Fanfic: Conto I - Unforgettable Wars | Tema: Cavaleiros do Zodíaco
Assim que o dia amanheceu, as duas irmãs se encaminharam para o Coliseu juntamente ao mestre, Alceu. Desde pequenas adoravam ir até lá para ver as batalhas entre Santos, e todo mês ocorria uma batalha de classificação no treinamento dos aspirantes das patentes de Bronze e Prata, assim como alguns duelos entre dourados, para fins de treino.
Naquele dia, cinco armaduras de Prata seriam disputadas: Perseu, Cães de Caça, Grou, Lagarto e Águia, sendo que cada uma seria conquistada pelo vencedor de cada um dos cinco duelos diferentes. Os participantes que perdessem deveriam voltar ao treinamento, mas não haveria uma garantia de que se tornariam Santos algum dia.
— Mestre, quem será seu ajudante? – perguntou Sui.
— Ainda não sei... Apenas me informaram que será aquele que tiver o cosmo mais bondoso ao colocar a armadura. – respondeu Alceu.
E então a batalha começou. O primeiro duelo era pela armadura de Lagarto.
O veterano Feres batalhou incansavelmente contra Diana, e se tornou o vencedor. A amazona reconheceu sua derrota e o cumprimentou honrosamente. Ela possuía cabelos curtos e azuis, que combinavam com sua pele branca. Seu mestre era o Santo de Touro... Já Feres era loiro e tinha lindos olhos azuis, claros como o dia, e era um pouco mais moreno que Diana. Era discípula do cavaleiro de Escorpião.
Ao colocar a armadura, o cosmo de Feres se tornou calmo e alegre, demonstrando um pouco de ansiedade... Mas não era ele o escolhido.
Logo foi a vez de Perseu. A jovem Mirtaka conquistou não só a armadura, mas também a torcida de todos. Aprendiz de Capricórnio, deu o seu melhor e não desistiu em sua batalha contra Bertrand. Ambos tinham cabelos cor de areia e os olhos do rapaz eram castanhos. Bertrand ficou meio triste com sua derrota, mas admirou a coragem de Mirtaka.
Ela vestiu a armadura e seu cosmo, embora bondoso, demonstrava mais orgulhoso do que qualquer outra coisa. Também não era ela.
Então veio Cães de Caça. A disputa foi mais acirrada por se tratarem de irmãos. No último segundo, o novato Aristhon venceu Dario. Embora irmãos, não se pareciam nem um pouco, – tirando o cabelo preto. Dario tinha seus cabelos curtos e Aristhon compridos. O veterano era menos pálido e seus olhos avermelhados pareciam esconder mil segredos. Já o novato, conquistava a alma de quem quer que ousasse espiar por sua íris azul escura, e era baixinho se comparado ao outro. O primeiro era discípulo de Sagitário e o segundo de Leão. Sem ressentimentos, eles se abraçaram e Aristhon trajou sua mais nova posse. Seu cosmo transbordava satisfação e companheirismo pelo irmão... Mas não era o escolhido.
A próxima foi Águia, obtida pelo formoso Ézio, discípulo do Santo de Câncer. Alto de cabelos negros e olhos tempestuosamente cinzentos, superou seu adversário Michael, aprendiz de Peixes, que era exatamente seu oposto – cabelos prateados, olhos vívidos e alaranjados, baixa estatura e aparência frágil. A platéia nunca havia visto uma luta tão sangrenta e repleta de violência. Michael teve de sair carregado para a enfermaria enquanto Ézio transbordava sangue e se recusava a sair dali.
Ele colocou a armadura e o resultado foi um cosmo tão agressivo que todos se sobressaltaram, arregalando os olhos enquanto ele ofegava, sedento por mais combate. Nem precisaram pensar para perceberem que ele não seria.
E por último veio Grou. Foi uma batalha honrosa e pacífica, tanto física quanto mental. A vencedora foi Kibou, que assim como as irmãs Sui e Soranin, era japonesa. Possuía lindos cabelos cor de coral e era discípula de Sagitário – embora seu signo fosse Áries. Seu oponente foi a poderosa Sienna, que tinha pele morena e cabelos louros enrolados. Era discípula de Virgem.
Quando vestiu sua armadura, todos ficaram em silêncio. Aquele cosmo calmo, controlado e seguro, era acima de tudo bondoso – e poderosíssimo. Todos pararam o que estavam fazendo e se voltaram para ela, com medo.
Não se ouviu nenhum ruído até que ela agradeceu com uma reverência, cumprimentou sua adversária, que também estava paralisada, se desculpou, e se retirou da arena. Ela certamente deveria estar chorando por trás da máscara.
— S-S-Sui.... C-como ela... – gaguejou Soranin. – Por Zeus... – sua voz falhou.
— Hã... Uau, isso foi incrível! – comentou Alceu, chocado.
— M-mestre... – sussurrou Sui. – A-as pessoas... elas...
— Sim... Todos no Santuário sentiram esse cosmo... Não sei como isso é possível, mas é como se todos os problemas do mundo desaparecessem de uma hora para outra... Essa serenidade... essa calma... esse sentimento... – ele respirou fundo. – É tão bom...
Apenas quando o Grande Mestre acordou do choque, avaliou a situação, encerrou o torneio e mandou todos para suas casas que as coisas se estabilizaram. Alceu, Sui e Soranin foram às pressas procurar Kibou, afinal, era perigoso alguém com um cosmo daqueles ficar vagando sem destino por aí.
— Já procuramos em todas as vilas, onde ela está? – disse Sui, quase tropeçando em si mesma enquanto tentava acompanhar os dois.
— Se você tivesse um cosmo poderoso e procurasse paz, para onde iria? – questionou o mestre.
— Bom, há três lugares possíveis... E um deles não me agrada nem um pouco... – comentou Soranin.
— O jardim... – concluiu Sui, como se isso fosse óbvio.
— O cemitério... – completou o Soranin, soando distante.
— E Star Hill... – disse o mestre, fitando o nada com um olhar sombrio. – Não gosto nada disso, mas teremos que nos dividir.
— Concordo, vamos procurar nos respectivos lugares. Nos encontraremos assim que o sol se puser, no anfiteatro. Assim não procuraremos mais do que necessário caso alguém a tenha achado.
— E se não a acharmos, continuaremos amanhã. – continuou Fênix, completando o pensamento da irmã.
— Exatamente. Mestre, o senhor tem certeza de que quer ir até lá? Apenas o Papa tem permissão.
— Na verdade Sui, nem um Santo de Ouro consegue se aproximar daquele lugar. Mesmo uma amazona com um cosmo tão intenso e pacífico não conseguiria passar pela defesa, nem mesmo pela mais básica... Então eu apenas vou chegar o mais perto o quanto me é permitido. Sou um ex Santo de Prata, lembram-se?
— Sim, senhor Alceu de Ofiúco. – provocou Sui, batendo continência.
— Bons tempos... Mas enfim, vamos logo, nosso tempo está acabando.
— Vocês podem ir na frente... Eu... tenho uma coisa pra fazer antes... – antecipou Soranin. - Juro que não vou demorar.
— Você é quem sabe, irmã... Até daqui a pouco.
Cada um seguiu seu caminho, menos Soranin. Ela ficou ali, parada por um tempo, pensando no que estava prestes a fazer e as consequências que isso traria para si.
Autor(a): rc2099
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Sui tinha em mente o Jardim porque seria o primeiro lugar em que ela iria se quisesse ficar sozinha, já que o veneno das rosas permitia somente que amazonas conseguissem ficar lá, por conta das suas máscaras que não deixam o pólen passar e chegar até seu nariz. Enquanto corria, imaginava o que os outros ...
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