Fanfic: November Rain | Tema: One Direction, Anahi, Dulce Maria, Maite
"Eu sei que você quer, sei que você quer ir devagar
Mas pense em todos os lugares que poderíamos ir
Se você se entregar hoje à noite
Me deixe te libertar, vamos tocar o outro lado
Apenas me dê as chaves"
[One Direction - Why Don't We Go There]
Eu, Demi e Eleanor fomos jogar boliche. Claro que a gente teve que pedir pra alguém nos levar, porque além de estarmos meio bêbadas aquela casa era uma labirinto. Minha mente estava tonta e minha visão já estava turva. Eu estava começando a ficar bêbada, se eu já não estava.
- Gaaaanhei! - Eleanor gritou dando pulinhos - De novo.
- Você roubou. - Dulce acusou.
- É, você roubou, eu ia ganhar se você não tivesse usado a canaleta - concordei com Dulce.
- Vamos jogar de novo - Dul se levantou indo para o computador.
- E dessa vez sem canaleta - completei.
Eleanor bufou.
- A gente pode jogar também? - a voz do Louis ecoou do nada, me virei para ver, ele chegou junto com Gian.
- Claro, mas fale pra Eleanor não usar canaleta - digo e Louis ri.
- Amor, você ainda usa canaleta? - ele pergunta dando um selinho nela.
- É que a bola fazia curva - ela disse fofinha, ele riu.
Tão fofos... Chega até a dar nojinho.
. . .
- Háá Ganhei! G-A-N-H-E-I. Eu sou o melhor. - Louis gritava para os quatro cantos do mundo.
- Eu fiquei em último? Como assim? - Demi olhava triste para o placar.
- Eu sou o vice - Gian se gabou humildemente.
- Eu fiquei em penúltimo - Eleanor também olhou o placar triste.
- E eu fiquei em terceiro. Não gostei - completo.
- Eu que não gostei, eu não fiz nenhum striker, NENHUM! Até a Els fez e eu não - Demi falava indignada.
- Eu fiz dois - mostrei a língua.
- Eu fiz 4, com licença - ele diz fazendo uma pose de modelo e finge jogar uma mecha de cabelo para trás. Rimos - Querem revanche? - levantou a sobrancelha.
- Ah pra mim chega. - Demi estava tão tristinha.
- O que foi, Demi? - Gian percebeu o baixo astral dela.
- A Demi está inconformada porque ficou em último nas três rodadas - comentei não deixando de achar engraçado.
- O que vocês acham da gente jogar sinuca na sala de bilhar então? - Gian propõe abrindo um botão da sua camisa. Demi finge limpar uma baba no meu queixo, bato na mão dela e ela ri.
- Ah não, eu não sei jogar. Sou muito ruim - Eleanor confessa.
- Verdade - Louis concorda e leva dois tapas da Eleanor.
- Eu não sou muito boa também - Demi diz desanimada.
- Eu jogo - Louis diz fingindo descabelar Eleanor, e levou mais dois tapas - Ai!
- Annie? - Gian me olha sorrindo.
- É claro! - sorrio de volta da mesma forma.
"Alguém tem ficado muito tempo com a Dulce" - Demi sussurra para mim.
- Vai faltar alguém - Gian diz.
- Eu vou chamar alguém para formar dupla então, encontro vocês lá em dez minutos - Louis dizia já saindo, levando mais tapas de Eleanor por alguma coisa que havia feito.
Eu e o Gian fomos para a sala de bilhar, e ficamos brincando, jogando em uma mesa enquanto eles não vinham. Haviam mais alguns homens e mulheres jogando nas outras mesas, a sala era grande, mas era calma.
Nós conseguimos jogar uma partida inteira, um contra o outro, eu comecei ganhando, mas Gian logo virou e ganhou o jogo.
- Você joga bem - ele comenta tirando as bolas encaçapadas.
- Você também - sorrio de volta, o ajudando a tiras as bolas - Uma bala se você adivinhar quem me ensinou a jogar.
- Hum... Michael - ele semicerra os olhos, assinto - Deve ser por isso que jogamos bem então, ele também me ensinou a jogar - sorriu. Ahh... Acho que estou apaixonada - Minha bala?
- Oh! - exclamo, eu não tinha nenhuma bala - Depois eu te dou.
- Chegamos para ganhar - Louis apareceu com o Harry. O Harry! Tantas pessoas nessa mansão e ele chamou justo o Harry - Então as duplas são eu e o Harry, contra você e a Annie - ele diz para o Gian, que concorda - Quero ver ganhar longe do Michael - Louis me provoca. Meu olhar encontrou o de Gian, que sorriu, eu sabia o que ele pensava. Louis não sabia que Gian jogava bem.
Eu e Gian jogamos com as bolas menores e Harry e Louis com as maiores. Nós começamos ganhando, mas logo eles viraram o jogo depois que eu errei duas bolas seguidas. Eu sentia o olhar dos 3 toda vez que me ajeitava para tacar, e isso me deixava desconfortável. Cheguei até a vestir minha blusa novamente, mesmo sem sentir frio, para tentar ficar mais confortável sob aqueles olhares.
Faltavam duas bolas para Harry e Louis e 3 para eu e o Gian. Em uma jogada de sorte, tenho que admitir, consegui derrubar 2 seguidas. Gian saiu pegar uma bebida para nós numa pausa.
- Nossa cara, como você conseguiu errar essa porra? - Harry reclamava com Louis - Eles vão ganhar desse jeito.
- Eu não tenho culpa se a Annie é menina de bar - Louis apontou bravo para mim, ri.
- Eu é que não tenho culpa de vocês serem tão ruins - comentei os provocando. Era raro eu ganhar deles em alguma coisa, então tinha que aproveitar.
- Menina de bar - Harry repetiu sorrindo.
- Eu não sou menina de bar. - falei incrédula.
- Você bebe, é menor de idade, não mora com sua família, sabe jogar futebol e sinuca... Você é muito nova pra essas coisas.Você é uma criança - Louis disse trocando de taco. Por que essas palavras me deixaram desconfortável?
Gian chegou segurando quatro copos com cuidado. Continuamos jogando. Agora só faltava a bola preta para a gente e ainda faltavam 1 marrom para eles.
- Sua vez Annie... Não erre! - Gian passou a mão nas minhas costas, eu ri do jeito que ele tava falando. Encontrei o olhar de Harry me encarando do outro lado da mesa.
Eu me ajeitei na mesa e pude sentir o olhar deles sobre mim. Aquilo incomodava muito, ainda mais a pressão de ser a última bola minha e do Gian e estar nas minhas mãos. Se eu errasse, Harry e Louis podiam virar e ganhar. Mas eu respirei fundo me concentrando e mirei na bola. Bati.
- AAAAAAAAAAHHH - gritei - Ganhei, ganhei, ganhei... - eu estava pulando sozinha - Ganhamos! - pulei em cima de Gian.
- Ganhamos! - ele repetiu me abraçando de volta.
- Então... - Louis diz, eu soltei do abraço de Gian - Ah ganharam ah! - disse com a voz fina fazendo um movimento com as mãos - Grande bosta.
Harry me olhava estranho.
- Perderam pra uma menina! - o homem que jogava na mesa ao lado debochou de Harry e Louis.
- Isso dae foi sorte - Louis cruzou os braços, ele estava bravo. Eu estava rindo. Ah, vingança!
- Eu falei pra você jogar certo porra - Harry diz nervoso para Louis.
. . .
Eram 3:00 da manhã. TRÊS HORAS! E eu nem vi o tempo passar. Depois de mais uma partida de boliche e uma conversa sem pé nem cabeça com Gian, que estava bêbado e falava coisas sem noção... Eu estava no pub de volta bebendo. Estava tonta. Eu tinha bebido bastante hoje, mas como eu bebi devagar não me deixou tão bêbada quanto normalmente eu ficaria à essas horas. Voltei a encontrar Maite conversando com Jack encostados em uma coluna de pedra num corredor enquanto bebiam. E Dulce se agarrando com o garoto que eu a apresentei mais cedo, Sam, no final de outro corredor. Sorri com a cena.
Coloquei a mão na minha cabeça e fechei os olhos. Estava tudo rodando, e com aquela música alta então... As coisas só pioravam.
- Então, vamos embora? - Harry apareceu do meu lado do nada, meu coração acelerou.
Ai Meu Deus. Eu havia esquecido completamente disso. Droga!
Eu passei praticamente a noite inteira com Gian, e esquecido de Harry e todo esse lance que eu tinha concordado.
Eu estava muito tonta e não podia ir embora com ele nesse estado. Sim, eu estou com medo. Medo dele, de mim, da gente. Do que podia acontecer. Se arrependimento matasse...
Olho para o corredor longo. Será que se eu sair correndo ele vai perceber?
Cai na real, Annie, como você pretende correr bêbada e de salto?
- Vamos... - ele pegou na minha mão e me puxou depois do meu tempo em silêncio.
Eu me sinto como um objeto, que todo mundo puxa de um lado pra o outro. Ainda mais com o Harry que as vezes age como se fosse meu dono.
Eu sentia que estava esquecendo de alguma coisa.
- E-Espera - Harry na hora parou e me olhou - Eu preciso fazer uma coisa antes.
- Que coisa?
- Uma coisa oras - respondo tentando parecer normal, mas minhas palavras saem emboladas. Ele me semicerrou com os olhos, provavelmente achando que eu estava mentindo.
- Não vai fazer porra nenhuma. - ele voltou a me puxar.
Na hora eu vi o Adam passar com o Jack eles me olharam com o Harry, Jack sorriu e Adam me olhou sério. Adam vinha em nossa direção para dizer algo, mas Jack o puxou para o outro lado. Mas eu precisava falar com eles.
- Adam! Jack! - os chamei, Harry parou de volta mas não soltou da minha mão.
Eles se viraram e se aproximaram.
- Sobre o que vocês queriam falar comigo e as meninas? - pergunto tentando raciocinar.
- Ah! É só sobre uma proposta de novela... - Jack responde simplesmente e dá de ombros - Mas depois a gente conversa sobre isso, não se preocupe, podem continuar se divertindo - ele sorri para Harry e o ouço rir baixo do meu lado.
- Se vocês virem as meninas, digam que eu estou indo embora - aviso.
- Já vão? - Jack pergunta surpreso - Por que não dormem aqui? Elas vão dormir aqui. Tem quarto para todo mundo.
Eu paro para pensar, não seria uma má ideia.
- Annie está com dor de cabeça e me pediu pra levar ela embora... - mentiu. O olho incrédula.
- Bom, como preferirem - Jack diz - Boa noite.
- Vocês dois... Se cuidem - Adam nos olhou com desconfiança.
- Não se preocupem, eu vou levar ela embora e já vou dormir, estou morrendo de sono. - fingiu um bocejo - Aliás, boa festa Jack!
Jack sorriu e saiu com Adam, que me lançou um olhar mortal de censura antes de se virar.
Harry me levou até um carro preto estacionado perto da garagem junto outros, que eu supus ser dele, e abriu a porta para mim. Ele deu a volta e entrou do lado do motorista. Minha mente girava. Até para colocar o cinto foi uma missão difícil. Ele começou a dirigir.
- Hey, você não pode dirigir - digo arrastando as palavras.
- O que? - ele me olha.
- Você bebeu, não deveria dirigir.
Harry revira os olhos.
- Eu só bebi três copos naquela hora, não sou que nem você - respondeu trocando de marcha.
- Mas bebeu... - murmuro olhando para a janela e vendo luzes passarem rápido, estava me dando sono...
- Toma - me viro para ele que segurava uma garrafinha - É água, pega.
Aceitei a garrafinha, virando alguns goles, tinha gosto de nada, mas depois de alguns minutos me senti um pouco melhor. Aproveitei para observar minha situação. Eu estou indo embora com Harry. E não tem ninguém em casa, e provavelmente nem na dele, já que todo mundo foi para a festa e iria dormir lá. O que eu estou fazendo? O que foi que eu aceitei mesmo? Não vou ficar com ele!
- Você está... Nervosa? - me olhou rapidamente e voltou a olhar a estrada.
Sim!
- Não. Por que eu estaria? - digo como se fosse óbvio. Mas na verdade eu estava me remoendo por dentro. Tomo outro gole de água tentando disfarçar o nervosismo.
- Relaxa - disse sorrindo e colocou a mão na minha coxa. Eu me afogo com a água, tossindo. O ouço dar risada.
- O que a gente vai fazer mesmo? - pergunto depois de um tempo em silêncio.
- Nada - ele ri olhando para o semáforo.
- Então por que não dormimos lá? - pergunto depois de um tempo. Ele riu de novo, mas não respondeu nada.
Ele estacionou na garagem do nosso prédio, eu fui direto para o chão assim que coloquei o pé para fora do carro. Meu joelho ardeu.
"Meu Deus" - Harry murmurou indignado me ajudando a levantar assim que percebeu que eu tinha caído. Me apoiei no ombro dele ajeitando meu vestido e respirei rindo, ele ria. Ele me ofereceu o braço para eu me apoiar, enquanto andávamos pelo estacionamento vazio, eu estava mancando e ele ainda ria.
- Pára - reclamo frustrada.
- O que? - pergunta surpreso, ainda rindo.
- De rir!
E ele gargalhou. Babaca.
Eu me apoiei na parede do elevador assim que entramos. Então eu me dei conta do que estava de fato acontecendo.
- Harry - o chamei endireitando a coluna - É... - ele me observava enquanto o elevador subia - O que você acha da gente... esquecer desse negócio?
Pronto. Acabei de estragar tudo. Só bastou eu dizer isso pra ele me imprensar na parede do elevador. Ele estava tão quietinho no canto dele e eu no meu, o que eu fui fazer? Ele passou a mão lentamente pela lateral do meu corpo. Eu podia sentir meu coração quase saindo pela boca.
- Calma - ele sorriu - Eu não vou te obrigar a fazer nada.
- É que... - a porta do elevador abriu e ele me puxou pela mão.
Eu pude respirar mais aliviada, por alguns segundos, até perceber que ele me levava para o apartamento dele. Ele soltou a minha mão para fechar a porta e eu andei lentamente até a poltrona da sala e sentei, fingindo que não era comigo o negócio. O que não estava acontecendo nada. Meu Deus, por que eu aceitei vir aqui?
- Annie! - ele me chamou e suspirou.
- Hum?
- Não precisa ficar com medo. Eu não mordo... - ele parou e pensou sozinho - Não muito, na verdade... Mas não vou te arrancar pedaço.
Eu dou um longo suspiro sentindo meus pulmões doerem e fechei os olhos por um segundo sentindo estar numa montanha russa.
- Você não ajuda em nada - falo baixo.
- Você parece aquelas criancinhas com medo do monstro do armário - comenta tirando sua blusa e jogando em cima do sofá.
- Não estou com medo de nada - digo, mas meu coração está quase na boca.
Ele sorri e vem até mim, estendendo a mão.
- Venha.
- Não!
Ele bufou.
- Annie, escute aqui... Eu não vou te abusar, violentar, estuprar, machucar ou qualquer outra coisa ruim que você deve estar pensando. Eu só quero você caralho - ele falou estressado.
Eu fiquei em silêncio. Como se qualquer palavra fosse demasiado difícil de se pronunciar.
- Você disse que ficaria comigo esta noite e agora você vai ficar, nem que seja do meu lado, sem fazer nada. Mas vai ficar. Agora venha antes que eu te pegue no colo - a voz dele estava quase em um tom autoritário, como se eu devesse algo à ele, e eu não devo, se pensar melhor...
- Não, não precisa - digo, ele volta a sorrir.
Eu peguei na mão dele, me levantando e sentindo meu joelho doer, ele me levou pelo corredor que dobrava, o apartamento estava escuro e muito quieto, acho que realmente não tinha ninguém. Ele acendeu a luz do aposento e eu percebi que ele me levara para o quarto dele. O QUARTO DELE! Eu nunca tinha entrado no quarto dele, não que eu me lembre pelo menos. Ele fechou e girou a chave da porta. Abri a boca para fazer subjeções, mas nada saiu. Ele se virou vindo na minha direção.
Meu coração acelerou.
- Mas antes... Você tem que me provar uma coisa - ele disse com aquele maldito sorriso perverso no rosto.
- O-O que? - olho assustada. Não vou provar nada para ninguém, além de mim mesma de que eu não vou ficar com ele.
Ele chegou perto do meu rosto bem lentamente e me beijou. E por alguma razão, eu correspondi no mesmo instante. Perdendo todo o foco e determinação de dois segundos atrás que eu tinha sobre não ficar com ele, porque o beijo dele era muito bom. Ainda com a mente girando, aquilo era como experimentar uma montanha russa invertida e o mesmo frio na barriga me deixava saber de que eu estava mesmo adorando aquilo tudo. Até que senti a mão dele descer até o fim das minhas costas.
Eu sabia o que o Harry queria, mas eu não podia. Não conseguia ainda. Eu tinha muito medo. Ainda mais com ele, que já me falou tantas coisas ruins...
- Harry... - o chamei baixo quando tive espaço para respirar.
- Relaxa - murmurou beijando suavemente meu pescoço, e em seguida mordeu. Eu arfei, sentindo um arrepio. E ele fez novamente, e mais forte, chupando a pele do meu pescoço. Aquilo era tão bom.
- Você fica tão bonitinha gemendo... - sussurrou, eu nem havia percebido que tinha o feito - Que seria um desperdício eu não fazer você gemer mais alto.
Ai meu Deus!
É, ele sabe como fazer uma garota querer ir para cama com ele. E eu queria! Mas também não podia. Eu ainda não estava pronta. Não estava pronta pra me entregar à um sentimento, muito menos à um momento. Quando no dia seguinte ele podia muito bem voltar a ser o babaca de sempre, me falando coisas idiotas. Não podia arriscar essa possibilidade.
- Harry... - falo me separando dele, com um pesar - Eu não posso fazer isso.
Ele suspirou, passou as mãos pelo cabelo nervoso e me olhou. Eu levei a mão até meu pescoço, que começara a ficar dolorido de um jeito bom. Eu não podia ter gostado tanto daquilo.
- Tudo bem - ele pegou a minha mão a beijando - Eu não vou forçar você a fazer nada. Nunca! ... Mas você vai dormir comigo.
É a minha vez de rir.
- Não vou dormir com você - digo firme, para ver se ele percebe a loucura que está falando.
- Como se isso nunca tivesse acontecido...
- E nunca aconteceu!
- Se você acha - ele diz baixinho, como se pensasse alto, o olhei confusa - É sério, durma comigo hoje. Só dormir. Eu juro!
Eu fico algum tempo em silêncio, ainda com a mão no pescoço pelo que tinha acabado de acontecer, aquilo tinha sido tão bom.
- Eu preciso trocar de roupa. Por que você não dorme lá em casa?
Eu não acredito que eu esto falando isso.
- Pode ser - concordou imediatamente sorrindo.
Acho que nem ele e nem eu esperávamos ouvir isso da minha boca. Eu acabei de convidar ele para dormir no meu apartamento. Eu estou ficando louca!
A gente subiu pelas escadas mesmo para meu apartamento, a cada degrau eu ficava mais nervosa. Por que eu chamei ele para dormir comigo? Eu sou muito idiota. Abri a porta sob o olhar dele e a primeira coisa que eu fiz foi tirar meus sapatos, relaxando os pés, pisar descalça mesmo no chão duro era como pisar em nuvens. Fui para meu quarto, com Harry no meu encalço como uma sombra. Abri a porta e fui direto para o closet colocar um pijama, mas... Não conseguia tirar o vestido.
Bufei irritada. Eu nunca serviria para morar sozinha, definitivamente.
Voltei para o quarto, Harry abria os botões de sua camisa olhando para algo em cima da cômoda.
Não acredito que vou fazer isso...
- Harry - chamei, ele se virou - É... Você pode abrir meu vestido?
Ele sorri vindo até mim e parou na minha frente, ergueu as mãos.
- O que? - pergunto.
- Se vire! Quer que eu tire o vestido como? Com a força do pensamento?
- Ah! - exclamo me virando e segurando os cabelos.
Sinto suas mãos abaixarem o zíper lentamente, abrindo o vestido, eu respiro aliviada, estava muito apertado.
- Obrigada! - agradeço voltando apressada para o closet e fechando a porta para tirar o vestido. Aproveito para retirar a maquiagem e escovar os dentes no banheiro, visto meu pijama.
Harry já estava deitado na minha cama de casal quando voltei. Folgado. Não acredito que vou dormir com ele! Apaguei a luz e deitei do outro lado da cama, bem na beirada, o mais longe o possível. Até que percebi algo.
- Harry, por favor, me diga que você está vestindo alguma roupa - ele riu.
Ele pegou a minha mão e levou até... bem... até sua cueca, em cima do seu membro. Eu grito nervosa o empurrando para longe.
- Idiota! Sai do meu quarto! - me levanto, mas sinto ele me puxar de volta na cama.
- Era brincadeira, desculpa - ele estava gargalhando - Eu não resisti.
Depois de algum tempo dele rindo sozinho, finalmente parou. Ele é idiota!
- Annie, posso te fazer uma pergunta? - perguntou do nada.
- Melhor não.
Ele ficou em silêncio, eu fiquei curiosa.
- Fale.
-: É... Que eu queria saber... - não estou com um bom pressentimento - O que aconteceu com seus pais? Por que você não mora com eles? E por que você não gosta de falar sobre isso?
Ok, perguntas demais. Eu suspirei.
- Harry, não leva a mal não... Mas eu prefiro não falar sobre isso - falei com cuidado.
- Mas o que que aconteceu? - ele insistiu, parecia realmente interessado.
- Digamos só que eu não tenho uma relação muito boa com eles.
- Por isso você é emancipada? - ele perguntou.
- É... mas eu não quero falar sobre isso.
- Tudo bem.
Ele se arrastou na cama e sinto ele me puxar pela cintura, arregalo os olhos, mas ele apenas me abraçou.
Harry podia ser o garoto mais galinha e estupido que eu conhecia, mas ele tinha um lado todo sentimental. E eu acho que era desse equilíbrio de personalidades dele que eu realmente gostava.
Autor(a): saline
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
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