Fanfic: Um presente especial:Você - AyA - Mine Web Especial de Natal | Tema: AyA, Ponny, Anahi, Alfonso Herrera

A luz do sol entrava pelas janelas do meu quarto, me acordando. Meus olhos protestaram contra a claridade quando os abri. Bocejei. Sentia meu corpo dolorido por causa da noite de ontem, e sorri. Fazia dois meses que Any e eu estávamos juntos, jantamos, bebemos, e fomos para minha casa, mas especificamente para minha cama, finalizando a nossa comemoração.

Olhei para Anahi no meu peito, que dormia vestida com uma camisa minha, enquanto eu vestia apenas uma cueca. A pedido de Anahi. Estávamos vestidos a fim de evitar alguma outra cena com Mel. Segurei o riso ao me lembrar...

Dois dias se passaram depois da festa em que Anahi e eu nos reencontramos, havíamos nos desligado de todos. Só saiamos da cama para comer, e mal comíamos. Tínhamos que aproveitar o tempo perdido.

 - Você era um pestinha! – Any me acusou gargalhando. Estávamos na minha cama, enrolados somente pelo lençol. Anahi estava deitada no meu peito, e eu contava como aprontava na minha infância.

 - A diretora mereceu! – me defendi rindo.

 - Colocar ovos na cadeira da diretora? Fracamente! – riu mais. – Bobo!

 - Me chamar de bobo virou hobby seu agora? – me fiz de bravo, deitando em cima dela prendendo os seus braços para cima.

 - Sim. – disse manhosa. Eu ri rouco, e a beijei.

 - Minha manhosa... – mordi seu lábio. Desci a minha mão para sua coxa. Anahi riu.

 - Outra vez, Herrera? – cerrou os olhos para mim. Mas eu vi o quanto ela também desejava. – Já não bastam as outras... 20 vezes seguidas? – gargalhamos.

 - Não. Eu nunca vou cansar de te ter por completo. – sorri.

 Eu a beijei com desejo e fogo, que ela correspondeu muito bem. Já estávamos nisso por um bom tempo, quando um grito nos interrompeu.

Mel...

 - Melody Herrera! – repreendi a minha irmã que estava de costas. Anahi estava vermelha dos pés a cabeça.

 - Perdão, perdão, perdão! – disse igualmente corada. – Eu não queria interromper nada. Eu... Preciso ir! – saiu do quarto quase correndo.

Anahi me estapeou diversas vezes, enquanto eu a segurava.

 - Alfonso Herrera, por que não trancou a porta?! – ralhou. – O que sua irmã vai pensar de mim agora?! – cruzou os braços.

 - Que você é a mulher que eu amo. – peguei em seu rosto, e a beijei...

Depois disso, consegui trazer Anahi pra cá novamente depois de muita luta. Mas ela impôs a condição de que ficássemos vestidos e que eu trancasse a porta para evitar momentos vergonhosos, o que eu concordei.

Acaricie seu rosto, sorrindo. Era incrível como eu amava tanto.

O ano novo foi maravilhoso. Três dias antes do dia 31, eu acompanhei Anahi na visita ao seu pai, que fora demasiado difícil para ela. No final acabamos descobrindo que a mãe de Anahi, Tisha, escondera de todos a sua doença e não se cuidara. Henrique, o pai de Any, descobrira tudo e os dois tiveram uma discussão. Ao final, Tisha morrera, não pela discussão, mas sim pelo seu estado agravado não cuidado.

Anahi sofrera. Mas eu estava ao seu lado, lhe apoiando em todos os momentos. Não a deixei em momento algum. Fora difícil, ainda é, mas ela estava sorridente, e finalmente entendeu que deveria seguir com sua vida. Afinal, era o que sua mãe gostaria.

Miguel, o seu irmão, agora meu amigo e cunhado, sim, não só pelo meu namoro com Anahi, mas também pelo seu relacionamento com minha irmã. Fora uma surpresa para mim. Relutei a principio, mas pelo que eu já conhecia, Miguel era um bom homem. Agora, os dois estavam juntos, namorando, e em um mel só. Não tanto quanto Anahi e eu. Miguel estava feliz, pelo seu namoro, pelo meu namoro com sua irmã, e pela reconciliação que finalmente acontecera entre seu pai e Anahi.

Christopher não ficava atrás. Quase não o reconhecia mais. Ele estava em um rolo com Dulce, a ruiva. Nunca o vi suspirando pelos cantos, como um adolescente apaixonado. Ao final, Maite tinha razão, meu primo finalmente encontrara a pessoa que o mudaria.

Falando em May...

Esta havia conhecido Christian. Um amigo de Dulce e Any. Eles estavam saindo. E pelo que Any me contou, Chris confessou que estava prestes a pedir a minha prima em namoro. Com toda a certeza, May aceitaria.

Todos nós estávamos felizes, até mesmo Henrique que se mudara para NY, a fim de ficar perto dos filhos.

Vi Anahi se mexer, ameaçando acordar. Mordi o lábio apreensivo, de hoje não poderia passar. Era para ter acontecido ontem, mas Anahi estava tão atraente em seu vestido azul, que eu acabei esquecendo-me de tudo.

 - Bom dia. – disse sonolenta, com a cara amassada pelo sono. Eu sorri.

Não me cansava de ver está cena todos os dias.

 - Bom dia, princesa. – dei-lhe um beijo rápido. Quando a soltei ela fez uma careta. Ri.

 - Alfonso! – ralhou. – Você sabe que eu ainda não escovei os meus dentes! – fez um biquinho lindo que eu amava. Depositei um selinho em seus lábios. – Ai! Não adianta discutir com você! – se deu por vencida. – Melhor eu escovar os meus dentes logo. Any se levantou.

(Ouçam: Bruno Mars - Marry You)

Eu puxei o seu braço, fazendo-a cair em cima de mim.

 - Espere um minuto. – pedi sério.

It's a beautiful night
We're looking for something dumb to do

 - Está tudo bem, meu amor? – perguntou levemente preocupada. Engoli em seco, nervoso.

 - Eu necessito dizer-lhe algo. Se não quiser eu irei entender, amor.

Respirei fundo, antes de começar.

 - Você sabe que eu a amo, certo Anahi? – comecei. Ela sorriu.

 - Eu também o amo, meu amor. – acariciou meu rosto.

 - Eu a amo. Como nunca amei ninguém. Anahi... – entrelacei nossas mãos. – Eu não consigo ficar longe de ti. Meu corpo suplica seu toquem. Meu coração clama pelo teu amor. Ele bate descompassado quando estou junto a ti, como agora. Sinta. – levei uma de suas mãos ao meu coração, que estava acelerado.

Well, I know this little chapel
On the boulevard

 - Eu a quero pelo resto da vida. Só para mim. Por toda a vida. Quero acordar contigo todos os dias, fazer amor todas as noites, te dizer o quanto eu te amo todos os dias, ter filhos com você... – Any já tinha os seus olhos marejados.

 - Oh, Poncho...

 - Shiii... – limpei uma lágrima que caíra, seguida de muitas outras.

Estiquei o meu braço até o criado-mudo, abrindo a gaveta, e pegando de lá uma pequena caixinha. Anahi não podia vê-lo, pois eu o cobria com a minha mão ligeiramente grande.

Don't say no, no, no, no, no
Just say yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

 - Eu sei que não nos conhecemos há tanto tempo. Mas eu tenho certeza do meu amor por ti, com a mesma certeza que a quero junto a mim por toda a vida.

Acaricie seu rosto molhado pelas lágrimas.

 - Eu nunca havia me visto pedindo o que eu irei lhe pedir. Pensei que nunca amaria tanto alguém, como amo você.

Sorri para ela, emocionado.

 - Você mudou a minha forma de ver o mundo. Você tem um grande poder sobre mim Anahi.

Confessei.

 - Não chore! – pedi em uma suplica. – Não suporto vê-la chorar!

Anahi riu.

 - É emoção. – falou com a voz embargada.

Eu ri rouco.

 - Seja minha. Para sempre. Seja minha mulher Anahi. – pedi. – Case-se comigo. – abri a caixinha com a o anel em minhas mãos.

Any arregalou os olhos, levando as mãos à boca, surpresa, e deixando que mais lágrimas viessem.

I think I wanna marry you

 - Sim, sim, sim! – me respondeu diversas vezes. Eu a beijei, a abraçando com força. – Como poderia dizer não? Eu te amo, meu amor. Você é tudo pra mim!

Beijei-a. Incapaz de falar.

 - O que disse a respeito dos nossos filhos? – perguntou quando nos separamos.

 - Eu quero filhos, pequena. Uma garotinha com a cor dos seus olhos. – respondi apaixonado. – E quero logo.

Anahi riu.

 - Logo? Quanto tempo? – beijou o meu pescoço. Suspirei.

 - Podemos fazê-los agora! – deslizei as mãos por suas costas. – Que tal?

Ela me encarou sorrindo.

 - Eu creio que isso não será possível, Senhor Herrera. – pegou as minhas mãos. – Pois ele já está aqui! – deixou minhas mãos repousarem em sua barriga, sorrindo emocionada.

 - Você...

 - Sim. Estou grávida meu amor. Vamos ter um bebê. – eu ri, sem conseguir acreditar.

 - Eu te amo. – uma lágrima caiu do meu rosto. Any enxugou-a.

 - Eu te amo, Poncho. – respondeu com amor.

Beijei-a com amor. Nada poderia estar mais perfeito.

 - Alice. Se for uma menina será Alice...

I think I wanna marry you

Nove meses depois, nasceria Alice Herrera Portilla. A garotinha de olhos azuis que encantaria todos á sua volta.

Alfonso Herrera nunca imaginara ser tão feliz como estava ao lado de sua amada e de sua filha. Ele, que nunca acreditara no amor, que se fechara por causa da morte do pai assumindo responsabilidades, encontrara o amor de forma inimaginável. Mas o amor é assim...

Chega sem permissão, sem aviso prévio.

Ah, o amor...

Isso era o que Alfonso e Anahi sentiriam um pelo outro, até o resto de suas vidas.

No final de tudo, os dois realmente entenderam em como um dia era o suficiente para mudar vidas...