Fanfics Brasil - O Amor Sempre Vence: Companheiros se Enfrentam! Conto I - Unforgettable Wars

Fanfic: Conto I - Unforgettable Wars | Tema: Cavaleiros do Zodíaco


Capítulo: O Amor Sempre Vence: Companheiros se Enfrentam!

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Conto I - Unforgettable Wars/Capítulo 15 - O Amor Sempre Vence: Companheiros se Enfrentam!



 



  Todos imediatamente se dirigiram para seus lugares, esperando serem chamados ao "ringue", que era marcado no chão em tinta branca, igual as áreas específicas, para começarem a lutar.



  Em poucos minutos, uma confirmação chegou por meio de um soldado raso e finalmente o Papa disse que começariam a segunda fase. Ele então chamou, com a voz séria, porém calma:



 — Raposa e Leão Menor, apresentem-se para o combate.



  Os dois obedeceram, mas Heitor se deteve por um instante, olhando para Yerik e Kirsi, que não se falavam desde o incidente mais cedo.



  Quando notou que Heitor olhava para ele, Cisne fez um sinal de positivo com a mão e piscou um dos olhos. A amazona demorou um pouco mais para perceber pois ficava encarando o chão, mas quando levantou o olhar e o viu, sorriu e sussurrou as palavras "Você consegue, irmãozão!".



  Aristides faz a mesma coisa, olhando para Meiying – que mesmo de olhos fechados por conta de sua deficiência conseguiu sentir o olhar de Aristides, abrindo um leve sorriso – e Relinde, que virou a cara para fingir que não se importava.



  Quando chegaram no ringue, a luta foi autorizada a começar, e a ação começou. A primeira a atacar foi Aristides, que usou seu Arquejo da Raposa, deixando Heitor atordoado por um momento. Aproveitando a oportunidade,  ela decidiu atacar novamente.



 — Prepare-se para a derrota, Leão Menor, sinta o poder do Salto das Profundezas!!



  Aristides só percebeu que tinha feito uma escolha ruim quando uma de suas pernas foi parada ainda no ar pelo punho de Heitor.



 — Não esteja tão certa disso, amazona. – disse o garoto, com um olhar exigente.



  Ela girou seu corpo e conseguiu se libertar. Olhou para o Santo de Leão Menor, tentando atacá-lo de novo. Incrivelmente, quando disferiu seu punho, ele não estava mais em sua mira.



 — Onde diabos...? – Aristides surpreendeu-se.



 — Precisa abrir mais os seus olhos, Raposa. – respondeu Heitor, que já estava atrás dela.



  Ele usou o Bombardeio de Leão Menor e Aristides foi jogada para trás, quase deixando a área de luta e perdendo por T.K.O.



 — Não pense que vai me derrotar assim tão facilmente. – ameaçou enquanto se levantava. – Receba a técnica mais poderosa de Aristides de Raposa: Nobre Essência!!



  Ele tentou se desviar dos feixes de luz emanados por Aristides, mas como estava cego temporariamente, acabou não percebendo que ela já estava acima de si, caindo em sua direção em uma altíssima velocidade.



  Quando finalmente compreendeu a situação, Heitor estava caído de costas olhando para o céu. As vozes da platéia estavam abafadas em seus ouvidos, mas não importava. Ele apenas precisava prestar atenção nos movimentos da amazona e descobrir uma brecha.



 — Quando eu uso a Nobre Essência, meus sentidos se aguçam e sou capaz de prever os movimentos do meu oponente. – explicou a Santa. – Minha velocidade duplica e minha audição se torna muito mais poderosa, possibilitando que eu ouça cada ruído que você faz e antecipe tudo!



  Heitor se levantou bem devagar e refletiu sobre as palavras da amazona de Raposa, atacando-a em seguida com um soco comum – apenas para testar a teoria que havia acabado de formular.



 — Eu já disse, Santo de Leão Menor... Não importa qual movimento você faça, eu posso pressenti-lo e me desviar com astúcia de cada um deles. – disse, bloqueando todos seus socos com elegância.



 — Talvez esteja certa, mas não custa nada recorrer à um ataque diferente!... Ouça com atenção o Rugido de Leão Menor!!



  A amazona de Raposa – e todos os outros na Arena – levaram as mãos aos ouvidos, incomodados com as ondas sonoras emanadas por Heitor. Embora fosse realmente alto, Aristides parecia estar sofrendo mais do que todos os outros, pois logo caiu no chão de tanta dor que sentia. Seus tímpanos estavam quase estourando, e ela não conseguia se concentrar.



 — Ari!! – gritou Meiying, que embora fosse cega, conseguira ouvir muito bem o barulho da amazona indo ao chão.



  Leão Menor parou seu rugido, mas Aristides não se levantou. O Grande Mestre não viu outra opção além de anunciá-lo como o vencedor da luta.



 — Heitor de Leão Menor é o vencedor do primeiro combate! Parabéns, jovem Santo, você foi classificado para a terceira e última fase!



  A platéia e alguns Santos vibraram e imediatamente o cavaleiro agradeceu com uma reverência, correndo em seguida até a amazona caída.



 — Você está bem? – perguntou, preocupado, ajudando-a a se levantar.



 — Só estou um pouco zonza... – ela colocou a mão no rosto, coberto pela máscara em forma de Raposa. – Nossa, como conseguiu me derrotar desse jeito? – perguntou, limpando sua armadura.



 — Na verdade foi bem simples – admitiu o  garoto – você mesma revelou o seu ponto fraco para mim.



 — O quê?! – ela se espantou.



 — Não se lembra? Você disse que quando usa a Nobre Essência sua audição fica mais apurada... Bastou apenas um rugido significativamente alto para te desestabilizar e você cair.



 — Poxa, é verdade. Nem havia notado isso.



 — Você lutou bravamente, amazona. Parabéns.



 — Agradeço... Enfim, foi uma luta justa.



 — Claro... Espero que nos reencontremos em breve, como nos velhos tempos.



 — Haha, com certeza nós vamos. Vou exigir uma revanche qualquer dia desses!



 — Pois saiba que eu aceito!



 — Que assim seja... Foi um prazer lutar contigo, Heitor. – disse Aristides, estendendo-lhe a mão.



 — Igualmente. – ele sorriu, correspondendo o aperto de mãos.



  O Papa pediu para que eles se afastassem e dessem espaço para o próximo combate. Logo a equipe médica chegaria para cuidar de seus ferimentos... Eles foram até seus companheiros e começaram a conversar enquanto aguardavam.



 — Lutou bem, Ari. – comentou Meiying. – Esse machucado no seu queixo está um pouco feio. Cuide dele, hein.



 — Obrigada. Espero que você tenha mais sorte que eu, Mei. – respondeu, levando a mão ao queixo e verificando se sangue escorria. – Eu vou cuidar sim, pode deixar.



 — Nah, não foi tão ruim assim... Mas como o melhor sempre fica para o final, o glorioso Relinde de Hidra fará a melhor batalha da história, no combate número quatro!



 — Com certeza, Hidra. – disse Aristides, sarcástica, colocando a mão no ombro do amigo.



  Enquanto Relinde se vangloriava, relatando tudo que faria em sua luta contra a amazona de Fênix, o adversário de Meiying, Yerik de Cisne, conversava com o Santo de Leão Menor.



 — Poxa vida, Heitor, aquilo foi surpreendente! Realmente pensou muito rápido... Parabéns por ter conseguido a primeira das seis vagas.



 — Haha, obrigado, mas nem foi tudo isso, Yerik.



 — Se você diz. – o siberiano deu de ombros.



 — Heh... Vou ali ver se Kirsi está bem, volto daqui a pouco.



 — Tudo bem... Depois me conte como ela está, certo?



 — Pode deixar.



  Ele se aproximou da área de Kirsi e ela o recebeu de braços abertos.



 — Heitor, você lutou muito bem! Estou orgulhosa!



 — Só por que você e Yerik estavam aqui para me dar apoio. Se não fosse por vocês, eu não estaria aqui.



 — Amigos fazem essas coisas mesmo. A gente pega no pé, mas quando precisa sempre estamos aí.



 — Certo, certo... Mas Kirsi, você está bem?



 — Por quê não estaria?



 — Você parecia meio triste naquela hora.



 — Ah, não foi nada... – ela baixou o ânimo da voz e suspirou. – Já passou.



 — Saiba que eu me importo com você, e por isso vim te perguntar... Certas pessoas também estão preocupadas... – insinuou o cavaleiro, acenando a cabeça na direção de Yerik.



 — Oh... Eu não sabia que ele tinha ficado assim... – ela se sentiu envergonhada. – Eu iria até lá agora, mas não posso deixar minha posição.



 — Tranquilo. Quando o combate dele acabar, ele virá até aqui, aí vocês conversam, tudo bem?



 — Ok... Veja, a equipe médica chegou... Vá cuidar desses ferimentos logo, não quero ver você derramando sangue por aí!



 — Mas...!



 — Não me faça sair daqui e te arrastar até lá! – ela ameaçou, brincando.



 — Hahaha... Só você mesmo.



  O Papa voltou a falar, chamando até a arena central os Santos de Unicórnio e Camaleão.



  Andando lado a lado, Ulysses não evitou trocar olhares nervosos com Jhesebel – que não correspondeu. Se posicionaram e então a luta começou.



 — Não queria ter que fazer isso com você, Ulysses... Sinto muito mas é preciso... Chicote Estelar!



  O chicote de Jhesebel se alongou na direção de Ulysses e o atingiu na barriga, fazendo-o cambalear para trás. Ela então procurou aplicar um chute na mesma região, tentando fazer com que ele saísse da arena.



  O menino tentou a todo custo evitar todos os ataques desferidos pela amazona, mas foi atingido pela maioria. Ela realmente era rápida.



 — Unicórnio, pare de tentar se desviar em vão e me ataque logo! Vai dizer que se esqueceu da sua promessa?!



  Essas palavras mexeram com Ulysses. Ele sabia que o que estava fazendo não era certo. Era um homem de palavra e tinha que provar isso.



 — Se é isso o que você quer, tudo bem... Me desculpe, Jhesebel! Chifre do Unicórnio!



  Ele saltou no ar e desferiu dezenas de golpes com as mãos, muito parecidos com chifres de unicórnio, que acertam em cheio a companheira. Ela não cedeu, embora machucada.



 — Finalmente mostrou seu poder, Ulysses... Pena que ele não é páreo para minha força de vontade! Camuflagem Animal!!



  Ela então sumiu, parecendo ficar invisível. Confuso, o adversário andava pelo ringue, tentando localizá-la. O resultado foi Ulysses sendo atingido nas costas pelo chicote mais uma vez.



 — Preste mais atenção! – disse a amazona, atacando-o cada vez com mais velocidade, de diferentes pontos da arena.



 — Droga! Não há saída... – o suor escorria pela testa do Santo. – Se eu continuar recuando e tentando me desviar, acabarei sendo derrotado! Só me resta uma alternativa... Eu não gostaria de usá-la, mas é o único jeito...



  Ele cerrou os dentes e correu até o ponto mais afastado da arena, dando um imenso salto, e então atacou:



 — Conheça a técnica secreta de Ulysses de Unicórnio, capaz de criar terremotos na terra, e furacões nos céus: Galope dos Mil Unicórnios!!!



  O golpe foi esmagador a ponto de fazer a terra tremer por completo. O Santuário inteiro deveria ter sentido aquele abalo, pois as pessoas que assistiam aos combates ficaram instantaneamente paralisadas. A amazona de Camaleão, ainda invisível, tentou deter os chutes de Ulysses com seu chicote, porém, quando viu, já estava de costas para uma das paredes de mármore, com um imenso rastro de destruição a sua frente, o que fez com que os olhos de Athos se arregalassem perante à situação. Nunca em sua vida havia imaginado que seu amigo poderia ter um poder daqueles.



  Tanto por ter deixado o ringue quanto por ter sido nocauteada, Jhesebel ficou fora de combate, e logo o Grande Mestre apontou Ulysses como o vencedor do segundo combate.



  Aristides e Heitor, que agora já haviam sido medicados e tratados, foram correndo na direção da Santa, que não demonstrava reação alguma. Raposa então se pronunciou:



 — Ela tem pulsação e respira normalmente, só está inconsciente por ter recebido inúmeros golpes.



 — Mas Jhesebel ficará bem, certo? – perguntou Ulysses, indo em sua direção.



 — Assim que for tratada, provavelmente. – respondeu Heitor.



  Os médicos a examinaram cuidadosamente, juntamente ao companheiro, e cuidaram de seus ferimentos. Após receber um pouco mais de oxigênio, a amazona de Camaleão abriu os olhos, para a alegria do Santo de Unicórnio.



 — E-e-eu... Eu venci...? – perguntou, confusa.



 — Não... Eu usei minha técnica secreta e você voou longe.



 — Ótimo. – riu.



 — O quê?! Como assim "ótimo"? Você ficou seriamente ferida!



 — Ora essa, se não fosse por mim, você não teria mostrado seu real poder... – ela se ajeitou na maca, sentando. – Você precisa parar de pensar que nós, amazonas, somos frágeis, Ulysses. Não importa onde ou quando, precisa dar o seu melhor.



 — Eu... Me desculpe, Jhesebel... É que eu te amo e me preocupo com você...



  As palavras saíram do nada, foi inevitável. Ulysses finalmente admitira seu amor por Jhesebel em voz alta. Não havia mais volta.



 — Eu sei disso, Ulysses, mas você sabe que uso uma máscara... Desculpe não corresponder com esse sentimento.



 — Tudo bem, eu já sabia disso desde o princípio... Mas fico feliz que você esteja bem. – sua animação desapareceu.



 — Eu também, Ulysses... – a amazona baixou o tom, um pouco decepcionada. – Eu também...



  Os dois se abraçaram e se direcionam para perto de Athos, aguardando a próxima luta começar.



 — Parabéns, chifrudinho. Aquilo foi realmente surpreendente... Pena que não posso dizer o mesmo de você, chatonilda. – ele mostrou a língua para ela.



 — Obrigado, Athos.



 — Tanto faz, pelo menos eu dei o meu melhor. – retrucou a Santa.



 — Lá vem você de novo com essa história de politicamente correto... Isso enche o saco, sabia?



 — Pff, peixe idiota! – reclamou, cerrando os punhos e se afastando para poder assistir ao próximo combate.



 — Ei, ei, chifrudinho! Agora que ela se foi, posso falar com você?



 — O que você quer? – perguntou o outro, tirando o cabelo bege da frente do rosto.



 — E ai, como foi? Contou pra ela?



 — Contei... Mas ela disse que não corresponde ao meu sentimento.



 — Puxa, que fora, hahaha! Queria ter visto a cena! – Athos começou a rir.



 — É, foi triste... Mas quem sabe um dia conheço alguém que-...



 — Você? Conhecer alguém? – o cavaleiro de Golfinho o interrompeu, gargalhando. – O piadista chifrudinho ataca novamente!



 — Pelo menos estou melhor do que você, que ama todas e não se declara para nenhuma! Hah!



 — Não por muito tempo, caro amigo... Não por muito tempo.



 — O que você está tramando?



 — Nem te conto... Hahaha!



 — Não vai me dizer que... Está realmente pensando em conquistar Andrômeda? – Unicórnio acompanhou a risada do amigo. – Essa eu quero ver!



 — Vamos apostar então?



 — Aposto e ganho! Olhe só pra ela, nem olha para você... Estão na mesma área mas ela está no limite da arena para evitar contato!... Mas também, depois do que fez com ela na frente de todos, não era pra menos.



 — O quê? Aquele beijo? Hah! Foram só as minhas boas vindas... Quem manda ela não usar máscara? Assim eu me apaixono, poxa. – brincou, com seu jeito palhaço.



 — Pode até ser, mas ela ficou com raiva e tenho certeza que vai descontar em você no último combate!



 — Isso é o que vamos ver.



  Finalmente, após alguns minutos, Cisne e Dragão foram chamados para iniciarem o terceiro duelo.



 — Boa sorte, amigo. Você consegue! – desejou Heitor.



 — Agradeço... Mas ficaria mais feliz se certas pessoas me perdoassem. – respondeu, em tom tristonho.



 — Ela já perdoou, confie em mim.



 — Valeu.



  Enquanto caminhava em direção ao ringue, Yerik olhou para trás, fitando Heitor e Kirsi, que agora conversavam alegremente. A amazona sentiu seu olhar e o retribuiu. O Santo de Cisne deu um leve sorriso e ela fez o mesmo. Por um curto período de tempo ele teve certeza de que iria vencer a batalha, se não por si mesmo, por seus amigos.



  Mas esse sentimento não durou muito, pois assim que a disputa começou, foi o primeiro a ser atingido.



 — Você é muito distraído, Cisne! Dragão Voador!



  Ele recebeu o ataque bem no peito direito, perdendo o equilíbrio e quase caindo.



 — Você que pensa... Pó de Diamante!



  Meiying levantou seu escudo, numa tentativa desesperada de deter o ar frio de Yerik e se defender, mas falhou. Parte do escudo acabou congelado.



 — Acha que congelar meu escudo vai me impedir de te atacar? Pff, vamos terminar isso logo... Sinta meu ataque mais poderoso: Cólera do Dragão!!



 — Aurora Boreal!!



  Um choque de ataques ocorreu, formando um espetáculo de gelo e feixes de luz temporário. A névoa, no entanto, permaneceu, dificultando a visão dos espectadores.



 — Hum, você é bom. – elogiou Meiying, tirando a neve da armadura.



 — Você também não é ruim... Mas será que resiste aos cristais vindos da Sibéria? Dance, Cisne: Trovão Aurora Ataque!!



 — Sua mira deixa a desejar... – disse a amazona de Dragão, defendendo-se com seu escudo e absorvendo o impacto por completo.



 — Eu não mirei em você. – o siberiano sorriu.



 — O quê...?!



  Meiying de Dragão olhou para o escudo e percebeu que metade dele havia se quebrado. Os cacos caíam aos seus pés... O encarou por um minuto e dirigiu a palavra ao oponente:



 — Como conseguiu quebrar o escudo indestrutível do Dragão?!!



 — Você é uma amazona de Bronze. Sua armadura congela quando exposta a determinada temperatura, a qual não é difícil de eu conseguir chegar... Usei o Pó de Diamante para testar sua força e resfriar o ar ao mesmo tempo. A Aurora Boreal permitiu que sua armadura congelasse mais ainda, fazendo com que eu só precisasse de um último golpe para destruir seu escudo e inutilizar sua defesa.



 — Posso não ter mais o escudo mais resistente, mas ainda tenho o punho mais forte! – trovejou ela. – Sinta o poder do Dragão dos Cinco Picos Antigos de Rozan: Cólera do Dragão!!



 — Tsc, tsc. Um golpe não funciona duas vezes contra o mesmo cavaleiro... – rebateu o loiro, enquanto desviava do ataque e a acertava na barriga.



 — Argh... – arquejou a amazona, cuspindo sangue da boca e se recompondo. – Você... não vai... vencer! Experimente minha técnica secreta: Explosão de Rozan!!!



  Os olhos de Meiying se abriram, iluminados com uma cor dourada brilhante. Seu cosmo começou a transbordar e todos ficaram chocados com seu poder, que criava rajadas de vento ao seu redor enquanto a explosão era preparada.



 — Yerik, cuidado!! – gritaram Heitor e Kirsi ao mesmo tempo.



 — Espelho de Cristal!!



  Todos os flocos e cristais que caíam lentamente ao redor dos dois se uniram na frente de Yerik, formando uma parede protetora. Como o nome do golpe já dizia, esta parede na verdade era um espelho feito de cristais de gelo, que refletiam a luz e formavam uma barreira.



 — Não!! – a Santa gritou ao perceber o que estava prestes a acontecer, cruzando os braços na frente do rosto em forma de um X.



  O ataque de Meiying, que havia ido diretamente para o cavaleiro de Cisne, se chocou contra o espelho e foi refletido para a mesma, fazendo com que esta recebesse o ataque por completo, destruindo boa parte de sua armadura e lançando-a para fora do ringue. Nem mesmo o que havia restado do escudo do Dragão foi o suficiente para deter o ataque refletido. Ela havia sido derrotada por si mesma.



  O Papa anunciou Yerik como o vencedor e ele calmamente deixou a arena, indo na direção dos médicos, que se dividiram em dois grupos para cuidar de cada um deles.



 — Mei!! – Aristides gritou, chegando até a amiga. – Fala comigo!



 — Ari... é você? Eu... estou bem... Eu acho... – ela demorou, mas respondeu.



 — Se afaste, senhorita, ela pode ter quebrado algum osso. – um dos médicos pediu.



 — Desculpe. Cuidem dela, sim?



 — Faremos tudo que estiver ao nosso alcance, querida. – uma moça respondeu.



  Eles a examinam e detectaram somente e um tornozelo torcido, cuidando de seus ferimentos logo após a imobilização.



  Yerik não apresentava danos muito graves, então rapidamente foi liberado. Não conseguiu evitar em ir ver como a amazona de Dragão estava.



 — Desculpe te machucar tanto, não era minha intenção.



 — A culpa não foi sua, eu que fui muito descuidada. – ela respondeu, de certa forma agradecida pelo nobre gesto.



 — Obrigado pela luta, Meiying. Você é realmente muito forte.



 — Não por isso... Mas hoje quem levou a melhor foi você. Reconheço seu esforço.



 — Então... amigos? – ele coçou a nuca.



 — Claro. Amigos.



  Yerik sorriu e se afastou, voltando para perto de Heitor. Meiying ficou sentada, conversando com Aristides.



 — Cara, que incrível! Como fez aquilo? Não conhecia essa sua técnica! –Heitor se mostrou admirado.



 — Você não é o único com segredos por aqui, meu amigo.



 — Pelo visto não mesmo... Hahahaha... Mas o que foi aquilo com a amazona de Dragão? Vai dizer que o "solitário" cavaleiro de Cisne tem amigos agora? – disse Heitor, com sarcasmo.



 — Ora essa, se o "grande Santo de Leão Menor, que tem um rugido flamejante capaz de ecoar aos céus" é modesto, por que o "anti-social" Cisne não pode ter pessoas ao seu redor? – retrucou, rindo.



 — Só espero que nesse barco haja espaço para a "reservada" amazona de Lobo! – gritou Kirsi, um pouco distante dos dois.



 — Sempre cabe mais um! – falou Leão Menor.



 — Tranquilo, têm tanto espaço quanto na Arca de Noé! – brincou Yerik.



 — Acho bom mesmo... A propósito, sua luta foi sensacional!



 — Obrigado. Sei que a sua também será, Kirsi... Valeu pelo apoio, pessoal.



 — Não há de quê! – as vozes de Lobo e Leão Menor soaram em uníssono.



  Heitor se aproximou da arena para ver a luta seguinte, deixando Kirsi e Yerik sozinhos, conversando.



 



 



 



 



 — Fênix, Hidra. Se apresentem para o combate! – pediu o Grande Mestre.



 — Preparem-se, pois vão presenciar a melhor luta de todas, a mais espetacular que já viram em suas vidas! – Relinde disse às amazonas de Dragão e Raposa enquanto se dirigia ao ringue.



 — Aham... Ok... Estou muito ansiosa... – pigarreou Meiying.



 — Você consegue, Relinde! – respondeu Aristides.



 — Eu sei disso. Eu sou demais mesmo!



 — E muito modesto também... – Meiying sussurrou.



 — E como. – Aristides concordou, rindo.



 



 



 



 



  Soranin caminhava meio aflita, não hesitando em olhar para Linus e Sui a cada passo, que percebiam seu nervosismo e a tranquilizavam... Conseguiu distinguir as palavras que Linus pronunciava com os lábios em silêncio. "Você é capaz e sabe muito bem disso", ela dissera. Já sua irmã, que estava bem mais longe, disse cinco palavras que ela conhecia muito bem, coincidentemente as mesmas que sussurrara anteriormente aos pais em sua última visita: "Meiyo", "Shinko", "Akogare", "Ai" e "Kazoku".




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Autor(a): rc2099

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

    O Grande Mestre autorizou e logo a luta começou. Soranin foi a primeira a atacar:  — Não queria te machucar, Hidra, mas eu preciso realmente vencer! Pássaro Mitológico!   Os chutes e socos da Santa desapareceram no ar. Relinde nem se moveu, apenas cruzou os braços, deixando-a confusa.   ...


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