Fanfic: Um presente especial:Você - AyA - Mine Web Especial de Natal | Tema: AyA, Ponny, Anahi, Alfonso Herrera

- Alfonso...

Ruth Herrera chamava com sua voz rouca, fraca, e falha, deitada em sua cama hospitalar. Cama que pertencia a um dos melhores hospitais de todo o México. Mas, infelizmente, nem mesmo os melhores médicos e hospitais de todo o mundo, poderiam salvar Ruth de um câncer horrendo. Estava chegando a hora de Ruth partir deste mundo. E ela sabia. Porém, não poderia partir sem ver os seus dois filhos – especialmente o mais velho -, frutos seus e de Armando Herrera, falecido há doze anos.

Os últimos doze anos foram terminantemente terríveis. Só Deus sabe como difíceis foram, principalmente para os filhos que eram muitos jovens, foram às pessoas que mais sofreram. Sua pequena filha caçula sofrera, mas com o tempo se reergueu voltando a ser a filha meiga e sorridente, mas é claro, que ainda sentia saudades do pai. Ela se recuperou. Menos o seu filho. Alfonso se tornou sério e responsável, ainda com 17 anos quase completos, assumiu a empresa do pai, na qual ele vivia somente para ela. O filho era infeliz, mas ela tentaria mudar tudo. Ela mudaria tudo. Por essa razão, precisava lhe falar antes que partisse.

 - Aixa... – chamou – Preciso falar com meu filho. Agora. Preciso ver os meus filhos antes que eu me vá... – sussurrava para Aixa, a enfermeira que se tornara sua amiga durante o tempo que esteve no hospital.

 - Eles logo estarão aqui, Ruth. Não se preocupe. – assegurou-lhe, triste por sua amiga. Ela logo partiria para um mundo melhor. Seu tempo de vida estava acabando.

 - Eu preciso, por favor. – insistiu. A enfermeira suspirou assentindo.

Mesmo doente e mal, Ruth sabia ser teimosa e insistente quando queria.

 - Irei chama-los imediatamente. – Aixa a deixou sozinha no quarto por alguns minutos, e logo voltou com duas figuras lindas e atraentes ao seu lado.

Alfonso Herrera entrava pela porta do quarto de sua mãe Ruth, acompanhado por Melody Herrera, sua irmã, e a enfermeira Aixa, também amiga de sua mãe.

 - Mãe... – disse Mel, em seu choro. Esta caminhou até onde sua mãe se encontrava, pegando em sua mão.

 - Não chore filha, vai ficar tudo bem sim? – Alfonso respirou fundo, controlando a vontade imensa de chorar, precisava ser forte pela irmã e pela mãe. Alfonso sabia que a hora estava chegando, e ela partiria como o seu pai. Pai...

A saudade que havia em se peito era imensa, o pai fazia-lhe muita falta, e sua mãe também faria. Então só restaria ele e a irmã. Que difícil era. Tornara-se sério e fechado depois da morte do pai. Era descontraído apenas com as pessoas próximas a ele e que o conheciam bem, já com o resto era frio e por vezes até mesmo insensível. Por quê?! Ele não sabia. Talvez seja a consequência de ser o dono de uma grande empresa, ter assumido muitas responsabilidades, e tendo que amadurecer rápido e cedo demais. Quem sabe até mesmo ter medo de se apegar a alguém e ela partir, como o seu pai, e agora também a mãe...

 - Mel, seu pai e eu vamos amar você pra sempre. Você e seu irmão. Nós estaremos juntos com vocês sempre. – disse Ruth ao acariciar o rosto da filha.

 - Nós também amamos você, mamãe... – Mel disse com a voz embargada.

 - Seja sempre você mesma, Mel, haja o que houver, em qualquer situação, até mesmo em um relacionamento. Não use máscaras. Nunca se esqueça de minhas palavras filha... – suspirou – Agora me deixe com o seu irmão, precisamos conversar. Eu te amo, filha. – depois de um beijo e um abraço apertado, Mel deixou o quarto junto com Aixa, para dar a privacidade que os dois precisavam.

 - O que deseja mamãe? Está sentido algo? – perguntou preocupado

 - Não filho, mas agradeço a preocupação. Preciso falar-lhe algo importante, quero que não me interrompa e me prometa que irá cumprir o que desejo. – confuso, apenas assentiu – Tenho um último desejo antes de partir. – sua voz agora firme, mas ainda um pouco fraca. – Na véspera de natal, quero que algumas semanas depois de minha partida, você irá jogar as minhas cinzas ao vento como fiz com o seu pai, porém, terá que ir sozinho filho. Nenhum de seus grandes amigos, parentes, ou até mesmo Mel poderá acompanha-lo. Logo após terá que passar o dia procurando por algo, não me pergunte o que é, porque eu não sei o que será. Quando o dia tiver terminado, lerá a minha carta durante a noite, sozinho. Deixei tudo explicado sobre o que deve fazer em outra folha. Ela está com Aixa. Entendeu-me?

 - Sim, mamãe. Prometo-lhe que o farei...

Prólogo postado com sucesso! *-*

Espero que gostem <3

Próximo poste hoje ou então amanhã!