Fanfics Brasil - Eu nunca disse adeus November Rain

Fanfic: November Rain | Tema: One Direction, Anahi, Dulce Maria, Maite


Capítulo: Eu nunca disse adeus

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Oi! Eu tinha essa fic aqui há alguns anos atrás, mas acabei desistindo dela e excluí, depois voltei a escrever em outro site, então vou repostar ela aqui. É uma história de Drama, os personagens principais são Anahi e Harry Styles. Contém conteúdo +18.
Enfim, acho que é isso.


 


 


"Eu não sei o que eu to fazendo mas tenho que fazer
Naquela noite que eu te conheci eu acho que nunca vou esquecer
Um momento quase perfeito inocente em seus defeitos
Tudo que é bom dura pouco e não acaba cedo.
Agora, pra sempre
foi embora mas eu nunca disse adeus"
[Capital Inicial - Eu Nunca Disse Adeus]



 


Anahi P.O.V.


Não que eu odiasse viajar de avião, mas no dia que criarem uma nova forma rápida de viajar de um país e/ou continente para o outro eu com certeza vou aderir à essa novidade. A ideia de ficar dentro de um objeto gigante pesando toneladas que voa do nada me deixa um pouquinho desconfortável. Ás vezes acho que eu deveria ter nascido na década de 60, com o movimento de contracultura e tal. Assim podia ver o inicio de muitas coisas de perto para entender melhor, a tecnologia de hoje me assusta!


Eu deveria ter me acostumado, em 5 anos morei em 3 continentes diferentes. Queria poder ter uma vida normal e estável, mas infelizmente não tive essa sorte ao nascer na família em que nasci. Não estou reclamando, aprendi que nem tudo na vida é do jeito que queremos, temos que aceitar e seguir em frente com a cabeça erguida, mesmo quando o coração esteja em pedaços. O tempo não pára para que você conserte seu coração.


Ao mesmo tempo que eu aceito minhas origens e que o que aconteceu não pode ser mudado, também sei que sempre podemos nos permitir a criar novas oportunidades e dar um novo rumo à mesma antiga e velha história.


Como dizia Shakespeare; a gente aprende com a vida que realmente consegue suportar e que realmente é forte e que podemos ir muito além depois de pensar que não aguentamos mais.


Coloquei meu fones de ouvido e dei play, o aleatório resgatou uma música antiga da minha playlist; Ben E. King, Stand By Me. Me lembra meu tio, ele adorava esse estilo de música...


Olhei pela janela do avião distraída, enquanto a Dul, a Mai e a Demi conversavam alguma coisa entretidas sobre a cidadezinha maravilhosa em que aterrissaríamos daqui algumas longas horas. Na verdade eu também estava animada em pensar que estávamos indo para Paris, na minha opinião é a cidade mais linda do mundo. Com homens lindos também, eu devo comentar... E também tem meus doces favoritos de todo o mundo; os doces europeus.


Ah, torta alemã. Amo com todo o meu coração!


Trocaria muita gente uma torta alemã, que vontade de comer uma agora...


. . .


- Paaaarisssss! Finalmente! - Dulce se jogou no chão gritando animada como se pudesse abraçá-lo. Eu rio enquanto Maite tentava convencer o homem que desembarcava junto com nós de que Dulce não era louca.


Acho que chegamos era umas 6 ou 7 horas, pois o céu já estava escuro e eu sempre me perco no tempo quando viajo de avião, principalmente quando eu fico dentro dele por mais de 5 horas. É tão cansativo...


Apesar de todo o meu amor incondicional por essa cidade, eu nunca tive a chance de conhecer ela realmente, todas as vezes que eu vim pra cá sempre foram por compromissos e/ou trabalho. E dessa vez não seria diferente, temos um evento para ir de algum amigo do Adam, nosso produtor que é muito simpático, generoso, compreensivo, amigável... só que não. Ele ainda é como nosso "chefe". Eu acho muito chato alguns eventos dos amigos dele, é sempre a mesma coisa: Pessoas ricas se reunindo para achar alguma nova maneira de gastarem seu dinheiro infinito. É tudo tão esnobe. Odeio isso.


Mas, apesar dos apesares, aqui estou eu. E tudo isso parece manter algum tipo de status para eles.


Mas dessa vez é diferente, mesmo que estar aqui sempre me deixe animada, daqui eu vou direto para Londres depois. A ideia de morar em Londres de novo me deixa um pouco incomodada (para não dizer muito). Tudo bem que será por pouco tempo. Apenas o tempo de terminar de gravar o filme e depois eu vou voltar para a América.


As melhores memórias de minha vida se passaram em Londres, disso não tinha dúvidas. Mas também as piores...


Eu ainda me lembro da casa que a gente morava. Deve estar do mesmo jeito ainda. Com um pouco menos de vida... Mas ainda do mesmo jeito. Eu nunca mais tive coragem de ir la. As lembranças são tão fortes e eu não me torturaria desse jeito. 


Ah, Freddie, eu sinto tanto a sua falta!


*


Me joguei na cama cansada, psicologicamente. Mas, eu não quero dormir, essa é a minha única noite livre aqui, minha única noite totalmente livre em semanas, e eu preciso, necessito sair. Nem que fosse para ficar sentada no banco numa esquina qualquer olhando o movimento. Eu precisava de ar. 


Deslizei até a ponta da cama me sentando, como vou convencer as meninas à saírem comigo hoje? Hum...


- Tá sorrindo sozinha assim por que? - Demi perguntou chamando a minha atenção, ela arrumava alguma coisa em sua mala. 


- Eu tava pensando aqui... É cedo ainda... E é nossa única noite livre em aqui... - comecei sugestivamente, ela logo sorriu entendendo.


- Você não tem jeito mesmo hein - ela sorri em resposta, há, consegui! Ah mas se bem que a Demi é tão festeira quanto eu, tinha certeza que ela já pensava nisso antes mesmo de mim - Mas temos que convencer a Mai antes...


Vish.


E lá estava eu implorando para Maite fazendo a carinha igual a do gatinho do Shrek tentando convencê-la. Qual é? Eu sou boa nisso, eu sei. Ela acabou concordando depois de muitos "nãos" e "eu estou cansada". Eu também precisava falar com Dulce, mas ela nem precisa de muitos rodeios, ela é a pessoa mais imperativa que eu conheço.


Dulce veio dizendo que viu a foto do amigo do Adam, dono do evento de amanhã e dizia que ele era LINDO. Ela fez questão de soletrar a palavra "Lindo" enquanto falava sobre. Nem falei nada, ele tem o dobro da nossa idade. Depois ela desceu no bar do hotel enquanto nós nos arrumávamos e voltou dizendo que haviam mais pessoas que iriam no evento amanhã estavam hospedadas no mesmo hotel que a gente, e dizia ainda que tinha um garoto perfeito. Dulce sendo Dulce! No mínimo o `garoto perfeito` dela deve ser o barman. Nem me impressiono mais. Depois que ela ficou com o garçom de um dos restaurantes mais chiques de Paris à 1 anos atrás, eu desisti de tentar ajudar ela a encontrar alguém decente, Dulce não tem jeito mesmo.


As vezes eu queria ter a disposição dela para essas coisas.


(...)


Depois de no mínimo umas 5 caipirinhas eu já estava meio... tonta. Tive sorte de estar em um lugar que faz caipirinha, é raro as casas noturnas que fazem essa bebida brasileira divina. Estava sentada no bar enquanto as meninas estavam dançando na pista, Dul estava tão bêbada que estava falando que ia ligar para o "garoto perfeito" que ela conheceu no hotel. Ela só conhece ele à 4 horas e já está ligando pra ele, meu Deus! 


Devia ser umas 2 da manhã, não tinha certeza. Me levantei para ir no banheiro e sabe aquela história de "se beber sentada permaneça sentada"? Então...


Quando coloquei meu pé no chão me desequilibrei e o garoto que estava sentado do meu lado rapidamente me segurou. Que vergonha. Ele sorriu gentil e se apresentou em francês, mas eu nem ouvi seu nome. Precisava muito ir ao banheiro e não sei falar francês e também vi a cara da garota que estava com ele e não foi nada boa. Eu hein, ele só me ajudou. Esses franceses são estranhos...


Esbarrei em mais um garoto que me segurou de novo, tinha um sorriso nos lábios. Eu agradeci ainda meio sem jeito e respirei fundo voltando ao meu caminho. Foco para o destino; banheiro.


Me apoiei na pia do banheiro e pisquei várias vezes, minha cabeça rodava. Droga, estou bêbada. Ou pelo menos começando a ficar. Respirei fundo algumas vezes até ficar um pouco menos tonta. O som alto da pista longe fazia zumbido no meu ouvido. Eu nem sei onde as meninas estão, elas me deixaram para ir dançar, enquanto eu decidi ficar no meu lugar favorito: o bar.


Quando voltei do banheiro eu arregalei os olhos ao ver Dulce beijando o garoto do bar, que me ajudou, pelo menos eu acho que era ele. Não sei, acho que nem deve ser, ele estava com a namorada dele. É eu que estou bêbada e confundindo as coisas, e as pessoas... E aliás beijando não, eles estavam se amassando, se comendo num canto perto do banheiro em que não havia ninguém.
Fiz algumas caretas sozinha e sai dali, não queria ver onde aquilo ia parar. 


Voltei ao bar e pedi mais uma caipirinha, só que de vinho dessa vez. O gosto do líquido na minha boca e descendo pela minha garganta era único. Aquilo era um verdadeiro manjar dos Deuses. Esse já é minha segunda bebida favorita no mundo, perdendo apenas para Vinho!


Ao terminar, pedi mais um copo e depois mais um. Eu já nem sentia mais minha pernas, muito menos frio. Aliás, tudo começou a ficar quente aqui de repente.


Comecei a conversar com o barman, ele falava inglês, era tão simpático, e lindo, devo especificar que ele era um deus grego. Um dia ainda contrato um desses por uma semana na minha casa, aiai...


- Mas como você sabe falar inglês, fez algum curso? - pergunto curiosa.


- Trabalhei por 4 anos em Manchester. - ele respondeu - E você? É natural da Inglaterra? Qual cidade? - pergunta interessado.


- Não, na verdade eu sou natural do Brasil, mas cresci em Londres praticamente. - respondi me lembrando, é estranho falar isso em voz alta...


- Annie! - Dulce me chamou de algum lugar, antes de eu me virar para ela já me encontrava sendo arrastada por entre as pessoas até a área externa do pub e tudo o que eu conseguia ver era uma imagem embaçada das coisas e os vultos passando em minha frente.


- Ainda lembra o meu nome? - o garoto que estava com a Dulce me perguntou em inglês. É, na verdade era ele mesmo que tinha me ajudado no bar, mas ele não tinha namorada? E ficou com a Dulce!? Ai meu deus! Eu fiz uma careta, e neguei com a cabeça, realmente não sabia o nome dele, ele riu pelo nariz. Eu me permiti rir também, que vergonha - Louis! - disse ele, eu suspirei um "Ah!" de entendimento - Eu posso te apresentar um amigo? - perguntou, eu olhei para Dulce em dúvida, ela fez sinal com a cabeça para eu concordar.


- Tudo bem - sorri fraco concordando. Só espero que isso não me leve a nenhuma furada.


Louis sussurrou um "já volto" e saiu. Eu olhei para Dulce que me encarava sorrindo. Balancei a cabeça negativamente.


- Ah, qual é Annie? Você precisa ficar com alguém - ela disparou, eu entreabri a boca.


- Eu não vou ficar com ele - digo ofendida - Seja lá quem for...


- Mas ele é lindo, você precisa ver, tem olhos claros... Aiai - suspirou ela como se estivesse pensando nele.


Isso não vai acabar bem...


- Esse é o Harry. - Louis disse nos apresentando.


- Prazer - digo educadamente, mas estava bêbada demais para tentar parecer normal.


- O prazer é todo meu. - ele sorri.


Não sei se era o álcool ou não, mas eu estava babando na beleza dele. Dessa vez Dulce tinha realmente razão, Harry era realmente lindo, no mínimo perfeito, aparentemente. Era alto e tinha olhos verdes escuros.


Espera! Louis, Harry... Eu conheço esses nomes de algum lugar...


Fiquei conversando com o Harry durante algum tempo, a conversa fluía sozinha quanto mais nós dois bebíamos. As meninas passaram pela gente com outros garotos e olharam para mim e para Harry com um sorriso malicioso. Qual é? A gente está só conversando!


Mas depois de um tempo eu já nem tinha certeza se ele estava sendo só gentil ou estava dando em cima de mim.


Eu ria sozinha enquanto ele bebia um Martini do meu lado - coisa que eu só fui descobrir depois de aceitar um gole - Algumas porções de garotas que passavam por nós cumprimentavam Harry se jogando em cima dele. E eu apenas observava a forma como ele achava divertido tudo isso. Em uma das garotas ele segurou ela pela cintura e foi abaixando a mão, e quando eu pensava que eles iria se agarrar à qualquer instante, ele sussurrou alguma coisa no ouvido da garota e saiu vindo na minha direção com um sorriso no rosto. Algo parecido aconteceu pelo menos umas 5 vezes e ele sempre se livrava das garotas.


Ele se ofereceu para me levar embora depois que a Demi me ligou falando que ela e as meninas estavam no hotel já. Com certeza elas estão achando que eu vou ficar com ele e sabe lá mais o que, por isso me deixaram aqui sozinha conversando com um completo desconhecido. Belas amigas eu tenho, nossa!


Ah, uma carona não iria me fazer mal algum. Ele era legal, e não me parecia um psicopata. Assim espero.


Mas é claro que na situação que eu me encontrava e com o nível de álcool no meu corpo, fiz ele me convencer a gritos de que não abusaria de mim e que só me levaria embora apenas. E só me convenci mesmo depois que ele ligou para uma garota - que atendeu mal humorada - e ele ficava apontando o dedo para o celular no viva voz que mostrava o nome dela. Não sei como ele esperou que eu conseguisse ler, eu estava mais bêbada do que ele. 


Então ele suspirou e gritou para a menina do outro lado da linha; "Né que você é minha irmã e eu não sou um psicopata?". Ela mandou ele se foder e ir dormir. Eu gargalhei.


- Como você quer me levar embora? Você está caindo de bêbado! - eu pegava um cartão de táxi com o barman que tinha conversado algumas horas antes.


- Não, você não entendeu, eu tenho um carro.


- E daí?


- Eu tenho um motorista que dirige...


"Não me diga!" 


- Você nem sabe onde eu estou hospedada... E nem eu.


- Sei sim, olha - ele levantou o celular com uma mensagem com um endereço, poderia ser um endereço qualquer, mas a pessoa de cabelos vermelhos na foto de quem tinha enviado realmente me convenceu. Dulce...


Acabei dentro do famoso carro com o famoso motorista que dirigia. Não sabia exatamente como isso tinha acontecido. No caminho inteiro Harry ficava me falando cantadas engraçadas, agora eu já tinha certeza que ele estava dando em cima de mim. Eu só ria. Ele estava bêbado e eu não estava nada diferente.
Eu me despedi dele no carro ainda, no momento em que eu fui para dar um beijo no rosto dele, ele o virou tentando me beijar, mas eu rapidamente me afastei, e ele resmungou reclamando. Apenas dei de ombros e saí.


O mais interessante de tudo é que ele nem sequer deu o trabalho de perguntar meu nome, nem pegar meu número.


Legal. Eu provavelmente nunca mais o veria. Tanto faz também.


Entrei no elevador ainda cambaleante e apertei o botão que eu supus ser do meu andar. E seja o que Deus quiser! 


Estava um silêncio terrível que chegava a doer meu ouvido naquele elevador enquanto eu esperava chegar no andar. Um zumbido parecia penetrar o mais fundo do meu cérebro me deixando atordoada. Argh! A porta abriu e eu fui pelo corredor. E agora, qual porta é a minha?


Peguei minha bolsa e vasculhei procurando o cartão do quarto com o número, mas não conseguia achar. Me sentei no chão e tirei tudo pacientemente da minha bolsa até achar o bendito cartão, eu tinha acabado de pegar na recepção. Me levantei.


23. Foi o número que eu consegui enxergar no cartão depois de muito esforço, fui e voltei pelo corredor procurando a porta e nada. Droga, não é esse corredor!


Fui pelas escadas e subi mais um andar, a mesma coisa; nada. E de novo no próximo andar. Estava quase pedindo socorro quando cheguei exausta no último andar que eu subi pelas escadas e achei a maldita porta que eu amaldiçoei muitas vezes na minha cabeça.


Entrei vendo a Demi de bruços dormindo com a mesma roupa que tinha saído, ainda usava sapatos de salto.


Fui cambaleando até o banheiro tomar um banho. Aliás banho não, a sensação da água quente escorrendo pelo mesmo corpo relaxando todos os meus músculos depois de uma noite agitada como essa, era como se os pôneis filhos dos deuses do país das maravilhas estivessem vomitando arco íris em mim. Que sensação maravilhosa! Acho que fiquei uma meia hora em baixo do chuveiro até criar coragem para sair. 


Coloquei meu pijama e fui dormir finalmente.



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Autor(a): saline

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • vondy_170 Postado em 04/02/2017 - 02:03:52

    Continua *--*


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