Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

–Hein?! – eu e Annie perguntámos. Ela não é muito nova para saber aquilo!?

–Então, nos filmes, os namolados se beijam! Então, as mamães – Annie, que ainda tinha sua mão sobre a minha, a apertou com mais força – têm de dá um beijo!

Ela foi para meu lado e se baixou. Depois, uniu seus lábios nos meus.

–Ok, ok, podem palá! – Sophia falou, nos interrompendo. Annie se afastou de mim, sorrindo

Olhei para o relógio que Annie tinha na sala.

–É hora de irmos jantar. – falei, suspirando. Já eram 7 horas. Eu ainda tinha de fazer o jantar, tratar das meninas e dar-lhes o jantar.

–Então, vamos embora! – Annie tirou Sophia da sua mesa, a colocou no chão e lhe deu a mão.

Coloquei minha neném no bebê conforto e peguei nele e na malinha dela.

Já em casa, dei banho as meninas. Annie me ajudou. Depois quee elas já estarem prontas, fui fazer um jantar bem rapidinho: macarrão com carne. Depois, fiz a papinha de Clara.

Segui as gargalhadas de Sophia. Ela estava em seu quarto. Aliás, elas as três estavam em seu quarto.

Annie estava sentada com perninhas à índio. Clara estava sentada nas pernas de dela. Sophia estava de frente para ela.

–Sophi, querida, vamos jantar? – perguntei. Ela assentiu, se levantando e indo embora, saltitando.

Fui até Annie e peguei em Clara.

–Também posso jantar, mamãe? – Annie perguntou, sorrindo para mim.

–Logo, comigo, ok, filha? – perguntei, entrando na brincadeira.

–Mas eu queria agora, mamãe… - ela fez um biquinho fofo.

–Own, amor, não faz isso. – murmurei, tocando com meus dedos em seus lábios, desfazendo o biquinho e recebendo um beijo nos dedos em troca.

–Ok, mamãe, eu janto logo com a senhora, mas é só se me contar quem é a Claire, a Katelynn, a Makayla e a Carly! – ela levantou o dedo indicador

–Sim, anjo, eu conto. – falei, entrando no quarto de Clara e pegando num babador para ela não se sujar.

Durante o jantar, Annie me ajudou com as meninas. Ok, as vezes, ela fazia tudo menos ajudar, pelo menos, a mim: ela brincava com Sophia e com Clara e ajudava na festa das duas, o que a tornava tão infantil quanto Sophia. Mas quando ela olhava para mim, com seu sorriso bobão, sua expressão ficava séria, ela limpava a garganta e botava ordem, novamente, na cozinha. Isto até eu começar a rir das caras que Annie e Sophia faziam. Aí, a bagunça começava de novo.

Annie levou as meninas para a sala e ligou a TV enquanto eu preparava as últimas coisas para nosso jantar. Quando a chamei, ela veio logo.

–Amor, tenta não ajudar na festa de Sophia, pelo menos, enquanto ela come, por favor. – pedi.

–Ok, eu vi o resultado, vou tentar não ajudar. – ela falou, sorrindo, provavelmente, se lembrando do jantar.

–E, bom, Claire, é uma amiguinha da Sophia. Acho que é a melhor amiga da Sophi. Katelynn, Makayla e Carly são as garotas que não gostam de minha filha. Elas… falam mal de minha pequena. – suspirei. Annie arregalou os olhos – Mas agora já não têm mais razão para falarem mal dela…

–O que falavam?

–O que ouviam os pais dizer: que eu não sou boa mãe, que sou puta, que fui abandonada pelo pai de Sophi...

–Não complete! Isso é um absurdo! – ela rosnou, largando os talheres.

Sorri.

–Eu sei. Bom, que o Simon tinha nos abandonado porque não gostava de nenhuma de nós e que ela não tinha pai…

Eu e Annie continuámos a conversar sobre a vida de Sophia.

Depois de jantar, nos levantámos e fomos deitar as meninas.

–Até amanhã, princesa. Dorme com os anjos – falei, lhe beijando a bochecha.

–Até amanhã, mamãe. – ela sorriu

E ela e Annie seguiram para o quartinho. E eu fui para o quarto de Clara, onde me sentei na poltrona e amamentei minha filha.

–Dul, amor, posso? – Annie perguntou

Hoje as coisas já eram um pouco diferentes, por isso, não me engasguei tanto com as palavras, comparando a ontem.

–Sim, claro, entra. – falei.

Ouvi os passos ritmados dela se aproximarem. Depois, ela se sentou no puff colorido e pousou a cabeça em meus joelhos, dando a mão à minha filha.

–E aí, neném esfomeado, o leitinho da mamãe é gostoso? – Annie sussurrou, olhando para cima.

Minha filha largou meu seio e olhou em redor, procurando a voz.

–Calma, amor. – falei, encaminhando novamente minha bebê para o seio.

De repente, Annie gargalhou. Olhei para ela, tentando procurar o porquê da gargalhada dela.

–Você está bem?! – perguntei, divertida – Quem ri sozinha são as malucas, sabe?

–Sei. – ela riu e acariciou meu joelho direito. – Mas não estou rindo por nada. Me lembrei do primeiro dia em que nos vimos. – a memória veio.

–Oh, sim! – ri com ela, acariciando os cabelos ralos de minha bebê. – Foi um tanto constrangedor.

–Principalmente meu gemido de alívio. – ela riu.

–Ou eu, de seios para fora e calcinha à mostra!

–Continua de seios para fora. – ela murmurou, olhando para meus seios.

–Deixa de ser idiota! – falei, batendo em seu ombro e rindo – Mas é diferente… agora namoramos e, há algumas semanas atrás, eras apenas a filha de um amigo de meu pai! – acariciei seus cabelos. Annie ronronou.

Quando Clara adormeceu, a tirei de meu seio e arrumei minha roupa. Quando Annie percebeu que me iria levantar, ela se desencostou de meus joelhos e me deu espaço para me levantar. Deitei a pequena, já que ela já tinha a roupinha para ir dormir e a tapei.

–Sabe, amor, tem uns seios bonitos. – Annie comentou, enquanto voltávamos para a cozinha.

–Annie… - murmurei, com minhas bochechas corando.

–O quê? É verdade! – ela falou.

–E… eu amamentei duas vezes… eles não estão nada bonitos, comparados ao que estavam há quatro anos. – murmurei.

–Se você diz… para mim, estão perfeitos. – ela deu de ombros.

–Porque nossa conversa veio parar aos meus seios, mesmo? – perguntei. Annie gargalhou.

Acabámos de jantar num silêncio confortável e depois lavámos, secámos e arrumámos a loiça.

–Vou fazer os deveres…

–Quer ajuda?

–Pode ser. Vou só buscar as coisas.

Fui ao meu quarto, peguei no caderno e a mochila voltei para a sala. Annie estava sentada no chão, de frente para a televisão já desligada.

Timidamente, me sentei entre as pernas dela, que abraçou minha cintura.

Fizemos meus deveres e fui arrumar minha mochila para amanhã e escolher a roupa das meninas.

Vesti minha blusa.

–Até amanhã, minha rainha. – Ela me deu um selinho demorado.

–Até amanhã, amor. – falei, sorrindo para ela.

Ela foi para seu quarto e eu entrei no meu. Suspirei, feliz pelo dia, e me deitei. Mas me sentia desconfortável, sentia a cama muito grande e fria. Me levantei, apertando a almofada em meu peito com uma mão e segurando o celular com a outra e fui até ao quarto de Anahí.

–Annie? Posso dormir contigo? – perguntei, entrando em seu quarto. Ela estava sentada na sua cama, tapada com as cobertas quase até à cintura e com um livro na mão, que reconheci ser Romeu e Julieta. O abajur no criado mudo estava ligado.

Ela abriu um sorriso lindo, tirando os olhos do livro e estendeu um dos braços.

–Sempre. Pode e deve – ela marcou a página e colocou o livro no criado mudo. E abriu a cama para mim. Sorri para ela e fui até ao lado vazio da cama.

–Até amanhã, amor – falei, depois de estar deitada e pronta para dormir, no peito dela.

–Até amanhã, amor. – Annie repetiu, beijando o topo de minha cabeça.

E adormeci feliz e cansada.

Capitulo Dedicado A Ester_Cardoso e Kakimoto