Fanfic: Máscaras | Tema: Dulce Maria
Ao chegar no Brasil, mais exato no Rio de Janeiro, entrei num carro que me esperava no aeroporto e fui para o meu destino.
(...)
A viagem de carro tinha sido curta e silenciosa. Eu sempre olhava para o que tinha a minha volta através da janela. Quando cheguei ao meu destino, um galpão, peguei minha bolsa e abri a porta do carro, saí e fui entrando no galpão. Ao pisar dentro do mesmo, comecei a gritar.
-- Uhuuuuhh! - gritei enquanto comemorava.
Estava gritando o máximo que eu podia e comemorava contente. As gargalhadas sempre vinham e eu aproveitava delas. Olhei para o meu lado e vi o moreno vindo em minha direção com um copo de whisky na mão. Abri um sorriso para ele e joguei o troféu pra ele, que agarrou com apenas uma mão.
-- Gostou do meu presentinho de melhor cantora? - dei uma risada e me joguei no sofá, pegando um maço de cigarro.
-- É... Você consegue tudo o que você quer mesmo, Dulce Maria. - ele disse observando o troféu e sentou num sofá em minha frente.
Alfonso, o meu sócio. Ele é casado e tem um filho com uma vadia que ele comeu e engravidou. O passado dele é de um cara normal, que sai de manhã pra ir na padaria comprar pão, mas todo mundo tem seu lado podre, e Alfonso revelou o seu comigo.
-- Eu disse que conseguiria, não disse? - disse acendendo a ponta do cigarro com um isqueiro.
-- Como consegue manipular tudo e todos? - me olhou sério.
-- É um dom! - disse assoprando a fumaça do cigarro. -- A vida é curta, preciso alcançar minhas metas logo.
-- Não me diga! - ele deu uma risada. -- Você é muito feia, por dentro. - disse me dando um sorriso malicioso no qual eu retribui.
-- Ah Alfonso... Todos nós somos! - sorri e dei mais uma tragada no cigarro. -- Eu não quero brincar de viver. Quero fazer e acontecer.
-- Você leva isso muito à sério.
-- Eu jogo limpo, Alfonso. - a fumaça saia de minha boca enquanto eu falava. -- Você sabe o quanto eu jogo limpo. - sorri para ele. -- Como anda a boate?
-- Você vai gostar de saber. Nossa boate vai de bem a melhor. - ele sorriu orgulhoso. -- Mas não quero falar da boate, quero falar da sua carreira.
Então dei uma risadinha com o cigarro entre meus dentes.
-- O que você quer com a minha carreira? - dei mais uma tragada.
-- Eu quero saber o que vou ganhar com ela.
-- Com a minha carreira? - dei uma gargalhada alta e o olhei. -- Nada! Você não fez nada pra ela está onde está!
-- O que? - ele disse indignado. -- O dinheiro da boate foi usado pra investir nela! Quero uma parte da grana que está ganhando!
-- A boate também é minha! Eu fiz tudo sozinha para a minha carreira, com o dinheiro da minha boate! - assoprei a fumaça.
-- Isso não é justo, Dulce! Eu quero metade dessa grana, sei que está ganhando uma grana preta.
-- Já disse, você não vai tirar nenhum centavo da minha carreira! Sinta-se feliz pela grana que eu te dou da boate. - olhei séria para ele.
-- A boate é nossa, o dinheiro de lá e meu por direito. Agora a grana da sua linda voz... - disse sorrindo. -- ...também vai ser minha!
-- Chega! Acho muito bom você parar com esse assunto. - amassei o cigarro mesmo quente na minha mão.
-- Por que, Dulce Maria? Vai fazer o que? - disse debochado.
-- Se você me passar a perna com essa história do dinheiro da minha carreira, dou um fim na sua mulherzinha e de quebra acabo com seu filho e da sua vadia! - disse sem dó e olhando em seus olhos.
-- Você não teria coragem! - ele levantou e foi até a minha frente, me fazendo levantar e ficar próxima ao seu rosto.
-- Experimenta. Eu não tenho nada a perder. - disse séria.
Então ele saiu da minha frente voltando ao seu lugar e beber seu whisky em silêncio. Fumei outro cigarro e não demorou muito pra eu sair do galpão indo pro meu apartamento...
Autor(a): lauramoreira
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Passei o resto do dia em meu apartamento resolvendo algumas papeladas da boate. Recebendo novas putas e as sequestradas. A boate é minha e de Alfonso. Assim que meu pai falaceu, toda a herança dele caiu pra mim, inclusive o hospício dele. Daí começou a minha brincadeira. A mãe de Alfonso sofria de esquizofrenia e ningué ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo