Fanfic: Um presente especial:Você - AyA - Mine Web Especial de Natal | Tema: AyA, Ponny, Anahi, Alfonso Herrera

 - Namorada? - Any me perguntou quando estávamos a caminho do local onde minha mãe queria que eu deixasse suas cinzas.

 - Não tenho namorada. Digamos que meu último namoro foi meio conturbado. – respondi.

 - Como assim?

 - Fuzz só estava interessada no meu dinheiro. Era uma interesseira. Tanto que me traia com muitos outros homens. Posso ter 29 anos, mas sinceramente, não quero ter outros relacionamentos, principalmente se forem por interesses!

- Entendo.

 - E você?

 - Bom, assim como você, não quero outros relacionamentos. O meu último relacionamento foi o suficiente. Rodrigo me traia com o primeiro rabo de saia que aparecesse na frente dele! – revirou os olhos – O vi na cama com uma mulher, ele foi atrás de mim, mas não o quis.

 - Um idiota! – disse. Encarou-me confusa.

 - Quem?

 - Seu Ex! Você é linda, Any. Ele foi um idiota por te trair! – ela corou violentamente, sorri encantado.

- E sua família? – perguntou mudando de assunto.

O frio do inverno de Boston era congelante, e em dezembro caia neve para todos os lados. Mas por algum motivo desconhecido, apesar da neve caída, o clima era quente. A mãe natureza e seus mistérios...

 - Eu tenho uma irmã mais nova. Somos muito próximos. – respondi. – Ela está muito sensível e triste com a morte da nossa mãe.

 - Eu também tenho um irmão. Mas ele é mais velho. Na verdade, não somos muito parecidos fisicamente. O que impressiona algumas pessoas. Todos dizem que eu pareço muito com a minha mãe com os cabelos do meu pai, - sorriu triste – enquanto o meu irmão se parece mais com o meu pai com os cabelos da minha mãe. – riu.

Respirei fundo.

 - E seu pai? – perguntei. Any mordeu o seu lábio, um pouco... Nervosa?

Será que seu pai também havia morrido?

 - Ele está... Morto? Perguntei hesitante. Ela negou.

 - Não. É que... – suspirou – É complicado! – respondeu por fim.

 - Entendo.

 - E o seu? – me encarou.

 - Ele morreu há alguns anos. Quando eu tinha 17. – respondi com pesar.

 - Ah, Alfonso. Eu sinto muito! – disse envergonhada. – Eu não devia ter tocado nesse assunto. – peguei uma de suas mãos.

 - Não tem problema, Any. – sorri de canto, beijando sua mão carinhosamente.

Por um momento, ouve um silêncio entre nós. Encarávamo-nos por um longo período de tempo. Uma conexão se estabelecia entre nós. E eu só consegui pensar em como ela era linda...

 - Então... – ela começou – Nós já chegamos? – olhei em volta, e assenti.

Eu estava tão distraído na nossa conversa que nem notei que havíamos chegado. O local era um... Parque, digamos assim! Público, porém, não muito frequentado já que, por haver muitas árvores e um denso mato. Era como uma floresta. Só que mais pequena. E grande. Ótimo pra fazer trilhas.

 - E então? – Any me perguntou – Parece... Grande demais, né? Você conhece esse lugar? Alfonso, você pode ser perder! – arregalou seus lindos olhos azuis – Você não pode entrar ai sozinho! – gargalhei – Não ria – me deu um tapinha no braço – Isso é sério!

 - Não se preocupe Any. Conheço esse lugar com a palma da minha mão!

 - Como assim? – um vinco se formou em sua testa.

 - Meus pais se conheceram aqui. – ela abriu sua boca em um O surpresa. Ri um pouco.

 - O que?

 - Te explico no caminho. – adentramos o lugar.

Meu coração estava um pouco acelerado naquele momento. A hora estava chegando...

 - Meu pai, quando tinha a minha idade, veio aqui com o mesmo objetivo que o meu neste momento. Minha vó havia morrido, e pediu ao meu pai o mesmo que minha mãe desejou. Então, meu pai conheceu minha mãe no trem. O mesmo trem que eu peguei hoje. Eles se apaixonaram! – apertei a urna com força – E em um único dia decidiram se casar.

 - Casar? Tão rápido?

 - Sim. Eles se completavam, Any. Não queriam perder tempo. Casaram-se um mês depois. – ela suspirou. – Sempre traziam a mim e a Melody aqui. Fazíamos piqueniques juntos. Brincávamos.

 - Lindos! – concordei. Tentando não me afogar em lágrimas.

 - É aqui. – já estávamos um pouco distante de onde entremos. – As cinzas do meu pai também foram jogadas aqui pela minha mãe, Any.

  - Eu sinto muito, Poncho. – pegou em minha mão. Eu neguei, não querendo chorar. Seja forte, Alfonso. Beijei as costas de sua mão, delicadamente.

Pousei a urna na grama e a abri, tirando os dois saquinhos cheios que havia lá. Entreguei um deles a Any.

 - Me ajuda? – ela assentiu.

Abrimos os saquinhos, grandes e cheios. Vi Anahi deixar que as cinzas da minha mãe se fossem com o vento. Com lágrimas nos olhos, fiz o mesmo. Um filme passou na minha cabeça, todos os momentos que tivemos juntos, com meu pai, com a minha mãe, com Mel...

Cansado de guardar tudo pra mim, solucei alto. Tentei não chorar em nenhum momento. Eu estava cansado de guardar aquilo. De não poder desabafar. Sem perceber, vi que lágrimas e mais lágrimas caiam do meu rosto. Anahi me abraçou forte, acariciando minhas costas, e percebi que ela também chorava.

Ficamos abraçados por um bom tempo. Já tinha chorado tudo o que estava engasgado na minha garganta. Meio sem graça, Any me olhou. Não estávamos mais abraçados agora, mas de mãos dadas.

 - Tá tudo bem?

 - Não sei... – falei sincero. Uma lágrima fina desceu do meu rosto.

 - Não chora mais. Por favor. – pediu, enxugando minha lágrima. Segurei sua mão, que estava no meu rosto.

 - Obrigado. Por está aqui. – ela sorriu de canto, com as bochechas coradas.

Acariciei o seu rosto, meu coração batia descompassado, e encarei aqueles olhos azuis. E então...

Simplesmente a beijei. Com todo carinho que tinha.

Beijávamo-nos com calma, aproveitando o momento. Seus lábios eram tão macios e doces, que não pensei em deixa-los. Desci as mãos para sua fina cintura, e a trouxe para mais perto de mim. Continuamos nos beijamos por um tempo, e então nos separamos. Com as testas juntas uma a outra. Sorri pra ela, que retribuiu com as bochechas coradas.

 - Linda! – ela abaixou seu olhar para a grama. Peguei seu queixo e fiz com que Any olhasse pra mim. – Quero te beijar de novo... – sussurrei. Não achei que fosse possível ela corar mais, mas me enganei.

 - É... E... Eu também. – gaguejou um pouco, com o rosto pegando fogo.

A beijei mais uma vez, terminando com um selinho carinhoso. Sentei-me na grama e a puxei para sentar-se ao meu lado. Ficamos um tempo em silêncio. A cabeça de Any estava deitada no meu ombro, nossas mãos entrelaçadas, enquanto eu acariciava seus cabelos. A ouvi suspirar.

 - Alfonso... – me chamou baixo. – Eu não estou preparada para um relacionamento. Eu não quero me apegar a alguém agora. Eu saí de um relacionamento há pouco tempo, e...

 - Shiii... – a silenciei. – Eu entendo. Também não quero um relacionamento, Any. Eu tenho uma proposta pra você. – ela me olhou, curiosa.

 - Que proposta? – perguntou curiosa. Levantei-me e a puxei junto, virando-a para mim, nunca soltando suas mãos.

 - Vamos passar o dia juntos. Esqueça tudo. Vamos viver o hoje e não pensar no amanhã.

 - Mas, Alfonso... – começou e eu a interrompi.

 - Eu ainda não terminei moça. – ela ergueu uma das sobrancelhas para mim. – No final do dia, vamos nos separar. – por algum motivo desconhecido, me doía o coração ao dizer essa parte. – Cada um voltará para suas vidas como se nunca tivesse acontecido nada. Tudo bem para você?

Ao ouvi respirar fundo, e dizer:

 - Sim... Eu aceito.

Sorri de canto, e a abracei forte, levantando-a do chão. Ela gritou surpresa. E logo estávamos gargalhando juntos. Joguei-me na grama com ela junto. Ficamos lado a lado, deitados.

 - Louco! – me acusou rindo um pouco. Peguei sua mão e beijei as costas da mesma. Isso estava virando hábito.

Ela sorriu pra mim, se aconchegando no meu peito. A encarei, sorrindo, por um bom tempo. Sem perder tempo a beijei com carinho mais uma vez. Passamos minutos nos beijando na grama, fazendo carinho um no outro.

Mais uma vez nos beijávamos, até sermos interrompidos pelo celular de Any, que tocava insistente. Ignoramos, mas continuou tocando e tocando...

Eu a soltei, irritado pela interrupção. Tirando o celular do bolso, Any atendeu, e percebi que também estava aborrecida. Sentando-me, acariciei seu rosto, a encarando.

 - Eu estou bem... – dizia seguidas vezes para a pessoa do outro lado da linha. Fiquei curioso, e talvez com um pouco... De ciúmes? Não mesmo! – Não se preocupe comigo... – ela assentiu – Claro que eu vou... – um vinco se formou em minha testa. Ir? Onde? – Ok. Tchau! – desligou, me encarando.

Senti uma vontade enorme de perguntar com quem estava falando, aonde ela iria, e quem aparentava se preocupar tanto com ela. Mas não pude. Não tinha esse direito. Eu não era nada dela.

 - Desculpe. – falou sem graça. Dei-lhe um selinho, decidindo esquecer esse telefonema. Não era nada demais!

 - Não tem problema algum. Estou te atrapalhando em alguma coisa? – perguntei não querendo ser inconveniente.

 - Não! – balançou a cabeça negativamente.

 - Acho melhor sairmos daqui. – sugeri sorrindo. Any assentiu. – Vamos comer em algum lugar e darmos um passeio pela cidade, o que acha? – Any sorriu, mostrando o quanto era mais linda.

 - Vamos!

 Se possivel... ENLOUQUEÇAM! KKKKKKKK

Bom gente, eu não sei se vou poder postar amanhã, mas eu vou tentar. Acho que não vou poder terminar antes deste domingo! Apesar da fanfic ser pequena, eu não escrevi tantos capitulos , tanto que não escrevi o próximo capitulo ainda! :´(

Até a próxima! S2