Fanfics Brasil - Capitulo 2 - Minha Família - Minhas Razões De Viver AyD

Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD


Capítulo: Capitulo 2 - Minha Família -

26 visualizações Denunciar


Maite saiu há meia hora. Clara acordou poucos minutos depois de Maite ir embora. Neste momento, eu, Sophia e Clara estamos vendo TV. Good Luck Charlie, mais precisamente. Quer dizer, apenas eu e Sophia estamos vendo, já que Clara está ao meu colo, brincando com meus dedos e, por vezes, com meus cabelos. Clara costuma se entreter com Sophia, quando estamos as três na sala. Mas Sophia está muito ocupada em ver a TV que propriamente na irmã. Clara bem que tentou chamar a atenção de Sophia, lhe dando leves tapinhas no braço, ou soltando sílabas, ou mexendo o brinquedinho que ela tinha na mão, mas que tive que tirar, já que ela o estava jogando para cima de nós. Mas nada resultou, então a pequena desistiu de chamar a atenção da maior e se concentrou em mim, apenas em mim, na mamãe. Eu falava com ela, sorria para ela e ainda brincava com ela. Ui! Era o que ela mais queria! Atenção e brincadeira. Então, assunto resolvido: vamos ignorar a Sophi e vamos brincar com a mamãe!


Meu celular tocou estridentemente, nos assustando às três. Sophia chegou até a pular no sofá.


Sorri e fui buscar meu celular, sempre com Clara em meu colo, segurando meu cabelo, como se ele fugisse.


–Alô? – atendi. O celular tinha ficado na mochila da escola, que ainda estava na cozinha. Aqui, o delicioso cheiro da lasanha estava no ar, me fazendo crescer água na boca, repentinamente. Olhei para dentro do forno. Ainda faltavam mais ou menos cinco minutos para o queijo ficar dourado.


– Candy! – meu irmão cumprimentou


Miguel! – quase gritei. Estava com tantas saudades dele… No sábado passado, quando fomos jantar todos juntos, ele estava trabalhando e não pode ir.


Miguel é meu irmão mais velho. Ele é enorme. Tem 25 anos e namora uma garota da idade dele desde o colegial. Seu nome é Mia e ela é linda! Ela tem a idade de meu irmão. Eles se amam muito.


Voltei para a sala de estar e me sentei onde estava há pouco.


–Tudo bem com você? – ele perguntou.


–Tudo! E com os pombinhos? – perguntei, sorrindo.


–Melhor que nunca! – hein?


–Ela está…


–Não! Não! Dul, ainda não! – ele falou, com um sorriso na voz


–Quer dizer que…


–Vamos casar! – ele completou, gritando. Juro que ele anunciou seu casamento tão alto que Sophia ouviu. Mas, caso isto tenha acontecido, ela não tomou atenção, já que continuou com os olhos ficados na TV, ignorando por completo a existência de um mundo e pessoas ao redor dela. Neste momento, para Sophia, apenas existiam ela e a TV.


–Parabéns, Miguel! – exclamei, feliz por meu irmão e por minha cunhada.


–Obrigada, princesa! – como sou a mais nova e a única garota de todos os filhos de meu pai, sou a princesa da família. – Mas eu não te liguei apenas por isso. Eu te liguei para te convidar para o nosso jantar de noivado.


–E… quando é o seu jantar de noivado?


–Hoje, às nove horas, no ‘nosso’ restaurante.


–É o quê!? – gritei. Clara deixou de puxar meus cabelos. O motivo? A assustei com meu grito.


Meu irmão só pode estar maluco! Um jantar de noivado! Daqui a meia hora, sendo que eu tenho que preparar três pessoas, sendo duas delas crianças e a outra adulta! Droga, não vou conseguir chegar a tempo!


–Hoje, às nove horas, no ‘nosso’ restaurante! – ele repetiu


– Miguel, me perdoa, mas Você só pode estar doido! Um jantar de noivado daqui a meia hora?!


–Sim.


–Então tenho que me arrumar! Tchau, Miguel até já! Te amo! Manda beijos meus à Mia


–Serão… - não o deixei terminar, apenas suportei o peso de Clara com um braço e, com o outro, peguei em Sophia.


–Mamãe! Eu ‘tava vendo aquilo! – ela resmungou


–Eu sei, pequena! Eu sei… mas temos de nos arrumar! – falei, subindo as escadas com minhas filhas ao colo.


Ploquê?


–Porque seu tio Miguel vai casar com a Tia Mia e decidiu fazer um jantar para comemorar isso.


–Oh… eles vão casa?! – ela perguntou, com os olhinhos azuis, feito o mar, brilhando


–Vão, querida


–A Tia Mia vai de vestido blanco?!


–Vai!


Caminhei até ao quarto de Sophia e as deixei em cima da sua cama de Sophia, enquanto ia escolher a roupa de minha primogênita.


~*~


Quarto da Sophia http://3.bp.blogspot.com/-e-RT83XPEIw/UBv1LNNkxwI/AAAAAAAAB3o/Po45URnbc0c/s1600/menina9.png ~*~


Escolhi um vestidinho azul bebê e  uma tiarinha branca com flores e um sandália branca. Pendei seus cabelos Coloquei a tiara em seus cabelos castanhos claros. Ela estava linda, como sempre


–Como consegues ser tão linda, princesa? – perguntei, a pegando e a rodopiando, a fazendo gargalhar.


Ela encolheu os ombros.


–Puxei à minha mamãe linda! – ela exclamou, me abraçando


–Own… meu anjo… - a abracei forte, em meus braços. Lágrimas correram pela minha face. É tocante uma criança de apenas três anos que foi negada e odiada por tanta gente me chamar linda – Mamãe te ama tanto, Sophia. – falei, contra seu cabelinho, fungando.


–Nós também te amamos! Eu e a Clarinha ! Um muitão assim, ó! – ela falou, abrindo os bracinhos o máximo que seu pequeno corpo permitia, sorrindo e olhando para Clara, que fazia um biquinho fofo pela falta de atenção. Beijei seu nariz.


Ficámos mais um tempinho abraçadas. Ela não notou que eu estava chorando, ainda bem. Este era um daqueles momentos de mãe e filha, em que não se diz nada, apenas se fica abraçada. Clara não interrompeu o silêncio.


–OK, bebê, a mamãe agora vai arrumar a mana. Fica aqui, ou vem com a gente?


–Vou! – Sophia falou, saltando. Sorri, peguei em Clara e dei a mão a Sophia. Fomos as três para o quartinho da pequena.


–Posso ajuda? – Sophia perguntou


–Pode! – eu já tinha uma leve ideia sobre o que iria vestir a Clara. Por isso, bastava pedir a roupa à Sophia, que ela trazia. Despi o body que a bebê ainda vestia e lhe mudei a fralda. – Sophi, querida, traz aquele vestidinho dourado com um lacinho no meio que a gente comprou quando fomos de viagem com os tios, por favor. – pedi. Ela sorriu, com os olhinhos brilhando de entusiasmo por estar ajudando a cuidar da irmã, e foi buscar o vestidinho. Sophia me entregou o vestidinho, que vesti logo à Clara– Agora, me traz as sandalinha  douradas.


–Os que a Tia Mia deu, quando a Clarinha nacheu? – ela perguntou


–Esses mesmo! – falei, sorrindo. Minha filha foi, saltitando, buscar os sandalinhas da irmã. Os calcei à bebê. Por fim, pedi um lacinho marrom claro com bolinhas brilhosas para por na Clara, que Sophia foi buscar.


Sophia sempre gostou de me ajudar com a irmã. Quando cheguei do hospital, quando tive a Clara, Sophia sempre que ia buscar as fraldas para ela. Minha primogênita sempre gostou muito de Clara.


Olhei para minhas filhas. Elas estavam lindas.


~*~


Meninas: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=213849982  


~*~


Coloquei Clara no berço.


–Mamãe vai se vestir, ‘ta?


Sophia assentiu


–Vou ve TV! – ela falou, saltitando até à sala


–Cuidado com as escadas! – gritei.


Fui até meu quarto, para escolher o que levar e me vestir.


~*~


Decidi levar o vestido vermelho. Era de manga comprida, mas fresco. O vestido me chegava a meio das coxas e era soltinho ao corpo. É nestas vezes que eu dou graças a Deus por não ter ficado com nada de ruim – gordura, quero eu dizer – referente à gravidez!


Deixei o cabelo solto e passei uma maquiagem leve na face e um batom vermelho nos lábios.


Me olhei no espelho. Não estava nada mal. Meu cabelo vermelho contrastava com minha pele branca e com meus lábios encarnados. O vestido e vermelho colado ao corpo caía perfeitamente e exibia minhas curvas já recuperadas da gravidez de Clara. Como último toque, as unhas encarnadas, do mesmo tom do vestido.


Sim, estava bem.


~*~


Dul: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=213839327  


~*~


Caminhei até ao quarto de minha bebê. A pequena estava no berço, sentada no berço, fazendo biquinho, com os olhinhos azuis cheios de lágrimas.


–Oh, anjo… mamãe chegou, mamãe ‘tá aqui… - murmurei, a pegando e a ninando.


Minha bebê fungou e abriu seus lábios rosados num lindo sorriso. Sorri para ela também.


Peguei sua malinha com as coisas dela e fui até à sala de estar, onde Sophia nos esperava.


–Vamos, querida? – perguntei.


Vamo, mamãe! – Sophia falou, se levantando do sofá num pulo, com uma bonequinha na mão – Mamãe, tu ‘tá linda!


–Oh, querida, obrigada… - falei, lhe dando a mão livre.


Caminhámos até ao carro. Coloquei a bebê no bebê conforto, que ainda servia de cadeirinha para ela. Depois, ajudei Sophia a se sentar e a colocar o cinto.


~*~~*~


Fui para o lugar de motorista. Coloquei a mala de Clara no banco de passageiro e conduzi até ‘nosso’ restaurante.


Estacionei o carro no lugar mais perto da entrada do restaurante tão conhecido por minha família.


Nós vimos aqui desde que me lembro como gente. Meu pai, meus irmãos e Blanca sempre vêm aqui, todos os sábados. Mesmo quando eu vivia com minha mãe. Quando eu vinha passar as férias aqui, a tradição não era interrompida. Os Saviñón vinham com força para o restaurante, exibir nossa feliz e numerosa família.


Pus a malinha no ombro e fui buscar as meninas. Desta vez, levei o bebê conforto, para Clara não ficar sempre ao colo.


–Mamãe, posso leva a Rosie? – minha filha perguntou, mostrando a bonequinha cujo nome foi inspirado numa professora da escolinha dela. Não é a professora dela. É a professora da Claire, uma amiguinha dela, da sala ao lado. Sophia gosta mais da professora de Claire do que a professora dela.


–Pode, querida.


–EBA! – ela guinchou, sorridente.


Entrei no restaurante.


–Boa noite, Menina Saviñón! – o garçonete que nos atende sempre cumprimentou, sorrindo. Ele é um senhor idoso, com uma barriga grande, uma barba tipo o papai noel e óculos pretos. Ele é bastante simpático. Tanto comigo, como com minhas filhas. Ele não liga ao fato de eu ser mãe de duas meninas com 18 anos, nem de ter engravidado tão cedo ou de não estar com o pai delas. Para ele, sou apenas a Dulce María..


–Boa noite, Sr. Wilson, como está?


–Bem, obrigado. Estou vendo que hoje é uma noite de festejo! – ele comentou, olhando para a mesa do fundo


–É, sim. – falei, sorrindo. – O meu irmão e a Mia estão noivos.


–Sim, o noivo já me tinha dito. Ele está tão contente com o noivado!


–Tio Ucker! – minha filha guinchou, correndo até meu irmão.


Suspirei.


–Sophi, não corre! – ordenei, em vão.


–Crianças… - Sr. Wilson falou, olhando para Sophia


Sorri.


–E a bebê, como está? – ele perguntou, olhando para a bebê dentro do bebê conforto que estava brincando com os bonequinhos pendurados.


–Bem. Cada vez mais esperta, maior e manhosa!


Ele gargalhou.


Mams! – ouvi umas quantas vozes falarem.


–Eu vou…


–Sim, vá! Bom jantar!


Sorri e caminhei até à mesa do fundo.


–Oi! – exclamei. Estavam ali todos meus irmãos, a Vick, o Rodrigo, a Mia, meu pai, a Blanca e os pais da Mia.


–Oi, querida! –Fernando, que tinha Sophia ao colo, cumprimentou, sorrindo


–Bebê! – Mia exclamou, caminhando até mim e tirando Clara do bebê conforto.


–Oi, noiva.


–O, Titia! – o pequeno Daniel, filho de Diego, cumprimentou. Ele tem cinco anos e é um doce de garoto. Diego é pai solteiro. A mãe de Daniel o deixou quando ele era um bebê de duas semanas, dizendo que não aguentava criar uma criança


–Oi, querido. – sorri para o garotinho ao colo do tio Nico


–Oi, mams!


Sim, agora sou conhecida como mams. Quer dizer, desde que Sophia nasceu. Mas apenas minha família me trata assim.


–Oi, galera! Oi, Senhor Colluci, Senhora Colluci. – cumprimentei.


–Oi, Dulce María.


–Dul, por favor.


–Dul. – eles corrigiram


–Mams, nós já pedimos… - Diego falou.


–Não faz mal. – falei, me sentando no lugar livre, que era ao lado de outro lugar livre que, por sua vez, era ao lado de Daniel. Uma confusão, hein? Concluindo: estava na ponta da mesa, para poder sair quando quiser, sem incomodar ninguém.


–É sério, florzinha!? Rosie!? – Blanca falou, ninando a boneca se Sophia.


–Sim! É o nome da plofessola da escola! – ela falou, sorrindo.


–Já escolheu, o que vai pedir? – Sr. Wilson perguntou.


–Já. – falei meu pedido.


–E para beber?


Falei um suco para mim e outro para minha filha.


–E eu, mamãe?! – Sophia perguntou, com os olhos arregalados, quando apenas pedi um prato de comida.


–Tu come comigo.


–Ok! – ela continuou a conversa com os avós.


–Dulc… Dul! – Sr Colluci, o pai de Mia, chamou. Olhei para ele. – Posso pegar a bebê?


Assenti.


–Claro. – sorri.


Mia passou a pequena para os braços do pai cuidadosamente.


–Ela é linda. – Sra. Colluci falou, acariciando a barriguinha da bebê – Aliás, suas filhas são lindas. As duas. – ela completou.


–São. A genética me ajudou muito. Tive sorte. – murmurei.


–São a sua cópia, exceto os olhos e o cabelo, que são idênticos entre elas.


–Graças a Deus. – falei. O assunto morreu.


As refeições da galera chegaram. Mas eles fizeram questão de esperarem pela minha comida, para começarem.


–Como vai a escola, querida? – Fernando perguntou, depois de a comida estar servida.


Neste momento, Clara estava ao meu colo. Eu lhe estava dando papinha, que trouxe numa caixa.


–Boa. Hoje fiz um trabalho de dupla. – murmurei. Meus irmãos ficaram olhando para mim, admirados. Eles sabem de minha condição social. E sabem que eu não tenho amigos. – O professor que fez a dupla. – expliquei. – Fiz com a Maite Perroni Portilla.


– Maite Portilla? Filha do Dr. Portilla? – Fernando perguntou.


–Sim. – levei mais uma colherada à boca da bebê.


–Ela não é… - Ucker iniciou


–Popular? Sim, é. Mas ela é trabalhadora, inteligente e simpática. Ela gostou da Sophia. – expliquei.


–Simpática?! Ela não é daquelas que falam mal de ti? – Thomás perguntou


–Não sei. Talvez. Mas quando eu passo por ela na escola… - respirei fundo –Maite Perroni é diferente. Ela é carinhosa. E… fez a maior parte do trabalho. Eu estava fazendo a janta.


Quando Clara  acabou a papinha, limpei sua boca com o babador e a coloquei no bebê conforto. Ela estava com sono. Adormeceu logo.


–Ela não me olha com nojo, ou não me chama aquilo que nós sabemos… Já disse, Maite Perroni é diferente. Ela… não me parece ser como as outras. Não usa roupas curtas como as outras, não se  para os garotos como as outras, tira notas melhores que as delas… E, só para verem como ela é, quando a aula acabou, ela veio logo Falar comigo, para perguntar sobre o trabalho que nós iríamos fazer. E ela chamou linda à Sophia, lhe pegou ao colo e foi simpática e amorosa com ela. Acham mesmo que as outras iriam fazer isso? – perguntei. Ninguém me respondeu.


Ficámos em silêncio.


–Quando estão a pensar ser o casamento? – Blanca perguntou.


–Daqui a três meses. – Mia falou, olhando para meu irmão.


–Dá tempo para arranjarmos o casamento e para as aulas de minha irmã acabarem. – ele falou, olhando sugestivamente para mim. Ele sabe que eu iria arranjar a desculpa da escola para faltar aos eventos relacionados com o casamento, exceto a cerimónia.


–Daqui a três meses é uma boa data. – Fernando falou.


Continuámos a comer em silêncio. Alguns assuntos eram tabus, na nossa família. O assunto da minha mãe, o assunto da minha escola, o assunto do pai das meninas, o assunto da mãe do Daniel, o assunto da minha existência, o assunto do irmão e dos sobrinhos de meu pai – ou seja, meu tio e meus primos. São assuntos delicados, dos quais nós não gostamos de falar. Eu, Diego e papai sabemos que, qualquer dia, teremos que enfrentar tudo isto, um dia. Mas enquanto os podermos evitar, é o que faremos: evitaremos os assuntos.


–Quando vão para a lua-de-mel, pai, Blanca? – perguntei. – Vocês falaram que iam, quando eu completasse 18 anos. E olhem para mim aqui, com 18 anos!


–Bom, nós estávamos pensando ir daqui a duas semanas. Nós iríamos contar amanhã, quando estivéssemos todos juntos. Vamos para a Grécia! – Blanca falou, sorrindo.


Blanca e Fernando fazem um casal tão lindo, tão perfeito. É pena terem tido tantos obstáculos, tantas pedras no caminho para chegarem até aqui, ao que são hoje.


–Ficarão durante quanto tempo?


–Três ou quatro semanas, ainda estamos pensando se ficamos lá três semanas e uma aqui, ou outro lado qualquer, ou se passamos as quatro lá. Eu já pedi as férias ao hospital. Eles me concederam. Quatro semaninhas de férias! – meu pai festejou, sorridente. Ele ama muito a Blanca e a Blanca também o ama muito, mesmo. Eles parecem dois adolescentes, com o carinho e as juras de amor que trocam. Mas isso é bastante bom. Há trinta anos juntos, ou mais, e ainda mantêm a chama da paixão acesa. Tão raro, mas tão bonito.


– Rodrigo, me passa o vinho, por favor? – pedi, estendendo a mão por cima da mesa, quando bebi todo o suco e quando todos já tinham acabado de comer. Neste momento, nós apenas estamos aqui para aproveitar o momento em família, já que sabemos que, se sairmos do restaurante e se apenas um for para sua casa (que, muito provavelmente, seria eu ou Diego, por causa das crianças e do cansaço delas), a festa termina e cada um irá para sua casa.


–Tu não pode beber, Candy está amamentando. – Blanca falou.


–Uma vez sem exagero! Há mais de um ano que não toco num pingo de álcool! – falei. – Rodrigo? – ele olhou para Blanca e Fernando, que assentiram. Rolei os olhos. Ainda necessito da permissão dos pais para beber álcool. Hilário!


O irmão de minha cunhada me passou a garrafa de vinho. Enchi o copo vazio de vinho.


Chequei se todos tinham os copos cheios.


Me pus de pé e levantei o copo de vinho.


–Quero propor um brinde ao meu irmão e à linda noiva dele, aos anos que eles passaram juntos, aos anos que eles passarão juntos, às crianças lindas que eles terão. À vida promissora em conjunto que eles com certeza terão. Mas, acima de tudo, quero propor um brinde à felicidade de meu irmão e de minha cunhada. Parabéns pelo noivado! – falei, sorrindo.


Os copos dos meus irmãos, de minha cunhada, dos sogros do meu irmão, do irmão de Vick, dos meus pais e das crianças (Sophia e Daniel) chocaram, fazendo aquele tilintar dos copos.


–A eles! – Thomás falou, sorrindo.


Depois de todos termos brindado, bebemos o líquido que cada copo continha.


As faces de Mia e Miguel tinham sorrisos apaixonados e completos. Aqueles sorrisos que apenas dois amantes têm.



Apenas nós estamos no restaurante.


É quase uma da manhã. Sophia já está dormindo ao meu colo. Daniel está ao colo do pai, lutando contra o sono.


Thomás já está alegre com o vinho e as cervejas. Meu pai e Blanca estão tentando fazer com que ele não faça muito barulho, para não incomodar os trabalhadores do restaurante, que já estão fartos de nós.


–É melhor irmos para casa… - Blanca falou, olhando para o filho alegre


–Sim, eu tenho que ir deitar as meninas. – falei, olhando para a menina ao meu colo. Sophia tinha o cabelo na face. Sua boquinha estava aberta e sua mão estava em meu pescoço.


–Quer ajuda? –Ucker perguntou.


–Sim, por favor.


Nos despedimos de todo mundo. Com Sophia ao colo, caminhei até ao carro. Ucker estava logo atrás de mim, carregando o bebê conforto com Clara.


É nestas alturas que preciso de um companheiro, de um namorado, do pai das minhas filhas. Se ele estivesse aqui, não precisaria da ajuda de meu irmão.


–Obrigada, Ucker! – agradeci, abraçando meu irmão.


–Não foi nada! Magina! – ele sorriu.


–Ok, vou para casa… - falei


–Dorme bem, princesa


–Você também,Ucker. – lhe acenei e entrei no carro. Meu irmão ficou esperando que meu carro desaparecesse da vista dele.


–Mamãe? – Sophia chamou


–Oi, meu anjo… nós já estamos indo para casa. Volta a dormir, a mamãe depois trata de ti.


–Ok… até amanhã, mamãe! – ela falou, ensonada


–Até, florzinha. – falei, sorrindo.


No minuto seguinte, a cabeça de Sophia tombou para o lado e seus olhinhos fecharam.


Continuei conduzindo até casa.


Quando cheguei, as tirei do carro e as carreguei até aos quartos delas. Depois, fui buscar a mala de Clara. Fechei o carro, entrei em casa, descalcei os saltos altos – que deixei encostados às escadas – e subi até ao quarto delas. Vesti primeiro o pijama a Sophia, lhe coloquei uma fralda – ela ainda dorme com fraldas. Apenas à noite – e a deitei. A aninhei nos lençóis e lhe dei seu bonequinho favorito.


Aninhei o bonequinho (chamado Heffalupm, o elefante roxo do Winnie The Pooh, o boneco favorito de minha filha) a Sophia, lhe beijei a testa e saí do quarto.


Ela parecia tão calma, pacífica. Um anjo deitado numa cama de princesa.


Depois, fui até ao quarto de Clara. Lhe mudei a fralda, lhe vesti um body rosa e a deitei no berço. Coloquei sua bonequinha ao pé de seu peito, que ela abraçou logo e suspirou, e arrumei sua roupinha ao pé da cômoda.


Observei minha filha deitada no berço. Como alguém pode negar, ou odiar um bebê tão fofo como ela?!


Saí do quarto da bebê e fui para meu quarto. Despi o vestido e o soutien e vesti a blusa que Ucker deixou aqui e me ofereceu e fui até meu banheiro.


Tirei a maquilhagem e pude olhar para o verdadeiro eu. As manchas roxas por baixo de meus olhos, olhos, estes, que estavam cansados, pele pálida e com um aspecto frágil… quem diria que eu tenho 18 anos?! Parece que tenho 30 anos, mas sem marcas de idade.


Se, há quatro anos, alguém me dissesse que eu ficaria assim, no futuro, porque seria mãe solteira de duas meninas, porque tenho de trabalhar para me sustentar e estudar para garantir um bom futuro às minhas filhas, chamaria maluco a esse alguém. Eu tinha uma vida perfeita. E agora, está tudo estragado. Eu pareço uma trintona. Infelizmente. 18 anos e pareço 12 anos mais velha. Incrível.


Abanei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos, e me fui deitar.


Amanhã seria um novo dia, e pode ser que tudo melhore.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): DreamPortinon

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

POV DULCE Acordei com meu celular tocando estridente e com uma coisinha quente aninhada em meu peito. Olhei para baixo. Que coisa quente estaria em meu peito? Sorri, quando vi os cachinhos pequenos no rosto de minha florzinha, que tinha a boquinha encostada ao meu peito. Seus bracinhos passavam por minha cintura, apesar de não a conseguir abraçar. Era Sophia, ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 68



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • ..Peekena.. Postado em 02/03/2018 - 09:00:35

    Posta mais!!

  • ..Peekena.. Postado em 16/02/2018 - 01:48:40

    Continua some não adoro essa fanfic :D

  • ..Peekena.. Postado em 30/01/2018 - 14:08:04

    Continua

  • ..Peekena.. Postado em 23/01/2018 - 06:42:36

    To amando a fanfic continua .

  • ..Peekena.. Postado em 18/01/2018 - 00:04:39

    Continua

  • ..Peekena.. Postado em 15/01/2018 - 23:15:11

    Continua

  • ..Peekena.. Postado em 09/01/2018 - 20:31:57

    Continua!!! :D

  • livia_thais Postado em 09/01/2018 - 05:43:54

    Continuaaaaa

  • siempreportinon Postado em 08/01/2018 - 18:24:25

    Continua!

  • ..Peekena.. Postado em 07/01/2018 - 21:52:41

    Continua


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais