Fanfic: Eu, um gamer e um bebê | Tema: Amor Doce, Ambre, Armin, Romance, Gravidez

Eu estava em um sono profundo, enquanto imagens passavam em minha cabeça sem nitidez alguma. Eu me virava de um lado para o outro, tentando acompanhar as cenas, mas ainda assim eu não conseguia compreender... O que estava acontecendo? Acordei ofegante, sentada na cama. Talvez estivesse assim pelo impulso que peguei ao acordar. Respirei fundo e senti o sol bater contra meu rosto, o que me fez erguer minha mão até encobrir meus olhos. Apertei os mesmos até que minha visão ficasse centrada e, assim que aconteceu, comecei a olhar em volta. Era um quarto não muito grande, branco,com móveis claros e uma única janela na parede ao meu lado esquerdo. Observei o cômodo meio confusa.

 

"O que estou fazendo aqui?..."

 

De repente, senti que algo puxava o fino pano que no momento cobria apenas do meu quadril para baixo. Um pouco assustada, olhei para o lado e vi um grande volume por debaixo do lençol, enquanto fixei minha visão no mesmo. Paralisei. Virei meu rosto lentamente, e olhei pra baixo, para meu corpo, e acabei me vendo nu. Corei e puxei a coberta até meus seios, os tampando. Comecei a olhar em volta cada vez mais confusa e cheia de duvidas.

 

O que está acontecendo?  Onde estou? Por que estou assim?

 

Então, vi que a coberta ganhava mais folga em minhas mãos e virei meu rosto, vendo alguém se virando, enquanto o lençol que cobria seu rosto caía com o movimento. Observei atenta.  A situação estava bem óbvia...Então, no mínimo, eu precisava saber quem estava nela comigo! Encarei bem o movimento, que parecia estar em câmera lenta e, quando finalmente pude ver o rosto de meu parceiro, engoli seco, paralisada.

 

-A-a.... Armin?...

 

Fiquei encarando o mesmo dormir, boquiaberta. Depois de alguns minutos, desviei meu olhar para o corpo do mesmo e puxei levemente o lençol,vendo o peitoral e tórax do garoto totalmente expostos. O cobri rapidamente, corada.  Fixei meu olhar em minhas pernas cobertas, enquanto arfava e segurava o lençol  acima dos seios, ligando tudo o que vi como se fosse um quebra cabeça.

 

"Não sei onde estou, e nem o porquê... Nem sei o que aconteceu mas... Comigo e um garoto pelados em uma cama... Posso até imaginar..."

 

Respiro fundo e tampo meus olhos com uma mão, ainda desacreditada e corada.

 

Eu não acredito que fiz isso!

 

Minha mente ficou confusa, bagunçada. Eu estava me sentindo estranha, ao mesmo tempo que triste e preocupada; estava nervosa, mas mesmo assim ainda pensativa. Por que isso mexeu tanto comigo? Talvez por que tenha sido minha primeira vez, e eu não lembrasse de como foi? Ou talvez por que eu tenha dormido com um garoto que nem meu amigo eu sei se é? Está tudo tão confuso... Duvidoso...

 

Parei meus pensamentos quando o vi se revirar novamente. Então me dei conta de como estava realmente. No impulso, me levantei da cama (um pouco dolorida) e comecei a recolher minhas roupas espalhadas pelo tapete que forrava o quarto. As juntei, e comecei a me vestir. Assim que estava terminando de colocar minha blusa, ouvi o som de um bocejo e virei minha cabeça.

 

-Hum?... Ambre...

 

Armin tinha acordado, e agora coçava o olho enquanto me encarava sonolento. Corei e joguei o primeiro travesseiro que vi no chão no rosto dele.

 

-NÃO OLHA PRA MIM! ESTOU ME TROCANDO, IDIOTA!

 

Imediatamente, ele olhou para o  travesseiro confuso, até finalmente ouvir o que eu disse; ele se vira de costas confuso,enquanto senta de pernas cruzadas.

 

-Ei... O que estamos fazendo aqui?

 

-Estamos conversando (como nem deveríamos)...

 

-Eu quis dizer antes disso... O que fizemos?

 

-Bem...-Coro e continuo num tom baixo.- Não parece óbvio?...

 

-...- Ele olha de um lado para o outro, depois para si mesmo. Fica se encarando até levantar em um pulo.- EI! NÃO ME DIGA QUE-

 

-ARMIN! SE VAI LEVANTAR AO MENOS LEVE O LENÇOL COM VOCÊ!-Gritei corada, enquanto cobria os olhos com as mãos, evitando de vê-lo nu.

 

Então, ele nada diz, apenas junta as roupas como eu fiz e veste a peça íntima seguida pela calça. Descubro meus olhos e suspiro, vou até a porta e junto minhas coisas que estavam no chão e as guardo, em seguida fecho e coloco minha bolsa em meus ombros. Me viro por um momento e vejo Armin prendendo seu cinto. Me viro novamente em um suspiro e coloco a mão na maçaneta.

 

-Ambre, olha... Eu estou assustado, nunca tinha feito isso... E também não esperava por essa! Então, independente do que fizemos, ou do que eu fiz... Me descu-

 

-Armin... Só esquece isso...

 

-Mas-

 

-Fingi que isso nunca aconteceu!Nunca estivemos aqui, nunca fizemos nada... Okay?

 

Ele abaixa a cabeça e suspira.

 

-Certo...

 

-Obrigada...-Falo séria e abro a porta, me retirando do quarto.

 

Por que não me lembro?

 

Ah, é mesmo... Isso nunca aconteceu...

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Era mais um dia tedioso e chato como sempre. Eu, Li e Charlotte andávamos pela escola procurando algo de interessante para fazer; já que ultimamente as pessoas andavam em grupinhos de conversa, era difícil aprontar com alguém... Esses 'grupinhos de debate' se formaram depois da repórterzinha irritante, Peggy, publicar textos sobre uma tal festa que tinha acontecido há um mês (ela tinha feito essa publicação há alguns dias, após ter conseguido todas as informações que queria) . Estranhamente, a maioria não se lembrava da festa e/ou o que aconteceu por lá. Se bem que, particularmente, eu imagino que estive por lá... E também tenho uma ótima teoria sobre  que fiz! Não, Ambre, não... Aquilo nunca aconteceu...

 

Continuei andando, observando em volta, com ambas garotas me acompanhando em silêncio, como sempre fazem. Continuei meu caminho quando passei pela sala de aula e vi Armin sentado distraído, sozinho, jogando em seu vídeo game portátil. O encarei por alguns segundos, mas logo voltei minha atenção para frente. Eu sei que falei pra ele esquecer, e que era pra mim esquecer.Mas depois que você sabe que dormiu com alguém, é simplesmente impossível a olhar ou tratar da mesma forma... Não me culpem, okay?

 

Suspirei. Ter isso em mente e não falar pra ninguém era muito mais difícil do que eu imaginava.

 

-Ambre? Tudo bem?- A morena perguntou.

 

-Hum?! Sim, claro, por que não estaria?

 

-Por nada!- Charlotte interrompeu.- Vamos indo...

 

Apenas assenti e segui para a sala com elas. Eu andava distraída, sem prestar muita atenção ao meu redor. Entramos.

 

-Ei, o que pensa que está fazendo?

 

-Estou sentada, esperando a aula,não é óbvio?

 

-Eu quis dizer o que você está fazendo sentada aí? E não o que está fazendo... Esse lugar é da Ambre

 

-Sim, o lugar é da Ambre...

 

- Não estou vendo o nome dela aqui... E ela não parece se importar!

 

-Claro que ela se importa, não é Ambre?- Sem resposta, Li se vira e olha pra mim, que encarava o ar distraída.- Ambre?

 

-Hum?! Oi, sim?- Acordo pra vida e a olho.

 

-Rosalya está no seu lugar, não vai falar nada?- Charlotte explicou enquanto indagava.

 

-A-ah ,sim! Isso!- Dei dois passos a frente e olhei para Rosalya, que fazia uma expressão de "acabe logo com isso". Continuei fraco.-B-bem... Rosalya, poderia me dar licença, esse é o meu lugar e-

 

-Escuta aqui fofa, não estou afim de discutir. Então vamos passar logo para o final... E se eu não sair, vai fazer o que?

 

Com a atitude da garota, finalmente me senti voltando ao meu normal. Sorri malvada e aumentei o tom da voz, a desafiando. Ela sorriu de volta.

 

-Por que a pergunta? Está com medo do que vou fazer?

 

-Medo? Haha, só quero ver qual a besteira que você vai inventar dessa vez!

 

-Besteira?..- Sorri e avanço até o rosto dela.- Vamos ver se acha isso uma besteira, porque eu vou-

 

Paro de falar. Ela me olha e ri.

 

-Vai o que? Nem sabe o que vai fazer!

 

-E-eu vou...- Abaixo o tom de voz me afastando e colocando a mão sobre o estômago, enquanto faço uma expressão meio sofrida. O que faz Li e Charlotte olharem para mim meio preocupadas.

 

Rosalya me olha achando ser um dos meus teatrinhos(dá pra ver no seu olhar) mas então, percebe que algo está errado e, com seu jeito dócil,levanta e coloca a mão em meu ombro.

 

-Ambre?... Tudo bem?...

 

Eu a olho e digo fraco.

 

-Eu...

 

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, coloco a mão sobre a boca e saio correndo da sala de aula, ouvindo algumas vozes gritarem por meu nome. Corro o mais rápido possível para o banheiro e me ajoelho na primeira cabine que vejo aberta,vomitando tudo o que comi no café e um pouco mais. Não demora muito até Li e Charlotte, mais Rosalya, chegarem por trás se abaixarem do meu lado, me ajudando.

 

-Calma, Ambre... coloca tudo pra fora.- A garota de cabelos brancos massageava minhas costas, e falava baixo.

 

-O que você comeu hoje, Ambre?- Li olhava para mim com nojo e indignação.

 

-Quer que eu chame alguém?- Charlotte permanecia de pé, olhando nós três. Eu nada conseguia dizer.

 

-Chame a enfermeira.. Ela pode ajudar!- Rosa olhou para Charlotte, sem parar de esfregar minhas costas e, em seguida, voltou a me incentivar.

 

O que está acontecendo? Será que... Não pode ser...