Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

Minha filha e meu sobrinho se sentaram num dos degraus. Eu fiquei logo atrás deles, com Vick e Mia de cada lado. Any ficou atrás de mim, assim como Ucker atrás de Vick e Miguel atrás de Mia. Os outros garotos ficaram no mesmo degrau que Any, Ucker e Miguel. Papai e mamãe ficaram no último degrau. Minha bebê estava ao meu colo, de pé, virada para a câmara.

–Sorriam! – Mari pediu e depois uns quantos flashes quase nos cegaram. Ela nos mostrou as fotografias. Ficaram muito bonitas – Any e Dul apenas. – ela pediu.

Any desceu um degrau, enquanto todos os outros foram embora. Meu pai pegou Clara.

–Te amo bastante. – Any falou, me abraçando pela cintura – Tem isso bem ciente. – ela falou, me puxando para um beijo, que foi baptizado por uns quantos flashes.

–Eu também te amo. Muito. – sussurrei, depois de nos separarmos, limpando os lábios dela. Ela sorriu.

Nos colocámos de novo na posição inicial, virados de frente para a câmara.

–Espera, mãe, espera! – Mai guinchou, andando rápido até aqui. – O beijo estragou o batom!

Mai retocou minha maquilhagem e depois foi embora.

Passei minha mão também pela cintura de Any

Depois das fotografias serem tiradas, fomos para a escola.

Eu e Mai vestimos nossas capas e, enquanto ela foi cumprimentar as garotas com Poncho atrás, eu fui ver a Any, que estava meio que perdida no meio de tanta gente.

–Oi. – cumprimentei,

–Oi – ela passou suas mãos por minha cintura – Clara está com Fernando e Sophia e Daniel estão com Diego.

–Sim, eu vi.

–Oi, casalinho do ano. – ouvi a voz irritante de Pilar.

Suspirei. Só me faltava ela.

Pilar rolou os olhos.

–O que quer, Pilar? – perguntei, suspirando. Estava com pouca paciência para ela mais as amiguinhas dela.

–Te dizer parabéns. Não só pela namorada, mas também por acabar o colegial.

–Isso é um acordo de paz? – perguntei, sem largar o braça de Anahí

–Praticamente

–Isso é por causa da Anahí, não é? – perguntei, me virando para ela, sendo que, até agora, estava de lado. Encostei minhas costas ao peito dela. Ouvi a gargalhada dela.

Sim, eu estava sendo possessiva com ele Mas aquela vadia quer a Any! E ela é minha! E eu vou demonstrar isso a todo mundo!

–Está querendo ser minha amiga para chegar mais perto de Anahí, não é?

–Não, querida, claro que não, que boba! – ela falou, gargalhando falsamente.

–Ok, pode ir embora? Eu estava conversando com minha namorada. – falei.

Ela bufou e foi embora.

–Queria falar comigo?

–Não. Apenas queria que ela fosse embora. Não suporto respirar o mesmo ar de mais uma pessoa que me odeia.

Any beijou minha testa, sorrindo.

(…)

–Quando somos pequenas todas queremos e temos o sonho de ser princesas – May estava segurando um microfone – pelo menos eu queria ser uma princesa – todos gargalharam. Olhei para trás, procurando Any. Ela tinha Sophia ao colo. Ela estava em pé, tentando ver a tia. – Queremos ter uma coroa na cabeça, vestir sempre vestidos bonitos, ter um príncipe bonito e viver num castelo grande. Eu era assim. Obriguei minha mãe comprar uma coroa para mim. – mais gargalhadas – Então, como estava sempre de vestido, quando chegava a casa, colocava a coroa na cabeça e obrigava meus irmãos a serem meus cavaleiros. – ri e olhei para Cris, que também sorria, provavelmente, lembrando os momentos. – Era a princesa da casa. Mas eu cresci e deixei a coroa para trás, deixei de obrigar meus irmãos a serem meus cavaleiros, deixei de querer ser princesa. A única coisa que ainda se mantinha eram os vestidos! Eu continuava amando vestidos. – ela respirou fundo e olhou para todos nós – Todos pensamos que as princesas verdadeiras vestem vestidos, usam coroas, têm cavaleiros e um príncipe. Mas eu conheço uma princesa que não é assim. Uma princesa que não usa vestidos, que não usa coroa, que não vive num castelo. Mas que tem cinco cavaleiros e uma princesa em vez de um príncip lindo. Uma princesa que lutou para chegar onde chegou. Para ser feliz com quem gosta. Essa princesa teve imensos inimigos que não queriam que ela fosse feliz. Mas essa princesa se manteve forte. Vocês devem estar pensando “Quem é essa princesa?”. E é aqui que eu respondo: o nome dessa princesa é Dulce María Espinoza Saviñón.

Congelei no lugar. Eu?! Ela está a falar de mim, em especial, sendo que deveria falar do ano de finalista?!

Baixei a cabeça, sentindo minhas bochechas aquecerem e todos os olhares do ginásio.

–Seus cinco cavaleiros são seus irmãos: Diego Saviñón, Miguel Saviñón, Christopher Saviñón, Rodrigo Saviñón e Tomás Saviñón . Sua princesa é, claro, Anahí Giovanna Portilla. Seus inimigos são todos os alunos desta escola e a maioria desta cidade, que a fizeram triste. Mas ela passou por cima. Sabem de uma coisa? Vocês a feriram, mas ela é uma das que vai mais preparadas para o futuro. Porque ela sabe lutar. E é aí que eu digo a todo mundo que machucou minha melhor amiga, mãe de minhas afilhadas – é o quê?! – e minha cunhada que se vão fuder, por favor.

Wow…

Ela saiu do palco e depois, pegou no diploma e foi embora.

Todo mundo ficou a olhar por onde ela saiu. Incluindo eu mais minhas bochechas vermelhas.

O silêncio reinou até que alguém começou com as palmas. Olhei para trás. Eram Anahí, Fernando, Cris, Poncho e Henrique. Eles estavam em pé, sorrindo. Seus sorrisos orgulhosos demonstravam o que sentiam por Maite.

Annie ainda tinha Sophia nos braços. Ela estava com as mãozinhas enlaçadas em seu pescoço e Any segurava ela por baixo do bumbum, enquanto batia palmas.

O diretor chamou um por um. Quando fui eu, caminhei até ele, tentando resistir à tentação de baixar a cabeça e recebi o diploma.

–Meus parabéns, Dulce Mária, estou bastante orgulhoso de você. – o diretor falou. Assenti, corando e saí dali, voltando para o lugar.

Depois de todos os diplomas terem sido entregues, saímos do ginásio.

A primeira pessoa que vi foi Anahí. Seus braços me rodearam.

–Parabéns, Dul. – ela falou, beijando minha testa. Ficámos abraçados até que meu irmão a puxou para longe.