Fanfic: Uma noite inesquecível - Uckerroni | Tema: MyU

Cris: hauhauahua Será?????

      Na hora da janta, Christopher me chamou para ir junto com ele fazer o prato, eu aceitei e fui segurando em sua mão para acompanha-lo. Para minha surpresa, Mane disse que também iria fazer o prato dele e Ludmila foi junto, mas não estavam de mãos dadas e nem ao menos se tocavam.

       Ficamos na pequena fila que tinha no buffet para pegarmos a comida, e enquanto esperávamos, Christopher me colocou de frente pra ele, me abraçando pela cintura e ficou com a testa colada na minha como se fosse me beijar. Nessa hora, eu estremeci totalmente. Sim, ele tinha comentado de um beijo, mas não achei que ele ia fazer assim, na cara do Mane. Várias coisas passaram na minha mente e eu fiquei sem saber o que fazer. E se ele beijasse? Ok, era um beijo técnico, mas o Mane estava ali na nossa cola. Deveria afasta-lo antes de iniciar? Mas estava tão bom! Eu não queria sair dali!

         Meu coração estava disparado. E como estávamos tão próximos, com certeza Christopher sentiu aquilo.

        Ele me deu um selinho rápido e sorriu.

Ucker: Porque você tinha que vir tão linda hoje?

Maite: Pra você! – não tinha sido para ele, mas eu tinha que confessar que naquele momento eu até queria que ele realmente estivesse me achando linda.

Ucker: Nem precisava! Eu te acho linda de qualquer jeito! 

       Ucker me deu mais um selinho e me virou de frente para a fila e voltou a me abraçar por trás segurando em minha cintura. Colocou todo meu cabelo para o lado direito e deu um beijo demorado no meu pescoço do lado esquerdo. Não foi nada muito malicioso, foi um simples beijo como se tivesse dado no rosto, mas... foi no pescoço! E isso acabou literalmente com minhas estruturas. Tive que segurar mais forte em seus braços para não cair. Ali era meu ponto fraco e aquilo mexeu muito comigo. Naqueles segundos eu havia esquecido completamente da existência de Mane e principalmente que ele estava atrás de nós.

       Christopher riu da minha reação e me deu mais um beijo no pescoço, dessa vez um pouco mais demorado. Minha pele toda se arrepiou. Ele passou as mãos nos meus braços, rindo outra vez.

Ucker: Acho que você está com frio! Quer que eu peça pra desligar o ar condicionado? – disse baixinho no meu ouvido.

Maite: Acho que sim! Ia ser bom! – eu disse soltando uma risada.

Ucker: Pode deixar – disse de novo no meu ouvido – Ou então pode deixar que eu te esquento rapidinho!

        Ele me deu mais um beijo no meu pescoço para me matar e eu dei um tapa de leve no ombro dele. Aquilo estava me matando, enquanto ele estava se divertindo e se aproveitando da situação!

Maite: Não abusa!

       Soltando mais um risada, Christopher me abraçou forte e deu um beijo demorado no meu rosto.

Ucker: Desculpa! Eu não aguento me segurar perto de tanta beleza! – disse em tom normal e provavelmente Mane escutou.

     Pegamos a comida, fomos para a mesa, e logo depois veio Mane com Ludmila. Não demorou muito para que os outros também chegassem.

      Durante toda a janta Ucker me bajulou muito. Várias vezes, ele queria me dar comida na boca, me dava beija no rosto, me acariciava, coloca a bebida no meu copo. Fazia de tudo! E Mane? Só nos olhando.

       Depois de jantar, todos nós levantamos para ficar circulando pela festa. Ucker só andava comigo de mãos dadas ou com as mãos em minha cintura. Eu já estava ficando tão acostumada que quando ele saia para pegar alguma coisa ou cumprimentar alguém, eu sentia falta dos carinhos dele.

            Começou a tocar uma música romântica e Ucker me colocou na frente dele.

Ucker: Eu amo essa música! Será que você me daria a honra de dançar com você?

Maite: Claro amor! Que pergunta!

            Nós dois fomos para a pista e Dulce, Anahí e Perla vieram com os respectivos namorados. Christian com o namorado foram sentar na mesa e Mane e Ludmila os acompanharam.

            Christopher colocou mão em minha cintura e eu apoiei em seus ombros, enquanto nossos rostos estavam muito perto.

Maite: Acho que está dando certo! – eu disse animada.

Ucker: Ele está doido de ciúmes!

Maite: Ótimo! Estou adorando ver a cara dele...

Ucker: Ele deve estar super arrependido!

Maite: Assim espero...- suspirei – E espero que ele volte logo!

            Com todo o jeito feminino, olhei rapidamente e vi que seu olhar estava fixo em nossa direção, analisando cada movimento que fazíamos.

Ucker: Agora, eu quero matar ele ciúmes de vez!

Maite: Como assim?

            Eu não tive tempo de questionar mais nada. Christopher subiu uma das mãos segurando minha nuca e aproximou seu rosto, roçando seus lábios nos meus.

            Aquele frio na barriga veio três vezes com mais intensidade, eu sentia meu corpo inteiro estremecer por dentro. Estava preparada para um beijo técnico quando ele veio introduzindo sua língua em minha boca.

            Minha primeira atitude seria sair de seus braços, perguntar se estava louco e gritar dizendo que estava se aproveitando da situação. Em vez disso eu não fiz nada, deixei me levar pelo beijo.

            Um beijo calmo que com o decorrer do tempo foi criando força e intensidade. Beijávamos  no mesmo ritmo e eu não queria parar de jeito nenhum. Ele também parecia não querer parar, mas quando tentou se afastar, eu o puxei de volta continuando aquele beijo maravilhoso, que explorava cada parte da minha boca de uma maneira deliciosa.

            Anahí e Dulce sempre zuavam que Christopher tinha uma boa pegada, mas nossa! Eu não imaginava que era A pegada! Se ele fazia aquilo interpretando, imagino como é que seria quando ele está apaixonado. Fiquei imaginando que eu nunca aceitaria fazer um par romântico com ele! Acho que me entregaria e acabaria esquecendo que tudo aquilo não era real.

            Foi então que fomos nos afastando devagar e continuamos com os olhos fechados e as bocas bem próximas.

            Abri os olhos devagar e como em sintonia, ele fez o mesmo e sorriu pra mim.

Ucker: Não sei se deveria dizer isso, mas...seu beijo é... é... delicioso!

Maite: Magina Ucker... não diz isso... E... não era bem esse tipo de beijo que estava no nosso trato! – eu disse na intenção de quebrar o clima.

Ucker: Mas é a verdade! Foi tão...bom! Você é realmente perfeita! – disse como se estivesse encantado.

Maite: Para Ucker! – disse sem graça, não sabendo se deveria dizer isso para ele. – Alias, acho que não estou em condições de receber suas cantadas, que por sinal, são desnecessárias longe do Mane.

           Ele riu e me puxou e colocando a mão na minha nuca, me puxou para mais um beijo. Fiquei sem saber o que fazer. Aliás, eu sabia BEM o que fazer: simplesmente beijá-lo. Era tão gostoso, tão envolvente, tão encantador. A língua dele deslizava na minha boca de encontro com a minha. Eu sentia sua mão apertando minha nuca e a outra mão segurando minha cintura puxando cada vez mais pra perto dele, se é que isso era possível.

       Minhas mãos pousavam em seus ombros e por vezes eu colocava por trás da sua cabeça entrelaçando meus dedos para que ele não saísse de perto de mim tão facilmente.

      Que interpretação era aquela tão apaixonante? Eu tinha que pedir conselhos para Dulce, entender como ela conseguiu resistir a tudo isso. Será que na época de Rebelde ele já sabia interpretar tão bem assim?

       Paramos o beijo com um selinho demorado. Ele ficou meu olhando no fundo dos olhos. Um olhar tão penetrante que eu estava ficando sem armas nenhuma.

Maite: Cadê o beijo técnico? – falei novamente na intenção de cortar o clima. Aquela interpretação estava boa demais para uma solteira carente que nem eu.

Ucker: Pois é... também não vi da sua parte! – disse soltando uma risada.

      Ele segurou meu rosto dando mais um selinho.

Ucker: Isso que dá ser tão linda!

Maite: Daqui o Mane não consegue ouvir isso! – soltei uma risada também.

     Olhei para a mesa e Mane não estava lá. Nem ele e nem a Ludmila.

Maite: Cade o Mane?

Ucker: Não o vi saindo... Será que foi embora?

Maite: Vamos perguntar pro Christian. – puxei Christopher pela mão e fomos até a mesa. Eu tinha bolado o plano perfeito, não era justo ele ir embora com aquela loira oxigenada.

        Chegamos na mesa e Christian já não nos olhava com bons olhos. Eu e Christopher sentamos nos lugares vagos.

Maite: O que houve Chris? Porque está com essa cara?

Christian: Vocês não acham que é maldade o que estão fazendo com o Mane? Poxa, tudo bem que ele te largou Maite, mas precisa maltrata-lo desse jeito?

 “Tudo bem que ele te largou”? Que espécie de amigo era o Christian?

Christian: Mesmo que vocês dois estejam juntos agora, ele é seu ex Maite! Podia ser mais discreta na frente dele!

Maite: É que... Sei lá, eu queria que ele sofresse um pouco de ciúmes... Mas...o que houve afinal?

Christian: Desde que a gente sentou aqui ele começou a afogar as mágoas, dizendo que a melação de vocês dois estava sendo uma tortura pra ele, que ele se arrependia por tudo que ele fez...Aí quando vocês se beijaram foi o ápice! Ele começou a chorar! Nunca imaginei aquele homem chorando...

Maite: Chorar? – disse eu animada, era exatamente aí que eu queria chegar. – Mas e a menina que está com ele? Não ficou com ciúmes?

Christian: É só uma amiga mesmo... Saiu com ele pro jardim pra ele desabafar um pouco...

Maite: Eu vou lá falar com ele... – disse eu levantando.

            Eu levantei sem pensar, mas assim que eu olhei para o Ucker, ele estava com o olhar perdido, como se estivesse pensando.

Maite: Tudo bem se eu for lá Ucker? – perguntei mesmo sem entender o porquê de estar fazendo isso.

Ucker: E porque não estaria? – disse um pouco seco.

            Sem dizer mais nada, eu sai para o jardim procurar Mane. Mas enquanto andava vinha na cabeça tudo que havia acontecido naquela noite com o Ucker, principalmente o beijo.        

            Aquele beijo foi delirante, deixando um gosto de quero mais. Algo em mim dizia que eu devia parar, dar meia volta e dizer para Ucker que era besteira pensar no Mane aquela altura do campeonato. Que de todas as formas, ele era mil vezes mais encantador que qualquer outro cara que já tive na minha vida.

            Foi então que lembrei da sua segunda condição: “Não se apaixone por mim”, foi um aviso totalmente indispensável! Ele se garantia e sabia o quanto era bom e suficientemente sedutor a ponto de eu me iludir com sua lábia e com seus carinhos. Mas porque ele tinha que ir tão longe? Interpretar tão bem?

            Se bem que não posso julgá-lo! Ele me preparou pra tudo! Disse que eu iria me apaixonar, confundir sentimentos, intenções e tudo mais que agora estava girando na minha cabeça.