Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

Fomos embora sem dizer nada a ninguém.

–Estás com frio? – ela perguntou.

–Um pouco. – murmurei.

–Aqui. – ela falou, cobrindo meus ombros com seu blazer.

Sorri com seu cuidado e, discretamente, absorvi o aroma tão feminino, tão Anahí. Ela sorriu, se apercebendo e me abraçou pela cintura.

Foi Annie quem conduziu até casa.

Quando chegámos a casa, ela fechou a porta atrás de nós. Coloquei o blazer dela no cabide mesmo à porta.

Fomos até à sala de estar e Annie se mandou para o sofá.

Sorri e levantei o vestido, para me sentar ao seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo.

Annie colocou suas mãos em minhas coxas.

Nossos lábios se encostaram. Abri um pouco minha boca, como um pedido mudo por sua língua, que ela acedeu logo, penetrando sua língua em minha boca, recebendo um gemido.

Nossas línguas começaram dançando em conjunto. Puxei os cabelos dela.

–Te amo… - Ela falou, ofegante, quando nos separámos.

Respirei fundo. Eu sabia que seria complicado dizer as próximas palavras. Eu era demasiado tímida para dizer uma coisa daquelas. Mas, já que não sabia muito bem como iniciar uma coisa daquelas, teria de pedir por palavras, por mais constrangedor que fosse.

Com ela, as coisas aconteciam quase automaticamente. Nos beijávamos e, dez minutos depois, já estávamos naquilo.

Com Annie era diferente. Ele calculava mais, era mais cuidadosa e romântica. Ela tinha cuidado comigo e com meus sentimentos, ao contrário dele.

–Anahí, eu te amo… e eu quero que faça amor comigo. – falei, olhando fundo nos olhos de Anahí.

Ela, ao início, ficou me observando, tentando ver se estava falando a sério ou não.

-Por favor. – sussurrei, como se aquilo fizesse meu pedido parecer mais real.

Anahí levou sua mão ao meu rosto o acariciou.

-Tu queriaa conversar comigo. – ela murmurou, olhando em meus olhos.

-Mas agora quero fazer amor contigo.

-Não sem antes conversarmos. Depois eu não me conseguirei controlar. E não sei se conseguirei ter uma conversa normal contigo.

Arfei. Controlar? Quer dizer que ela me desejava?

-O que queria falar comigo? – ela perguntou.

Respirei fundo e saí do seu colo, segurando o vestido.

-Queria conversar? – perguntei. Ele assentiu – Ótimo, então, vamos conversar.

Ele me olhou espantado pelo meu tom de voz. Eu falava um pouco rude e fria.

-Quer que eu fale contigo o que queria falar na casa de meu pai? – ela assentiu – Ok, o que eu queria falar em casa de meu pai era o que queria falar contigo há uma semana! – coloquei as mãos em minha cintura – Eu queria que ficasses feliz, que continuasses sendo a minha Anahí!

-Sua Anahí? – ela perguntou.

-Sim, aquela Anahí que brinca com minhas filhas, aquela Anahí que está feliz e sorridente. O que se passa? – perguntei, apesar de saber o que se passa.

-O que se passa?! Quer mesmo saber o que se passa?! – ela perguntou, se levantando e colocando se à minha frente – Então eu te digo o que se passa…

Ela parecia ameaçador, à minha frente, em pé. Seu tom de voz era o mais rude que já tinha ouvido dela.

-O que se passa é que eu te amo! – ela falou.

Qual é o problema de ela me amar?

-E eu tenho 29 anos! – ela completou – E tu tem 18! É perfeita! – seus olhos desceram por meu corpo

Perfeita? Eu?!

-E é livre para me deixar! Pode te fartar de estar com uma mulher dez anos mais velha que tu e ir procurar um garoto que tenha a mesma idade que tu! Que tenha os mesmos gostos que tu! Porque há garotos da tua idade que, com certeza, gostariam de estar contigo! E eu não quero que vá embora! Esse é o problema!

Então esse era o problema?! Ela tem medo de ser trocado?! A mulher que me ama, que eu amo, que se tornou importante para minhas filhas tem medo de ser trocado por um garoto estúpido que só pensa em sexo?!

Por Deus… ninguém em sã consciência faria um disparate desses!

-Anahí! Como assim te deixar?! Como assim procurar um garoto que tenha a mesma idade que eu!? Ok, tudo bem, é dez anos mais velha que eu! Mas eu… eu não sou, nem posso ser, uma garota de 18 anos, que apenas pensa em garotos e festas! Eu penso como vc, ou qualquer adulta! Então, na teoria, temos a mesma idade psicológica! Agora, se é por isso que está rude e fria comigo, está sendo estúpida! Porque eu e as meninas te amamos! E eu nunca deixaria alguém que amo mais que a mim mesma! Por isso, eu nunca, jamais, eu te deixaria!

-Mas… um dia te irá fartar de mim!

-Assim como um dia tu irá te fartar de mim, uma garota dez anos mais nova que tu.

-Eu nunca…

-Farei isso. – completei – Eu sei. É exatamente a mesma situação!

Ela sorriu um pouquinho.

-Annie… - cheguei perto dele. – Eu te amo, e vc é a mãe de minhas filhas. Será que pode, por favor, deixar de ser insegura em relação a mim? – pedi, enlaçando minhas mãos em sua nuca. Ela não respondeu – Tu é perfeita para mim, nem que tivesses 50 anos! Eu nunca te deixarei! Quem, em sã consciência, te deixaria à mercê das… vadias que andam por aí?! – perguntei.

Ela sorriu e colocou as mãos em minha cintura.

-Já te disse quão irresistível estás nesse vestido? – ela perguntou, sorrindo.

Minha Anahí está de volta… Sorri.

-Ah! – guinchei, o abraçando forte – Minha Annie!

Ouvi sua gargalhada.

-Agora, a proposta de fazermos amor ainda está de pé? – ela perguntou, me dando um beijo à esquimó.

Sorri.

-Sempre. – falei, mais calma e descansada pelo assunto Anahí resmungona de 29 Anos estar encerrado para sempre.

-Ok, então, façamos isto do jeito certo. – ela falou, me pegando, com um dos braços por trás dos joelhos e o outro em minha cintura.

Ela caminhou comigo até ao nosso quarto, onde me pousou cuidadosamente na cama.

-O que acha de um banho? – ela perguntou, correndo sua mão pelo meu corpo.

-Parece-me excelente. – respondi, olhando sua mão em meu corpo.

Ela sorriu adoravelmente e delicadamente me puxou para fora da cama.

-Foi por isso que te vestiu assim? – ela perguntou – Para mim?

-Sim. – murmurei, corando. – Para te seduzir… ou alguma coisa do gênero. – ela riu – Fez efeito? – se tivesse feito, quer dizer que tinha valido a pena o esforço de andar e dançar em cima dos saltos altos. Se não tivesse feito efeito, seria bastante frustrante.

-Mais do que o que imaginas. – ela falou. Sorri.