Fanfic: Um presente especial:Você - AyA - Mine Web Especial de Natal | Tema: AyA, Ponny, Anahi, Alfonso Herrera

Caminhamos mais um pouco e nos sentamos em um dos bancos da praça, em um lugar isolado, onde ninguém passava, calados. Também pudera, já eram quase 18:00 e nesse momento todas as famílias estavam reunidas comemorando em suas casas.

Meu coração se apertou ao imaginar que o momento de nos separarmos já estava chegando. Segurei as mãos de Any, e dei o tempo que ela precisava para me contar tudo.

 - Eu e minha família éramos muito próximas. Principalmente minha mãe e eu. – sua voz estava falha, e vi a primeira lágrima começar a cair, e logo depois seu rosto estava coberto delas.

 - Não precisava me contar...

 - Mas eu quero! – insistiu.

Meu coração estava partido por vê-la daquela maneira.

 - Certo dia, meu irmão saiu com os amigos dele. – continuou – Eu não queria ficar em casa sem nada pra fazer, então chamei a minha mãe para fazermos umas compras, ir ao cinema... Mas ela disse não, que estava cansada por causa do trabalho na sua loja de makes. Ela sempre foi apaixonada por maquiagens e fundou a própria loja. – sorriu triste – Eu fui sozinha, mas quando cheguei ao cinema percebi que havia esquecido a carteira, então voltei pra buscar.

Ela soluçou, eu apertei suas mãos com mais força.

- Quando cheguei em casa e abri a porta, ouvi vozes alteradas. Eram os meus pais, Alfonso. – me encarou com os olhos vermelhos. – Eles estavam brigando, e eles nunca brigavam. Segui até o quarto deles sem ser notada, e quando cheguei... Eu a vi desmaiar nos braços do meu pai. Eu fiquei desesperada! – ás lágrimas no seu rosto pareciam infinitas, e cortavam o meu coração. – Fomos ao hospital, mas já era tarde. Ela tinha ido pra sempre...

A abracei com força.

 - Shiii... – a acalmei. – Calma. Eu estou aqui. – eu dizia baixo, deixando que ela chorasse toda a sua dor.

Depois de minutos abraçados, Anahi estava mais calma e não chorava mais. A soltei, enxugando seu rosto ainda molhado.

 - Por que ela morreu? – perguntei um pouco curioso. Anahi suspirou.

 - Leucemia. – respondeu por fim. Arregalei os meus olhos ao constatar que nossas mães haviam morrido da mesma doença. Parece que tínhamos mais coisas em comum do que imaginávamos.

 - Eu sinto muito, Any. E seu irmão? Seu pai?

 - Meu irmão e eu somos muito próximos. Apoiávamos-nos em todos os momentos. E o meu pai... Bom, eu não falo com ele desde a morte da minha mãe.

 - Mas por quê? – indaguei confuso.

 - Não consigo tirar da cabeça que meu pai foi o culpado pela morte dela. Talvez se eles não estivessem brigando, ela não teria ido.

Respirei fundo.

 - Any, me escute. – ela me olhou – Eu sei como é perder uma pessoa que nós amamos. Eu sinto falta dos meus pais, e você não sabe o quanto eu queria ter ao menos um deles comigo. Não pense assim. Você ainda tem seu irmão, o seu pai... Tem que ouvi-lo Anahi. Ouvir uma explicação.

 - Alfonso, eu... – a interrompi.

 - Anahi, você sabe que está sendo egoísta! – continue sendo sincero – Você mesma disse seus pais nunca brigavam, então deve haver alguma explicação quanto a isso.

 - Claro que há uma explicação. Uma bem simples: Meu pai brigou com a minha mãe, e por causa disso ela se alterou de alguma maneira, e se foi! – respondeu convicta.

 - Anahi! – repreendi.

 - Eu nunca vou perdoá-lo! – se levantou do banco, se afastando de mim. Fiz o mesmo, mas tentei me aproximar dela.

 - Any, pelo pouco que a conheço você parece ser uma pessoa sensata. Sabe que está sendo uma cabeça dura quanto a isso.

 - Não! Você não entende! – sua voz estava ficando alterada, e uma lágrima escorreu dos seus olhos azuis.

 - Claro que sim, Any. Eu perdi a minha mãe também. E o meu pai... – respirei fundo. – Você perdeu sua mãe, mas ainda tem seu pai, seu irmão... – tentei me aproximar, segurar suas mãos. Mas ela me afastou.

 - Não! Vai embora! – ela estava com raiva, e chateada também. Passei as mãos no pelo meu cabelo, nervoso.

 - Any...

 - Para! CHEGA! – colocou suas mãos nos ouvidos não querendo me ouvir. – VAI EMBORA! Eu não quero ver você nunca mais...

Senti um bolo na garganta. Eu não queria que tudo acabasse dessa maneira. Mas eu não podia fazer nada.

 - Tudo bem, eu vou embora se é isso que você quer. – respondi magoado. – Mas antes me escute. – pegue seus braços fazendo-a me olhar. – Não perde tempo. A vida é muito curta pra não viver com quem se ama. Escute-o, porque quando quiser fazê-lo, pode ser tarde demais pra isso.

Olhei seus olhos azuis pela última vez, olhos que nunca esqueceria, e a soltei, caminhando a passos largos, controlando meu desejo de olhar para trás.

Pegando o trem de volta para Nova York, sentado em um dos bancos do vagão, peguei o envelope com as fotos minhas e de Anahi. Eu não esperava que tudo isso acontecesse comigo em um único dia. Nunca.

 - Posso sentar aqui? – uma voz me perguntou, e imediatamente me virei, com esperanças de ser uma mulher de olhos azuis. Mas não. Era apenas uma velhinha com um sorriso simpático.

Incapaz de falar algo naquele momento, apenas assenti, voltando a minha atenção as fotos. Uma em especial me chamou a atenção. Eu e Anahi nos encarávamos, sorrindo felizes, parecíamos um casal... Apaixonado!

Arregalei os olhos. Não! Definitivamente não! Estou ficando louco...

 - É sua namorada, meu jovem? – perguntou a velhinha simpática ao meu lado.

Fiquei surpreso ao constatar que queria dizer sim, ela era minha namorada. Mas não era...

 - Não... – mostrei um sorriso triste para a senhora.

 - Mas gostaria que fosse não é? – eu não respondi, apenas pensei: Sim, eu gostaria.

Dei de ombros.

 - Sim. Você gostaria! – sorriu. – Ela é linda, querido.

 - Sim, ela é linda! – sorri bobo, olhando a foto.

 - E você a ama. – eu a olhei pasmo.

 - Não... – neguei confuso no momento. Minha cabeça girava.

  - Claro que ama. Está na sua cara, meu caro. – disse a senhora procurando algo em sua bolsa. – Você a ama. Está com saudades dela, por ser eu sentado ao seu lado e não ela, queria tê-la para sempre nos seus braços, queria que caminhassem juntos de mãos dadas, que se beijassem com carinho, queria abraça-la bem forte e nunca deixá-la ir. Quando está com ela sente seu coração acelerado, você a encara com admiração e amor. E muitos outros fatores que eu não vou enumerar.

A encarei incrédulo, enquanto a mesma tirava de dentro da sua bolsa um pacote com biscoitos de gotas de chocolate.

 - Como...

 - Eu já fui apaixonada, meu jovem. Você a ama. Está triste, e creio que estão separados não? – ela mordeu um dos seus biscoitos. – Tome. - me estendeu um biscoito, automaticamente o peguei e levei-o até a minha boca. – É quase natal, costumo fazer esses biscoitos todos os anos.

 - Nos conhecemos hoje. – comecei pegando outro biscoito do saquinho. – Nós passamos o dia juntos, nos divertimos, e acabamos... Nos separando. – eu e a doce senhora continuamos comendo os biscoitos.

 - E você está mal. – constatou.

 - Sim. – suspirei, com a foto em mãos.

 - Você a ama... – colocou o pacote de biscoitos vazio dentro da bolsa.

Sorri com emoção.

 - Sim... – respondi baixo, sorrindo de canto. – A amo.

Era a verdade. Em um único dia eu me apaixonei por alguém que mal conheço. Eu a amo. E agora percebo isso com clareza. Eu a quero pra mim. Pra sempre...

Pena que já é tarde pra isso.

 - Não desista dela, querido. – me olhou sorrindo.

 - Já é tarde. – meus olhos se encheram de lágrimas. – Eu não tenho nada dela. Não tenho número ou endereço... Nada! E ela também não quer me ver. – abaixei a cabeça, desolado.

 - Não desista. Vocês vão ficar juntos. Acredite no destino, ela a trouxe para você, a tirou, e agora vai devolvê-la. Apenas... Acredite! – piscou.

Quando levantei minha cabeça para responder, ela já não estava lá. Confuso, a procurei com o olhar, mas não a achei...

Estranho!

Ao chegar ao meu apartamento, me dirigi ao banheiro, afim de um bom banho. A água estava quente, da forma como eu gostava. Passei a mão pelos meus cabelos molhados. Droga! Eu a amo!

E ela não está comigo...

Estávamos em um dos muitos parques de Boston, paramos na frente de uma fonte conhecida como: A fonte dos desejos.

 - Vamos fazer um pedido? – perguntou animada, quase dando pulinhos, quando a entreguei uma moeda.

 - Claro. – mostrei a outra moeda em minha mão.

Demos as costas para a ponte, fechamos os olhos, fizemos nossos pedidos, e jogamos as moedas na fonte. Sorrindo feliz, abrindo os olhos, Any me abraçou me beijando.

 - O que você pediu? – me perguntou curiosa. Eu ri.

Eu havia pedido que esse dia durasse. Mas claro que eu não iria dizer!

 - Não posso falar. – Anahi fechou a cara pra mim e me estapeou.

 - Idiota! – empinou o nariz.

 - Curiosa!  - cerrei meus olhos.

Peguei-a nos meus braços, e rodopiei para depois beijá-la...

Vestindo minha samba canção, fui ao criado mudo e peguei o porta-retratos que estava lá, vazio. Coloquei uma das muitas fotos que tirei com Anahi. Uma em que estávamos bem próximos, sorrindo, como se estivéssemos nos separando de um beijo, e na realidade estávamos.

 - Alfonso! Para! – gargalhou com as caretas que eu fazia. – Bobo! - acusou parando de ri.

 - Mas você adora né? – fiz cara de exibido. Estávamos na cabine tirando as fotos. Eu lhe dei um selinho carinhoso, e senti um flash.

Suspirei com as lembranças. Deitei-me na cama, olhando o relógio e vi que já eram 4 horas da manhã. Olhando o teto, me perdi novamente nas lembranças desse dia.

- Com licença, posso me sentar aqui? – disse uma voz doce e serena interrompendo-me do curso dos meus pensamentos.

Em seus lábios havia um delicado sorriso, os seus olhos eram ternamente azuis, o seus cabelos cor chocolate estavam soltos com leves cachos nas pontas, sua pele parecia lisa como a de um bebê, e ela tinha um corpo esbelto lindo. Muito linda e atraente...

 - É claro. Sinta-se á vontade.

 - Obrigada. – sorriu e eu retribui.

Santo Deus! Que saudade...

 - Pra mim? – perguntou surpresa quando lhe estendi uma bela flor. Estávamos na floricultura.

 - Sim. – respondi envergonhado. Ela sorriu pra mim, pegando a flor a cheirando. Sorri satisfeito com o seu sorriso bobo. – Ela é linda! Como você... – a vi corar. Eu estava amando vê-la vermelha.

 - Obrigada. – eu acariciei seu rosto, e então a beijei.

Uma lágrima caiu dos meus olhos. Eu a enxuguei. Pegando minha carteira ao lado da minha cama, peguei a foto em que nos encarávamos sorrindo apaixonados e outra, uma que a olhava sorrindo enquanto ela sorria para a câmera.

Pegando uma tesoura, recortei a segunda foto deixando apenas Anahi sorrindo, e a coloquei na minha carteira. Já a primeira, coloquei apoiada em um dos meus travesseiros, onde eu podia olhá-la.

- Não! Vai embora! – ela estava com raiva, e chateada também. Passei as mãos no pelo meu cabelo, nervoso.

 - Any...

 - Para! CHEGA! – colocou suas mãos nos ouvidos não querendo me ouvir. – VAI EMBORA! Eu não quero ver você nunca mais...

``Não quero ver você nunca mais´´

Senti mais lágrimas caírem do meu rosto.

- Não desista dela, querido. – me olhou sorrindo.

 - Já é tarde. – meus olhos se encheram de lágrimas. – Eu não tenho nada dela. Não tenho número ou endereço... Nada! E ela também não quer me ver. – abaixei a cabeça, desolado.

 - Não desista. Vocês vão ficar juntos. Acredite no destino, ela a trouxe para você, a tirou, e agora vai devolvê-la. Apenas... Acredite! – piscou.

 - Não desistir... – murmurei, pensativo.

Será?

Será que era o certo a se fazer?

- Não desista. Vocês vão ficar juntos. Acredite no destino, ela a trouxe para você, a tirou, e agora vai devolvê-la. Apenas... Acredite! – piscou.

Ela tinha razão. A doce senhora tinha razão.

O destino...

Ela tinha feito tantas coisas apenas em um dia. Eu a amo, e nunca vou esquecê-la. Graças ao destino eu a encontrei, amei, vivi...

O destino havia trazido Anahi para mim, a havia levado. E eu esperava que ele o trouxesse de volta para mim. Vou procurá-la. Vou encontrá-la. E vou dizer que a amo. Mesmo que ela não me queira mais.

É, acho que já sei o que estava procurando, mamãe...

Sorri. Era ela quem eu procurava o tempo todo, mesmo se saber. E minha mãe foi a causadora disso tudo. Ela merecia os créditos por ter e ajudado a achar o que eu desejava.

Obrigado mamãe...

Não sei quando, nem como, mas adormeci. Com esperanças de encontrar Anahi outra vez. Eu achei que nada demais poderia acontecer neste dia, considerado terrível por mim, mas não...

Ele não foi um dia terrível. Tão pouco comum. Eu encontrei o que eu procurava. Eu a encontrei. A pessoa que eu amava, e que amaria a vida inteira. Não pensei que isso acontecesse comigo. Mas aconteceu! E eu estava feliz por isso.

Agora eu acreditava fielmente que um dia pode mudar a vida de alguém, como mudou a minha...

Calmaaaaaa! Ainda tem o epílogo =) 

Já tá acabando :´(

Pessoal, o comentário sem nome é o meu, não sei o que houve :(

Até mais! S2

E digam se estão gostando em? =)