Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

Acordei com uma voz de anjo me chamando.

–Dul, meu amor… são horas de acordar… - e, há medida que falava, me beijava o rosto.

Era Anahí.

–Hum… que horas são? – perguntei, me virando para o outro lado da cama.

–5 horas e dez… o despertador já tocou, mas a senhorita não acordou.

–Droga! – me sentei na cama – 5:10?! Tenho que levantar, e tomar banho! Ai, droga!

–Hey… - Anahí puxou meu braço, quando me levantei. Ela estava fazendo biquinho. – Cadê meu beijo?

–Own, minha manhosinha… - me aproximei dela e a beijei.

Depois, corri até meu quarto e fui tomar banho que, com certeza, seria o banho mais rápido do mundo.

Depois de tomar banho, e de estar vestida e penteada, fui acordar Sophia.

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Dulce: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=216558935  ~*~

Lhe dei banho e a vesti. Escolhi uma legging rosa rosa, uma blusa rosa com detalhes brancos e uns sapatinho rosa com branco. Minha filha adorou o resultado, claro. Rosa como cor principal…

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Sophia: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=216528015  

~*~

Eu e Sophia fomos de mãos dadas até à cozinha. Annie já lá estava, ao pé do fogão, já o desligando, com panquecas na frigideira e outras já na mesa.

–Yumi! Bom dia, mama! – Sophia falou, largando minha mão, saltitando até Annie e a abraçando pelas pernas.

Ela olhou para mim com os olhos brilhando e beijou o rosto de minha filha, a pegando.

–Bom dia, princesa! Hey, olha o que fiz para nós. Panquecas! Gosta? – ela perguntou

–Gosto! Às vezes, mamãe fazia nos sábados!

–Oh… e eram boas?

–Uhum!

–Então minhas serão ainda melhores!

As deixei naquele momento e me retirei, para cuidar de minha bebê.

Anna Clara já se remexia no berço, com um biquinho fofo nos lábios e lágrimas nos olhinhos.

–Oh, meu anjo, mamãe está aqui. – ela tirou seu biquinho – Bom dia! – beijei sua bochecha. Ela sorriu

Me sentei na poltrona e ofereci meu seio para minha filha.

–Olha o que mamãe tem para ti, bebê! É o leitinho da Clara! – minha filha abocanhou meu seio

Depois de ela estar satisfeita, me arrumei e lhe dei banho, depois, vesti uma roupinha a ela.

~*~

Clara: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=216557729  ~*~

Por fim, fomos as duas para a cozinha.

Annie e Sophia estavam sentados à mesa, comendo. Annie já estava pronta para sair. Sentei Clara em sua cadeira e me sentei no meu lugar.

Olhei para nós as quatro. Parecíamos uma família verdadeira. Sorri com o pensamento e comecei a comer.

Depois de comer, fui escovar os dentes e ajudar Sophia a escovar os dela. Pegámos em nossas mochilas (eu também peguei a de Clara) e fomos até à sala de estar, onde Annie estava, com Clara ao colo.

–Adeus, amor. – falei, a beijando e pegando a Clara.

–Hum… eu as levo. – ela falou.

–O quê? Não, não! Tem que ir trabalhar, Annie!

–E levar minhas garotas. Vamos. – ela falou, abrindo a porta da rua.

Suspirei e saí de casa, com Sophia à minha frente.

Annie deixou Clara e, depois, Sophia.

–Posso saber como vou para o trabalho? – perguntei, cruzando os braços, quando chegámos à escola.

–Eu venho te buscar.

–Uhum… e como sabe as horas a que saio? – ergui minhas sobrancelhas

–Tenho teu horário no bolso. – ela sorriu presunçosamente

–Hey! Isso não vale! – resmunguei.

–Hum… minha irmã está olhando para aqui. – ela olhou para fora do carro. Olhei para o mesmo lugar que ela. Maite estava em pé, olhando quase furiosamente para o carro. Mas não era só May que olhava. O resto da escola também.

–Oh-ou… é melhor ir! Tchau, amor, bom trabalho. – falei, lhe dando um selinho.

–Boa escola, minha rainha! Logo, te esperarei aqui! Te amo.

–Te amo! – saí do carro.

Estavam mesmo todos olhando para mim. Depois, viraram as caras uns para os outros e começaram a falar. Eu conseguia perceber que era sobre mim, já que, por vezes, os olhares paravam em mim.

Baixei a cabeça e fui até May.

–Bom dia, Dulce María. – ela falou.

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Maite: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=216560596

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Sorri para ela e a abracei.

–Bom dia,May! – falei, a apertando em meus braços.

Ela saiu de meu abraço.

–Eu sei que está chateada comigo, May. Mas… ontem foi um dia especial para mim e para Annie. Nós nem pensámos em contar às pessoas…

–Nem a mim? – ela choramingou, fazendo biquinho.

–Desculpa… mas, agora já sabe, né?

–Ao mesmo tempo em que o resto da cidade! Eu não sou o resto da cidade! Eu sou tua cunhada, irmã do sua namorada! Sou uma parte importante na sua vida!

Uma parte importante…

Tive vontade de rir. Uma parte importante na nossa vida é Sophia e Clara. Mas May… Eu tenho um carinho especial por ela. Ela é a irmã que nunca tive. E, quase de certeza, se não fosse May eu e Annie não seríamos o que somos hoje.

–Mas eu te perdoo! – ela falou, abrindo um lindo sorriso e me abraçando. – Sophia já sabe?

–Uhum. Ela ficou bastante contente. E pediu a Annie para ser a mama dela.

–Own… Eu amo essa Sophia. – seus olhinhos brilharam. – Olha para isso! É tão linda! – ela exclamou, olhando para minha aliança, enquanto caminhávamos para dentro da escola. – Quem escolheu? Minha irmã também tem?

–Fui eu quem escolheu. E Annie também tem uma, igual. – sorri, me lembrando de seu dedo com a aliança.

–Ela é tão romântica! – ela falou – Isso, a beleza e o dinheiro deles é que fazem as garotas andarem atrás dela. – a última frase dela me irritou. Como assim garotas andam atrás dela?! Tudo bem que ela é linda e tudo mais, mas ela, agora é minha. E eu não quero que as garotas andem atrás dela!

Ouvi a gargalhada de May. Olhei para ela.

–Ela não te trairá. E ela não liga mesmo para nenhuma garota a não ser você . Mas a tua cara de ciúmes é hilária! – ela gargalhava mais. As pessoas que passavam pelo corredor olhavam para May. Ela já estava agarrada à barriga, gargalhando.

–Olha, sabe que mais, vou embora! Não nasci para ser zoada! – continuei meu caminho para a sala, deixando ela atrás.

–Hey! – ouvi o grito dela. – Espera por mim, Dul! Eu estava brincando!

Parei e me virei para ela.

–Tua sala é ali, nanica. – apontei para a sala à minha direita. Sorri presunçosamente quando falei nanica.

–Argh! Ok, ganhou, desta vez! – ela me deu um beijo na bochecha e saltitou até sua sala.

Balancei minha cabeça e retomei meu caminho.

–E aí, putazinha, já engravidou outra vez?! – era a voz irritante de Sol.

–Hein? – como assim engravidei outra vez?!

–Quem te queria, se não fosse por estar grávida?! – depois, ela riu – Fala para mim, quer dar o golpe do baú! Sim, porque com aquele carro só pode ser rico!

Suspirei. Os rumores iriam começar?!

–E gordo. Para contratar uma puta, como você, só pode ser gordo! Ninguém quer um gordo e ele tem de se aliviar de qualquer maneira! E, claro, como tu aceita tudo, ficou com ele, e engravidou! – ela gargalhou alto. – Ou talvez nem sequer seja dele! Talvez seja de outro e, como descobriu que o feioso é rico, decidiu dar o golpe do baú!

Feioso?! Gordo?! Anahí não é feia nem gorda! E era uma mulher!

–Oh, e as filhinhas devem estar felizes por terem alguém que as trate minimamente bem! Pode ser que esse saia mais bonito que elas!

Ela acabou de chamar às minhas filhas de feias ?! Ah, esta garota está pedindo para morrer! Eu não tolero que chamem elas de feias! Nem que as ofendam!

–Cala essa boca! – rosnei, olhando para ela.

–Uh! A vadia ‘tá nervosinha, é?! - ela se aproximou de mim.

–Dulce! – ouvi o grito de Maite. Ela já tinha saído da sala e estava olhando para nós.

–Lá fora. Vamos resolver as coisas à hora do almoço! – ela falou, depois do sinal tocar.

Fiquei parada, olhando para o nada, tentando me controlar.

–Dul… - May falou, pertinho de mim. – Respira fundo. Eu sei que custa, mas é isso que ela quer: te machucar, te irritar. Não lhe dê esse gostinho. Entra na sala com um sorriso e de cabeça erguida, entendeu?

Assenti.

–E logo eu vou dar um jeito de tentar evitar o que ela quer.

Ambas sabíamos o que Sol queria: brigar comigo, mas eu não lhe daria esse prazer… eu acho.

–Ela está mais fraca. Pilar é que costuma ser a que fala, a que briga. Mas ela foi suspensa, por causa da briga de ontem. Por isso, querida, tem calma. – ela falou, me abraçando. – Agora, entra na sala como eu te disse. Vai dar tudo certo. Eu prometo.

Eu queria saber o que May estava planejando. Ela tinha um toque de malícia nos olhos, como se planeasse algo.

–Ok – suspirei.

Ela foi para a sala. Eu levantei a cabeça e tentei esboçar um sorriso, me lembrando de Anahí e de minhas filhas. Ou delas três juntos.

Entrei na minha sala e fui para meu lugar.

O resto da manhã correu bem. Quer dizer, não tão bem como poderia ter corrido. As pessoas me olhavam de lado, com nojo, e alguns até olhavam para minha barriga, tentando encontrar algum sinal de gravidez. Aqueles mais corajosos me perguntavam se eu estava grávida. Eu rolava os olhos e os ignorava.

Sol suas amigas, durante a manhã, me lançavam indiretas, olhares estranhos e um “Logo vai ver”.

Eu, sinceramente, gostava de saber o que eu fiz a estas garotas para elas me odiarem tanto.

Mas, pensando bem, elas se entretêm me machucando porque talvez não tenham vida própria ou é a única maneira de mostrarem que são boas. No lado mau.

–Dulce, anda, quanto mais depressa começar, mais depressa despachamos esta merda. – May falou, me puxando para fora da escola.

O que é que ela quer?! Ela me está levando para a boca do lobo, praticamente! Tenho umas garotas querendo me bater ou algo assim e ela me leva de encontro a elas! É que sinceramente, que rica amiga/cunhada eu fui arranjar!

–Agora digam o que querem que eu tenho mais coisas para fazer! – falei, cruzando os braços, dando figura de forte mas, por dentro, estando tremendo.

Elas se aproximaram de mim lentamente e, quando Sol levantou a mão, alguém falou.

–Se a tocar, eu ponho essa cara em obras! ...