Fanfics Brasil - Capítulo 4 (2ª Temporada) Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA]

Fanfic: Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy (Adaptada)


Capítulo: Capítulo 4 (2ª Temporada)

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Quando chegamos à vila, o sol já estava a pino. Christopher me ajudou a descer da carruagem e não saiu de perto de mim um só instante. Ele ficava olhando para todos os lados esperando que um homem-bomba se atracasse a mim, ou algo do tipo. Era muito ridículo.
Isaac mais uma vez empilhava caixas sobre o teto. Maite explicava ao garoto como as caixas deviam ser dispostas. A costureira já havia bolado uma solução para esconder minha atadura.
— Et voilà! Esta é a última, chérie — disse madame Georgette, colocando o último pacote sobre a pilha na calçada. Ela ajeitou o corpete do vestido, deixando seu busto avantajado menos exposto. — Trabalharrei nas mangas esta tarrde. Amanhã estarrá prronto, sim? Eu mesma irrei levá-lo até a prroprriedade dos Uckerrmann. Mas, se me perrmitirr colocar apenas um pouquinho de corr na...
— Não quero, madame — sacudi a cabeça, rindo. Ela não desistiria até que eu estivesse na porta da igreja com o buquê na mão, e mesmo assim eu podia apostar que ainda tentaria me fazer mudar de ideia quanto ao vestido. — Valeu por me socorrer e por... dar conta do pedido exagerado do Christopher.
Ela se voltou para ele e piscou um dos olhos azuis. Christopher sorriu de volta de um jeito conspiratório. Por um instante, o rubor natural de madame Georgette se intensificou. Acabei rindo. Eu conhecia bem aquela sensação.
— O senhorr Uckerrmann é admirrável! Um homem que se prreocupa assim com as necessidades de sua fiancée... e sem que ela o atorrmente! Tirrou a sorrte grrande, mademoiselle.
Eu o fitei também, bem a tempo de ver aquele sorriso tímido brincar em sua boca.
— É. Sou uma garota de muita sorte. — E, com deleite, assisti às bochechas dele ganharem o mais delicioso tom de rosa.
Ela se despediu logo depois de garantir mais uma vez que meu vestido estaria pronto na primeira hora do dia.
Maite, porém, não estava satisfeita com a arrumação de Isaac e continuou a dar instruções. Christopher seguia vigilante, olhando em todas as direções.
— Parece bem tranquilo hoje.
— Claro — respondi. — Tá todo mundo enfiado em casa se aprontando para um casamento que só vai acontecer amanhã.
Ele franziu o cenho e me puxou para o lado, para que eu ficasse na calçada, ao avistar uma carruagem se aproximando devagar.
— E você desaprova — afirmou.
Dei de ombros.
— Só não quero que gaste tanto dinheiro comigo.
— Não estou gastando, estou... — Ele coçou a cabeça de um jeito muito fofo, enquanto tentava encontrar as palavras certas. — Usando meus recursos para fazer feliz a mulher que amo.
Eu fiquei na ponta dos pés para beijá-lo, mas me detive. Estávamos na rua, em público. As pessoas do século dezenove não eram muito a favor de demonstrações públicas de afeto. Sacudi a cabeça, irritada, e suspirei.
Século dezenove estúpido!
— Dulce, estaria disposta a me acompanhar até a...
Alguém chamou por ele, interrompendo-o.
— Senhor Uckermann, quão oportuno encontrá-lo! — disse o senhor Albuquerque, velho conhecido dos Uckermann e pai de Valentina. A moça seguia o pai, acompanhada de uma garota tão jovem quanto Maite, que eu ainda não conhecia.
Valentina era a mulher perfeita, com seus cachos loiros, olhos azuis e modos refinados, e amava Christopher desde que nascera, pelo que eu soube. Ela me incomodou por um tempo, mas agora — que eu estava de casamento marcado — desejava que fôssemos amigas. Prova disso era que eu estava pronta para suportar seu olhar zangado ou frio por ter despedaçado suas esperanças ao me meter na vida de Christopher, ainda que sem querer.
No entanto, ela não fez nada disso. Na verdade, mal me olhou. Sua atenção, como sempre, estava voltada para Ian, e seu rosto se iluminou ao
cumprimentá-lo.
Tá legal, não ia rolar amizade nenhuma se ela não parasse de olhar para Ian daquele jeito!
— Lembra-se de minha sobrinha, senhor Uckermann? — o homem com um imenso bigode indicou a garota pouco menor que Maite.
Os cabelos ruivos da menina escapavam de forma desordenada do chapéu de abas rendadas. Era a primeira vez que eu via uma moça com o cabelo fora de controle desde que chegara ali. Gostei dela imediatamente.
— Claro que me lembro — disse Christopher, se inclinando de leve. — Como tem passado, senhorita Suelen? Espero que a visita não seja tão breve quanto a última. Maite lamentou muito sua partida no inverno passado.
— Estou mu-muito bem, senhor. — Suelen corou quando Christopher sorriu para ela. Suspirei para evitar grunhir. Era melhor eu me acostumar com aquilo de uma vez. Christopher era lindo, e eu não era a única que tinha olhos.
Infelizmente. — Não sei ao ce-certo quanto tempo ficarei com tio Walter.
Talvez alguns meses. Meus pais viajaram para a Europa.
— Excelente notícia! Teremos o prazer de sua companhia por mais tempo. — Christopher olhou para mim. — Permita-me apresentá-la a minha noiva, Dulce Saviñón.
— Oi — eu sorri para ela.
— Encantada em conhecê-la. — Ela fez uma pequena reverência.
Maite, terminando de organizar o enxoval, juntou-se a nós naquele instante, saudando os recém-chegados.
— Se nos permitem — começou o senhor Albuquerque —, os cavalheiros precisam discutir um assunto muito enfadonho para as jovens damas. — Ele puxou Christopher de lado e começou a falar, animado, sobre cavalos.
— Soube de seu acidente, senhorita Dulce — disse Valentina. — Espero que nada grave tenha lhe acontecido.
— Só um corte no braço — mostrei o curativo sujo.
— ... estou pensando em comprar uma nova égua — dizia o senhor Albuquerque a Christopher. — Sua opinião é muito importante para mim. A carruagem está logo ali. Venha dar uma olhada.
— Bem, senhor Albuquerque, eu adoraria, mas... — Christopher me fitou de canto de olho, parecendo preocupado. Lutei para não revirar os olhos.
— Vá com ele — indiquei com os lábios.
Ele sacudiu a cabeça, teimando.
— Ah, Christopher, pelo amor de Deus! — praguejei, me aproximando dele. — Desculpa, seu Albuquerque, mas preciso falar com o Christopher um minutinho.
Eu o peguei pelo braço e o arrastei para longe dos ouvidos curiosos, deixando o senhor Albuquerque e as garotas (exceto Maite, já bastante acostumada com o meu jeito) espantados.
— Você precisa ir ver seja lá o que for que o seu Albuquerque quer. É o seu trabalho! — sussurrei.
— Posso fazer isso outra hora — ele rebateu de pronto. — Não vou deixá-la sozinha.
Eu gemi.
— Droga! Tudo bem, escuta. Ontem, quando eu fui para o meio da rua, não foi por nenhum problema de desatenção nem nada assim.
— Não? — ele franziu o cenho, confuso.
Respirei fundo e baixei os olhos.
— Não. Foi porque eu... bem... vi você. — Examinei sua expressão.
Nunca em toda minha vida pensei que poderia deixá-lo tão perturbado, ainda mais depois de ter contado que vim do futuro. — E os meus pés meio que ganham vida própria quando eu te vejo — dei de ombros. — Você é tipo um ímã pra mim. Você sabe o que é um ímã?
Christopher fechou a cara e me observou com intensidade.
— Eu sei bem o que é um ímã. Mas como pode me dizer isso só agora?
— ele resmungou, rangendo o maxilar.
— Porque é muito constrangedor! Eu não tinha a intenção de te preocupar, mas não imaginei que você fosse ficar tão neurótico.
Ele sacudiu a cabeça, impaciente.
— Por que me diz isso agora, aqui na vila, onde há tantos conhecidos e não posso beijá-la?
— Ah! Aaaaah! — não consegui conter o sorriso. — Bom, eu não conheço aquele cara ali. — Apontei para um homem que passava apressado com um pão no sovaco.
Christopher olhou por sobre o ombro e fez uma careta triste.
— Infelizmente, eu sim. — Ele deu um passo à frente, tomou minha mão e plantou um beijo quente e demorado em minha palma. — Isso é tudo o que posso fazer no momento.
— E se eu te arrastasse para aquele cantinho ali? — perguntei, esperançosa.
Christopher soltou um gemido gutural que eu conhecia bem. Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram em resposta.
— Creio que seríamos detidos por ofender a moral e os bons costumes. — Ele tentou conter a diversão, mas falhou vergonhosamente. — É melhor não arriscar. Temos um compromisso importantíssimo amanhã.
— Bom, então, já que você não vai ficar de amassos comigo pela vila, pelo menos tente resolver seus assuntos com o seu Albuquerque. Eu preciso passar no sapateiro.
— Tem certeza? — ele alisou a bandagem em meu braço com a pontinha dos dedos.
— Tenho.
Christopher avaliou minha expressão e cedeu com um ligeiro aceno de cabeça.
— Tudo bem. Eu as encontro daqui a... — Ele levou a mão ao bolso, tateou procurando alguma coisa, então franziu a testa, e uma pontinha de tristeza se fez visível em seus olhos de ônix. Ele estava procurando seu inseparável relógio. — Bem, eu as encontro em breve.
A tristeza que ele tentou disfarçar fez meu peito se contrair até eu quase não conseguir respirar. Ele não percebeu o pesar em meu rosto e me conduziu de volta ao pequeno grupo antes de aceitar o convite do senhor Albuquerque. O homem já se colocara em movimento, porém meu noivo se deteve e se dirigiu à irmã:
— Maite, pode me fazer um favor? Vou encontrá-las aqui assim que puder, mas, quando me vir, por gentileza, segure o braço de Dulce e não solte até que eu as alcance, está bem? — Ele me fitou pelo canto do olho com um ar brincalhão.
A menina franziu o cenho ao mesmo tempo em que eu corei.
— Está bem — ela concordou, confusa.
Assim que os dois homens se afastaram, Maite, eufórica, começou a contar para as amigas sobre os preparativos do casamento. Suelen não prestava muita atenção, observando-me com curiosidade e um leve sorriso nos lábios.
— Que foi? — passei a mão em meu rabo de cavalo, para me certificar de que estava tudo bem. Os fios estavam macios e comportados, as ondas marcadas. Os óleos fizeram toda a diferença no meu creme de abacate.
— Seu cabelo é muito bonito, senhorita Dulce — disse Suelen, meio sem jeito.
Era a primeira vez que uma mulher elogiava meu cabelo na rua. Em qualquer século!
— Graças a um tratamento novo que descobri. Nem sempre ele fica assim.
— Verdade? — ela deu um passo à frente sem notar. — Eu já tentei de tudo com o meu. Mamãe diz que é eriçado porque nunca tenho paciência para escová-lo cem vezes todas as noites, mas ela não entende que quanto mais escovo...
— Mais ele sai do controle — completei.
— Sim! — ela disse, com os grandes olhos verdes reluzindo.
Dei risada.
— Tenho bastante creme agora. Vou separar um vidrinho pra você e amanhã na festa você pega com a Maite, se quiser. Você passa depois do xampu, e aí...
A menina parecia fascinada e absorvia cada palavra que eu dizia. Por fim, as primas quiseram nos acompanhar até o sapateiro. Contudo, ao nos aproximarmos do estabelecimento, vi uma nova loja, cuja existência não notara até então. Anahí havia dito algo a respeito de uma pequena joalheria inaugurada havia poucas semanas na vila, mas eu não dera muita
importância. Agora, porém, ela recebia minha atenção total. Mais especificamente, algo na vitrine.
Algo que talvez pudesse diminuir a tristeza de Christopher quando ele fosse consultar as horas.
Um relógio novo! A solução, de tão simples, era quase ridícula. Como eu não tinha pensado nisso antes?




GrazihUckermann: E quem não se apaixonaria por esses dois, ainda vai acontecer umas coisainhas antes do casamento kk bjss {#emotions_dlg.kiss} S2


 


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Autor(a): Fer Linhares

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— Ah, querida Dulce, olhe aquele broche! Que encanto! — apontou Maite, entusiasmada. — Combinaria com seu vestido!— E quanto ao seu, senhorita Maite? Que tecido escolheu? — perguntouValentina.— Seda. É o casamento de meu irmão, não posso...Maite continuou falando, mas eu não ouvi. Minha atençã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • kaillany Postado em 17/01/2017 - 15:34:52

    Parabéns amei do começo ao fim!!!!s2

  • tahhvondy Postado em 16/01/2017 - 17:33:32

    amei q lindo super amei e m ansiosa pro proximo livro

  • Captain Swan Postado em 16/01/2017 - 14:45:03

    Já ta postado o proximo livro o link ta nos agradecimentos bjss S2

  • GrazihUckermann Postado em 16/01/2017 - 14:38:38

    Ameii! estou muito ansiosa pelo próximo livro s2 posta logo PFV

  • GrazihUckermann Postado em 15/01/2017 - 22:04:26

    Sumi mas estou de volta! 10 capitulos novo e li tudo rapidinho. tá, talvez demorei tipo uma hora e meia, quase duas. amei de mais! Estou apaixonada por esse dois s2 continua logo

  • Postado em 15/01/2017 - 20:30:45

    ah ta acabando q triste mas to amando e o q o futuro deles??se for o q to pensando e mt legal continua

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 17:27:14

    ai o cometario abaixo e meu não vir q não tava longada

  • Postado em 15/01/2017 - 17:24:53

    amei e uma menina e amei q colocaram o nome dela de nina

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 16:54:46

    owts bebe vondy a caminho amando

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 00:35:26

    Ossa odiando essa tia do Christopher cm ela teve coragem de sequestrar a Maite sorte q acharam ela mas essa tia vai continuar causando problemas? ?e o Anfonso vai casar cm a Anahí??


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