Fanfic: Perdida, Encontrada - (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy (Adaptada)
Corri tanto que meus pulmões começaram a arder, mas nem isso me fez parar.
Não sei bem como consegui sair da casa, cega pelas lágrimas como estava, a cabeça girando em espirais discordantes. Ao passar pelo estábulo, ouvi Storm relinchar, mas eu não queria encará-lo. Não queria encarar ninguém. Segui sem rumo, sem saber para onde iria, o que faria.
Minha cabeça chegava a doer com tantas imagens.
Christopher e Anahí.
Não, eu não podia acreditar nisso. Por que ele me trairia bem debaixo do meu nariz, num lugar onde eu poderia descobrir tudo com facilidade?
Ele viajara, tivera uma boa chance, por que decidira pular a cerca justamente em casa? E, para começo de conversa, por que ele me traíra? Se havia algo neste mundo de que eu tinha certeza absoluta era do amor de Ian por mim. Apesar de tudo ter desandado, da palavra que começa com T ter sido pronunciada, eu sentia que ele ainda me amava. Então por que havia se enfiado no quarto de Anahí em vez de se enfiar no meu?
Não fazia sentido, eu sabia, mas o horror no rosto de Madalena não deixava dúvida.
Meu coração chorava, e a cada segundo minha alma murchava, eu me contorcia em agonia, me perguntando se aquilo não seria outro pesadelo.
Christopher era um homem bom, decente e a pessoa mais doce que eu conhecera em toda minha vida. Não podia acreditar numa coisa dessas.
Quem sabe houvesse outra explicação. Madalena podia ter entendido tudo errado. Talvez tivesse acontecido alguma emergência e Christopher estivesse socorrendo a garota.
Praticamente nua nos braços do senhor Uckermann.
Uma emergência que exigia tirar as roupas.
Sacudi a cabeça. Não fazia sentido. Christopher me amava! Jamais agiria dessa forma.
Eu não estava em estado de negação. Não, longe disso. Fiz muita besteira, mas não o suficiente para que ele me esquecesse de uma hora para outra. Christopher teria de se transformar em outro homem para que eu acreditasse no que a Madalena...
Derrapei na grama ao tentar parar bruscamente.
— Senhor Uckermann! — exclamei, levando a mão ao coração que de repente se lembrou de sua obrigação e ganhou vida.
Madalena não dissera o nome de Christopher.
Senhor Uckermann. Não era o meu senhor Uckermann! Alfonso Uckermann II.
E o mundo então ganhou cores de novo, desacelerou, e eu voltei a enxergar com clareza.
Christopher não me traíra. É óbvio que não! Onde é que eu estava com a cabeça?
Aquele homem me amava com a mesma loucura que eu o amava. Ele provavelmente nem notava as dezenas de garotas lindas que ainda olhavam para ele com um desejo mal disfarçado. Tudo bem que Madalena podia ter sido mais clara...
Ah, meu Deus! Anahí e Alfonso tinham... Ou quase tinham... Ah. Meu. Deus! Rezei para que eu estivesse certa em relação aos sentimentos de Maite e que sua única preocupação fosse com a situação na qual a melhor amiga se colocara. Pobre Anahí. Até eu sabia que, no século dezenove, ser flagrada nos braços de um homem no quarto dele não era nada bom. Eu tinha de fazer alguma coisa para ajudá-la. Ainda não sabia ao certo o quê, mas podia pensar em alguma coisa assim que chegasse em casa.
Então o som brusco de cascos furiosos me despertou. Eu olhei em volta com o coração aos pulos, as esperanças renovadas. Christopher!
Procurei por ele e me espantei ao perceber a escuridão que me cercava.
E eu não tinha a menor ideia de onde estava. De repente fiquei aflita. E se não fosse Christopher? E se fosse algum assaltante, ou alguém como Santiago? Corri para me esconder atrás de uma moita e esperei, o coração disparado. Não demorou para que eu avistasse o cavalo a toda. Só que não havia ninguém sobre ele.
— Storm! — resmunguei, saindo de meu esconderijo.
O cavalo vinha em minha direção, como se tivesse munido de um GPS que acusasse minha localização ou coisa assim. No entanto, conforme se aproximava, Storm diminuía a corrida, transformando-a num trote calmo, ritmado e foi parando a poucos metros de mim.
— Que saco, Storm! Como foi que você escapou?
É claro que ele não respondeu, apenas ficou ali, sapateando de leve na grama. Olhei para os lados, tentando adivinhar qual direção deveria tomar para voltar para casa. Teria sido de muita ajuda se eu tivesse prestado atenção no caminho.
— Ah, merda. — Virei para Storm e sorri, encorajando-o. — Vamos lá, amigão, me leva pra casa. Pode liderar o caminho.
A reação de Storm foi abaixar a imensa cabeça e mordiscar a grama.
— Tô falando sério, Storm. Agora é uma boa hora para você se exibir um pouco e mostrar seu senso de direção.
O meu senso nunca foi lá grande coisa, mas mesmo assim eu não podia ficar ali parada para sempre esperando Storm fazer alguma coisa. Dei um tapinha em seu largo pescoço e escolhi voltar por onde ele tinha chegado.
Coloquei-me em movimento e o cavalo me seguiu de perto. Andei por muito tempo e nada me parecia familiar. Mudei de direção algumas vezes, e o pânico começou a me dominar. Onde diabos eu estava?
Depois de pouco mais de meia hora, encontramos a estrada. Só que naquela penumbra tudo parecia muito igual e eu não tinha certeza de qual era o sentido certo. Como Storm não me ajudou, optei pela direita.
Só percebi que tomara a direção errada horas depois, quando, bem ao longe, avistei algumas chamas tremeluzentes da parca iluminação das ruas da vila. Eu parei, e o cavalo fez o mesmo. Se estivesse selado, eu até arriscaria uma carona, mas em pelo eu não conseguiria nem montá-lo.
Storm era mesmo imenso. Cogitei a hipótese de dar meia-volta e recomeçar, mas já estava dolorida, extremamente exausta, e uma pequena comunidade de bolhas se formava em meus pés. Eu não conseguiria refazer o trajeto naquele estado. Teria de encontrar outro jeito, talvez arrumar uma carona ou então voltar para casa pela manhã. Com sorte, Christopher nem se daria conta do meu sumiço e não saberia do meu momento estupidez.
Entrei na vila adormecida; os únicos sons eram dos meus passos naqueles sapatos estúpidos e desconfortáveis e das patas pesadas de Storm.
Eu não podia bater à porta de dr. Almeida, ponderei. Agora que estávamos nos entendendo, e uma vez que ele estava a par de tudo que andava acontecendo — ao menos superficialmente —, saberia que minha fuga devia ter uma boa razão, o que o levaria a Anahí e Alfonso, e esse
era um assunto que não me dizia respeito.
Madame Georgette talvez me recebesse. Não, a mulher adorava uma fofoca, e eu tinha certeza de que não sossegaria enquanto não soubesse o motivo pelo qual eu pedia guarida àquela hora da noite. Costureiras e cabeleireiros sempre sabem da vida de todo mundo.
Será que Valentina estaria disposta a me hospedar por uma noite?
— Senhora Uckermann?
Eu ergui a cabeça e encontrei padre Antônio subindo os degraus da igreja.
— Oi, padre — minha voz saiu enrouquecida.
De todas as pessoas do planeta, aquela era a última que eu gostaria de ter encontrado naquele momento. Eu não podia mentir para ele.
O sacerdote se aproximou, os olhos fixos em meu rosto.
— O que faz aqui a essa hora da madrugada? Aconteceu alguma coisa?
A senhora está bem?
Sacudi a cabeça energicamente. Um soluço escapou de meus lábios.
— Não muito.
— Andou todo o caminho, querida? — ele perguntou, franzindo o cenho ao notar Storm logo atrás de mim.
Assenti uma vez.
— Não sei cavalgar — expliquei.
— Entendo. — Ele estudou meu rosto, preocupado. — Que tal entrar um pouco e tomar uma bela xícara de chá?
Achei que não faria mal nenhum se eu me sentasse só um pouquinho.
— Seria ótimo, padre. Valeu.
— Vou cuidar do cavalo. Entre, por favor. A porta está aberta. Faz muito frio aqui fora e a senhora não se agasalhou adequadamente.
Toda aquela andança esquentara meu corpo, e eu me sentia suja e suada, mas meu nariz estava gelado. Então talvez ele tivesse razão.
Eu entrei na igrejinha com o peito apertado. Na última vez em que estivera ali, eu me sentia feliz, com o coração leve e cheio de planos. Agora estava sozinha, e, ainda que Christopher não tivesse me traído, as coisas andavam estranhas. Parei pouco antes de chegar ao altar, então me deixei cair em um dos bancos de madeira escura.
O padre Antônio entrou minutos depois, fechando as duas portas largas da capela.
— Vamos até a sacristia — ele ofereceu.
— Se o senhor não se importar, eu queria ficar mais um pouco aqui.
Gosto deste lugar. Me acalma.
Um pequeno sorriso esticou seus lábios finos.
— Fico feliz em ouvir isso. — Ele se sentou de lado no banco da frente para poder me observar. — O que a aflige, senhora Uckermann?
Sacudi a cabeça, baixando os olhos.
— Difícil apontar uma coisa só. Eu fiz tanta besteira. — Suspirei, arrasada. — Christopher e eu estamos com problemas. Ele disse a palavra que começa com T.
Passou-se um minuto inteiro antes que ele respondesse:
— Minha querida, espero que esclareça que palavra é essa, pois todas em que pude pensar não são nada boas.
— Ele pediu um tempo, padre. — Eu me encolhi ao pronunciar a expressão em voz alta. Tornou tudo mais real. — Estamos com problemas.
— Todo casamento tem problemas, minha filha.
Eu balancei a cabeça, teimosamente.
— Mas o nosso não devia ter, padre — minha voz soou desesperada até para mim.
O homem pretendia dizer alguma coisa, mas então a porta se abriu. Não me virei para ver quem chegava. O padre Antônio apenas ergueu a mão em alerta, num aviso silencioso e sacudiu a cabeça. A porta tornou a se fechar.
Ele voltou sua atenção para mim, enfiando a mão no bolso da batina e retirando dali um lenço, me dando a dica de que eu estava chorando e nem tinha percebido.
— Valeu. — Eu o peguei e o esfreguei sob os olhos. Ao examinar o tecido, me deparei com riscos marrons. Nossa, eu estava mesmo imunda.
— Por que seu casamento não deveria ter problemas?
— Porque a gente se ama, padre Antônio! Não devíamos ficar sem nos falar. — Muito menos dormir em quartos separados, eu quis acrescentar, mas achei que seria informação demais para um sujeito como ele. — Tá tudo errado!
— E por que isso está acontecendo?
Eu ri com tristeza, fungando logo em seguida.
— Porque essa sou eu — dei de ombros. — A que faz tudo errado, para variar.
Ele pigarreou.
— Espero que não tenha ferido a moral ou...
— Não foi isso, padre — eu o interrompi, sacudindo a cabeça. — Eu magoei Christopher por causa de algo tão estúpido... — Espiei o homem sentado à minha frente. Ele estava curioso, mas não parecia me julgar. Decidi que podia ir em frente. Eu precisava falar com alguém, desabafar, pedir conselhos. Um homem de tanta fé não podia ser tão mal assim. — Foi antes
do casamento. Eu comprei uma coisa e... Não sei o que o senhor sabe sobre mim, mas cheguei aqui com uma mão na frente e outra atrás.
Ele anuiu com a cabeça. Eu prossegui:
— Eu não tinha como pagar pelo objeto e também não queria usar o dinheiro de Christopher. Aí eu inventei uma história de ter um dote e que a papelada tinha sido extraviada. Pretendia saldar minha dívida com o que sobrasse do dinheiro destinado às despesas da casa. E foi aí que tudo começou a se complicar. Quando escondi de Christopher o que andava fazendo.
— Então a senhora mentiu para o seu marido.
— Foi isso. — Outro suspiro.
Sua testa se enrugou, criando um verdadeiro mapa de sulcos e vincos.
— Isso é grave, de fato — comentou, unindo as mãos sobre o peito, do jeito que os padres costumavam fazer. Eu me perguntei se recebiam um treinamento no seminário para isso ou algo do tipo. — Mas o senhor uckermann não me parece sovina.
Eu ri, um tanto histérica.
— Christopher não poupa dinheiro comigo. Mas decidi não contar a ele porque queria que fosse surpresa. Além disso, tinha a intenção de seguir a sugestão de Maite e quitar minha dívida antes que ele descobrisse. Só que, antes que eu pudesse fazer isso, aconteceram umas coisas meio esquisitas e de repente eu estava vendendo umas paradas para as garotas da vila e...
— Vendendo o quê, minha filha? — Ele arregalou os olhos, perturbado.
— Um produto pros cabelos — expliquei, cansada. — Eu não tinha a intenção de vender, padre. Isso nem me passou pela cabeça, juro! Mas as coisas saíram do controle, e as garotas começaram a me dar moedas, e de repente eu me vi em um negócio rentável. Bastante rentável. Não precisaria tocar no dinheiro de Christopher para quitar minha dívida e ainda poderia usar o restante nas despesas da casa.
— Minha nossa! — ele exclamou, corando.
— Pois é — funguei, deixando a cabeça pender para frente. — Eu pretendia contar pro Christopher. Tentei uma dúzia de vezes, mas não consegui. E aí ele descobriu tudo dias atrás e ficou furioso comigo. Disse que eu o humilhei diante de todos, e eu sei que ele está certo. Tudo o que faço é envergonhar Christopher e Maite, e não é de proposito, padre! Mas as coisas sempre dão errado e eu estrago tudo. O senhor viu o que aconteceu no baile da lady Catarina. Estou tentando mudar, fazer a coisa certa, só que o Christopher ainda não sabe disso. Ele mal falou comigo hoje, depois que chegou de viagem.
— É bem provável que ele esteja apenas cansado, querida.
— Que nada. Ele está magoado e humilhado.
— Seu marido a ama — ele disse com ternura. — Sei que a vida a dois pode ser complicada, mas, se for honesta e tentar uma conversa franca com ele, acredito que tudo entrará nos eixos.
— Mas como eu vou fazer isso se ele me evita? — chorei. — Não posso obrigá-lo a falar comigo. Não posso passar por cima do que ele quer só porque me sinto miserável. E o que ele quer é ficar longe de mim.
— Minha querida, não faz ideia de quanto está equivocada. — Ele pousou a mão enrugada sobre a minha bochecha úmida. Senti os grãos de terra que repousavam ali me arranharem.
— Tô tão confusa — confessei. — Quando comprei aquele relógio, achei que tudo ficaria bem, mas olha só como tudo acabou.
— Um relógio? — Seus olhos se ampliaram tanto que dava para ver a parte branca ao redor de toda a íris castanha. — Você mentiu para seu marido por causa de um relógio?
Eu me encolhi.
— Foi um presente. Christopher tinha um relógio, mas poucos dias antes do casamento acabou quebrando. Ele ficou tão arrasado, o senhor tinha que ver. Foi de partir o
coração. Também não era pra menos. Não era um relógio qualquer, era do pai dele, que Christopher ganhou quando se tornou homem! O senhor deve saber melhor do que eu o que isso significa. Então eu vi o tal relógio na loja do seu Estevão e pensei que talvez Ian não ficasse mais tão triste se ganhasse um novo. Além disso, eu queria ser capaz de lhe dar algo que simbolizasse meu sentimento por ele, o senhor entende?
O padre olhou por cima de meu ombro com a testa franzida.
— Não, não compreendo. — Seus olhos estavam perdidos no fundo da capela. Ele assentiu para o nada. — Ah, que cabeça a minha. Eu me esqueci do seu chá. — Ficou de pé. — Espere um minuto. Vou preparar.
— Tá bom.
O padre seguia para a sacristia, mas eu o chamei de volta.
— Padre Antônio — comecei, retorcendo os dedos uns nos outros. — Eu ainda não decorei todas aquelas coisas de etiqueta, o que pode e o que não pode, mas será que o senhor me deixaria passar a noite aqui na igreja?
Eu posso ficar nestes bancos mesmo.
Seus olhos se voltaram mais uma vez para o fundo, em seguida ele sacudiu a cabeça.
— Não será possível, lamento.
Assenti. Tudo bem, eu podia me arranjar em outro lugar. A pensão era uma alternativa, caso a senhora Hebert me fizesse fiado.
O padre sumiu de vista. No mesmo instante, passos fortes ecoaram no fundo da igreja. A pessoa que nos interrompera mais cedo não havia ido embora como eu supunha e ouvira meu desabafo.
Que maravilha.
Ao menos eu não mencionei o motivo que me levou a sair de casa com tanta pressa, me consolei.
Eu me encolhi no assento conforme a pessoa se aproximava, virando a cabeça para o lado para que quem quer que fosse não me reconhecesse. Era uma verdadeira bênção meus cabelos estarem presos naquele coque que ameaçava explodir minha cabeça, assim eles não me delatariam. De toda forma, fiquei tensa ao notar que a tal pessoa se detivera ao meu lado.
Devagar, virei a cabeça e espiei de canto do olho. Meu coração pulou uma batida ao reconhecer aquelas botas.
— Christopher! — arfei, erguendo a cabeça e encontrando seu olhar duro. Ele usava a camisa para fora da calça, nada de casaco, como se tivesse saído de casa com muita pressa. — O que está fazendo aqui?
Ele me estendeu a mão, os olhos fixos nos meus.
— Vamos para casa, Dulce.
Eu não consegui desvendar seu humor. Na verdade, nem tentei. Não queria descobrir quanto ele ainda estava distante.
— Eu... tudo bem — cedi. — Só preciso avisar ao padre que estou indo embora.
— Ele já sabe, posso garantir — insistiu, bastante aborrecido, mas sua voz soou carinhosa.
Meio sem jeito, aceitei sua mão e fiquei de pé. Ele me conduziu até a saída sem me olhar. Fora da igreja, Christopher se dirigiu para o cavalo baio e ia começar a me ajudar a montar quando se deteve.
— Era Alfonso — disse, numa voz agoniada e ao mesmo tempo magoada. — No quarto da senhorita Anahí. Não era eu. Era Alfonso!
— Eu sei — lhe assegurei.
Seus olhos se ampliaram.
— Sabe?
Fiz que sim com a cabeça.
— Você nunca faria uma coisa dessas, ainda mais com a Maite por perto.
— Não se trata de Maite, Dulce. — Ele me encarou com intensidade. — Nunca se tratou dela.
— Eu sei.
Surpreso por eu ter concordado com tanta facilidade, ele aquiesceu uma vez antes de me ajudar a subir na sela. Em seguida, atou Storm a ela, para só então se acomodar atrás de mim. Quando deixamos a vila, Christopher estava tão quieto quanto estivera a noite toda.
— Você ouviu toda a conversa com o padre Antônio, não ouviu? — perguntei com uma centelha de esperança.
— Sim.
Suspirei. Ao menos agora ele sabia que eu não agira de má-fé. No entanto, pelo tom sério, não servira de muita coisa.
— Por que não me avisou que estava ouvindo?
Levou um interminável minuto para que ele respondesse:
— Eu não sabia como.
E isso foi tudo. Eu pensei que Christopher fosse galopar feito um louco. Era madrugada, e seu humor não parecia dos melhores, mas ele manteve um ritmo lento, constante, me segurando firme contra o peito, e não disse uma única palavra pelo restante do percurso.
kaillany: Ele mesmo kk bjss S2
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Autor(a): Fer Linhares
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A casa toda estava desperta e iluminada quando chegamos. O que era incomum, ainda mais por ser de madrugada. Christopher saltou do cavalo com agilidade.— Tá todo mundo acordado? — perguntei, quando ele estendeu os braços para me ajudar a descer.— Depois de tudo que aconteceu esta noite, creio que não seja nenhuma surpresa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 90
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kaillany Postado em 17/01/2017 - 15:34:52
Parabéns amei do começo ao fim!!!!s2
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tahhvondy Postado em 16/01/2017 - 17:33:32
amei q lindo super amei e m ansiosa pro proximo livro
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Captain Swan Postado em 16/01/2017 - 14:45:03
Já ta postado o proximo livro o link ta nos agradecimentos bjss S2
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GrazihUckermann Postado em 16/01/2017 - 14:38:38
Ameii! estou muito ansiosa pelo próximo livro s2 posta logo PFV
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GrazihUckermann Postado em 15/01/2017 - 22:04:26
Sumi mas estou de volta! 10 capitulos novo e li tudo rapidinho. tá, talvez demorei tipo uma hora e meia, quase duas. amei de mais! Estou apaixonada por esse dois s2 continua logo
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Postado em 15/01/2017 - 20:30:45
ah ta acabando q triste mas to amando e o q o futuro deles??se for o q to pensando e mt legal continua
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tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 17:27:14
ai o cometario abaixo e meu não vir q não tava longada
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Postado em 15/01/2017 - 17:24:53
amei e uma menina e amei q colocaram o nome dela de nina
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tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 16:54:46
owts bebe vondy a caminho amando
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tahhvondy Postado em 15/01/2017 - 00:35:26
Ossa odiando essa tia do Christopher cm ela teve coragem de sequestrar a Maite sorte q acharam ela mas essa tia vai continuar causando problemas? ?e o Anfonso vai casar cm a Anahí??