Fanfics Brasil - Capítulo 5 (2ª Temporada) Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA]

Fanfic: Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy (Adaptada)


Capítulo: Capítulo 5 (2ª Temporada)

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— Ah, querida Dulce, olhe aquele broche! Que encanto! — apontou Maite, entusiasmada. — Combinaria com seu vestido!
— E quanto ao seu, senhorita Maite? Que tecido escolheu? — perguntou
Valentina.
— Seda. É o casamento de meu irmão, não posso...
Maite continuou falando, mas eu não ouvi. Minha atenção estava no relógio de bolso prateado descansando sobre o cetim creme. Ele destoava dos outros, e me causou certa estranheza olhar para a peça simples, nada rococó, com o mostrador branco e os longos ponteiros pretos. Não combinava em nada com o restante da vitrine repleta de dourado, brilho e pedras coloridas.
Entrei na loja sem refletir muito, o coração batendo rápido. As três garotas me acompanharam.
— Olá! — saudou o homem de bigodes cinzentos e pele morena. — Que grata surpresa ver tão belas jovens em meu humilde estabelecimento.
Como tem passado, senhorita Valentina? Não tenho visto seu pai pela vila ultimamente.
— Ele tem sofrido de gota outra vez, senhor Estevão — respondeu Valentina, com um sorriso doce. — Mas está melhor, graças aos cuidados do dr. Almeida.
— Mande lembranças a ele. E como está crescida, senhorita Maite! Já é uma moça! — elogiou o joalheiro.
— Completarei dezesseis na primavera.
— Como o tempo voa! — o sujeito exclamou, então focou os olhos em mim. — E esta deve ser a encantadora senhorita Dulce, que arrebatou o coração de nosso jovem senhor Uckermann. Lamento não ter ido ao baile de noivado. Minha esposa estava com uma terrível amigdalite. Mas ficamos muito felizes com anotícia. Ansiosa com a proximidade do casamento?
— Um pouco nervosa — acabei confessando.
— É claro que está, minha querida — e ele exibiu uma fileira de dentes tortos. — Minha esposa ficou muito contente quando recebeu o convite.
Estamos honrados pela lembrança e desejamos os mais sinceros votos de felicidade ao casal.
— Vale... errr... Obrigada.
— Minha sobrinha acaba de chegar. Ficará conosco até o Natal. Seria muito abuso se eu a levasse à cerimônia?
— Não, de jeito nenhum. Quanto mais gente, melhor. — Ao menos era assim que Christopher pensava.
— Em meu nome e no de Najla, eu lhe agradeço — ele fez um ligeiro gesto com a cabeça e sorriu. — Como posso ajudar damas tão encantadoras? — perguntou a nós quatro.
— Posso ver aquele relógio ali? — indiquei a vitrine.
Não sei por que fiz isso. Realmente não sei. Eu não tinha como pagar por ele.
— Certamente, senhorita. — Estevão abriu a vitrine com uma chavinha, pescou o que eu queria dali e me entregou a peça.
Fiquei admirada ao sentir o peso em minha mão.
— É prata pura — ele informou. — Veio diretamente de Londres.
Inferno! Importado no século dezenove deve custar os olhos da cara!
— É muito bonito. — E era mesmo. A caixa traseira era simples, tinha apenas um pequeno entalhe com o símbolo do infinito bem ao centro. Ali em minha palma, não parecia tão diferente. E eu tinha certeza de que em certas mãos ele se encaixaria de forma precisa e perfeita.
— Se procura um presente para seu noivo — continuou Estevão —, um relógio seria uma lembrança marcante para celebrar a união. Mas, se me permite, senhorita Dulce, talvez um dos outros modelos agrade mais ao senhor Uckermann. Há uma peça de ouro com acabamento impecável. A máquina conta com dezoito rubis e...
— O Christopher iria gostar mais desse — interrompi, séria. Muito mais do que a ocasião pedia. Minha mão começou a suar. — Ele não iria querer um relógio com dezoito rubis. Christopher gosta de coisas simples e comuns.
— Bem... — Estevão pigarreou. — A senhorita deve conhecer melhor o gosto dele que eu.
Assenti uma vez.
— É claro que esse que escolheu é magnífico — ele emendou, voltando ao modo vendedor. — Poderia gravar uma mensagem na tampa ou as iniciais de seu noivo, se desejar. Deixe-me mostrar.
Ao pegar o relógio, ele o girou e levantou a tampa traseira, e a peça se abriu como se fosse um estojo de pó compacto, revelando a parede interna, lisa como uma colher.
— Vê? — indicou ele. — Perfeito para uma inscrição apaixonada.
— Ah, Dulce, quanta delicadeza de sua parte — Maite se animou, tocando meu ombro. — Christopher ficou tão abalado por ter perdido o relógio de papai!
Estava na família há gerações.
Sei que não foi a intenção dela, mas aquilo só me deixou ainda mais mortificada.
— Quanto custa?
Quando o homem disse o preço, eu não soube avaliar se era ou não caro demais. A moeda — literalmente, nada de notas — era dividida por cores.
Cobres e douradas, e tudo que eu sabia era que as douradas valiam mais.
Vergonhoso para alguém que por anos trabalhou em um escritório de
contabilidade.
— Deve ficar com ele — Maite me encorajou. — Não acha que Dulce deve comprar este presente para Christopher, senhorita Valentina?
— De fato, é uma linda peça — Valentina concordou, piscando rápido.
— Isso... esse valor... é muito caro? — perguntei a elas. — Tipo, o que eu poderia comprar com esse dinheiro?
Maite franziu o cenho.
— Bem, não sei ao certo. Talvez um bom vestido de baile...?
— Ou aquele par de brincos, ou dois pares de sapatos, ou alguns frascos de perfume — ajudou Suelen, enumerando com os dedos e parecendo grande conhecedora do assunto. Anahí e ela deviam se entender muito bem.
Um vestido. Não parecia ser tão caro assim.
— Garanto que nada deixaria meu irmão mais feliz do que receber um presente seu — Maite exibiu suas covinhas. — Ainda mais um relógio!
Eu mordi o lábio, tentada, mas já sabia a resposta. Eu não tinha como pagar. Não sem assaltar alguém, ou roubar um banco. Quer dizer, se os bancos já existissem, é claro.
Desde a minha volta ao século dezenove, quase três semanas antes, eu estava desempregada, e a grana que eu tinha na carteira só teria validade em uns cento e setenta anos. Não me sobrara muito tempo para pensar a respeito com Christopher e Maite me arrastando de um lado para o outro por conta dos preparativos para o casamento. Eu não tinha nada meu ali, exceto os cacarecos sem valor dentro da bolsa que viajara no tempo comigo na primeira vez e ali permaneceram. Christopher era muito generoso — até demais para o meu gosto. Ele me daria todas as moedas de que dispunha se eu pedisse, mas, se eu
pagasse pelo relógio com a grana dele, deixaria de ser um presente. E a minha intenção não era substituir um relógio por outro.
Eu tinha plena consciência de que a perda que Ian sofrera era irreparável.
Mas talvez, se eu desse a ele algo que representasse quanto eu o admirava e amava, quanto ele era importante para mim, a falta do relógio do pai se tornasse mais suportável, ou algo assim.
Não tinha nada a ver com o fato de que ele um dia pudesse passar a me odiar por eu ter sido a causa da destruição (ainda que sem querer) de algo tão precioso. Nada a ver mesmo!
No entanto, por mais que eu quisesse sair daquela loja com o relógio numa sacola, meus bolsos permaneciam vazios.
— Obrigada, senhor Estevão. — E devolvi a peça ao homem. — É muito bonito, mas não posso ficar com ele.
— Tem certeza? — ele perguntou, surpreso.
Fiz que sim com a cabeça e saí da loja antes que fizesse uma loucura — tipo agarrar o relógio e sair correndo.
Valentina e Suelen nos seguiram para fora, mas perceberam que meu humor não era dos melhores e logo trataram de inventar uma desculpa, se despedindo apressadas e voltando para o ateliê. Maite teve que correr para me acompanhar.
— Dulce, espere! Por que desistiu da compra? — Ela me alcançou e inspirou fundo, tentando recuperar o fôlego. — Tenho certeza de que meu irmão ia adorar aquele relógio.
— Eu sei, Maite! Mas eu não tenho como pagar. Não ainda.
Tudo bem, novo plano. Eu juntaria uma grana e voltaria em um mês ou dois. Como conseguiria dinheiro ainda não estava muito claro, mas eu podia bolar alguma coisa, certo? Se eu consegui me virar para pagar a faculdade depois da morte dos meus pais, podia muito bem pensar em algo que me desse algum lucro. Era uma droga estar no século dezenove, onde o trânsito era inexistente e eu não podia vender balas no semáforo (também inexistente, claro).
— Mas Christopher não lhe deu muitas moedas? — perguntou Maite.
— Deu. Mas eu... perdi todas — menti.
— Você está mentindo. Por que não quer usar o dinheiro que meu irmão lhe deu?
— Porque... não seria um presente para ele. Seria uma compra, e não é essa a intenção.
— Que pensamento mais peculiar, Dulce. Os homens sempre arcam com as despesas da esposa, mesmo que seja com um presente para eles. Ao menos é o que um bom marido faz, e meu irmão deixou claro que você pode ter tudo que quiser.
Ela nunca entenderia. Tentei outro caminho.
— Pois é, mas ele ainda não é meu marido.
Seus imensos olhos azuis se ampliaram, a boca se escancarou conforme minhas palavras penetravam seus ouvidos.
— Tem razão! Se as pessoas souberem que você estava fazendo compras com o dinheiro de Christopher antes do casamento, pensarão que você é a...
Oh, não!
— Maite, ele comprou metade da vila pra mim — abri os braços, desanimada.
— É diferente! Foram presentes do seu noivo, ninguém jamais poderá reprimi-lo por isso, mas se você, uma dama solteira, decidir fazer compras usando o dinheiro de Christopher, assumirá que é sustentada por meu irmão. Sua reputação cairá na lama! Ficará à margem da sociedade, ninguém vai recebê-la ou convidá-la para jantares e bailes, você se tornará uma pária!
Não podemos permitir que algo tão abominável aconteça! — Maite encrespou a testa. — Temos que pensar em outro jeito de pagar por aquele relógio.
Não era bem aquela reação que eu esperava, mas funcionou, de qualquer forma. A menina começou a andar de um lado para o outro, seus saltinhos repicando o paralelepípedo, as delicadas sobrancelhas franzidas como se estivesse concentrada em algo. De repente, ela parou, fazendo sua longa saia bufante balançar.
— Tenho algumas economias. Não é muito, mas posso lhe emprestar quase a quantia toda, e o que faltar poderá pagar depois do casamento!
Tenho certeza de que o senhor Estevão não vai se importar.
— Não. De jeito nenhum. Seria ainda pior do que pegar o dinheiro do Christopher. — Porque não era fácil uma garota conseguir algum dinheiro naquele século.
Ela me olhou feio assim que eu disse isso, e estava pronta para retrucar quando algo em sua expressão mudou.
— Então você pode pagar com as economias da casa! — Seu sorriso foi tão amplo que quase atingiu as orelhas. — Todo marido oferece um bom montante para a esposa manter a casa. Para a compra de mantimentos, roupas de cama, pequenos imprevistos, as necessidades dela. É uma boa soma e, se conseguir economizar nos gastos diários, pode conseguir o valor
que precisa para comprar o relógio!
— Tipo um salário por cuidar da casa? — perguntei desconfiada. — Porque ele já tem a Madalena pra fazer isso.
— Madalena é governanta. Ela cuida dos afazeres, mas não pode decidir nada sem consultar Christopher ou a mim. E, a partir de amanhã, será você quem deverá assumir essa tarefa! Não pense que é fácil. Todos os gastos serão sua responsabilidade. E o que sobrar será seu, para gastar como bem quiser. É uma compensação por seu empenho e esforço. Foi assim que
consegui juntar minhas economias.
Engoli em seco. Ouvir aquilo não era bom. Nada bom.
— Eu não sou muito boa em cuidar da casa. Vivia faltando leite na minha geladeira porque eu nunca me lembrava de comprar.
A cabeça dela pendeu para o lado.
— Sua geladeira?
— Ah, é um... humm... baú onde eu guardava comida. Dei esse nome a ele — me apressei em dizer. Maite não tinha ideia da minha história, e eu queria que permanecesse assim. Já bastava ter bagunçado a cabeça de Christopher uma vez. Eu estava ali, escolhi aquele século, era tudo o que importava. — E, de todo jeito, não adianta. Eu queria dar o relógio para o seu irmão amanhã, depois do casamento, e só vou receber essa grana mais pra frente, certo? Voltamos ao problema de eu ser amante do seu irmão.
— Shhhh! Não diga essa palavra em voz alta — ela enroscou o braço no meu. — E ninguém precisa saber disso. Basta dizer ao senhor Estevão que teve problemas com a remessa de alguns títulos e que, assim que os correios despacharem os documentos, a agência bancaria fará o pagamento.
— Os correios já existem? — perguntei surpresa. Ela se deteve e me olhou confusa. — Existe aqui! Foi isso que eu quis dizer. Se já existe nesta região.
— Bem, temos um agente dos correios na vila. O senhor Bregaro. Mas duvido que o senhor Estevão vá falar com o sujeito. Ele não tem motivos para desconfiar de sua palavra. Ou da minha. Vamos! Temos de nos apressar antes que Christopher fique impaciente e decida nos procurar. Ele não pode estragar a surpresa! — Ela fez a volta e me puxou rumo à joalheria.
Eu relutei. O plano de Maite tinha muitos furos. Eu podia enganar o seu Estevão e o pessoal da vila, mas Christopher não era bobo. Assim que visse o relógio, ele se perguntaria como eu tinha conseguido comprá-lo. Maite, porém, garantiu que o irmão pensaria que eu havia utilizado as moedas que ele me dera nas últimas semanas e não tocaria no assunto. Eu também temia que Christopher topasse com o seu Estevão e o joalheiro lhe contasse que eu tinha comprado fiado, além da mentira sobre títulos de valor e tudo o mais. Maite achou muito improvável; o sigilo absoluto entre vendedor e comprador era quase sagrado naquele século.
Eu tinha quase certeza de que aquele plano não daria certo. Ainda assim, a expressão desolada no rosto de Christopher pouco mais cedo naquele dia bloqueou qualquer pensamento e eu entrei na lojinha. E, como Maite antecipara, o senhor Estevão ficou mais do que satisfeito em me vender fiado e acreditou em tudo o que eu disse (e ainda resmungou sobre o senhor Brega-Sei- Lá-das-Quantas precisar de um assistente).
Depois de termos acertado tudo, demorei um pouco para decidir o que queria gravar na tampa do relógio. Evoquei a imagem de Christopher sorrindo daquele jeito que fazia meu coração se alvoroçar, e as palavras saíram sem esforço. Estevão levou pouco mais de vinte minutos para fazer a gravação e me entregar o relógio dentro de uma bela caixa de madeira forrada de veludo verde-escuro.
Nós duas saímos da joalheria, passamos rapidamente no sapateiro para pegar minha encomenda — a única coisa que Christopher comprou para mim da qual não reclamei, apesar de ele não ter visto o modelo que escolhi — e voltamos para a frente do ateliê de madame Georgette. Isaac já tinha acabado de empilhar as caixas e nos esperava sentado no banco da frente da carruagem. Pedi a ele que guardasse o relógio dentro de um dos pacotes, e o garoto me atendeu de pronto. Isaac estava sempre disposto a me ajudar.
Eu gostava cada vez mais daquele garoto.
Maite tocou meu braço de repente e seus dedos finos me prenderam.
— O que foi? — perguntei sem entender.
A garota deu de ombros.
— Apenas atendendo a um pedido curioso.
Eu acompanhei seu olhar e encontrei Christopher atravessando a rua. Dei um passo à
frente, mas Maite me conteve, me segurando mais firme, de modo que eu tive de esperar por ele. Ah!
— Já terminaram? — ele perguntou ao nos alcançar. Educado como sempre, ele se inclinou, os olhos fixos nos meus, tomou minha mão e a levou aos lábios. Um rugido selvagem reverberou pelo meu corpo quando senti a carícia quente em minha pele.
— Já — suspirei.
Ele se endireitou, mas não soltou a minha mão, apenas a realocou na curva de seu braço.
— Excelente. Gostaria que me acompanhasse até a igreja.
— Algum problema com o casamento? — Maite arregalou os olhos.
— Não, Maite. Está tudo certo. Mas desejo falar com o padre Antônio.
— Ah... — foi minha complexa resposta.
Eu me encontrara com o padre uma única vez, logo depois de voltar para Christopher. O homem até que foi simpático e me desejou felicidades assim que soube do nosso noivado, mas bastou ser informado de que eu estava morando na casa dos Uckermann para que toda a camaradagem desaparecesse.
Foi por isso que inventei dezenas de desculpas para não ir à missa nos dois últimos domingos.
— Demoraremos um pouco — Christopher avisou a irmã. — É melhor você voltar para casa. Vou pegar Meia-Noite na casa do dr. Almeida mais tarde.
— Está bem, mas procure não demorar muito. Dulce e eu temos que terminar os arranjos das mesas.
— Farei o possível — ele concordou com um firme aceno de cabeça.
Despedindo-se da irmã e de Isaac, Christopher começou a me guiar pelas ruas da vila, seguindo em direção à igreja.
— Senhorita Dulce! Senhorita Dulce!
Eu me virei. Anelize corria em minha direção, um dos lados da saia levemente suspenso, uma caixa redonda nas mãos.
— Que bom que a encontrei. Eu me esqueci desta encomenda. São suas... — Ela olhou para Christopher pelo canto do olho.
Christopher pigarreou de leve.
— Vou esperá-la ali. — Ele me soltou e se afastou alguns passos.
— São suas... A senhorita as chama de calcinhas. Estavam embaixo de um rolo de tecidos. Desculpe.
— Não tem problema. Pode entregar para Maite? Eu tô indo pra igreja agora.
— Ah, claro. E a senhorita faz muito bem. Rezar numa hora dessas é tudo que podemos fazer.
Eu ainda não tinha entendido o que ela quis dizer quando seus braços magros me envolveram.
— A senhorita estará em minhas orações todas as noites.
— Humm... Valeu — dei um tapinha desajeitado em suas costas.
Quando ela se endireitou, percebi que tinha lágrimas nos olhos.
— Anelize, você tá bem?
— Ah, como a senhorita é atenciosa! Com tanto para pensar, ainda é gentil o bastante para se preocupar comigo. Farei uma novena para a senhorita. Minha fé é poderosa. Vai dar tudo certo. Oh, não! A senhorita Maite está partindo. Preciso entregar o pacote a ela!
Anelize gritou enquanto se apressava na direção da carruagem, e eu fiquei ali, observando a garota magra e alta feito um cabo de vassoura, que não falara coisa com coisa, se aproximar de Isaac e estender a caixa para o alto. Eu ainda observava a assistente de madame Georgette quando Chriostopher me abordou.
— O que aconteceu?
— Eu honestamente não sei.
— Podemos ir? Não quero que minha irmã fique furiosa comigo por mantê-la longe de casa na véspera de nosso casamento.
Assenti e aceitei seu braço.
— Espero que o padre esteja de bom humor hoje — comentei. — Madalena disse que ele perguntou por mim ontem, quando apareceu para acertar uns detalhes com você. Foi muita sorte Elisa ter me arrastado com
ela e Teodora ao ateliê da madame Georgette logo cedo.
— O padre Antônio apenas se preocupa com a sua reputação. Amanhã, no entanto, essas aflições terminarão. Você será minha perante Deus e os homens. Para sempre — adicionou ele, com um sorriso torto satisfeito.
Eu sorri também. Christopher e eu estávamos tentando — de verdade — nos manter afastados um do outro. Em parte porque Madalena era um tremendo cão de guarda, e, em parte, porque Christopher queria fazer tudo de acordo com a tradição. Mas, sabe como é, estávamos apaixonados, e de boas intenções o inferno está cheio.
Entramos na igreja em estilo barroco localizada bem no centro da vila.
A capela não era tão diferente da que eu estava acostumada. Tinha bancos de madeira escura e um altar simples, e algumas imagens de santos nos davam as boas-vindas. Na lateral, em um pequeno recuo, ficava o confessionário, uma espécie de casinha. Não gostei dela.
— Por que você precisa falar com o padre? — sussurrei enquanto atravessávamos o corredor.
— Quero me confessar.
Foi aí que entrei em pânico.




GrazihUckermann: Quem não gostaria de ter um Christopher em casa em kk bjss {#emotions_dlg.kiss} S2


 


tahhvondy: Continuando bjss {#emotions_dlg.kiss} S2


 


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Autor(a): Fer Linhares

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O padre Antônio, um sujeito de sessenta e poucos anos e uma vasta cabeleira grisalha, saiu de uma porta na lateral do altar e atravessou a nave da igreja com uma agilidade impressionante para alguém da sua idade. Seu olhar severo esteve preso em meu rosto durante todo o trajeto. Ao nos alcançar, porém, ele se voltou para Christo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • kaillany Postado em 17/01/2017 - 15:34:52

    Parabéns amei do começo ao fim!!!!s2

  • tahhvondy Postado em 16/01/2017 - 17:33:32

    amei q lindo super amei e m ansiosa pro proximo livro

  • Captain Swan Postado em 16/01/2017 - 14:45:03

    Já ta postado o proximo livro o link ta nos agradecimentos bjss S2

  • GrazihUckermann Postado em 16/01/2017 - 14:38:38

    Ameii! estou muito ansiosa pelo próximo livro s2 posta logo PFV

  • GrazihUckermann Postado em 15/01/2017 - 22:04:26

    Sumi mas estou de volta! 10 capitulos novo e li tudo rapidinho. tá, talvez demorei tipo uma hora e meia, quase duas. amei de mais! Estou apaixonada por esse dois s2 continua logo

  • Postado em 15/01/2017 - 20:30:45

    ah ta acabando q triste mas to amando e o q o futuro deles??se for o q to pensando e mt legal continua

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 17:27:14

    ai o cometario abaixo e meu não vir q não tava longada

  • Postado em 15/01/2017 - 17:24:53

    amei e uma menina e amei q colocaram o nome dela de nina

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 16:54:46

    owts bebe vondy a caminho amando

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 00:35:26

    Ossa odiando essa tia do Christopher cm ela teve coragem de sequestrar a Maite sorte q acharam ela mas essa tia vai continuar causando problemas? ?e o Anfonso vai casar cm a Anahí??


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