateado porque ele a amava. Chateado porque ela não se dedicava a mim daquele jeito. Chateado porque ela era linda. Chateado porque... Simplesmente eu me iludi!

Ucker: Sei lá Maite! Acho que estou é chateado comigo por ter me metido nessa idéia louca!

Maite: Desculpa...Achei que seria uma boa idéia!

Ucker: E foi! Não deu certo afinal? O seu objetivo foi atingido!

Maite: Desculpa Ucker! Desculpa porque beijei o Mane! Mas eu estava louca de saudade, não ia aguentar ficar mais um segundo sem ele... – aquela frase estava me matando, eu poderia ter ficado sem essa.

Ucker: Maite, - interrompi olhando para ela – Você disse que se eu topasse, poderia pedir o que eu quisesse, não era?

Maite; Claro Ucker! Eu te devo a minha vida pelo que você fez!

Ucker: Certo! Então eu quero como recompensa, te dar uma carona até sua casa!

Maite: Como? –  disse franzindo a testa.

Ucker: Quero te deixar em casa! Agora que você aceitou voltar com o Mane, provavelmente vocês iriam embora juntos... Eu queria pedir que você fosse embora comigo!

      Ela ficou me olhando sem entender. Bom, talvez ela achasse que eu estava dizendo que meu pedido era ir para cama com ela. Mas não tinha nada a ver.

Ucker: Não quero que pense besteira! Quero só te deixar na porta de casa!

Maite: Tudo bem! – ela disse para meu alívio

Ucker: Perfeito! Quando quiser ir embora você me avisa! Vou entrar lá de volta, pode ir com o Mane, já que agora vocês são namorados novamente – eu disse ironicamente. Foi automático, eu não consegui segurar.

     Não olhei mais para ela. Voltei para o salão, só que com a esperança enorme que ela viesse atrás de mim, porém, não veio. Para a minha tristeza, ela foi sentar no banco junto com o Mane.

   Eu não estava nem um pouco afim de voltar para a festa.

    Podia ir no bar e beber todas. Até pensei em fazer isso, mas não valia a pena. Afinal a Maite prometeu voltar comigo, ela não iria querer me ver em um estado deprimente. Eu não podia estragar tudo.

      Pensei em tentar esquecer a Maite me distraindo com outra garota. Só que isso seria estragar tudo também! Eu perderia minha razão!

      Voltei para mesa e todos conversavam animadamente.

Ucker: Pessoal, eu já vou indo embora!

Anahí: Já??? Mas a festa está tão boa!

Ucker: Não estou em clima de festa Any...

Poncho: Aconteceu algo?

Ucker: Não, só cansaço mesmo! Eu já vou indo...

Dulce: Você está bem?

Ucker: Estou, não se preocupa! É apenas cansaço!

    Dei um abraço em cada um e quando cheguei no Christian, ele falou baixo comigo.

Christian: E aí?

Ucker: Ela ainda está falando com o Mane! E... eu não vou embora ainda! Você pode avisar a Maite que eu estou no carro a esperando?

Christian: Aviso sim! Vocês vão conversar?

Ucker: Sim, vamos... Por favor, avisa pra ela! Eu não estou em clima de ficar aqui!

Christian: Tudo bem! Fica tranquilo que eu aviso sim! Boa sorte cara!

Ucker: Obrigado!

    Dei um abraço me despedindo e saí.

   Fiquei no carro e o tempo não passava. Por que ela não ia embora logo?

      E se ela fosse embora com o Mane?

      Ok, ela prometeu para mim, mas... era namorada Mane agora não era?  E se ele não deixasse?

      Fiquei pensando na loucura que cometi em aceitar esse plano até que.... lembrei das minhas condições!

      Como eu fui tão tonto em tentar fazer com que ela se apaixonasse por mim se justamente eu havia alertado isso a ela?

      Era lógico que Maite não ia fazer nenhum esforço para se apaixonar por mim, afinal, eu deixei bem claro que TUDO seria encenação!

      Mas... e o beijo?? Maite é a “rainha das Novelas” será que ela não sabia reconhecer um beijo de verdade para um beijo técnico??

     Eu tinha que voltar a festa... e tira-la dos braços de Mane? Não... era isso que ela mais queria, como eu podia tira-la de lá?

    Agora ela era namorada dele... não iria querer nada comigo!

    O que estava acontecendo comigo? Eu estava ficando louco!

    Só de imaginar que ela estava lá curtindo a festa ao lado dele me subia um ódio imenso. Estariam se beijando? Dançando? O que faziam?

   Eu não queria ela lá... queria ela ao meu lado.

   Eu sofria com a cabeça encostada no banco do carro e estava disposto a esperar até que o último carro fosse embora. Só para ter a certeza que ela havia ido embora com ele.

   Lá estava eu perdido nos meus medos e pensamentos quando alguém bateu no vidro. Eu olhei e vi que era Maite. Meu coração se acelerou (e se alegrou).

   Destravei a porta e ela entrou.

Ucker: Achei que você não viria... – disse assim que ela entrou.

Maite: Eu não faria isso! Você me pediu... e eu vim!

      Ela me deu um sorriso.

Ucker: Obrigada Maite! – sorri de volta.

        Colocamos o cinto de segurança sem falar nada. Eu queria dizer tanta coisa! Mas ... e o medo? Afinal, ela era namorada do Mane agora! Como ela encararia uma declaração? Eu tinha muita coisa pra dizer mas não sabia como falar e nem quais eram as palavras mais apropriadas para isso.

Maite: Você ficou no carro o tempo todo?

Ucker: É, não estava mais com pique pra festa. Depois que falei com você, só me despedi do pessoal e pedi pro Christian te avisar que eu estava esperando aqui no carro.

Maite: Ah...

           Eu tinha vontade de abraça-la, beija-la... mas não podia fazer nada. Coloquei a minha mão na perna dela, apenas para poder senti-la de alguma maneira que ela não visse como maldade e não tentasse impedir.

Ucker: Mas me conta. Como foi a noite com o Mane? – perguntei mas não queria ouvir... Minha esperança era que fosse um “não deu certo”.

Maite: Foi boa, conversamos e nos resolvemos! – ela respondeu desanimada.

Ucker: Que bom... Está feliz então?

Maite: Acho que sim... – no mesmo tom.

Ucker: “acha”?

Maite: Acho... Acho porque você está super estranho comigo e eu não queria que essa história abalasse nossa amizade.

Ucker: Não vai abalar Mai... fica sossegada!  Mas quando chegarmos na sua casa, converso com você melhor.

       Tirei a mão da perna dela e me voltei ao volante. Enquanto eu dirigia meus pensamentos iam longe. Será que ia adiantar eu me declarar? E se ela dissesse que o Mane era o único cara que ela amava? Ela me veria como um trouxa? Isso importava? E se ela escolhesse o Mane? Será que ela aceitaria se meu pedido fosse “um beijo de despedida?” Nos beijamos essa noite, o que tem dar mais um? Ah, meu pedido foi leva-la de carona, não é mesmo? Será que ela lembrava disso?

         A casa dela chegou rapidinho. E eu não tinha chegado a nenhuma conclusão.