Fanfic: Conto I - Unforgettable Wars | Tema: Cavaleiros do Zodíaco
O dia nem havia amanhecido por completo quando os cavaleiros de Leão Menor e Cisne e a amazona de Lobo começaram sua longa lista de aprimoramentos em seus golpes. Os três eram amigos de infância e sempre estavam juntos em todos os momentos, tanto bons quanto ruins.
— Vamos, Heitor, ataque com tudo o que tem! — pediu o Santo de Cisne, tomando distância.
— Certo Yerik, se prepare... Bombardeio de Leão Menor!
O ataque certeiro fez Yerik voar alguns metros, mas ele caiu de pé, intacto.
— Heitor, um golpe não funciona duas vezes contra o mesmo cavaleiro a menos que você melhore sua técnica... Tente concentrar mais força em suas pernas! — sugeriu o loiro de olhos azuis.
— Você fala demais, Cisne! Será que está preparado para o inesperado? Uivo Mortal! — disse a amazona de Lobo, atacando-o enquanto estava distraído.
Embora o ataque tivesse uma precisão incrível, Yerik conseguiu desviar perfeitamente.
— Tsc, tsc, francamente Kirsi... Seus prismas nem mesmo me atingiram!
— Não tenha tanta certeza... — ela retrucou, abrindo um sorriso.
Ela mal acabou de pronunciar essas palavras e Yerik se ajoelhou de dor, percebendo que havia uma marca de garras na região de suas costelas.
— Como você...?
— Tenho meus segredos... Precisa aumentar sua velocidade, Cisne. — revelou a menina dos cabelos longos e marrons.
— Tudo bem, minha vez... Podem vir com tudo, ao mesmo tempo! — pediu Heitor.
— Tem certeza? — perguntou a amazona.
— Absoluta!
— Você é quem sabe... Pó de Diamante!
— Garras do Anoitecer!!
Heitor se desviou das garras de Kirsi, mas foi atingido pelo Pó de Diamante de Yerik, e um de seus punhos acabou sendo congelado.
— Parabéns, Yerik, seu frio está melhorando... — disse o mais velho enquanto esfregava o pulso, tentando derreter o gelo.
— Droga, parece que preciso melhorar minha pontaria. – reclamou a garota.
— Não, maninha, apenas tente deslocar seus prismas para diferentes direções, assim vai cobrir uma área maior e será mais difícil escapar. — corrigiu Heitor.
— Certo, obrigada pela dica... Agora me ataquem com todas as suas forças, rapazes!
— Patada Selvagem!! — gritou o garoto de olhos verdes e cabelos castanhos.
— Aurora Boreal!!
Kirsi driblou a investida de Yerik, porém acabou entrando diretamente na área de ataque de Heitor, sendo atingida por seu golpe. Ela não recuou, embora ferida.
— Poxa, Heitor, aprendeu a ver o futuro e não contou para nós? — caçoou.
— Talvez... Inveja? — ele fez uma careta.
— Acho que eu posso conviver com isso.
— Haha, mas é claro que pode... — disse, esfregando sua mão nos cabelos da amiga. — Ei, Yerik! Na próxima tente não deixar transparecer tanto onde vai atacar.
— Vou anotar seu conselho... Ah, e Kirsi, tente aguçar sua audição um pouco mais, assim poderá prever o próximo movimento de seus adversários.
— Tá legal... Que tal todos juntos agora?
— Boa ideia. — Cisne concordou com a sugestão.
— Só não vale prever o futuro, hein Heitor!
— Vou pensar no seu caso... Mas saibam que vocês irão perder! O rugido de Leão Menor flameja arduamente e ecoa pelos céus!
— Perder? Essa palavra não está no meu dicionário! O voo do Cisne traz cristais de diamante capazes de perfurar o aço e derrubar montanhas!
— Hah, não sabia que era hora das frases de efeito... Mas que assim seja! Preparem-se para sentir as garras do lobo, que rasgam a terra e dilaceram as estrelas! — finalizou a jovem, com seus olhos castanhos brilhando.
Esse era apenas o começo desse longo dia, que havia acabado de nascer.
Não muito distante dali, nos arredores do Cemitério, a amazona de Dragão aproveitava o silêncio do lugar para meditar e preparar sua mente para o campeonato. Ela não utilizava sua máscara, mas escolheu um lugar tranquilo para ter privacidade do mesmo modo. Estava tudo correndo como o esperado, até que ela ouviu uma voz familiar:
— Olha só, vejam se não é a lagartixinha de Rozan... — pentelhou uma voz masculina. — Como sempre, prefere ficar aí parada em vez de treinar... É muito ingênua mesmo!
— Hidra, você está incomodando... Se retire, por favor. — pediu, sem abrir os olhos.
— Ora essa, Meiying, depois de tantos anos é assim que recebe seu antigo amigo? — questionou o punk de moicano preto com bordas vermelhas.
— Quer saber Relinde, deixa pra lá.
— Hah, imagino que esteja pensando na sua derrota e por isso não quer que eu lhe atrapalhe... Muito bem, então lhe deixarei sozinha... Nos vemos em breve, lagartixa!
Relinde de Hidra se afastou, deixando Meiying para trás. A amazona era calma, mas ele sempre conseguia tirá-la do sério.
— Maldito seja Relinde, sempre me atrapalhando... Mas isso não importa, preciso me preparar psicologicamente se quiser vencer.
— Não se deixe abalar pelas palavras dele, Meiying. Ele não sabe o que diz. — disse uma outra voz conhecida, dessa vez de mulher.
— Aristides?! — Meiying reconheceu o cosmo e a voz na mesma hora.
— Sim, sou eu. Já se passou algum tempo desde que nos vimos pela última vez, não é mesmo? — a garota dos cabelos curtos e castanhos sorriu.
Meiying se levantou e abraçou a melhor amiga — que não via há alguns anos — no mesmo instante.
— Por Zeus, veja só você! Realmente conseguiu a armadura de Raposa como havia me prometido!
— Eu nunca quebro uma promessa, não é mesmo?
— Não, nunca... É muito bom te ver novamente!
— Digo o mesmo... Acabei de voltar ao Santuário, estava em uma missão aqui perto e fiquei sabendo que você iria participar do torneio. Como eu já havia terminado o que me foi pedido, decidi voltar e me unir a vocês.
— Foi uma ótima escolha... Pena que certas pessoas nunca mudam. — resmungou a outra.
— Está falando de Relinde? Hahaha, ele não tem jeito mesmo... Mas depois que você passa um tempo com ele, vê que não é tão ruim assim... Ele teve uma infância difícil e um treinamento muito duro... Eu sinto pena dele, se me permite dizer. Basicamente foi obrigado a ter essa personalidade contra sua vontade, mas no fundo ele é apenas uma boa pessoa com um coração ferido, sem ninguém por perto.
— Eu... nunca olhei por esse lado.
— Não se culpe, a maioria pensa a mesma coisa por que não conhece a história dele... Mas enfim, posso treinar com você? Conheço um ótimo lugar.
— Seria ótimo Aristides. Você gostaria de chamar Relinde também? Vai que... né... — insinuou.
— Aquele cabeça oca não aceitaria nem se eu implorasse, mas vale a pena tentar. Está disposta?
— Sim, tudo por um... Caham... — pigarreou. — ... amigo.
— Vamos lá então, ele foi por ali!
As duas correram pelos arredores e o encontraram. Hidra estava andando tranquilamente, sem rumo ou preocupações... Depois de uma conversa curta — e de Meiying ter pedido desculpas — Relinde acabou aceitando a oferta e os três partiram para o local de treino, onde ficaram lutando até o sol se por.
— Prepare-se Relinde, sinta o meu poder! Arquejo da Raposa!
As ondas sonoras disparadas por Aristides o acertaram em cheio, fazendo com que Hidra caísse de costas no chão. Porém, logo o mesmo se levantou, tentando disfarçar:
— Chama isso de arquejo? Hahaha, foi no máximo um zumbido! Minha vez... Eu escolho atacar a lagartixa aí!
— Pode vir Relinde, não conseguirá me atingir!
— É o que vamos ver... Presas Venenosas!
Ela tentou se proteger com o escudo do dragão, mas recebeu o golpe do mesmo jeito, ficando atordoada por causa das presas de Hidra.
— Como é um treino, não havia veneno nessas daí... Mas se fosse de verdade, você estaria morta! — ameaçou.
— Vai sonhando.
— Mei, sua vez... Me ataque com tudo! — pediu a amazona de Raposa.
— Não se arrependa depois... Dragão Voador!!
Aristides contra atacou com seu arquejo, mas ele não foi efetivo e ela caiu de uma altura perigosamente elevada.
— Perdão, Ari. Exagerei? — perguntou Meiying, arrependida.
— Não, minha defesa que está muito fraca... Aliás, todos nós acertamos nossos golpes, mas raramente conseguimos nos defender... Que estranho.
— Não havia reparado nisso... Droga o torneio é em algumas horas, o que faremos?
— Façam o que quiserem, mas eu vou pra casa dormir... Preciso do meu sono de beleza e não posso decepcionar meus fãs amanhã. Nos vemos depois, Raposa e Lagartixa. — respondeu Relinde, convencido.
— Tudo bem, Hidra... mas se for derrotado não nos culpe! — retrucou a amazona de Dragão.
— Eu? Derrotado? Hahaha, boa piada... — riu e se foi, deixando as duas sozinhas.
— Bem... E você Ari, o que vai fazer?
— Sabe, acho que aquele maluco tem razão. Se só treinarmos, sem descanso, não chegaremos a lugar nenhum... Deveríamos ir para casa também.
— É verdade... Mas eu ainda pretendo meditar durante um tempo.
— Acho que é aqui que nos despedimos, velha amiga... Foi muito bom te reencontrar... Desejo-lhe sorte!
— Igualmente!
A noite finalmente chegou e os treinamentos acabaram. Os Santos precisam de todas as suas forças para o dia seguinte, e para isso decidiram economizar energia tendo uma boa noite de sono. Até mesmo Alceu e Kibou ficaram exaustos.
— Garotas, acho que já chega... Deveríamos ter acabado há meia hora! —advertiu a amazona de Grou.
— Mas Kibou, precisamos trinar mais! — disse Soranin.
— Ela está certa... Se continuarem assim, não conseguirão dormir e ficarão cansadas para o grande campeonato. — concordou Alceu, tentando se manter acordado.
— Admito que um descanso não cairia mal... — tentou dizer Andrômeda, bocejando.
— É verdade... Vamos meninas, ou ficarei cansada a ponto de não saber mais onde é minha casa. — brincou Linus.
— Então vamos logo... Só espero que não tenhamos que nos enfrentar no torneio.
— É mesmo, irmã! A partir desse momento passamos de colegas para concorrentes. — percebeu Sui.
— Boa sorte para vocês então, porque vão precisar! — caçoou Lince, rindo.
— Eu não vou perder!
— Muito menos eu, se preparem! — disse Soranin, por fim.
— Um pouco de competitividade é bom, mas não exagerem, crianças... — a voz de Alceu soava tensa.
— Relaxa "mestre", isso não vai subir à cabeça delas... São inteligentes demais pra isso. — consolou Kibou, colocando as mãos nos ombros de Alceu.
— Espero que esteja certa. Vou torcer por isso.
E assim outro dia chegou ao fim para os Santos de Bronze. Embora cada um tivesse qualidades e personalidades diferentes do outro, todos carregavam um dilema dentro de si, que seria respondido no dia seguinte. Junto às feridas que carregavam dentro de seus corações, existia também a força de vontade que guiava o destino de todos eles, que agora, após tantos anos, estavam novamente juntos. Elevariam seus cosmos e se preparariam para a batalha, pois a chave da vitória estava dentro de cada um!
Autor(a): rc2099
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
O dia amanheceu tranquilamente no Santuário. Embora alguns cavaleiros e amazonas estivessem ansiosos, aos poucos iam chegando à Arena e se juntando aos demais. Enquanto esperavam o Grande Mestre anunciar como seria aquele torneio, uma amazona subiu e parou ao seu lado no altar improvisado, onde alguns Santos de Prata estavam senta ...
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