Fanfic: Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy (Adaptada)
— Senhora Portilla! — repreendeu Christopher, fechando os olhos e esfregando a testa, visivelmente abalado.
O clima ao nosso redor ficou tenso, e todos se calaram. Confusa, Bernadete trocou olhares com o marido e o médico. Então dá para imaginar como eu me senti naquele momento.
— Que maldição? — insisti.
— Não dê ouvidos, senhora Uckermann. — O bigodudo olhou torto para a esposa. — Bernadete não quis dizer nada. Minha esposa bebeu um pouco a mais de vinho, por favor a perdoe.
— Desculpa, seu Portilla, mas não acredito no senhor. — Fiquei de lado e encarei Christopher. — Você sabe sobre essa maldição?
Christopher inspirou fundo e soltou o ar com força.
— São apenas crendices populares, Dulce.
Ele sabia. Cruzei os braços sobre o peito.
Todas as minhas células se agitaram e meu instinto gritava que alguma coisa estava muito errada. Christopher percebeu que eu não desistiria até que ele me dissesse tudo. E soltou um grunhido antes de começar:
— Uma jovem... — Ele olhava para todos os lados, menos para mim.
— Quatro agora — corrigiu Bernadete.
Christopher a fuzilou com os olhos.
— Obrigado, senhora Portilla.
— Disponha, querido — falou ela, alheia à irritação que borbulhava dentro dele.
Ele recomeçou:
— Quatro jovens... Não podemos conversar sobre esse assunto quando chegarmos em casa?
— Seria mais adequado — concordou o dr. Almeida.
— Não! — disse eu. — Lá você vai me distrair e eu vou acabar esquecendo. Eu quero saber agora.
Christopher esfregou o rosto algumas vezes.
— Essas jovens foram vítimas de acidentes logo após se casarem. — Ele falava rápido demais. Tive de me inclinar para não perder nada. — As quatro foram atingidas por raios. Ontem à noite aconteceu de novo, na cidade. Algumas pessoas insistem em acreditar que se trata de uma maldição.
— Ora, senhor Uckermann — a mãe de Anahí o interrompeu. — Quatro jovens não são suficientes para que o senhor creia na maldição?
— Bernadete! — o senhor Moura gemeu. — Esse assunto não é apropriado. Ainda mais na presença da senhora Clarke.
— Eu sei, querido! Mas achei pouco prudente o senhor Clarke não ter alertado a esposa para que ela se pre...
— Será que podemos mudar de assunto? — Christopher implorou, parecendo desesperado para me tirar dali.
— Você acredita nessa maldição?
— Não. — Mas hesitou. — Talvez. Não sei. — E sacudiu a cabeça com veemência. — Não vou arriscar, Dulce.
— Arriscar o quê?
Christopher apenas me fitou com uma determinação desconcertante, e percebi que ele não tinha a menor intenção de me contar mais nada.
Ainda bem que havia mulheres ali.
— O mais assustador é que apenas as jovens estão morrendo — explicou Bernadete, arregalando os olhos. — Note que todas estavam acompanhadas do marido. Eram casamentos que as famílias desaprovavam! Dizem que foi a mãe de um dos noivos que rogou a praga. O jovem barão se encantou pela bela atriz, e todos sabemos que tipo de mulheres
elas são... — A mulher revirou os olhos. — Enfim, a baronesa só soube do casamento do filho depois que já tinha acontecido. No dia seguinte, a nora morreu! Pobrezinha, tinha apenas dezessete anos.
— E deixaram ela se casar com dezessete... — Parei de falar. A questão não era essa. — Deixa eu ver se entendi direito. Elas estavam com os respectivos maridos no local do acidente, mas só elas foram atingidas?
Ela assentiu uma vez.
— Nenhum dos cavalheiros se feriu.
— Hummm! — foi minha resposta superarticulada.
— No que está pensando? — Ian quis saber, finalmente me encarando.
— É muito esquisito. Essa coisa de raios só atingirem mulheres. Quer dizer, a menos que o clima seja sexista por aqui, e não acho que seja o caso, deve existir uma explicação para apenas as garotas serem atingidas. Algo estava mesmo acontecendo, mas com certeza não tinha nenhuma relação com a suposta maldição. Só queria que Christopher me falasse mais sobre ela, como cada uma das...
Então um pensamento sinistro me ocorreu.
Empurrando Christopher para longe dos conhecidos, para que pudéssemos ter um pouco de privacidade, me atrevi a perguntar:
— Onde essas garotas estavam quando morreram?
— Cada uma em uma situação diferente. Uma estava sob uma árvore.
Outra andava a cavalo, a terceira...
Sacudi a cabeça, depressa.
— Em casa? Elas estavam em casa ou tinham viajado?
Christopher não respondeu, e, pelo olhar sombrio, nem precisava. Naquele instante tudo fez sentido: o falatório a que Madalena e Gomes se referiram, os olhares estranhos que recebi no dia do casamento. Anelize dizendo que rezaria por mim. Todo mundo sabia sobre a maldição, menos eu! Até a Cara de Cavalo, que mencionara um funeral. No caso, o meu!
E Christopher sabia também. Aquelas conversas sussurradas com o médico eram sobre isso, não eram? O pesadelo. A noite em que pensei que ele estivesse com medo da tempestade. Aquele desespero que às vezes o dominava e o fazia me agarrar com uma fúria desmedida. O cancelamento da nossa lua de mel.
Christopher percebeu o momento exato em que compreendi o que ele tinha feito.
— Dulce, por favor, tente entender — murmurou.
— Você mentiu pra mim. — Ele tinha inventado uma desculpa, usando suas finanças como pretexto, e eu acreditei nele, mesmo quando todos os meus instintos gritavam que havia algo errado. Até tentei ajudá-lo! E agora...
Ai, meu Deus!
— Suas finanças? — exigi saber, com o coração na mão.
— Nunca menti quanto a isso — ele se apressou em dizer, me fitando angustiado. — Tive prejuízos sim, mas foram poucos. Foi você quem preferiu não acreditar quando lhe garanti que estava tudo bem.
— Como eu podia acreditar se você sempre vinha com meias palavras? Eu sentia que você estava escondendo alguma coisa, mas me recusei a crer nisso. Por que não me contou sobre a maldição? Por que preferiu mentir pra mim? — cuspi furiosa.
— Não queria preocupá-la. Já estou apavorado o bastante por nós dois.
— Ele ergueu o braço para acariciar minha bochecha.
Ergui o queixo para poder encará-lo, me afastando assim de seu toque.
Ele se encolheu.
— Droga, Christopher! Você precisa parar com isso! Eu quero me preocupar, quero saber o que anda se passando na sua cabeça e te contar o que acontece na minha. Não tente me manter do lado de fora, tá legal? Não vê que com isso você se afasta de mim?
A orquestra começou a dar o tom certo e pude ouvir um burburinho, mas estava focada demais em Christopher para notar qualquer outra coisa.
— Acredite quando digo que nunca quis... — começou Christopher , sendo logo interrompido.
— Sua esposa pode esperar para ter esta conversa — disse Cassandra, vindo sabe-se lá de onde. Do inferno seria o mais provável. — Sabe bem que é tradição em um baile como este dançar primeiro com a mais velha da família.
Uma veia pulsou no maxilar de Christopher.
— A senhora jamais me deixaria esquecer.
— Certamente não. E aceito o convite com muito gosto, meu belo sobrinho. — Ela enlaçou o braço ao dele e o puxou.
Christopher se desvencilhou dela como pôde.
— Tia Cassandra, agora não é um bom momento. Preciso terminar esta conversa com Dulce. Dançaremos mais tarde.
— Não, tudo bem — eu lhe assegurei, irritada. Se com ele ou comigo mesma, eu não tinha certeza.
Christopher mentira para mim, me fazendo crer que estava em dificuldades. E, na tentativa de ajudá-lo, eu menti para ele, por ele ter mentido para mim.
E agora, o que eu faria? Se as minhas chances de ser absolvida por causa do trato com o boticário já eram mínimas quando eu pensava que ele estava ferrado, naquele instante elas se tornaram nulas.
Em contrapartida, ele mentira para mim e perdera o direito de me condenar.
— Vai dançar com a sua tia — recuei um passo quando ele tentou me tocar. — Esta conversa pode esperar.
Sem desviar os olhos do meu rosto, ele disse:
— Preciso de um momento, tia Cassandra. — Ele não esperou pela resposta dela e me pegou antes que eu pudesse me esquivar. Então me segurou pelo cotovelo e me conduziu para perto das altas vidraças. — Odeio quando tenta se afastar de mim.
— É mesmo? O que achou que conseguiria quando decidiu mentir para mim? Além do mais, acho que já envergonhei sua família o suficiente por uma noite e você devia dançar com a Cassandra antes que as pessoas comecem a falar.
— Você não me envergonhou por/ra nenhuma! — ele esbravejou.
Duas senhoras que passavam engasgaram ao ouvi-lo praguejar e praticamente saíram correndo com os semblantes da cor de um morango.
Eu apenas olhei para ele.
Christopher bufou, correndo os dedos pelos cabelos negros, que sob a luz das centenas de velas adquiriram um brilho acobreado ímpar.
— Perdoe-me, eu me excedi. Você de fato aniquila minha sanidade.
— Ah, é? Você mentiu pra mim, Christopher! Tem noção de como isso me machuca? Como vou saber se você não está escondendo mais algum grande segredo?
— Você sempre soube que eu estava escondendo alguma coisa. Como pode me perguntar uma coisa dessas?
— Porque suspeitar é diferente de confirmar! Eu sempre confiei em você, agora... agora não sei mais.
Ele assentiu uma vez, me fitou por um longo instante e então endireitou a coluna.
— Gostaria de lhe dizer que estou arrependido, mas não posso. Mentiria mil vezes se preciso fosse para manter tais tragédias longe de seus ouvidos. Desde que o dr. Almeida me contou sobre os acidentes, imagens terríveis dessas jovens que eu nem ao menos conhecia me tiram o sono e fico pensando que poderia ter sido... que a próxima pode ser... — Sua voz falhou.
Ele engoliu em seco, lutando para se controlar. — Lamento se a magoei. Ver a acusação, a desconfiança em seu olhar me dilacera. A morte certamente deve ser menos dolorosa. Mas, se é esse o preço que terei de pagar por tentar mantê-la a salvo, física ou psicologicamente, então eu o aceito de bom grado. Eu me manterei afastado, se é o seu desejo. — Ele se
curvou antes de partir.
Seu tom resoluto, mas ao mesmo tempo dilacerado, me permitiu vislumbrar uma parte de seu desespero. Um desespero que quase se tornara familiar. O mesmo que vi em nossa noite de núpcias. O mesmo da noite da tempestade.
“Mas entenda, meu amor, eu quero lhe dar o mundo, no entanto...”, ele dissera com veemência no episódio das tintas. “No entanto, agora não posso arriscar... Não enquanto as notícias são tão... Eu não sei no que acreditar!” Ele tentara me contar a verdade, me dei conta, mas não tinha encontrado palavras para dizer o que sentia e, em completo abandono, me pedira para fazer amor com ele.
Christopher acreditava na maldição, a temia. Por mim.
Meu coração se condoeu dele, do terror silencioso que carregava sozinho na tentativa de não me assustar. Tentei me imaginar na mesma situação, e um arrepio gélido percorreu minha espinha. Eu faria qualquer coisa por Christopher. Fosse a coisa a certa ou não. Não acabara de inventar uma picada de abelha para evitar que ele se metesse em um duelo? Sua mentira
não era assim tão imperdoável.
No entanto, negociar com o boticário sem lhe dizer nada era.
Enquanto eu tentava colocar os pensamentos em ordem e minha raiva se dissipava, Christopher já estava longe, oferecendo o braço, impaciente, a Cassandra, e juntos eles atravessaram o salão.
O dr. Almeida se aproximou ajeitando as lapelas.
— Se não se importar com a minha falta de jeito... — começou ele.
— Não precisa fazer isso, doutor. Tô numa boa. — Tentei sorrir, mas não fui capaz. As palavras de Christopher rodopiavam em minha cabeça me deixando zonza. Ele acreditava na maldição. Ele a temia. Ele se manteria longe...? — Doutor, voltando ao assunto das noivas, o senhor acredita na maldição?
— Como cientista, não. Pessoalmente, não sei o que pensar.
Então éramos dois.
Devia ter uma explicação para o que estava acontecendo com as recém-casadas.
Acreditar que tudo era causado por uma maldição era o mesmo que... que... acreditar que uma garota poderia viajar no tempo por um celular.
— Senhorita Maite? — chamou um rapaz magro e alto, meio encurvado, de pescoço longo, me tirando do redemoinho de pensamentos. Ele fez uma mesura para Maite. — Me concederia a honra de uma d-dança?
— Lamento, meu rapaz, mas terá de esperar. Esta dança já me foi prometida há tempos, não é mesmo, prima? — Alfonso ofereceu-lhe o braço.
— Sim, Alfonso. E agradeço o convite, senhor Prachedes.
— A s-segunda, então? — insistiu Prachedes.
— Sim, será um prazer.
— Bem, senhorita Anahí, espero que reserve uma dança para mim — anunciou Alfonso, ao se soltar dela.
— É claro, senhor Uckermann.
William ficou observando o casal se dirigir para a pista de dança — ou seja lá que nome se dê a isso no século dezenove — com os olhos faiscando de ciúme.
Prachedes se dirigiu à Anahí:
— Concede-me a honra?
— É claro, senhor. — E se obrigou a sorrir.
Era tão óbvio que Anahí tinha se apaixonado por Alfonso, e ele era o único que parecia não se dar conta disso. Eu ainda não fazia a menor ideia dos sentimentos de Maite, muito menos dos do primo. Mas William, ao que parecia, compreendia a situação melhor do que eu e não estava gostando nada do resultado. E Christopher, meu marido, o cara que era o meu mundo, não me contava coisas importantes. Nem eu a ele.
Às vezes se apaixonar é uma droga.
Ali perto, logo atrás dos Moura, Suelen e Najla faziam gestos para alguém se aproximar. Dei uma olhada para trás, mas não vi ninguém. Então Suelen apontou para mim e sorriu meio insegura.
— Já volto — avisei ao dr. Almeida, que fez um aceno educado com a cabeça.
Suelen estava linda, de vestido branco e com grandes cachos vermelhos que lhe caíam pelos ombros, presos no topo da cabeça por uma presilha de pedras brilhantes. Najla parecia uma princesa, toda envolta em creme, o que destacava sua beleza e fazia reluzir seus cabelos, agora presos em um coque frouxo e com pequenas molinhas castanhas emoldurando seu rosto delicado em formato de coração.
— Vocês estão lindas! — exclamei assim que as alcancei.
— Sim, e devemos isso a você! — Suelen contou eufórica. — Mas nosso produto está acabando e gostaríamos...
— Se não fosse abusar de sua bondade... — emendou Najla.
— Que nos fornecesse mais! — Suelen pulou e bateu palminhas.
— Pagamos quanto for necessário!
Eu gemi. Agora que sabia que Christopher não estava com problemas financeiros, tudo mudara. Ele não precisava da minha ajuda. Em nenhum aspecto. Entretanto, eu ainda tinha que saldar minha dívida na joalheria e não fazia ideia de quanto ainda faltava, apesar do montante que recebera de seu Plínio naquela tarde.
Só até ter toda a grana para pagar o relógio, decidi.
Olhei para os lados, para me certificar de que ninguém ouvia nossa conversa.
Todos estavam entretidos com outros assuntos, com bebidas ou com a sobremesa.
— Tá legal, mas vocês não podem contar pra ninguém. Estarei ferrada se alguém lá em casa souber que estou vendendo essas paradas. Então, por favor, não abram o bico.
Suelen olhou para Najla.
— Tenho quase certeza de que não entendi o que ela disse.
— Suelen! — Najla censurou, mas sua testa também estava franzida. — Perdoe-me, senho... Dulce, acho que também não a compreendi.
Ah, pelo amor de Deus!
— É só fazerem o que estão fazendo agora, se alguém perguntar onde conseguiram o condicionador. Boca fechada.
As duas apertaram os lábios imediatamente, me fazendo rir.
— Tô falando dessa nossa negociação! Amanhã dou um jeito de ir até a vila e mando Isaac chamar vocês, tá bom?
— Será muito gentil de sua parte. — Najla tocou meu braço. — E, por favor, leve três frascos para mim. Assim não precisarei incomodá-la por um bom tempo.
— Para mim também! — pediu Suelen. — Não sei o que farei quando papai vier me buscar. Não quero voltar a ter cabelos espigados.
— Um mensageiro pode levar o produto até você — Najla sugeriu. — Ah, já a importunamos o suficiente. Muito obrigada pela generosidade, senh... Dulce. — As meninas deram aquela abaixadinha e saíram de braços dados, dando risadinhas adolescentes.
Eu me virei para voltar para junto do dr. Almeida, mas dei de cara com um peito engravatado. Um que não era lá muito firme. E cheirava a uísque.
— Que crueldade ver tão bela dama desacompanhada em um baile — falou Dimitri, com a voz arrastada. — Terei muito gosto em acompanhá-la na próxima dança.
— Escuta, Dimitri, eu sei que você deve ser um cara legal e tudo mais, mas, sabe, eu sou casada e não tô a fim de confusão, então se liga e me deixa me em paz, sacou?
Ele piscou algumas vezes.
— Vai atormentar outra pessoa — esclareci.
Dimitri sorriu de um jeito meio embriagado.
— Prefiro atormentar apenas as mulheres de beleza estonteante. E você, minha senhora, é a única aqui que se enquadra em tal categoria.
Revirei os olhos.
— Olha só, deixa eu explicar direito. Eu não tô a fim. — E o contornei para alcançar o meu grupo.
Porém ele não aceitou minha recusa. E, antes que eu pudesse escapar, me agarrou pelo pulso.
— Tenho muito a lhe oferecer — falou com intensidade. — Noites inesquecíveis, joias tão caras que nem mesmo a realeza...
— Quer fazer o favor de me soltar? — Girei o braço sem conseguir me livrar dele. Lancei um olhar ao redor e encontrei Christopher se contorcendo do outro lado do salão, tentando ver o que estava acontecendo comigo.
Ai, droga, ele não podia presenciar aquilo.
— Tudo que tem de fazer é dispensar-me um pouco de sua atenção — prosseguia Dimitri.
— Qual é o problema com os caras deste século? Me solta, cacete!
A boca de Dimitri se abriu, atônita, e o aperto em meu pulso se afrouxou. Com um puxão me libertei e lancei a ele meu olhar mais assassino.
— Só não vou amassar a sua cara agora porque já joguei purê na sua mãe. Mas nunca mais encoste em mim, entendeu?
— A senhora está tornando tudo muito mais interessante. Adoro um desafio, minha deliciosa Dulce. — Os olhos dele reluziram.
— É senhora Uckermann! — corrigi com um berro.
— Senhora Uckermann, e a nossa dança? — William surgiu do nada, se interpondo entre nós dois. — Não esqueceu, não é mesmo?
Que dança? , eu quis perguntar, mas percebi a tempo que ele estava tenso e tudo que queria era me livrar de mais uma situação embaraçosa, sem criar um novo escândalo.
— Certo — assenti e dei o braço a ele.
William me levou até a beirada da pista, sem dizer uma única palavra. Christopher agora parecia mais tranquilo, mas não muito. Droga, o que eu diria caso ele perguntasse alguma coisa?
— Eu não quis ser impertinente, mas, a distância, tive a impressão de vque o senhor Romanov se excedia — ele falou sem jeito. — Espero que não tenha se ofendido.
— Imagina, William. E valeu por me ajudar. Você foi muito bacana, porque, juro por Deus, faltou isso aqui pra eu bater na cara dele e criar um novo rebuliço.
William riu e a música logo terminou. Eu fiquei na ponta dos pés para procurar Christopher, preocupada com o fato de que ele tivesse falado sério sobre se manter longe de mim. Mas William começou a me empurrar gentilmente, e, quando me dei conta, estávamos na fileira de casais à espera da próxima música.
— Ei, não precisa dançar comigo — sussurrei. — Você já fez muito.
— Será um prazer, senhora Uckermann.
— Dulce. Meu nome é Dulce — corrigi, ainda procurando Christopher. Então o encontrei no canto oposto, me observando com um horror crescente. Por que ele estava em pânico?
William me posicionou num canto e ficou ao meu lado. Tipo, ao meu lado mesmo, ombro a ombro.
— William, o que você tá fazendo?
— Esperando a dança começar.
Franzi a testa e olhei ao redor. Os outros casais mantinham a mesma postura.
Então a música recomeçou e as pessoas começaram a se mover. Em passos coreografados à perfeição. Era aquela maldita quadrilha que eu não sabia dançar.
Aquela definitivamente não era a minha noite.
Autor(a): Fer Linhares
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Droga, droga, droga!Eu devia ter prestado atenção no que fazia. Onde eu estava com a cabeça quando aceitei dançar com alguém que não era o Christopher?— Ai! — William reclamou quando pisei no seu pé.— Foi mal.— Para o outro lado — uma garota disse depois de trombar em mim.— Certo, t&oci ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 90
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kaillany Postado em 17/01/2017 - 15:34:52
Parabéns amei do começo ao fim!!!!s2
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tahhvondy Postado em 16/01/2017 - 17:33:32
amei q lindo super amei e m ansiosa pro proximo livro
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Captain Swan Postado em 16/01/2017 - 14:45:03
Já ta postado o proximo livro o link ta nos agradecimentos bjss S2
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GrazihUckermann Postado em 16/01/2017 - 14:38:38
Ameii! estou muito ansiosa pelo próximo livro s2 posta logo PFV
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GrazihUckermann Postado em 15/01/2017 - 22:04:26
Sumi mas estou de volta! 10 capitulos novo e li tudo rapidinho. tá, talvez demorei tipo uma hora e meia, quase duas. amei de mais! Estou apaixonada por esse dois s2 continua logo
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Postado em 15/01/2017 - 20:30:45
ah ta acabando q triste mas to amando e o q o futuro deles??se for o q to pensando e mt legal continua
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tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 17:27:14
ai o cometario abaixo e meu não vir q não tava longada
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Postado em 15/01/2017 - 17:24:53
amei e uma menina e amei q colocaram o nome dela de nina
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tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 16:54:46
owts bebe vondy a caminho amando
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tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 00:35:26
Ossa odiando essa tia do Christopher cm ela teve coragem de sequestrar a Maite sorte q acharam ela mas essa tia vai continuar causando problemas? ?e o Anfonso vai casar cm a Anahí??