Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

                                          Continuação ...

Era uma voz grossa. Masculina. Olhei para o dono da voz. Diego, Miguel, Rodrigo, Ucker e Tómas estavam lá. E… Anahí também.

O que é que aqueles idiotas estão fazendo aqui!? Como é que eles souberam?!

Maite…

Anahí estava atrás de meus irmãos. Sua face não era feliz. Ela estava chateada.

–Oh… vieram os irmãozinhos, foi? Proteger a putazinha! – desta vez foi Celina quem falou.

Olhei para May. Ela estava sorrindo e olhando para os garotos.

Anahí passou pelos garotos e veio até mim. Passou o braço possessivamente por minha cintura e beijou minha testa.

–Puta é você, que está ofendendo minha namorada sem ter razões para tal – nunca tinha ouvido Anahí falar tal rudeza ou chamar nomes a alguém.

–Wow! – May parecia tão surpresa quanto eu.

–E, acredita, Dulce namora comigo porque nos amamos, não porque ela está grávida. Por enquanto. Porque, depois de casarmos, teremos filhos. Agora, querida, cala essa boca, antes que eu me estresse contigo.

Porque é que Anahí não se cala com a conversa de termos mais filhos?! Eu tenho 18 anos, ainda nem acabei a escola, começámos a namorar ontem e ela já fala em filhos! O próximo filho que tiver vai ser daqui a, no mínimo, dez anos!

–Oh… e quem nos irá impedir de fazermos o que queríamos com ela depois de ir embora?! – Lauren perguntou. Ela estava admirada por eu namorar com Anahí (assim como eu), mas tentava disfarçar.

–Nós. – meus irmãos se colocaram por trás de May (que, durante tudo isto, esteve escondida atrás de mim).

–Senhoritas De-la-riva , Senhorita Mollory e Senhorita Saviñón, as quero na direção, agora.

Oh-ou…

Saí dos braços de Anahí e segui o diretor.

–Senhoritas, o perímetro escolar não é o lugar para convivências com outras pessoas. – ele falou. – E gostaria de saber o porquê de estarem tantas pessoas estranhas aqui.

–Foi ela que os chamou – as garotas apontaram para mim.

–Sim, diretor, fui eu que os chamei – menti – Mas eu fiz isso porque elas me ameaçaram.

–Ameaçaram?

–Sim, diretor. Hoje foi a primeira vez que me ameaçaram. Eu nunca soube bem o porquê do ódio delas comigo. Mas eu fui tolerando. Até hoje, em que elas falaram lá fora. Vamos resolver as coisas à hora do almoço. E… eu fui, mas chamei meus irmãos e… minha namorada.

–Senhoritas Mallory e De-la-riva, é contra as regras ameaçar os outros alunos. Sabem disso, correto? – elas não responderam – Vocês as três podem ser punidas por isso. E, Senhorita Saviñón, eu vou perdoar sua ação, mas porque é uma aluna exemplar e porque foi uma forma de defesa e porque creio que não queira uma suspensão no seu processo.

–Definitivamente, não quero, Senhor. – minhas mãos estavam pousadas nas coxas, tremendo.

–Bom, Senhorita Saviñón, desta vez, como disse, eu perdoo. Mas da próxima, sofrerá as consequências dos seus atos. Agora, pode sair. – me levantei. As garotas se levantaram comigo. – Vocês as três, continuam aqui.

–Adeus, senhor. – falei, saindo.

Respirei fundo, quando saí.

–Dulce! – May quase guinchou, quando me viu. Ela estava encostada à parede em frente à sala do diretor.

–Está tudo bem. Agora, quero falar contigo, com Anahí e com meus irmãos. – falei, puxando ela para fora da escola.

Eu sabia que Annie e meus irmãos não iriam embora enquanto não me vissem nem soubessem o que aconteceu.

–May, qual foi a ideia de os trazer aqui?! – perguntei, quando chegámos ao lugar onde os garotos estavam.

–Você precisava de ajuda.

–E vocês, qual foi a ideia de concordarem com esta louca?! Vocês sabem que não podem vir aqui! E, além disso, têm de estar na Faculdade e trabalhando! E Anahí é o terceiro dia que falta por minha causa! E, garotos, é o segundo dia que faltam nesta semana! Assim não dá!

–Mas, amor…

–Conversmos em casa! – falei, interrompendo Anahí.

Eu não estava muito chateada com ela. Estava contente porque ela me veio proteger e pelo que ela disse às garotas. Eu estava mais chateada com May porque ela não acreditava que eu conseguia resolver isto.

–Candy, nós…

–Eu não quero saber. Quando eu estiver mais calma, conversamos. E quando estivermos todos fora da escola. – falei.

–Tchau, rainha. Te amo. – Anahí falou, beijando minha testa.

Ela ainda teria de me explicar essa de Rainha.

–Te amo. – sussurrei, apenas para ela, antes de se afastar.

–Tchau, Candy. – meus irmãos falaram, se afastando.

–Não fique chateada com eles. – May pediu.

–Eu não estou chateada com eles! Estou chateada contigo, Maite!

Ela fez biquinho.

–Droga, May, eu gosto que se preocupe comigo, mas eu tenho que conseguir resolver as coisas sozinha! Não posso ter sempre guarda-costas! E, também, o pior que aconteceria, era eu ser suspensa, como Pilar e Jessica. May, por favor, não repita. Eles têm que trabalhar e estudar, e eu tenho que aprender a resolver as coisas sozinha.

Ela assentiu, triste.

–Agora, vamos para a aula. – falei. – May! – chamei, quando ela já estava indo para a sala – De todas as maneiras, obrigada. – falei, sorrindo

Ela correspondeu ao sorriso e começou a saltitar até à sala.

Meu celular vibrou no bolso dos jeans.

De: Any

Para: Minha Rainha.

Meu amor desculpa ter ido à escola… E desculpa ter feito aquele espetáculo na frente da escola toda.

Te amo,

Annie

Suspirei e respondi.

De: Candy

Para: Annie

Eu estou contente, por um lado, por ter ido à escola, por mim, e por ter feito aquele espetáculo. O que me irritou foi a Maite chamar a galera toda para me “salvar”. Apenas isso. E eu não estou chateada contigo.

Te amo,

Candy

Depois, recebi a resposta.

De: Any

Para: Minha Rainha

Ainda bem que não está chateada comigo. Ficar assim um dia depois de começarmos este namoro, não seria bom. :P

E eu também me irritaria com isso.

Mas ela fez bem. Não quero minha garota andando à luta com outras garotas! Ela ficaria machucada… Mas eu gostaria de curar seus machucados todos!

Beijos,

Annie

Rolei os olhos com as últimas frases

De: Candy

Para: Annie

Não, seria uma coisa sem classe. E eu tenho classe. E seria vergonhoso. Muito vergonhoso.

E gostaria de ser curada com o minha médica privada. Gostaria muito.

Beijos,

Candy.

De: Any

Para: Minha Rainha

Agora, vai para a aula, que está quase começando!

Beijos, te amo,

Annie

De: Candy

Para: Annie.

Ok!

Beijos, te amo,

Dul

Voltei a guardar o celular no bolso e entrei na sala.

Depois de as aulas acabarem, arrumei as coisas e praticamente corri para fora da escola. Olhei para o estacionamento da escola.

O Volvo de Annie estava no fundo. E ela estava encostada ao carro, de braços cruzados, olhando para aqui.

Sorri e fui até ela.

–Oi, namorada. – ela falou, se baixando para me beijar.

–Oi, namorada. – respondi, ainda sorrindo depois de dela se separar de mim.

–Temos que ir embora. Ainda tenho algumas consultas. E a próxima é daqui a cinco minutos. – ela informou, abrindo a porta para mim.

–A May já saiu? – perguntei, olhando para a escola.

–Já. Ela saiu dez minutos mais cedo. – ela colocou o cinto e pôs o carro a trabalhar

–Como sabe? – perguntei.

–Já estava aqui. – ela falou, me dando a mão.

–Oh… - quer dizer que ela estava aqui há, no mínimo, dez minutos?!

No final da tarde, depois de todas as crianças serem atendidas e depois de irem embora, fui falar com Annie no seu consultório dela. Precisávamos ir buscar as meninas.

Ela estava sentada na sua cadeira, com uma moldura na mão e sorrindo adoravelmente, enquanto acariciava a fotografia que lá deveria estar com o dedão. Fechei a porta sem fazer barulho e fui até ela.

Anahí ainda não tinha dado pela minha presença.

–Oi… - murmurei, beijando sua bochecha.

Ela deu um salto, deixou cair a fotografia e levou as mãos ao peito.

Gargalhei dela.

–Desculpa! – pedi, a abraçando forte.

–Senhorita Saviñón, devia saber que isso não se faz! – ela falou, me sentando ao seu colo, de frente para ela. Minhas costas estavam encostadas na borda da mesa e tinha cada perna de um lado de seu corpo

–E eu sei. – afirmei.

–Então porque fez?!

–Foi sem querer…

–Sem querer?! É?! – assenti inocentemente. Ela largou minha cintura e levou suas mãos à minha barriga, fazendo cocegas.

–Ah, Annie! Para! – falei, me encolhendo.

–Não!

–Por favor!

–Não! A Senhorita tem que aprender que assustas as pessoas é feio.

–Mas eu sei! Eu sei! Eu juro que sei! – falei, entre gargalhadas.

–Não acredito. – sua expressão estava divertida

–Ah, Annie! Eu te amo e jamais assustaria quem amo! – falei.

–Me ama, é?! – ela  perguntou, parando de me fazer cocegas.

–Amo! – falei.

–Me prova. – ela pediu

Sorri e uni meus lábios aos dela. Minhas mãos estavam em seu cabelo e em sua nuca, enquanto que suas mãos estavam em minha nuca e em minha cintura. Suspirámos com o contato. A língua dela pressionou meu lábio. Suspirei e dei permissão para sua língua. Quando nossas línguas de encontraram, ambos gememos. Elas dançavam juntas.

Nos afastámos quando ficámos sem ar.

–Gostei da prova de seu amor por mim. – ela falou. Sorri e encostei minha testa à dela.

–Tenho de ir buscar as meninas.

–Então, vamos. – ela fez intensão de se levantar.

–Não. – coloquei minha mão em seu peito – Que foto era aquela, amor? – perguntei, olhando para a foto virada para baixo, no chão.

–Porque não vê você mesma? – ela perguntou, se esticando e pegando na moldura já sem vidro, que se tinha partido quando caiu. Depois, me mostrou a foto.

–Oh… - murmurei, olhando para as duas fotografias que ali estavam. Eram duas. Uma delas tinha May nas costas de Annie, de mão dada com Poncho, Chris e Angel se beijando e Marichelo e Henrique observando os filhos e os namorados deles. Sorri para a fotografia. Era o retrato de uma família feliz. A outra fotografia tinha eu, sentada no chão, com Clara (que deveria ter os seus quatro meses) nos meus braços, sorrindo enquanto olhava para mim e Sophia sorrindo para a neném, ao meu lado. Clara agarrava um dedo da irmã. E eu sorria para minhas meninas.

–Minha família. – ela falou, sorrindo. – Nossa família – ela corrigiu.

Sorri.

–Ok, tenho mesmo de ir buscar as meninas. – falei, quase me levantando, mas Annie me prendeu e se levantou comigo em seu colo. Gargalhei, enlaçando as pernas em sua cintura.

–Hoje vou falar com Chris. – ela falou, trancando a clínica, ainda comigo em seu colo. Esperei que ela dissesse o porquê. Simon ou meninas. – Por causa da certidão de nascimento das garotas.

Sorri.

–Serão legalmente Portillas?

–Exatamente. – ela me sentou cuidadosamente no banco de passageiro e me beijou a testa.

Coloquei o cinto de segurança.

–Dul, quer ir para a Faculdade no próximo ano? – Annie perguntou.

–Eu… sim. – respondi. Eu queria mesmo. Mas onde moramos não há Faculdades nenhumas, o que significa que ficaria longe de Annie. Mas isto só aconteceria se eu fosse aceita numa faculdade, o que acho pouco provável. Quem irá aceitar uma aluna que tem duas filhas?

Olhei para minhas mãos.

–Arranjaremos uma solução que agrade a todos. – ela falou.

–Hum…

–Mamãe! Mama! – Sophia gritou, correndo até nós, quando chegámos à escolinha dela.

–Oi, princesa! – falei, a pegando e beijando seu rosto. Depois, a passei para Annie que também beijou seu rostinho.

Depois de Sophia, fomos buscar Clara. Por fim, fomos para casa.

Tratámos das meninas e, enquanto Annie as entretinha, fui fazer o jantar. As meninas jantaram, nós jantámos, conversámos sobre o dia, as meninas dormiram, nós arrumámos a cozinha e fomos fazer meus deveres de casa.

Por fim, nos vestimos para irmos dormir e fomos para o quarto dela. Me aninhei em seu peito, a beijei, desejei uma “Boa Noite” e adormeci.

Volteeeeeeeeeeei... <3