Fanfic: Justiça || Vondy | Tema: Vondy

* Essa história contem apenas 22 capítulos. *

1

Era uma noite chuvosa, mas apesar disso estava uma calmaria agradável do lado de fora. A brisa da madrugada soprava levemente pelas brechas da janela, o que fez com que Christopher despertasse lentamente do seu sono.

Olhou para o outro lado da cama, a procura de Dulce, mas apenas encontrou um emaranhado de cobertas, indicando que ela estava deitada por um tempo, mas que no momento estava desperta.

Era sempre assim. Dulce gostava de praticar atividades quando todos estavam dormindo. O silêncio era mais produtivo.

Christopher levantou-se e seguiu para sala, onde tocava bem baixinho O Lago dos Cisnes de Tchaikovsky. Era a música preferida de Dulce, que já chegou a interpretar o cisne negro num espetáculo da oficina de ballet em que ela fazia parte.

Parou diante da entrada para ampla sala e encostou-se no batente da porta, relaxado, observando como Dulce se movia levemente pelo espaço. Ela estava com os olhos fechados e interpretava com o corpo o que a música queria dizer. Estava tão focada que sequer percebeu sua presença.

Dulce: Posso sentir seu olhar sobre mim, amor — sussurrou e abriu os olhos, sorrindo, dando de cara com Christopher à sua frente. — Veio me levar para dormir? — brincou.

Christopher: Não, na verdade vim dançar com você — disse abraçando-a por trás. Dulce precisou apenas virar um pouco o rosto e a boca de ambos encaixaram-se com perfeição.

Ele embalava-a nos braços de acordo com a melodia da música, e Dulce não pode conter o gemido que emitiu dos lábios quando sentiu a protuberante excitação de Christopher roçar suas costas.

Dulce gargalhou alto enquanto segurava as mãos de Christopher e o rodopiava sem parar pela sala. Ele, só a encarava, fissurado, com amor, até que resolveu puxá-la pela cintura e distribuir uma trilha de beijos por todo o vale do seu pescoço.

Dulce: Danadinho você — zombou descendo as mãos para barra da camiseta preta dele e a tirou de uma só vez. Pressionou seus corpos um no outro enquanto Christopher ajudava a subir seu próprio vestido.

Em um momento de paixão e luxúria, Christopher abriu o fecho do sutiã de Dulce e apalpou aqueles delicados seios com as mãos. Já ela fechou os olhos, jogando a cabeça para trás e arqueando o corpo, sentindo aquele imenso prazer que Christopher lhe proporcionava.

Foi descendo lentamente as mãos pelo corpo dela, acariciando-a, e levou com ele a pequena calcinha que Dulce usava. Enquanto ela tirava sua calça juntamente com a cueca, Christopher aproveitou para começar a estimulá-la na intimidade, penetrando-a com dois dedos, num vai e vem delicioso.

Dulce: Por favor, Chris — gemeu baixinho, contorcendo-se sobre os dedos ágeis dele.

Christopher a pegou no colo, e Dulce trançou as pernas ao redor da cintura dele, carregando-a para o sofá mais próximo. Dulce o montou enquanto passeava suas unhas pelo peito firme e másculo de Christopher.

Christopher: Vou te amar para sempre — prometeu, com os dentes trincados, no mesmo instante que Dulce desceu lentamente no seu colo, envolvendo o membro dele com sua abertura úmida, de modo perfeito.

Dulce o beijou e repetiu no seu ouvido várias vezes o quanto o amava e que não viveria sem ele. Christopher subiu a mão pela perna dela com força enquanto aumentava o ritmo das estocadas, que no momento já estavam bem mais fortes e indo mais fundo.

Dulce: Mais rápido... — choramingou, puxando ele pelo pescoço para um novo beijo. Nessa altura, a música já estava tocando pela quarta vez. — Isso, amor — delirou revirando os olhos de prazer enquanto rebolava no membro dele.

Christopher: Eu vou... — parou de falar assim que sentiu a intensidade do seu orgasmo chegando. E, mesmo depois de atingir o ápice, ele não parou com as estocadas até que Dulce atingisse o dela também.

Christopher esperou os corpos de ambos esfriarem para sair de dentro de Dulce enquanto a mesma ainda respirava pesadamente no seu peito.

Christopher: Vamos dormir, você vai precisar acordar bem disposta amanhã — lembrou-se que Dulce teria ensaio de manhã no teatro para finalmente a noite estrear seu novo espetáculo.

Dulce: Estou muito ansiosa. — comentou enquanto pegava a camiseta  de Christopher, que o mesmo estendia. — Obrigada. — deu-lhe um selinho, levantando-se do seu colo e colocando a camiseta, que bateu na metade de suas coxas. Christopher colocou novamente a sua cueca e a calça.

Dulce correu para desligar a vitrola portátil, interrompendo o instrumental.

Christopher: Não precisa se preocupar, você estará maravilhosa, como sempre — abraçou-a por trás e juntos caminharam de volta para o quarto. — Agora durma um pouco — deu um beijo na bochecha de Dulce assim que ela deitou-se ao seu lado, e o abraçou pela cintura, descansando a cabeça no seu peito desnudo.

Não demorou muito e os dois dormiram, abraçadinhos e muito apaixonados.

***

No dia seguinte, Dulce agilizou para trancar a porta de casa e correr até o carro do seu marido, que a esperava pacientemente.

Dulce: Estou bonita? — Perguntou ajeitando o coque frouxo no seu cabelo. Deixou a sua bolsa com os preparativos e roupas para mais tarde no banco de trás.

Christopher: Está linda amor — sorriu, beijando-a na boca.

Ligou o carro e seguiu em direção ao teatro principal da cidade. Com sorte, não enfrentou trânsito nenhum.

Dulce preparava-se para sair do carro quando Christopher a agarrou pelo braço.

Christopher: Hey, e o meu beijo? — questionou, desligando o carro. Dulce sorriu.

Dulce: Você vai vir para estreia?

Christopher: Claro! — confirmou sorridente como se fosse óbvio, em seguida inclinou-se para mais perto dela. — Eu vou estar aqui para te assistir, não importa o que aconteça.

Dulce enrubesceu levemente, tamanha era felicidade em que sentia no seu coração, e o beijou.

Começou com movimentos lentos, um simples roçar dos lábios, mas logo Dulce sentiu a língua de Christopher pedindo permissão para adentrar na sua boca, o que não demorou muito para ser permitido. O beijo demonstrava muito amor, carinho, paixão e desejo de ambas as partes.

Dulce: Preciso mesmo ir — riu encerrando o beijo por falta de tempo, e fôlego. Deu um último beijo nele e abriu a porta do carro assim que pegou sua bolsa no banco de trás. — Te amo — bateu a porta e afastou-se.

Christopher: Também te amo! — gritou em resposta pela janela do carro antes de Dulce sumir entre as grandes portas do teatro.

Christopher ligou o carro novamente e partiu para empresa de ônibus no qual trabalhava de contador.

***