Fanfics Brasil - Capítulo 12 (2ª Temporada) Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA]

Fanfic: Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy (Adaptada)


Capítulo: Capítulo 12 (2ª Temporada)

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A frente do casarão estava irreconhecível, o jardim quase passava despercebido. Muitas mesas tinham sido dispostas de modo a formar um círculo, deixando o centro livre para a dança. Estacas foram fixadas nas extremidades para que um cordão de fitas douradas e brancas tremulantes fosse disposto. Os arranjos que ajudei Maite a preparar decoravam as mesas. O colorido das roupas dos convidados proporcionava um espetáculo à parte. Um singelo quarteto de cordas se acomodava nos primeiros degraus da entrada da casa.
Não houve chuva de arroz nem “Vivam os noivos” quando descemos da carruagem — o pessoal do século dezenove era mais contido —, mas o restante foi meio parecido. Os convidados estavam interessados na comida, e os empregados corriam de um lado para o outro como se o quintal estivesse em chamas. Os noivos abriram o baile com uma valsa, e, embora eu tenha pisado no pé de Christopher algumas vezes, ninguém pareceu notar. Nem
ele.
Nós nos separamos depois da dança. Não que eu tivesse gostado da ideia.
— Vocês precisam falar com os convidados — explicou Maite, me arrastando por entre as mesas. — Separados, conseguirão cumprimentar todas as pessoas.
— Eu preferia ficar dançando com o seu irmão.
— Depois, querida Dulce.
Então teve início a maratona de sorrisos, agradecimentos pelos votos de felicidade e blá-blá-blá. No entanto, não pude deixar de notar que muitos convidados me estudavam com uma expressão de preocupação, algumas até beiravam a piedade. Grunhi baixinho. Provavelmente já tinham antecipado que tipo de esposa eu seria. Não me ofendi, no entanto. Eu também
estava preocupada.
Em algum momento, fui deixada na companhia da família Albuquerque.
Eu tentei manter uma conversa, tentei mesmo, mas seu Walter estava mais interessado no prato que tinha nas mãos, e Valentina parecia tão miserável que era doloroso olhar para ela. Suelen era a única que não me causava náuseas. Já a senhora Albuquerque...
— Seu vestido é um tanto modesto — disse a mulher, sacudindo o leque e percorrendo minha silhueta com um olhar desdenhoso. — Mas parece-me apropriado. Combina.
A ofensa velada não me escapou.
— Sabe, dona Adelaide, às vezes uma coisa modesta é mais bonita que uma espalhafatosa. Depende muito dos olhos de quem admira. Se me der licença, ainda preciso falar com alguns convidados — sorri para ela e fui me afastando. Mas então lembrei que não devia ser tão grosseira e fiz uma mesura meio atrapalhada.
Valentina me interceptou antes que eu pudesse dar três passos.
— Sinto muito, senhorit... senhora Uckermann — ela se corrigiu e corou. — Minha mãe não falou por mal. Ela apenas...
— Não se conforma que o Christopher tenha me escolhido quando tinha você — falei sem pensar.
— Oh, não! Não! De maneira alguma. O senhor Uckermann nunca... ele jamais... — Ela começou a piscar muito rápido, e eu quis chutar minha própria bunda.
Suspirei e toquei seu braço.
— Desculpa, Valentina. Eu não devia ter dito isso. Tô um pouco tensa.
Seu rosto ficou todo rosa e ela desviou os olhos para o chão.
— Oh, eu compreendo. A maioria de nós teme este momento. Mas sei que o senhor Uckermann a tratará com ca-carinho e... bem... a senhora sempre pode fechar os olhos e rezar!
Levei um minuto inteiro para entender o que ela quis dizer. Então desatei a rir.
— Ai, Valentina, não é nada disso! Eu não tenho medo dessa parte. — A garota não tinha culpa que a mãe a deixara tão apavorada com relação à noite de núpcias. Talvez eu devesse ter aquela conversa com ela também.
— Eu me referia à exibição. Me incomoda um pouco, sabe?
— Ah! Perdoe-me, senhora Uckermann, não quis ser indiscreta. — E a garota quase entrou em combustão espontânea.
— Você não foi. E pode me chamar de Dulce.
Ela assentiu uma vez, mas ainda parecia desconfortável. Então respirou fundo, tomando coragem.
— Só queria que soubesse que não concordo com mamãe. Eu penso na senhora como uma dama admirável. E seu vestido é muito bonito e elegante.
Sorri para ela, não pude evitar.
— Valeu, Valentina.
— E os cabelos! Tão perfeitos! — exclamou Suelen, se juntando à prima. Ela abriu a bolsinha de mão e mostrou o pequeno frasco de condicionador caseiro. — Sua governanta me entregou há pouco. Foi isso que os deixou assim?
— Mais ou menos. Maite fez uns cachos com tecido, mas o condicionador ajudou a manter tudo no lugar.
— Esplêndido! — Ela fechou a bolsa, saltitando. — Mal posso esperar para que os meus fiquem com o mesmo aspecto.
Perto dali, avistei Ian conversando com o dr. Almeida. Seria algo normal, se o rosto do meu marido não estivesse tão fechado. Tentei me aproximar deles, mas Suelen continuou falando. Por fim, o médico se foi, e Christopher ficou um tanto inquieto observando o homem se afastar. Ele girou a cabeça e nossos olhares se encontraram. Captei nervosismo em seus olhos.
— ... porque eu nunca vou atrair um pretendente — dizia Suelen. — Mamãe diz que é por causa dos meus cabelos, e talvez ela tenha mesmo razão.
Mas, depois de ver o seus, minhas esperanças se renovaram.
— Fica tranquila, Suelen, vai ficar bacana — garanti, o olhar ainda fixo em Christopher. Ele não parecia bem. Nada bem, ainda que tentasse demonstrar o contrário. — Me deem licença, preciso falar com o Christopher um minutinho.
— Ah, claro — Suelen respondeu, e as duas garotas fizeram uma mesura.
Fui ao encontro dele. Sorri para as mulheres com quem cruzei no caminho e tive que dar aquela abaixadinha toda vez que um cara topava comigo, o que acabou me atrasando um pouco. Christopher me encontrou no meio do caminho.
— Qual é o problema? — perguntei, examinando seu rosto.
Embora sua boca tenha se curvado para cima, o sorriso não chegou aos olhos.
— Estou longe de minha esposa há mais de um quarto de hora, é esse o problema.
— Tem certeza? Você parece meio... tenso. Dei bola fora?
— Não, está sendo absolutamente perfeita e encantadora. — Ele deslizou os dedos pelos cabelos, e aquela preocupação que pensei ter visto não existia mais, me dando a sensação de que tudo não passava de coisa da minha cabeça. — Mas ocorreu-me agora que dançamos apenas uma única vez. Me concederia a honra? — Ele fez uma mesura, pegou minha mão e a levou aos lábios.
— Pensei que nunca fosse perguntar!
Christopher riu e me levou para a área destinada à dança, mas parou ao ouvir os primeiros acordes.
— É uma quadrilha — avisou.
— Humm... então é melhor não arriscar. Maite até tentou me ensinar alguns passos, mas não me saí muito bem.
Foi nesse momento que uma comoção chamou a atenção de todos. Christopher e eu nos viramos. Uma carruagem imensa — a maior que já vira — com quatro cavalos brancos parou a uma curta distância da entrada da casa, quase atropelando a mesa ocupada pelo padeiro e sua esposa.
— Tia Cassandra — Christopher gemeu ao meu lado, não parecendo nada feliz.
De dentro da carruagem, surgiu um rapaz alto e forte, que estendeu a mão para ajudar uma senhora corpulenta com ar de importante a descer.
Ela tinha muito brilho no pescoço, e a cara de poucos amigos me fez encolher os ombros.
— Certo. Ela não parece do tipo tia fofa que todo mundo ama — comentei, os olhos fixos nas penas de pavão presas em alguma parte de seu vestido.
— E não é — ele comprimiu os lábios. — Vamos acabar logo com isso.
Mesmo descontente, Christopher me ofereceu o braço e seguiu na direção dos recém-chegados.
Fez um gesto de cabeça para Maite quando passamos por ela. A menina, que conversava animada com a senhora Almeida, fez uma mesura apressada, correndo para nos alcançar.
— Pensei que a tia Cassandra não fosse vir! — ela exclamou, horrorizada.
— Eu também — murmurou Christopher. — Tinha esperanças de que Alfonso viesse sozinho.
Assim que nos aproximamos do par, eu quis fugir. Não sabia bem por quê, mas a cara da tia Cassandra me fazia querer voltar para o século vinte e um. Soltei o braço de Christopher e comecei a retorcer as mãos.
— Alfonso — saudou Christopher , com uma mesura.
— Que prazer revê-lo, primo! — O rapaz, quase tão alto quanto Christopher, abriu um
largo sorriso. — Aceite os meus cumprimentos e votos de felicidade.
— Fico grato, Alfonso. — E então se voltou para a mulher: — Tia Cassandra, que... bom que veio.
— Sabe que a estrada está em péssimas condições, meu sobrinho? Não me lembro de sacolejar tanto em toda minha vida. Você não está cuidando de suas posses como deveria. — Seus olhos pintados de azul-royal encontraram minha nova irmã. — Oh, Maite, querida, veja como está crescida. — Ela tocou o queixo da menina, erguendo um pouco seu rosto e
o analisando atentamente, como se Elisa fosse uma vaca premiada. — Sim,
já é uma mulher. E muito bonita, embora um tanto magra. Será uma dama encantadora em alguns anos, não concorda, Alfonso?
— Maite é uma Uckermann, como poderia ser diferente? — brincou ele, cumprimentando a prima da forma apropriada. Maite corou, e Cassandra deixou escapar um sorriso de deleite ao observar o par que os dois formavam.
Christopherpigarreou de leve e apoiou a mão na curva das minhas costas.
— Permitam-me apresentar-lhes minha esposa. Está é Dulce Saviñón Uckerman. — Um orgulho indisfarçável distorceu ligeiramente sua voz. — Dulce, esta é minha tia, Cassandra Linhares Uckermann , e seu filho,Alfonso Uckermann II.
— Prazer em conhecer vocês — arrisquei uma mesura.
A mulher grudou os olhos em mim, no meu rosto, no meu vestido.
Busquei a mão de Christopher e apertei seus dedos de leve. Agora eu era a vaca premiada. Não tão premiada assim, constatei depois daquele olhar.
— Então esta é a nova senhora Uckermann. Não conheço nenhuma família Saviñón. Recorda-se de algum Saviñón, Alfonso?
— A família de Dulce é de muito longe — Christopher se apressou.
— E todos já morreram — acrescentei.
A mulher contemplou Christopher, chocada.
— E quem lhe pagou o dote, meu sobrinho?
Christopher endireitou os ombros, como se estivesse se preparando para uma briga.
— Não seja indelicada, tia — repreendeu ele no exato momento em que soltei:
— Eu não tenho dote.
— Oh! — Cassandra cambaleou levando a mão ao peito. O filho a amparou. — Oh, Céus! Uma noiva sem dote! Ah, meu bom Deus! Parece que cheguei tarde demais e nada mais poderá ser feito.
— Por que não se sentam e apreciam uma boa taça de vinho? — sugeriu Maite, me olhando compadecida pelo canto dos olhos. — A viagem pode estar afetando sua saúde, tia.
— Excelente sugestão, prima — Alsonso concordou depressa. — Vamos, a senhora precisa se sentar.
— Oh, Alfonso, querido, chegamos tarde demais. Tarde demais! — lamentou-se, se deixando arrastar pelo filho. — Uma noiva sem dote, sem berço! Uma plebeia para manchar o bom nome da família!
— Não exagere, mamãe — eu o ouvi resmungar enquanto a arrastava para uma das mesas.
Eu queria não ter me importado com aquilo. Queria fingir que as palavras da mulher não mexeram comigo, mas o que ela tinha acabado de dizer andava martelando minha cabeça desde que ouvi sobre os tais boatos que corriam na vila.
Quando Cassandra e o filho, acompanhados de Maite, estavam a uma distância segura, Christopher apertou minha mão.
— Eu sinto muito por isso. Não imaginei que tia Cassandra fosse realmente aceitar o convite. Não a vemos desde a morte de nossos pais.
— Ela não foi muito com a minha cara.
— Tia Cassandra tem certa tendência a não gostar de ninguém — explicou, mortificado.
Eu assenti, pressionando os lábios com força.
— Me diz que ela vai embora assim que a festa acabar.
Christopher parecia tão infeliz quanto eu acabara de ficar.
— É pouco provável. A propriedade dela fica a dois dias de viagem.
Gemi, cobrindo o rosto com as mãos.
— Ah, Christopher, desculpa. Eu não quero te envergonhar diante da sua família.
Mas, se ela vai ficar com a gente, isso vai ser meio inevitável.
Tocando meu rosto com delicadeza, ele me obrigou a olhar para ele.
— Você não me envergonha! Jamais me envergonharia. Se alguém deve lamentar e pedir desculpas pela falta de modos de minha tia, esse alguém sou eu. Não vou permitir que ela a perturbe outra vez. Prometo.
— Mas como você vai fazer isso se ela vai se hospedar na sua casa?
Ele fechou a cara.
Nossa casa — corrigiu. — E darei um jeito nisso.




GrazihUckermann: Confusão? vc ainda não viu nada, não vai ter lua de mel kk bjss{#emotions_dlg.kiss} S2


 


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Autor(a): Fer Linhares

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • kaillany Postado em 17/01/2017 - 15:34:52

    Parabéns amei do começo ao fim!!!!s2

  • tahhvondy Postado em 16/01/2017 - 17:33:32

    amei q lindo super amei e m ansiosa pro proximo livro

  • Captain Swan Postado em 16/01/2017 - 14:45:03

    Já ta postado o proximo livro o link ta nos agradecimentos bjss S2

  • GrazihUckermann Postado em 16/01/2017 - 14:38:38

    Ameii! estou muito ansiosa pelo próximo livro s2 posta logo PFV

  • GrazihUckermann Postado em 15/01/2017 - 22:04:26

    Sumi mas estou de volta! 10 capitulos novo e li tudo rapidinho. tá, talvez demorei tipo uma hora e meia, quase duas. amei de mais! Estou apaixonada por esse dois s2 continua logo

  • Postado em 15/01/2017 - 20:30:45

    ah ta acabando q triste mas to amando e o q o futuro deles??se for o q to pensando e mt legal continua

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 17:27:14

    ai o cometario abaixo e meu não vir q não tava longada

  • Postado em 15/01/2017 - 17:24:53

    amei e uma menina e amei q colocaram o nome dela de nina

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 16:54:46

    owts bebe vondy a caminho amando

  • tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 00:35:26

    Ossa odiando essa tia do Christopher cm ela teve coragem de sequestrar a Maite sorte q acharam ela mas essa tia vai continuar causando problemas? ?e o Anfonso vai casar cm a Anahí??


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