–Agora, vamos para a festa! – May gritou, já depois do almoço.

–Hein?

–A Ari Brooke nos convidou!

–OK, vai. Boa festa – desejei.

–Não. Eu vou contigo e com a Any!

–Claro, então e as meninas, hein, May? – perguntei.

–Hum… ficam com o Fernando! – ela falou, olhando para meu pai, que conversava com Henrique. Marichelo e Blanca estavam ao lado deles, com um ar aborrecido. Eles deviam estar falando de ossos e operações.

–May, as coisas não podem ser assim. Eu tenho que ficar com minhas filhas! – falei, observando Sophia correndo com Daniel pelo ginásio e, depois, desviando minha atenção para a bebê adormecida ao colo de Anahí – E, além disso, eu não fui convidada. – acrescentei.

Ela bufou

–Dulce, a festa é para todos os finalistas! Nós somos finalistas!

–Então a Anahí não pode vir! E, sem ela, eu não vou. – dei de combros.

Eu não queria mesmo ir. Era muita confusão. E há quanto tempo não ia a uma festa?! Acho que foi desde que Sophia nasceu!

Eu queria ficar em casa, curtindo minha família. Não só Anahí e as meninas, mas também meus irmãos, cunhadas e cunhados, sogros e sobrinho.

–Por fim, nossos pais fizeram a reserva naquele restaurante – falei

–Puff! Devia ser advogada! – ela falou, antes de ir embora para perto dos pais.

Suspirei.

–Vai. Eu fico com elas. – Anahí sussurrou

–Não. Eu não quero ir, mesmo. – falei, dando de ombros.

–Eles vão ficar com as meninas e vão ao restaurante sem nós! – ela falou, sorrindo.

–Hein?! May, o que vc fez?! Eu não quero ir! – falei.

–Dulce, não te vesti assim apenas para a Anahí! – ela falou. Corei – Por isso, vem mostrar que está bonita! – ela falou, me puxando.

–May… - choraminguei – Vai ter muita gente…

Ela me ignorou e tirou carinhosamente Clara dos braços da irmã. Depois, pegou no bebê conforto que estava aos pés de Annie e caminhou até nossos pais.

–Any… por favor… faz alguma coisa. Eu não quero ir. – me virei para ela.

–Vamos, será divertido. – ela falou.

–Promete?

–Prometo.

–Eu confio em ti! E eu ficarei triste se não me divertir, porque me mentiu! – falei, fazendo uma figura de uma criancinha de cinco anos.

–Eu sei, pequena, e é por isso que eu te garanto que será divertido. – ela acariciou minha face com as costas da mão.

–Vamos embora! – May cantarolou, ao nosso lado.

–Ok, vamos. Deixa só nos despedirmos das meninas. – falei, puxando Anahí pela mão até Sophia, que agora estava sentada numa cadeira ao lado de Daniel, ambos balançando as perninhas.

Me abaixei de frente para ela. Felizmente, o vestido era comprido e não se via minha calcinha.

–Minha querida, mamãe e mama vão a uma festa com a Tia May e o Tio Poncho, vai ficar com os avós, ok?

–Não podemos í? – ela perguntou, se referindo a ela e o primo.

–Não, princesa. A festa será num lugar para crescidos.

–OK… Mas vão voltá pala mim?

–Claro, amor, sempre – Annie falou, beijando sua testa e, depois, a bochecha de Daniel.

Sorri e dei um beijo estalado à minha filha e outro no Dani.

–Tchau, crianças. – falei, me levantando.

Caminhámos até meus pais, onde nos despedimos da bebê, que estava sendo paparicada pelos quatro avós.

–Ficam com as meninas esta noite? Não sabemos a que horas vamos embora, e seria um pouco complicado para as irmos buscar. – Any falou, com um dedo sendo apertado por minha filha.

–Ficamos, claro. Peguem elas de manhã.

–Não. – Marichelo se intrometeu. – Peguem elas depois do almoço em nossa casa, não é, Carl.

–Oh, sim!

–Perfeito! Assim, elas passam o dia com os avós! – comemorei.

Sorrimos, eu disse os horários das mamadas de Clara e nos despedimos de nossas famílias.

–Como assim não te vestiu assim apenas para a Anahí. O que Maite quis dizer com isso? – Annie perguntou, quando já estávamos no carro.

–Hum… nada. – murmurei, olhando para meus joelhos.

–Dulce, meu anjo… - Annie murmurou – Me diz…

Droga! Ela sabia que com esse tom de voz eu não lhe conseguia resistir.

–Eu… May… nós… - respirei fundo – Nada, esquece – pedi.

Como é que eu lhe iria dizer que o quero seduzir para fazer amor com ela para lhe mostrar que ela é perfeita para mim?! É demasiado constrangedor.

–Dul, amor, não tenha vergonha de mim… - ela continuava com o mesmo tom irresistível. Agora, seus olhos verdes dividiam sua atenção entre mim e a estrada.

–Não tenho. – falei. – Chegámos! – quase gritei quando Annie parou o carro.

Nunca fiquei tão feliz por chegar a um lugar onde fui (quase) obrigada a ir. Mas eu estava quase abrindo a boca e dizer tudo a ela. E aqui Annie não vai ter essas conversas comigo.

A casa de Ari era grande. Era branca e tinha três andares.

–Vamos? – Annie perguntou, quando me viu observando a casa.

–Sim.

–May, Poncho, Anahí! Dulce… - Jessica disse os três primeiros nomes com entusiasmo, mas o último com nojo. Sorri educadamente e apertei Annie.

Esta nem era a casa dela! Ela não tinha que espalhar veneno. Não aqui, fora de seu território. Não agora, que tenho Annie ao meu lado.

–Dul, May, Poncho, Anahí! Estava vendo que nunca mais chegavam! – Ari falou, abraçando May e eu e sorrindo educadamente para Anahí e Poncho.

Melhor assim. Pouca intimidade com Anahí.

Se bem que eu não esperava outra coisa de Ari. Ela é mais calminha que as outras. Além disso, ela tem seu garoto, e não iria acabar com o que têm por um capricho.

Quer dizer… eu espero que Annie seja um capricho para as garotas.

–Venham beber alguma coisa! – ela convidou, apontando para um pequeno bar. May logo puxou Poncho para o barzinho.

–Ela não pode beber. – Annie falou.

–Oh… - ela olhou para meu ventre.

Bufei. Será que já não posso ser proibida de beber álcool para o bem físico de minha filha sem as pessoas pensarem numa gravidez?!

–Eu amamento. É pouco saudável para o bebê. Álcool vai direto para a corrente sanguínea, e, consequentemente, para o leite do bebê. – expliquei, sem paciência.

–Oh… - seus olhos subiram para meus seios.

–Vamos dançar, Annie. – falei, a puxando para a pista de dança, onde passava uma música… legal.

–Gostas da música? – Ela sussurrou ao meu ouvido.

Me arrepiei.

Dei de ombros.

–Prefiro rock. Mas queria sair dali. Estou farta dos olhares das pessoas.

–Eu sei. – ela falou, rebolando ao meu ritmo.

(...)

–Maite! – gritei, abanando May pelos ombros – Nós vamos embora, ok?! Nós vamos para casa! – gritei, tentando ser ouvida por minha cunhada que já tinha bebido Margaritas, Vodka, e uns quantos cocktails. Ou seja, não estava muito bem.

–Oh… já?! Mas isto está tão bom! E mal começou! – sua voz estava estranha, assim como seus movimentos.

Mal começou… São onze da noite. Estamos aqui há cinco horas! Eu já estou meio que cansada.

–Poncho, quer ajuda para a levar? – Anahí perguntou ao moreno que estava ao lado de May, cuidando dela, já que ela estava sentada em cima do balcão, se mexendo imenso.

–Não. Ela é levezinha. Quando eu quiser ir embora, eu a levo ao colo.

–Se precisar, liga para um de nós, ok? – pedi.

Ele assentiu.

–Toma conta de minha irmãzinha! – Annie ordenou.

–Sempre. Hey, Maite, sai daí! Desce, garota! Está pensando em quê?! – Poncho perguntou, quando May se colocou em pé no balcão.

–Oh… Ponchito, está preocupadinho comigo, é?! Own… tão fofi! Vem dançar comigo aqui, vem! – ela pediu, estendendo a mão.

–Vão embora. – Poncho pediu.

–Aproveitem a noite! Façam o vestido valer a pena! – A May gritou, gargalhando.

Corei.

–Vão! –Poncho ordenou.

Continua...

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   Gente fiquei esse tempinho sem postar pois fiz algumas alterações pequenas nos capitulos postados e os que estão prontos, são pequenas alterações como nomes e datas nada demais.