Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

O dia começou como tantos outros.

Me levantei – mas dessa vez, com mais cuidado, para não acordar a Annie, que ainda tinha seus braços em redor de meu corpo –, cuidei de mim, fiz o café da manhã, acordei e arrumei minhas filhas, amamentei Clara e deixei Sophia a comer.

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Acordei Annie. Desta vez, ela não fez manha, apenas se levantou com um bico fofo que dava vontade de morder.

–Bom dia. – ela murmurou, com voz de sono, beijando minha testa.

–Oi. – sorri para ela. – Dormiu bem?

–Uhum. É aconchegante – ela sorriu.

–Posso dizer o mesmo de ti. – comentei, sorrindo. – Seu café está pronto.

–OK, depois já lá vou. Se não chegar a tempo, boa escola.

–Obrigada. Bom trabalho.

Saí do meu quarto, onde Anahí ficou, se espreguiçando e bocejando, e fui para a cozinha, saltitando. Hoje tinha um bom humor excepcional.

Me sentei na mesa e comi.

Quando acabei, fui buscar nossas bolsas e voltei para a cozinha. Tirei Clara da cadeira, dei a mão a Sophia e fomos embora.

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Deixei cada uma em seu lugar.

Enquanto conduzia até à escola, decidi ligar para Blanca, para saber como meu pai estava.

Coloquei o celular em viva-voz

*-Candy! – a voz de Blanca estava feliz.

–Oi, mãe.

–Querida! Temos boas notícias! – ela não me deixou falar – Seu pai acordou Dul! Acordou esta noite!

–Foi?! Que ótimo! – falei, quicando no banco, o que não deu bom resultado: o carro deu uns soluços. Bufei e parei no lugar. – Logo, depois do trabalho, vou ver ele! – exclamei.

–Candy, querida, está tudo bem? – Blanca perguntou. Sua voz se tinha tornado preocupada.

–Está, claro, porque não estaria? Meu pai acordou!

–Bom, minha querida, é que seu pai quando acordou, por volta das quatro da manhã, exigiu falar contigo, porque achava que havia alguma coisa de errado contigo.

Arfei. Às quatro da manhã foi quando Annie veio dormir comigo. Porque eu tive aquele pesadelo.

–Ah… ele perguntou isso quando acordou do coma? – perguntei, mudando de assunto.

–Sim. Mal acordou, exigiu falar contigo, saber de ti, porque havia alguma coisa errada contigo.

Quando cheguei à escola, estacionei o carro no lugar mais próximo da entrada que encontrei.

Tirei o celular do viva-voz e o coloquei ao ouvido.

–Foi apenas um pesadelo.

–Oh…

–Mas já passou.

–Mau?

–Sonhei que papai tinha morrido e que minhas meninas tinham ido embora. – murmurei.

–Oh…

–Mas a Anahí ouviu meu grito e foi lá ver o que aconteceu comigo. Ela me acalmou e dormi. Dormimos as duas.

–As duas? – seu tom agora era malicioso.

–Uhum. Ela se deitou ao meu lado e adormecemos. – me fiz de inocente.

–Oh, na mesma cama?! – seu tom estava cada vez mais malicioso

–Blanca! – ralhei – Ela apenas foi me consolar. E eu pedi para ela ficar lá comigo. – a última parte sussurrei, envergonhada

–E como dormiram?

–Com os olhos fechados!

–OK, em que posição?

–Blanca… - minhas bochechas estavam pegando fogo.

–Vamos, querida, em que posição?

–Eu aninhada em seu pescoço.

–Own! – ela e outra pessoa gritaram.

Mas apenas Blanca tinha falado no celular. O outro Own tinha sido ao meu lado.

Olhei para onde veio o outro Own. Era Maite.

–Aninhados uma na outra?! Que fofo! – minha amiga falou, com os olhos brilhando

Rolei os olhos.

–Blanca, já foi ver meu pai? – perguntei, ignorando May.

–Já. Eu estava lá, quando ele acordou. E ele está melhor. Os médicos transferiram ele para um quarto.

–OK!

–Candy, querida, vou desligar! Beijos!* – e desligou, sem esperar minha resposta.

–Você e minha irmã dormiram juntas? Aninhada em seu pescoço?! O amor está no ar! – ela cantarolou. Corei. Ela não podia ser mais discreta?!

Rolei os olhos novamente e entrei na sala.

May se sentou ao meu lado.

De: Candy

Para: Annie

Annie, meu papai acordou!

E acho que ele pressentiu meu pesadelo. Isso é um caso à parte.

E… obrigada por ter ficado comigo à noite.

Beijos!

P.S.: Sabe de algum truque que faça tua irmã parar?

–Hey! – Mai falou, fazendo um biquinho parecido com o da Annie e cruzando os braços, quando viu a mensagem que mandei a Annie – Eu estou paradinha!

De: Loira

Para: Pequena

Ainda bem que ele acordou, pequena!

Acho que os pais têm esse pressentimento ou alguma coisa assim.

Não precisa me agradecer, querida. Eu sou sua amiga, sirvo para isso.

E, infelizmente, não sei de nenhum truque!

Beijos!

–Traidora! – Mai ralhou, ainda de braços cruzados. – Mas vocês dormiram juntas! Que. Fofo! – ela falou, quicando na cadeira.

–Legal! – ouvi um colega gritar – Galera, olhem ali! – olhei para ele, que estava debruçado na janela, apontando para o parque de estacionamento.

Eu e May olhámos lá para fora.

Estava um círculo de pessoas no meio do parque. No centro do círculo, estavam duas loiras deitadas no chão.

–Puta Merda, a Sol descobriu! –  May xingou

Era a Sol De La Riva ali?!

May se levantou rapidamente e saiu da sala correndo.

Alguns minutos depois, vi um ser pequeno, conhecido como Maite Perroni Portilla, furar o círculo, até chegar às loiras.

Ela gesticulava com as mãos.

Aquela doida se estava metendo entre duas garotas à luta. Não iria sair bem. Se o diretor as visse, também consideraria Maite culpada.

E ele chegou.

OMG. May continuava no meio daquilo tudo.

Peguei nas mochilas (minha e dela) e também corri até lá.

Furei na multidão, que agora era menos, e fui até ela.

O diretor ralhava com elas.

–Senhorita Portilla! Eu nunca pensei que se fosse meter numa coisa dessas!

–Ela não se meteu, Sr. Diretor! Ela veio separar Sol e Pilar! Mai estava apenas tentando ajudar duas amigas! – exclamei

–Também quer ser metida no processo, Senhorita Saviñón?!

–Não, Senhor.

–Senhorita Portilla, o que a Senhorita Saviñón disse é verdade?

–É sim, diretor.

–Então, Senhorita Gandia, Senhorita De La Riva, para o minha sala. Os outros, podem ir para casa. Não há aulas hoje. – ele falou as duas últimas frases altas.

Sol e Pilar, que estavam sentadas no chão até agora, se levantaram e se arrumaram. Elas estavam descabeladas, com alguns machucados na face e com as roupas amassadas.

Quando o diretor falou aquilo, a galera toda festejou a novidade e se meteu nos carros.

–Dul, vai para casa? – ela perguntou, pegando sua mochila de minha mão.

Eu não fazia intensões de ir para casa. Eu ia ao hospital visitar meu pai. Depois, sim, ir para casa.

–Mais ou menos.

–Me leva para casa?

–Levo, claro. – sorri para ela.

Caminhámos até meu carro.

–Pode não dizer a Annie, por favor? Pelo menos, não fala sobre a parte de eu quase ser culpada também.

–Ok, eu não falo. – prometi. Parei o carro em frente à casa dela.

–Tchau, Ruiva! – ela beijou minha bochecha

–Tchau, Morena – beijei também sua bochecha.

Depois de ela entrar em casa, fui até ao hospital.

–Papai! – exclamei, entrando no quarto.

–Candy! – ele exclamou.

O abracei forte

–Nunca mais repita a brincadeira, ouviu?! – perguntei, num tom mandão.

–Sim, mamãe… - ele riu

–Estou falando a sério! Agora, tenta ter mais cuidado com a alimentação, com os esforços físicos e com o estresse.

Fiquei a hora seguinte no quarto com meu pai, conversando com ele.

–Tchau, princesa!

–Tchau, papai! Melhoras!

–Vê se se acerta com a Annie!

–Pai! – corei, balançando a cabeça.

Saí do hospital e fui para casa.

Pela primeira vez há algum tempo (talvez desde que Sophia nasceu), me sentei na minha cama com o notebook ao colo, determinada a ficar um pouco na internet.

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Lauren– Love You… ♥

Elena – , mi disblokeia!

Camila – Lauren, ti amuh! S2 S2 S2 S2 S2

Arfei, quando vi a galera online.

Lauren diz: OMG! É mesmo você?!

Candy M. S. diz: Sou, Laur! Oi!

Lauren diz: espera, vou só colocar a galera!

Damon diz: Candy!

Candy M. S. diz: Oi, Dan! Podemos falar pelo celular em vez disto?!

Elena diz: Claro!

Candy M. S. diz: Meu número é…

Há quanto tempo eu não falava com eles…

–Galerinha! – choraminguei, quando atendi o celular – Tinha tanta saudades de vocês.

–Oh, Dul! – eles falaram.

–Creio que têm novidades para mim, não é Lauren, Camila ?!

–Nós estamos namorando! – Camila gritou.

–Parabéns! – falei, sorrindo

–E aí, como estão seus filhos? – Damon perguntou. Eles ainda não sabem que Anna Clara é uma menina.

–Elas estão bem! Estão tão grandes, tão lindas!

–Elas? – Elena perguntou.

–Uhum. São duas garotinhas. – observei uma das fotos no computador – Anna Clara e Sophia Carolina.

–Sophia deve estar enorme… – Lauren comentou

–Está sim! E tão esperta tão linda…

–Mamãe babona! – Camz comentou. Ouvi um sorriso em sua voz.

–Ah, sou… Mas esperem até terem um emprego estável para serem também mamãe babonas! Fala a expert no assunto, hein?

Eles gargalharam.

–Tem fotos delas? – Damon perguntou

–Tenho. Uma bem recente, até. Esperem um pouquinho… - procurei uma foto delas as duas.

Sophia estava sentada no chão com um vestidinho bem bonitinho branco com umas flores pequenas e delicadas cor-de-rosa e uns sapatos do mesmo tom das flores. Já Clara, estava com um vestidinho cor-de-rosa, com umas florzinhas branquinhas e uns sapatos do mesmo tom das flores. O contrário da irmã. Na cabeça, a pequena tinha uma fitinha cor-de-rosa e a bebê tinha uma florzinha pequena branquinha. Ambas sorriam uma para a outra. A fotografia fora tirada por acaso.

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–E como estão as coisas aí? – Laur perguntou

–Diferentes… - murmurei

–Como assim? – Damon perguntou baralhado perguntou

–Já não moro sozinha, apenas com minhas filhas…

–Ah! Namora?! É bonito!? Simpático?! – Camz perguntou

–Eu não namoro. Ela é apenas… uma amiga. – suspirei – Uma amiga muito boa.

–Pela sua voz não é apenas uma amiga… - Elena falou.

–Porque foi morar com ela?

–Simon.

Eles arfaram.

–Ele quer tirar as meninas de mim. – uma lágrima caiu por minha face.

–Dul?! Está em casa? Pequena, eu vi seu carro! Está tudo bem com você? – Annie perguntou.

Porque ela está aqui? Mas… que horas são?

Olhei para meu celular. 12:00h.

–Anahí… - murmurei, saindo do quarto a correr.

–É ela? – Camz perguntou.

–É.

Limpei minha lágrima.

–Annie ?

–Oi. – ela beijou minha testa.

–Uh… voz bonita…

–Lauren!

–Ui, desculpa, amor!

–Quer que faça o almoço?

–Não. Quero saber o que faz em casa. – ela cruzou os braços abaixo dos seios.

–Eu já ligo para vocês. Beijos! – deliguei o celular. – Bom, duas garotas brigaram na escola e o diretor cancelou as aulas! Fui visitar meu pai e vim para casa.

–Ok… - ela torceu os olhos, olhando para meu celular.

–Era a Elena, a Damon, o Lauren e a Camila, os…

–Seus amigos de Phoenix, sim. Eu me lembro. – ela sorriu, respirando fundo, de alívio. – Eu estava passando por aqui e vi seu carro, fiquei preocupada.

–Ah, não era preciso. Mas obrigada pela preocupação! – a abracei. Annie, no início, foi pegada de surpresa, mas depois me abraçou. – Obrigada por ter dormido comigo e por ter ido ficar comigo… Mas, acima de tudo, obrigada por seres minha amiga. – eu falava contra seu pescoço.

–Amiga…– ela murmurou, sem gostar do estatuto.

“Minha irmã te ama!”

A voz de Mai ecoava em minha mente.

–Vou almoçar, ok?

–Vou fazer seu almoço.

–Não é preciso. Eu como qualquer coisa.

–Ok… eu vou falar com eles – ela assentiu.

–Os agradece.

–Hein?

–Por te ajudarem.

–Oh… Ok…

Annie foi para a cozinha e eu fui para meu quarto.

–Galera?

–Elas são tão bonitinhas! Sophia está tão grande! E a bebê também! – Camz quase guinchava.

–O tempo passa…

–Dul, não chegou a nos dizer o porquê de ir morar com ela. – Damon afirmou

–Ah. Então, Simon ligou e me ameaçou. Contei tudo a Annie e ela, por precaução, me convidou a morar com ela.

–Precaução, sei. – Lauren comentou

–Sua voz fica diferente, quando fala dela. – Elena falou

–É… eu gosto muito dela.

–“Gostas muito dela”?! Creio que a ama. – Lauren

–Eu… eu não sei. – puxei minha franja.

–Gostas dela como irmã? – Camz perguntou

–Não.

–Gostas dela como gosta de mim? – Elena

–Como assim?

–Como amiga. Gosta dela como amiga? – Elena voltou a perguntar

–Acho que não.

–Quando a vê como fica? – foi a vez da morena Camz

–Irracionalmente feliz. Como se estivesse completa.

–Quando ela te abraça? – Damon perguntou

– Calma, carinho. Amor.

–Você está apaixonada,baixinha. – Lauren informou

–Você a ama, Dul! – Elena denunciou

“Ela te ama.”

“Você a ama.”

“Minha irmã está apaixonada por ti!”

“Você está apaixonada.”

Eu amava a Anahí.

Anahí me amava.

Nós nos amávamos.

Como eu não vi?

Como eu não reparei? Ou como ignorei?

Todo mundo me dizia a mesma coisa: Blanca, May, Fernando (Meu pai!) e, agora, meus amigos.

E só agora eu percebi.

–Tenho que desligar! Beijos! Os amo! Obrigada pela ajuda! – desliguei sem esperar a resposta deles. Mandei o celular para a cama e corri até à cozinha.

Quando cheguei, Anahí estava sentada no lugar de ontem, com uma sandes nas mãos.

A abracei forte respirei fundo e falei.

–Eu amo você… Você me ama. – isto me fez lembrar a música do Barney. Ignorei os pensamentos e continuei – Nós nos amamos. Eu demorei um pouco a descobrir isso. Mas… eu... eu te amo, Anahí. - sussurrei.

Capitulo Dedicado As Minhas Leitoras:  Kakimoto,  siempreportinon,  lika_,  ester_cardos, luh_perronita. Amo Vocês Meus Amores ... Obrigada pelos comentarios <3