Fanfic: Continue Dançando | Tema: Original
CAPÍTULO 1
Por volta de umas três horas da manhã Luce ainda estava terminando seu trabalho de biologia que teria que entregar amanhã, já que tinha ficado o dia inteiro ensaiando para a sua apresentação nesse final de semana, ela estava exausta, porém esse trabalho valia a metade de sua nota do semestre.
Assim que Luce finalmente terminou o seu trabalho se permitiu descansar um pouco, mas pouco tempo depois seu despertador tocou, resmungando, Luce se levantou e foi direto para o banheiro para tomar um banho gelado na intenção de despertar, demorou uns quinze minutos e saiu para não se atrasar, secou o cabelo e foi pegar o seu uniforme perfeitamente passado, se vestiu e desceu as escadas, encontrando sua mãe e seu padrasto tomando café da manhã.
– Bom dia – Luce disse enquanto se sentava-se à mesa
– Bom dia – Sua mãe e seu padrasto responderam juntos.
Luce pegou um pedaço de bolo de laranja mas sua mãe lhe encarou e ela desistiu e então apenas encheu a metade um copo de suco de abacaxi.
– Você sabe que eu não estou fazendo isso pelo seu mal Lucinda, sábado você tem uma apresentação e todas nos queremos você impecável naquele colam, e você sabe muito bem que tem um desfile super importante para mim esse mês, imagina, a filha de Angélica Price não caber no vestido, seria um desastre não é mesmo? Então feche essa boca e não perca um dia de ensaio, tudo bem? Para o seu bem. – Angélica deu um sorriso pesado para sua filha, Luce não queria decepcionar a mãe então apenas concordou – Agora acabe esse suco que o Davi já está te esperando – Davi era seu motorista, o adorava com todas as forças, ele sempre que a consolava quando sua mãe reclama de seu peso o que errou algum passo durante a dança.
– Bom dia Davi. – Luce entrou no banco de trás da confortável BMW X4 preta e Davi fechou a porta e entrou no carro.
– Bom dia ruivinha, está tudo bem? Parece cansada. – Davi era a pessoa mais próxima de um pai que ela já teve, ele a conhecia extremamente bem.
– Tudo sim, só estou um pouco cansada, fiquei a madrugada inteira fazendo o bendito trabalho de biologia, sério, eu odeio aquele professor. – Luce pode ver pelo retrovisor que Davi sorriu – E você? Está tudo bem?
– Está sim. – Logo o motorista deu partida no carro e fez o caminho até a escola, não demorava muito, já que morava a quatro quadras de lá.
– Obrigada Davi, não precisa me buscar hoje, vou para a academia com a Anna. – Luce acenou para o mais velho que a respondeu com um balançar de cabeça.
Luce entrou no colégio e procurou Anna com os olhos, como não a encontrou decidiu deixar sua bolsa no armário já que estava pesada. O corredor estava muito movimentado, e o seu armário era no final dele, então até chegar lá Lucinda se encontrou com alguns amigos, parando para conversar às vezes, quando estava chegando perto, percebeu que o armário ao lado do seu já não estava mais vazio, um garoto muito alto e forte, com os cabelos longos e escuros e roupas largas estava tentando abrir, sem muito sucesso.
– Oi, você é novo aqui? – Luce tentou chamar a atenção do garoto mas não deu muito certo – Quer que eu te ajude? – Tentou se comunicar mais uma vez, porém foi ignorada novamente. –Meu nome é Lucinda, mas pode me chamar de Luce – Luce esticou a mão em direção a ele e a única coisa que recebeu em troca foi um olhar intimidador, então Luce juntou a mão ao corpo novamente. – Bom como eu nunca te vi aqui eu suponho que sim, você é novo aqui, essa escola é gigante, quem sabe eu posso ajudar a encontrar a sua sala. – Ela abriu um sorriso em direção ao menino que a olhou novamente.
– Não precisa. – Ele disse secamente finalmente conseguindo abrir seu armário e depositando uns livros pesados ali, pegou um potinho de bala de dentro de sua mochila e a colocou dentro do armário também.
– Então você fala. – Luce disse descontraída, abrindo o seu armário também. – Bom se mudar de ideia me procure. – Ela olhou para ele e deu uma piscadinha. – Posso ao menos saber o seu nome?
– Daniel. – Ele fechou o armário e saiu andando deixando Lucinda falando sozinha.
– Luce – Uma voz fina gritou atrás de Lucinda, ela sabia exatamente quem era, sua melhor amiga desde quando se conhece por gente, Savannah, a loira veio correndo em sua direção e a abraçou.
– Oi Anna, que animação é essa? – Luce riu da alegria da sua amiga.
– Sabe o Cameron? Então. – Ela deu uma pausa como se quisesse fazer suspense. – Ele me chamou para sair no sábado. – Anna contou batendo palminhas, mas quando viu a cara da amiga parou na hora. – Sábado é o seu dia não é? – Ela disse olhando para Luce que concordou com a cabeça.
– Não se preocupe amiga, eu ainda tenho muitas apresentações pela frente, pode sair com ele, não é todo dia que um gato como ele te chama para sair. –Luce disse com o seu melhor sorriso, ela estava feliz pela amiga, finalmente ia sair com o garoto que ela tanto queria.
– Você está louca? Nunca faltei uma apresentação sua e não vai ser um garoto que vai me fazer faltar, eu posso muito bem marcar outro dia. – Disse Anna séria, ela amava sua amiga mais que tudo, e sabia que ela precisava de sua ajuda, ela conhecia muito bem o que acontecia nessas apresentações e sabia que sua amiga iria precisar dela.
– Mudando de assunto, você viu o menino novo? – Luce perguntou olhando para os lados para ver se acha o tal garoto.
– O mal-educado que esbarrou em mim e não pediu desculpa? E ainda me olhou de cara feia? Sim eu o vi, e não passa de um rostinho bonito. – Anna revirou os olhos enquanto falava, Luce riu com o gesto da amiga.
– Ah, eu achei ele bonitinho, ele só deve ser tímido, ou alguma coisa assim, você não pode julgar ninguém sem conhecer dona Savannah Gisors, isso é feio. – Luce fingiu repreender sua amiga, mas acabou rindo da cara de sua amiga. – Vem, vamos, agora tenho aula de Química e o Sr. Otávio odeia atrasos. – Luce começou a andar pelo corredor e Anna veio atrás.
– Tenho aula de Literatura agora, aquela velha ainda me mata de tédio um dia. – Luce riu do exagero da amiga, mas tinha que concorda que a Srta. Sophia era uma idosa muito difícil de lidar. Quando Anna chegou a sua sala deu um abraço na amiga e Luce continuou andando até o laboratório, no meio do caminho ela reconheceu Daniel e correu um pouquinho para alcançá-lo.
– Olá Daniel, parece que o destino quer nos juntar. – Ela disse divertida já imaginando o garoto rolar os olhos, e foi exatamente isso que aconteceu, ela não aguentou e riu com aquela cena.
– Ta me seguindo? – Ele a olhou de cima a baixo e parou encarando seus olhos, isso a deixou vermelha e ele achou aquilo engraçado.
– Não, estou indo para a aula. – Luce estava envergonhada, olhou para baixo para evitar encará-lo então viu um papel em sua mão direita e o mesmo potinho de bala que ela tinha visto Daniel tirar da mochila. – Me da uma bala? – Ela disse sem pensar e o viu serrar os olhos. – Ah qual é, é só um bala.
– Estou atrasado. – Daniel tentou passar por ela mas ela parou na frente dele.
– Desculpa, não queria te pressionar, afinal, era só uma bala, mas não vou mais tocar no assunto, então, vai ter aula de que agora? – Ela disse tentando mudar o humor do garoto que ficou na defensiva do nada, apenas por ela ter pedido uma bala. O menino olhou para o papel que ela reconheceu ser os horários dele.
– Química. – Ele falou meio incerto – Me disseram que era para cá a sala. – Ele, que ainda a encarava olhou para baixo como se estivesse se repreendendo por falar mais de três palavras.
– Que maravilha, estou indo para lá, vamos, eu te levo. – A menina disse animada e botou a mão no braço dele para guia-lo, mas no mesmo momento ele deu um passo para trás. – Ok, sem contato físico, entendi, me siga então. – Ela andou e olhou para trás para ver se Daniel estava atrás dela, e lá estava ele, com as mãos no bolso, olhando para baixo e a seguindo, ela não pode evitar e acabou sorrindo com a cena, logo os dois estavam no laboratório, porém eles estavam atrasados, ela se distraiu tanto tentando fazer Daniel falar com ela que não percebeu quando o sinal tocou.
– Lucinda, está atrasada, você sabe o que eu acho sobre atraso. – Otávio olhava sério em direção à porta que Luce e Daniel estavam parados.
– Me desculpe Sr. Otávio, eu me distraí. – Luce olhou para Daniel que estava um pouco atrás dela. – Acabei encontrando um aluno novo e perguntei se poderia ajudá-lo a achar a sala. – Luce fez a sua melhor cara de cachorro que caiu da mudança.
– Tudo bem, agora sentem e não atrapalhem minha aula. – O professor voltou a falar sobre células enquanto Lucinda se juntava a sua parceira, e Daniel sentou em uma mesa sozinho no fundo da sala.
Depois da aula de Química, Luce tinha aula com o professor Mário, de Biologia, ele era um velho pançudo e com a barba grande e meio grisalha, os alunos o chamava homem do saco, já, que quando usava calça o saco dele marcava e parecia que ele tinha uma vagina entre as pernas, Luce que reparou isso e contou para Savannah, já Savannah contou para escola inteira, e agora o professor é conhecido como o homem do saco. Lucinda apresentou seu trabalho e ganhou A+, ela ficou feliz, e sabia que não merecia menos que isso, já que ela tinha realmente se esforçado para fazer aquele trabalho, e sua apresentação foi incrível, no meio tempo em que seus amigos de turma apresentavam seus trabalhos Luce reparou que Daniel não tinha ficado essa aula também. Depois da aula de Biologia era hora do almoço, Luce deu graças a Deus quando o alarme tocou, dizendo que ela teria cinquenta minutos livres, devagar Luce arrumou suas coisas e andou em direção ao seu armário. Ela o abriu e deixou seus livros nele, pegou sua garrafinha de água azul com algumas nuvens e pegou seu iPod , colocou em alguma música aleatória e estava indo procurar sua amiga quando viu um Daniel pálido tentando ficar em pé, se apoiando nos armários, sua primeira reação foi correr até ele.
– Ei, está tudo bem? – Luce o tocou no ombro e ele a olhou assustado. – Calma, vem senta aqui. – Luce ajudou Daniel a sentar no chão e sentou ao lado dele. – Toma, bebe um pouco de água. – Ela entregou a garrafa na mão de Daniel e percebeu que o menino estava tremendo. Daniel tomou um pouco da água de Luce e quando começou a se sentir um pouco melhor resolveu se levantar. – Ei, calma, senta aqui mais um pouco. – Luce também se levantou.
– Não precisa, já estou melhor. – Ele a olhou tentando demonstrar confiança em suas palavras mas Luce não acreditou, nem ele mesmo tinha acreditado naquilo.
– Você pode ficar o intervalo comigo. – Luce deu um sorriso sincero, ela realmente queria que Daniel ficasse mais um tempo com ela.
– Não, já estou bem. – E novamente ele a deixou falando sozinha, mas dessa vez não foi por vontade própria, ele queria passar um tempo com a garota que estava pegando em seu pé, ela parecia ser legal, ninguém tinha tentado se aproximar assim dele há muito tempo, mas ele sabia que não podia.
Luce encontrou sua amiga, já sentada em umas das centenas de mesa que tinha naquele refeitório.
– Lucinda Price, onde a senhorita estava. – Savannah disse encarando a amiga e apontando um garfo em sua direção, Luce riu da amiga.
– Com o Daniel. – Ela deu de ombro e sentou-se à mesa em frente à amiga
– O novato esquisito? – Anna botou uma batata frita na boca.
– Ele não é esquisito, e sim é o garoto novo, ele parece ser legal. – Luce disse pensativa e bebendo um pouco da sua água.
– Acho que tem alguém apaixonadinha. – Savannah olhou para Luce que parecia ter entrado em outro universo, estalou os dedos em frente o rosto da amiga três vezes para conseguir recuperar sua atenção. – Ei, volta para terra querida. – Anna disse rindo da cara da amiga.
– Desculpe, disse alguma coisa? – Luce piscou algumas vezes e depois encarou a amiga que estava com um sorriso gigante no rosto. – Cruzes Anna, ta me dando medo, parece o coringa. – Luce disse rindo e tentando descontrair do seu breve momento em que esteve pensando nele.
– Você que me dá medo por se apaixonar pelo esquisitão. – Anna acabou com suas batatas e virou o seu suco todo de uma vez. – Nossa como eu estava com fome, não vai comer nada não Luce? – Luce deu um sorriso triste.
– Sábado tenho apresentação, se eu não couber naquele colam mamãe me mata. – Luce disse meio cabisbaixa.
– Lucinda você sabe muito bem o que eu acho sobre isso não é? – Savannah odiava quando sua amiga fazia greve de fome quando estava chegando suas apresentações, era os dias que ela mais gastava energia e quase não comia nada.
– Eu sei, e você prometeu que não ia mais falar sobre isso lembra? – Luce odiava quando Anna tentava fazer a cabeça dela e desobedecer às ordens de sua mãe.
– Tudo bem, me desculpe. – Anna olhou para a sua amiga mais uma vez. – Vamos ir juntas para a dança hoje? – Tentou mudar de assunto, odiava brigar com Lucinda, ainda mais por causa de sua mãe.
– Vamos. – Luce bebeu mais um pouco de sua água. – Já falei com o Davi que não precisava me buscar hoje.
– Tudo bem, só vou ter que passar em casa antes, esqueci de trazer a minha roupa.
– Você só não esquece a cabeça porque ela é grudada no corpo. – Luce riu da cara da amiga e deu um tapa em sua testa. – Vem o sinal já vai bater e eu ainda tenho que pegar uns livros com a Isa.
– Vai na frente, eu vou encontrar o Cam. – Anne disse e na mesma hora levou um beliscão. – Ai, não precisa disso, eu não vou matar aula nem nada, só vou falar com ele. – Disse a amiga passando a mão aonde tinha ganhado o beliscão. – Isso dói. – Ela fez bico.
– É para doer mesmo. – Luce riu da cara da amiga e depois foi ao seu armário.
O resto do dia passou rápido, teve mais três aulas com Daniel, mas ele nem a olhava. Quando o último sinal tocou, ela trocou a sua roupa para um colam azul bebê e uma saia branca de dança prendeu seu cabelo em um rabo-de-cavalo alto e ia colocar sua sapatilha somente quando chegasse à academia, pegou sua bolsa e foi esperar sua amiga voltar, ela sabia que sua amiga ia demorar, por isso já esperou trocada, para não se atrasarem, enquanto Anna estava se trocando ela ficou sentada no banco que fica em frente ao colégio.
– Está sozinha? – Uma voz conhecida perguntou.
– Estou esperando uma amiga acabar de se trocar. – Ela abriu um sorriso
– Ata bom. – Daniel coçou a nuca, ele sempre fazia isso quando estava nervoso. – Eu to indo. – Olhou para Luce. – Tchau. – Daniel começou a andar, mas sentiu uma mão delicada em seu braço.
– Nos também vamos para aquele lado, se você quiser esperar um pouquinho nos podemos ir juntos. – Luce tirou a mão rápido de seu braço quando percebeu o olhar de Daniel sobre ela.
– Acho melhor não, até mais. – Ele voltou a andar, mas um pouco mais a frente ele deu uma olhada para trás, péssima ideia, ela ainda o encarava, e quando viu que ele olhou para trás ela sorriu e acenou para ele, Daniel olhou para frente de novo e se condenou por ter falado com ela.
– Posso adivinhar o motivo desse sorriso bobo? – Anna apareceu atrás de Lucinda dando um enorme susto na amiga, que gritou e colocou as mãos no peito.
– Meu Deus Savannah, ta querendo me matar do coração? – Luce disse ainda ofegante.
– Desculpe. – Anna ria da amiga. – Vai me dizer com quem a senhora estava falando enquanto eu estava me trocando?
– Vamos logo Savannah, quero ensaiar antes das meninas chegarem. – Luce pegou a mão da amiga e começou a puxar, Anna riu de sua amiga que tentava fugir do assunto.
– Foi o Daniel? – Anna chutou e viu a amiga corando e parou de andar na hora. – Lucinda Prise, você estava com o Daniel?
– Vou te deixar para trás. – Luce continuou andando tentando se livrar do assunto em que sua amiga queria se meter.
– Não adianta fugir, eu vou te colocar contra a parede Lucinda. – Anna correu um pouco para alcançar Luce, que preferiu ficar calada antes que se complicasse mais.
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– Amiga minha mãe veio me buscar, quer carona? – Anna perguntou enquanto saia da academia.
– Não precisa não, vou ligar pro Davi vir me buscar. – Luce disse sorrindo e cumprimentando a mãe da amiga de longe, com um aceno.
– Tem certeza? – Anna estava parada em frente à amiga.
– Tenho sim. – Luce sorriu novamente e abraçou a Anna.
– Tudo bem, até amanhã. – A loira correu até o carro da mãe e entrou, mandando beijos para Luce que estava parada em frente à academia.
Luce pegou seu telefone e ligou para Davi.
– Alô? – Luce disse assim que atendeu ao telefone.
– Oi ruivinha.
– Oi Davi, pode vir me buscar aqui na dança?
– Claro, chego ai em dez minutos.
– Tudo bem, tchau.
– Tchau.
Luce ficou mexendo em seu celular enquanto esperava Davi chegar, um carro buzinou e ela pensou ser Davi então olhou para frente, mas não estava buzinando para ela, na verdade o carro estava no outro lado da rua, mas antes de Luce voltar à atenção para o seu celular ela viu um cabelo castanho passando entre algumas pessoas e sabia que o conhecia.
– Daniel? – Luce gritou, mas ele não a ouviu. – Daniel? – Luce gritou de novo e agora o menino tinha escutado, estava procurando dando veio aquele grito, quando seus olhos encontrou o de Luce, ele parecia transtornado, estava soado e seus cabelos muito bagunçado, seu supercilho e sua boca estavam sangrando, ele parecia acabado, então antes que Luce pudesse pensar em suas ações foi correndo até ele.
– Ei? Você está bem? – Ela disse ofegante por ter corrido bastante, já que ao invés dele parar ele começou a andar ainda mais rápido, por impulso Luce estendeu a mão para tocar onde estava machucado e ele se esquivou de seu toque.
– Me deixa garota. – Ele disse seco e isso a pegou de surpresa, ela parou por alguns segundos, mas logo se recuperou do susto e voltou a alcança-lo.
– Ei você não está bem, deixa eu te levar para casa. – Ela tentou mais uma vez.
– EU JÁ DISSE PARA ME DEIXA, PORRA. – Ele gritou e no mesmo momento Luce a olhou assustada. – Puta que me pariu. – Ele coçou a nuca e olhou para a garota. – Desculpa ter gritado ok? Só me deixa em paz. – Ela acenou com a cabeça e ele voltou a andar, Luce não sabia o porquê, mas se sentiu mal, não por Daniel ter gritado com ela, mas sim por não ter conseguido o ajudar, seja lá o que tivesse acontecido. Luce voltou para frente da academia e em pouco tempo Davi já tinha chegado.
– Lucinda? Parece pensativa, aconteceu alguma coisa? – Davi a olhou através do retrovisor.
–Não, eu só estou. – Luce parou por um momento. – Cansada, só isso. – Tentou sorrir para o mais velho, mas com certeza parecia mais uma careta do que um sorriso, Davi não engoliu, mas preferiu não comentar nada, por enquanto.
Autor(a): Julia
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CAPÍTULO 2 – Eu vou perguntar só mais uma vez. Escutou? – Daniel olhava o irmão com raiva. – Onde você estava? – Douglas falou devagar como se tivesse falando com uma criança. – Já falei que não estava em lugar nenhum, mais que porra, eu estava andado por ai o que é que tem? – Daniel ...
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