Fanfics Brasil - Capitulo 3 - Família Portilla Minhas Razões De Viver AyD

Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD


Capítulo: Capitulo 3 - Família Portilla

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POV DULCE


Acordei com meu celular tocando estridente e com uma coisinha quente aninhada em meu peito. Olhei para baixo. Que coisa quente estaria em meu peito? Sorri, quando vi os cachinhos pequenos no rosto de minha florzinha, que tinha a boquinha encostada ao meu peito. Seus bracinhos passavam por minha cintura, apesar de não a conseguir abraçar. Era Sophia, aquela coisinha quente encostada ao meu peito. Tirei os cabelos da face e beijei seu cabelo.


O celular ainda tocava o ‘Photograph’ do Ed Sheeran, um dos meus cantores favoritos. Me estiquei, tentando manter o máximo de minha posição, para não acordar a pequena aninhada em mim.


–Alô? – atendi, sem ver quem era


*–Ainda dormindo, Candy? – era Thomás quem me estava incomodando


–Que horas são? – minha voz estava grogue.


–11 da manhã.


–O QUÊ?! – simulei um guincho.


–Sim, maninha, são 11 da manhã!


–Deus do Céu…– murmurei. Desde quando eu acordo às 11 da manhã? Aliás, eu não tenho vida para acordar às 11 da manhã!


–Hey, eu te estou ligando porque o papai falou que hoje vai haver um almoço com um amigo da família…


–Puta merda, esqueci! – xinguei. Quando tomei noção do que disse, tapei a boca com a mão. Estúpida! A Sophia podia ter ouvido!


–Fala comigo e não tape a boca. – meu irmão ordenou. Como é que ele me conhece tão bem?! – Eu te conheço há 18 anos, Candy, é normal que saiba o que fez.– ele informou, como se soubesse o que estava pensando


–Ok, ok.


–Hum…


–Sim, até, Tho. – falei, desligando o celular. Me levantei devagarinho da cama, tentando não acordar Sophia.*


Fui até à cozinha. Preparei leite e panquecas para Sophia e bebi um iogurte e uma torrada.


Depois, fui escolher uma roupa para mim.


Quando acabei de separar minha roupa, olhei para minha cama. Sophia continuava dormindo, com seu biquinho fofo. Sorri.


Fui até ao quarto de Sophia e escolhi uma roupinha legal para ela. Um vestidinho azul-escuro e uns sapatinhos azul também. Depois, fui até ai quartinho de Clara e escolhi um vestido rosa com bolinhas, e sandalinhas.


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Olhei para o berço da bebê. Ela estava olhando para mim, com as perninhas no ar, um olhar manhoso e um biquinho fofo. Sorri e caminhei até ao berço.


–Oi, bebê da mamãe! – falei, a pegando ao colo e a aninhando em meu peito. – O que é que minha bebê quer? – perguntei, apesar de saber exatamente o que minha filha quer. Me sentei na poltrona do quarto da bebê. Como se Clara me respondesse, começou mamando em meu seio, mesmo por cima da blusa. – Espera, meu amor, a mamãe já levanta a blusa para a bebê mamar. – falei, sorrindo pela gana dela. Levantei e blusa e, como estava sem sutiã, apenas foi necessário encaminhar a bebê esfomeada até meu seio, que ela logo abocanhou. Clara colocou sua mão gordinha em meu seio, perto de sua boca.


Clara ainda mama, normalmente, três vezes ao dia (de manhã, como café da manhã, ao lanche e antes de dormir), quando ambas (principalmente eu) estamos pouco ocupadas.


–Pois é, meu amor, hoje a mamãe se atrasou… - falei, tirando o cabelinho claro de minha filha da testa dela. Seus olhinhos incrivelmente azuis me observaram, mas sua boquinha rosada não parava de sugar meu seio, retirando de lá seu alimento, o leite que foi produzido única e exclusivamente para ela, quando crescia e se preparava para o mundo aqui fora ainda em meu ventre.


–Mamãe? – a voz doce de Sophia soou no quarto de Clara. Olhei para a porta do quarto da bebê, onde minha primogênita estava, esfregando os olhinhos ainda com o Heffalump em seus braços. Clara procurou a irmã com seus olhos, quando ouviu sua voz.


–Oi, florzinha! – falei, esticando o braço que não segurava Clara em direção a Sophia, a chamando. Ela caminhou timidamente até mim.


–Quando aclodei fui ao teu quatlo, mas tu ‘tava dlomindo, então, fiquei lá contigo. E, aí, me vc ablaçou E fiquei lá contigo! – ela falou, depois de estar ao meu colo.


Quando Clara se sentiu satisfeita com o café da manhã, a fiz arrotar.


–Vamos tomar o café da manhã, Sophi ? – perguntei. Ela assentiu, se levantando do meu colo.


Me levantei da poltrona e fui até à cozinha, sempre com Sophia ao meu lado.


Sentei a bebê na sua cadeira e ajudei Sophia a se sentar no lugar dela. Servi Sophia e me sentei ao lado dela. Comemos rápido. Já eram 11:25 da manhã, e ainda tínhamos de tomar banho e de nos vestir.


Dul: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=213911721



Chegámos em frente à casa de meu pai ao 12:30 h. Demorámos mais de uma hora nos preparando.


A casa de meu pai tinha uma Mercedes e um Volvo à frente da linda fachada.


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Casa: http://www.exoticexcess.com/wp-content/uploads/2009/09/87-million-classic-french-mansion-in-highland-park-texas.jpg


~*~


A mansão Saviñón era linda, sem dúvida. Por fora, exibia o estilo clássico, luxuoso. Mas por dentro, a casa tinha um estilo moderno, confortável. Um estilo colorido e feliz.


Estacionei o carro entre a Mercedes e o Volvo. Não conhecia estes carros. Meus irmãos e meus pais têm uma garagem privativa, para os carros deles.


Saí do carro, com a mochila ao ombro, ajudei Sophia a sair e peguei em Clara.


Desta vez, não levava o bebê-conforto. É desnecessário. Eu apenas o levo quando a bebê não tem outro sítio para estar sem ser nosso colo. E, desta vez, tem.


Tocámos à campainha.


Quem nos abriu a porta foi Sara, nossa empregada, desde que meu pai casou com Blanca, eu acho. Sara é uma senhora com 60 anos, com peso a mais, olhos castanhos e cabelo já cinzento. Ela é a avó que nunca tive. Quando eramos (eu e meus irmãos) pequenos, era ela quem cuidava de nós, quando nossos pais estavam trabalhando. É lógico que haviam outros empregados: o Sr. Clark, a Srta. Charlotte e a Srta. Mary. Mas nós sempre gostámos mais de Sara. Foi ela quem me ensinou tudo o que seu fazer hoje, em casa: cozinhar, limpar, varrer. E, principalmente, ela, me ajudou muito quando Sophia era bebê. Ela me ensinou a mudar fraldas, a dar banho, a vestir. Blanca também me ajudava, mas estava trabalhando. E meu pai nunca teve jeito para ensinar.


Nos cumprimentámos com um beijo na face. Há muito tempo que não a via.


Depois, ela pegou Sophia e a abraçou. Sophia também gosta imenso dela.


 


–Eles estão na sala de estar. – Sara falou, pousando minha filha no chão e sorrindo para a bebê. Clara retribuiu ao sorriso


–Ok, eu vou lá com eles! – exclamei. Sara assentiu e se retirou. – Vamos, Sophi. – falei, estendendo a mão para ela.


Fomos até à sala de estar. Este cômodo da casa estava cheio de pessoas. Eram meus irmãos, meus pais, minhas cunhadas, meu sobrinho e os velhos amigos de meu pai.


~*~


Sala de estar: http://www.superyachttimes.com/articles/Image/Companies/Francesco-Paszkowski/2009-05-Sanlorenzo-44-steel/SL44Steel-02-big.jpg


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–Bom dia, Família! – cumprimentei, sorrindo. Estavam todos lá. Exceto Giovane, que hoje foi fazer uma viajem por causa do trabalho.


–Minhas garotas! – meu pai exclamou, caminhando até nós, com um copo de uma bebida alcoólica na mão. Ele me beijou a testa, depois a de Clara e, por fim, a de Soph, antes de a pegar ao colo. – Dul, Sophi, Clara, quero apresentar nossos amigos! – Fernando falou. Como é possível eu considerar alguém meu amigo mesmo antes de o conhecer? – Henrique Puente Perroni, meu colega no hospital e nas pescarias – Hum… são os P&P&P (Puente Perroni Portilla) a família mais rica da cidade. – , Marichelo Portilla, a esposa do Henrique – ela se levantou do sofá e veio até mim, me envolvendo num abraço carinhoso.


Marichelo era uma mulher da idade de meu pai, alta, esbelta, com face em forma e coração, cabelos castanhos arruivados e olhos verdes. Na boca, tinha um sorriso doce, maternal.


–Prazer! Tenho ouvido falar muito de ti! – ela exclamou, me beijando a bochecha e acariciando a cabeça de Clara.


–Prazer – falei, sorrindo


–Os filhos deles, Cristian, o do meio – um homem mais velho que eu se levantou. Ele estava sentado em frente a Daniel. Ele era alto, musculado, de cabelos e olhos castanhos-claro. Parecia um urso. Tinha um sorriso divertido na face. Ele veio até mim e me deu um abraço forte. – a Maite, a caçula…


–Oi, Dul! – ela falou, saltitando até mim e me abraçando. Seu abraço era delicado


–Oi, Mai.


–E, por fim, Anahí. Ela é a mais velha. – olhei para a única mulher que faltava. Ela se levantou e sorriu para mim. Sorri também. Seus cabelos eram loiros. Os olhos eram azuis esverdeados, mas bastante mais intensos que os da mãe. A face era como a da sua mãe. Mais alta que eu, magra corpo esbelto. Ela era linda. Ela me abraçou. Um abraço forte, mas diferente do de Christian. Era confortável, quente, amável. Dava vontade de ficar ali para sempre. Mas ela logo se afastou. – Por fim, a esposa do Chris, a Angelique. – ele estendeu a mão para a loira linda e esbelta que estava em pé, abraçada ao marido. Lindos cachos loiros, olhos azuis, face delicada, corpo perfeito. Porque ela não está na capa de uma revista de moda? Ela me sorriu timidamente, mas com simpatia – E o Alfonso. Irmão de Angelique e namorado de Maite. ( Poncho era totalmente diferente da irmã a não ser a parte dos olhos que era azuis


Olhei para Mai e depois para Poncho. Ele não nadava lá na escola…Poncho.


–OK, agora que já estamos apresentados, podemos ir almoçar? – Christian perguntou, como se fosse uma criança de 5 anos, nos fazendo rir.


– Christian Perroni Portilla! Cadê a educação que te demos?! – Marichelo falou, autoritária


–Me perdoa, mamãe… - Christian pediu, como se fosse uma criança


–O almoço está servido! – Srta. Charlotte falou


–Obrigado, Charlotte. – Fernando falou. Srta. Charlotte assentiu e se retirou


Caminhámos até à enorme sala de jantar. Haviam ali três cadeiras especiais. Todas para a terceira geração Saviñón: Daniel, Sophia e Clara. A cadeira de Dani tinha almofadas azuis para o fazer ficar mais alto, assim como a de Sophia. A única diferença entre as duas cadeiras é que uma tinha almofadas cor-de-rosa e a outra, almofadas azuis. A cadeira de Clara, claro, é uma cadeira alta. A cadeira alta que era da Sophia.


Fernando disse os lugares, mais ou menos. Eles se sentaram. Eu continuei em pé, precisava de ir buscar as coisinhas para a Clara


Os patriarcas de ambas as famílias ficaram nas bordas da mesa.


–Pai, eu vou buscar o almoço da Clara, ok? – perguntei. Ele assentiu.


Quando ia a sair da sala de jantar, encontrei Sara, Srta. Charlotte e a Srta. Mary. Todas traziam uma travessa na mão. Sara trazia Strogonoff de Frango. Srta. Charlotte trazia Lasanha à Bolonhesa. Srta. Mary levava Bacalhau com Natas. Atrás dela vinha o Sr. Clark com uma taça grande de sopa.


–Yumi… - comentei, olhando para a comida com um aspecto bastante apetitoso.


Fui até à sala de estar, onde deixei a mochila de Sophia. Tirei a sopinha, a colher especial, a mamadeira e o babador de Clara e voltei para a sala de estar.


Voltei a sentar no meu lugar. Já estavam todos servidos comendo. Minha primogênita e meu sobrinho se deliciavam com o Strogonoff.


Servi Bacalhau para mim.


–Esta lasanha é deliciosa! – A mulher de olhos verdes, ao meu lado, comentou. Ela estava comendo Lasanha Bolonhesa.


–Melhor que essa apenas ali a da Mams! – Ucker falou


–Mams? Quem é a Mams? – Mai perguntou


–Dulcinha! – minha família apontou para mim. Os Portilla olharam para mim. Corei e virei o olhar para Clara, que batia as mãozinhas na cadeira.


~*~


Cadeira da bebê: http://www.extra-imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.aspx?IdArquivo=539344521  


~*~


–Bebê… - cantarolei – Vamos almoçar? – perguntei, abrindo a caixinha onde estava a sopa. A bebê soltou sílabas soltas e abriu um lindo sorriso. Coloquei o babador


–Só agora é que ela vai almoçar, Dul? Não acha um pouco tarde? – Blanca perguntou.


–Acho. Normalmente, ela almoça antes que eu e Sophia. – falei, levando uma colher de sopa à boca de Clara – Mas hoje eu mamei mais tarde porque a mamãe deu uma de dorminhoca! – imitei uma voz infantil, como se fosse Clara falando, ao invés de mim.


–Pois foi, bebê… - Sophia falou, sorrindo e apertando a bochecha da irmã. Todas as pessoas naquela sala de jantar olhavam para nós com um sorriso terno na face.


–Ela ainda mama no teu… seio? – Miguel perguntou. Assenti, meio que timidamente, afinal, estavam ali pessoas que não conheço.


–Desde que nasceu. – sorri para minha bebê.


–É o mais saudável.


–Sim, e dizem que fortalece a relação mãe-bebê. – murmurei.


Continuei dando a sopinha à bebê, enquanto as outras 18 pessoas comiam a suposta deliciosa comida.


– Posso dar a sopa? – Angelique, a loira, perguntou, sorrindo


–Hum?


–Sim, dar a sopa à bebê. Posso?


–Pode. – falei, sorrindo.


Ela estendeu os braços sobre a mesa. Me levantei, peguei em Clara que, toda feliz, abanou as perninhas, e a entreguei a Angelique. Depois, lhe dei a sopa e a colher da bebê.


Comecei a comer meu bacalhau que, estava realmente bastante gostoso.


Depois de todos estarmos satisfeitos, os empregados trouxeram as sobremesas.


–Vocês querem nos engordar?! – perguntei, olhando para aquelas coisas deliciosas à minha frente. A galera gargalhou.


– Dul, ela dormiu! – Angelique falou.


Sorri.


–Vou deitar ela. – dei a volta à mesa e peguei em minha bebê. A aninhei em meu braço. – Sophia, Daniel, querem ir cochilar? – perguntei. A resposta deles me surpreendeu.


–Sim!


–Então, venham. – falei, lhe estendendo o braço que não segurava Clara.


Eles saíram dos lugares e vieram até mim.


– Diego, eles vão dormir em meu quarto. – falei. Diego assentiu. Fomos os quatro até meu quarto.


Despi Clara e lhe tirei a presilha do cabelo, a deixando apenas de fralda, e a deitei no berço.


Depois, despi Sophia e fui buscar uma blusinha dela ao meu closet e a vesti, a deixado de blusa e calcinha e, depois, fiz o mesmo a Dani Os deitei, os tapei e dei um beijo na cabeça de cada um.


–Durmam bem, pequenos. Qualquer coisa nos chamem, ‘tá? – eles assentiram. Liguei a babá eletrônica e levei uma das partes comigo.


Fechei a porta e fui até à sala de jantar, onde a conversa rolava solta. Me sentei e coloquei a babá eletrônica ao meu lado.


–Eita, já quase não há docinho aqui para a Candynha! – comentei, me esticando para chegar ao doce.


–Quer ajuda? – a voz rouca de Anahí soou. Me arrepiei.


–Sim, por favor. – pedi.


–Quer aquele? – abanei a cabeça


–Arroz doce, por favor. – ela assentiu e me serviu de arroz doce – Obrigada.


–A escolinha de Daniel está muito cara… estou seriamente pensando mudar ele de escola. – Diego falou, brincando com o copo de vinho.


–Eu posso pagar a escola dele, assim como posso transferir a Sophia e a Clara para instituições melhores – Fernando ofereceu


–Eu não quero, obrigada. Tenho trabalho para me sustentar a mim e às minhas filhas, não quero voltar a ser dependente de alguém. – falei, levando uma colher de arroz à boca.


–Mas, Dul, eu posso pagar!


–Mas eu não quero.


–Dul, eu terei todo o gosto em pagar, ou pelo menos, ajudar a pagar a escolinha e a creche delas!


–Pai, não vamos ter esta conversa outra vez! Eu não quero que paguem a escola e a creche  de minhas filhas! Eu as tive quando não tinha condições, então, eu tenho de as criar e  pagar tudo o que for para elas! Eu mereço isso! Por isso, pai, por favor, acabemos com esta conversa! Não me apetece discutir! – falei, com lágrimas nos olhos.


–É por castigo?! Tudo se resume a castigo?! Você acha que merece castigo por ter…


–Fernando, é melhor acabarmos com a conversa. Se continuarmos, isto não acabará bem. – Blanca interrompeu, tentando acalmar meu pai, enquanto olhava para mim.


Me levantei para ir ao banheiro. Os convidados com certeza me achariam rude e mal-educada.


Olhei para o espelho. Minha maquilhagem estava borrada, por causa das lágrimas que caíram.
Desde sempre que Fernando faz questão de pagar as coisas de Sophia. Babá, Creche, escolinha, fraldas, roupa. E, agora, é a mesma coisa com a Clara. Nós sempre discutimos por causa disso. Eu nunca o deixei pagar essas coisas. Por isso, nos presentes de Natal e Aniversário, ele sempre abusava: comprava muitas roupa e brinquedos para elas. Sinceramente, ainda não percebi qual é o problema de eu querer pagar as coisas das meninas. Eu as fiz. Eu pago. Qual é o problema nisso?


Depois de estar mais calma, limpei as lágrimas, retoquei a maquilhagem e saí do banheiro.


–Me perdoem por minha má educação – pedi, olhando para o arroz doce quase intocado.


Eles assentiram.


A conversa fluiu naturalmente, como se nada tivesse acontecido.


–Mamãe! Já aclodei! – Sophia falou, com o primo ao seu lado. Eles estavam de mãos dadas, apenas de blusa.


–Sim, papai, eu também! – Daniel falou, sorrindo


–Se consegue ver! – Diego falou, sorrindo para o filho.


–Podemos i blicá? – Sophia perguntou


–Na salinha? – Ele completou


–Podem, claro que sim! – meu pai falou


–Tomem cuidado, sim? E, qualquer coisa, gritem! – falei.


Eles assentiram, rolando os olhos e correram para fora das nossas vistas.


–É tão bonito ver dois primos se darem tão bem. Principalmente, sendo de sexos diferentes! – Marichelo Falou falou – A Anahí e o Christian quando eram pequenos, estavam sempre brigando. Isso me dava muita pena, já que eu queria que eles fossem amigos um do outro. – Marichelo lamentou-se


–Já da Maite… bom, a Mai era a mais nova, e, além disso, tem 8 anos de diferença da Anahí, por isso, quando eram crianças também andavam às brigas mais pelo menos sempre foi companheira da Annie. – Henrique completou


Fernando começou a falar da relação dos filhos e das nossas estrapolias, até que foi interrompido pelo choro da Clara, transmitido pela babá eletrônica.


–Eu vou… - informei, me levantando. Eles assentiram. Fui até meu quarto, onde Clara estava fazendo biquinho. – Oi, bebê! – falei, a pegando e desligando a babá eletrônica.


Caminhei até minha cama desfeita e me encostei na cabeceira. Baixei meu vestido, deixando meu seio à mostra para a bebê


–Oh… minha bebê tem fome, tem? – perguntei, a encaminhando até meu seio. Ela sorriu e o abocanhou. Comecei cantando uma canção de ninar, que cantava à Sophia, quando ela tinha a idade da Clara. – Bebê, não morde a mamãe! – falei, afastando um pouquinho sua boca. Os dentinhos de Clara estão quase nascendo, por isso, ela está na fase de morder tudo, incluindo aqui a mamãe.


Minha bebê olhou para mim, mas logo desolhou e continuou mamando. Balancei a cabeça e lhe acariciei seus cabelinhos. Continuei cantando a canção de ninar.


–Ops… me perdoa! – ouvi uma voz rouca. Olhei para a porta de meu quarto. Anahí estava com uma perna, um braço e a cabeça dentro de meu quarto. O resto do corpo estava por fora de meu quarto.


Olhei para meu seio à mostra e minhas pernas cruzadas à índio, que dava para ver minha calcinha, e corei. Anahí, de onde estava, conseguia ver minha calcinha e meu seio.


–Pensava que aqui era o banheiro… - ela comentou, envergonhado. – Me perdoa. – ela pediu, numa voz rouca


–Hum… ok… o banheiro é a última porta deste corredor.


–Não sei se aguento até lá… - ela murmurou, envergonhada.


Sorri.


–Bom, há aqui uma no quarto…


–Posso?


–Pode.


–Obrigada, obrigada, obrigada! – ela correu até à primeira porta que encontrou – Ups… closet! – gargalhei. Clara olhou para mim, como se procurasse o porquê de minha gargalhada. Ela saiu do closet e entrou em meu banheiro – Ok, é aqui. Uff… gostoso… - a ouvi suspirar de alívio.


Quando o seio esquerdo já não tinha leite, a bebê começou a alisar o outro


–Bebê! – exclamei. Ela queria que eu… me despisse. Mas é o que ela precisa. Suspirei e desci a alça de meu vestido. Girei minha bebê e ofereci meu seio. Ela, quando viu meu seio à mostra, o abocanhou. – Credo, bebê, que gana é essa?! Há quanto tempo não comia, hein? – perguntei. Ouvi a descarga do banheiro, depois, a torneira ser ligada, desligada e a porta do banheiro a abrir. Corei, em antecipação.


–Hum… amamentar é muito bom para a bebê. – el comentou


–Eu sei… - nós tínhamos tido essa conversa há horas atrás, na sala de jantar. Porque é que ela me estava dizendo aquilo agora?


–Bom… obrigada pelo banheiro… realmente, não chegaria lá.


–Eu percebi, com seu suspiro. – murmurei.


–Oh… você ouviu?


–Uhum. Clara! – ralhei, quando a bebê, mais uma vez, me mordeu – Mamãe não é um mordedor, ok? Mamãe é a fonte de alimento, mas não um mordedor! – Anahí gargalhou – Não ri! – ordenei, quase me desmanchando a rir. Incrível. Conheci esta mulher hoje e, apenas com suas gargalhadas, me dá vontade de sorrir.


Por fim, minha filha se sentiu satisfeita e apenas utilizava meu seio como chupeta.


A fiz arrotar.


–Eu vou… bom, estou sobrando aqui… obrigada pelo banheiro. – e saiu.


–Constrangedor… - murmurei, arrumando meu vestido.


Depois de estar arrumada, me levantei e procurei uma roupinha para Clara. Um body, apenas. Era um bodyzinho bonitinho. Branco com um cupcake. Mudei a fralda e vesti o body. Aproveitei e substitui meus sapatos de salto-alto por outros sapatos rasos, muito mais confortáveis


~*~


Body: http://g02.a.alicdn.com/kf/HTB1wPgfLFXXXXXAXFXXq6xXFXXXD/Primeiro-Anivers%C3%A1rio-Do-Queque-do-la%C3%A7o-Plissado-Corpo-Babador-Macac%C3%A3o-Bebe-Fille-Vetement-Vestido-de-Ver%C3%A3o.jpg


~*~


–Own… olha para estas perninhas fofas, Clara… Quem é a bebê com as perninhas mais fofas, quem? – perguntei. Ela sorriu – Sim, é a Clara! – levei sua perninha à boca e a mordi de brincadeira, a fazendo gargalhar e balançar as perninhas gordinhas.


Me sentei em meu lugar, com a bebê ao meu lado. Na minha frente, já estava o babador de Clara, assim como sua colher, sua caixinha e sua mamadeira. Olhei para Angelique e sorri, em agradecimento. Ela retribuiu ao sorriso.


–Oi… - Anahí falou, pegando na mãozinha da minha bebê. Clara olhou para ele – Já está satisfeita? – ela perguntou. Olhei para ela e corei. Ela não estava zombando ou tentando ser desagradável comigo ou com Clara. Ela estava apenas sendo simpática e carinhosa. Seu sorriso doce, enquanto brincava com a mãozinha de Clara, dizia tudo.


–Demorou, hein? – Ucker falou


–Ela estava com fome. – falei, olhando para a bebê ao meu colo, que sorria para Anahí


–Dul, posso falar contigo? – Mai perguntou


–Sim, claro… - respondi, um pouco temerosa. Afinal, porque a Maite Perroni quereria falar comigo?


–Posso ficar com ela? – Anahí perguntou.


–Hum… sim. – falei, entregando a bebê a Anahí.


Ela a pegou carinhosamente e a aninhou nos braços. Ela parecia experiente. Será Que tem filhos?


–Se ela precisar mudar a fralda, ou qualquer coisa assim, me chame, ok? – perguntei, me levantando. Ela assentiu.


Ela se levantou. Saímos da sala de jantar


–Deixa-me só ver as crianças – pedi. Ela assentiu


–Mamãe! Olha o que eu fiz! – Sophia exclamou, quando me viu, correndo até mim e me entregando uma folha com três bonequinhos – Sou eu, tu e a Clarinha! – ela falou, apontando para as três bonequinhas coloridas no desenho. Havia uma maior e azul (eu), uma com uma medida intermédia e cor-de-rosa (ela) e uma pequena e roxa (Clara)


–Estamos lindas! – falei, sorrindo. Era um desenho infantil, em que os bonecos eram nada mais que palitos coloridos e tremidos. Mas o significado tornava tudo mais lindo. A bonequinha que representava Clara estava no chão, a meus pés, e Sophia tinha um dos braços ligados à irmã. Estávamos unidas e com enormes sorrisos nas faces.


Sophia sorriu, contente pelo elogio.


–A mamãe vai falar com a Mai, ok? – ela assentiu.


Fui até à sala de estar.


–Pode ser num lugar… mais privado? – ela perguntou.


–Pode. – caminhei até meu quarto.


Quando entrámos, Mai encarou as paredes cor-de-rosa e lilases.


–Não sabia que gostava de cor-de-rosa ou de lilás…


–Já gostei mais, antes de engravidar da Sophia.


Olhei para as paredes. Duas delas eram cor-de-rosa e as outras duas eram lilases. A cabeceira de minha cama estava encostada a uma das paredes lilases. A junção do branco com o lilás ficava bonita. Na parede à esquerda da cama, tinha o berço e todas as cômodas que já haviam sido de Sophia e que, agora, são de Clara. Na parede oposta à qual minha cama estava encostada, estavam duas portas. A do banheiro e a do closet. Na parede em que está a porta, estava a mesinha com as coisas da escola. Na parede, estava um quadro onde colocava as fotografias com os meus amigos, com meus irmãos, com meu namorado, com meus pais. Mas depois, as fotografias que tinha com as pessoas que, afinal, não eram verdadeiros comigo, começaram a ser substituídas por fotografias de mim grávidas, de fotografias da Sophia e do pai da Sophia. Neste quadro haviam poucas fotografias de Clara, já que, quando ela nasceu, eu já estava na minha casa.


Me sentei na cama desfeita.


–O que quer me dizer? – perguntei.


–Queria dizer que, se precisar de um amigo, ou apenas alguém para falar, eu estou aqui.


Sorri.


–Obrigada, Mai. Não sabe quão importante é saber isso.


–E, para que saiba, eu não sou como elas.


Ela parecia preocupada em me fazer perceber que aquela é a realidade.


–Eu sei.


–Sabe? – assenti – Como?


–Você é completamente diferente delas. – ela sorriu, orgulhosa. – É simpática, estudiosa e capaz de amar. Desculpa estar falando mal de tuas amigas, mas elas são antipáticas, egoístas, vadias e desagradáveis.


–É verdade. Elas são isso tudo. – ela murmurou, olhando para as mãos, que estavam unidas, em suas pernas. – Eu não quero ser como elas…


–Oh, Mai, nunca, jamais, será como elas! – eu falei, a abraçando. – Quer dizer… se quiser, pode ser como elas. Mas, se continuar assim, jamais será como elas!


–Promete?


–Prometo.


–E, outra coisa, eu nunca falei mal de ti! – ela falou – E eu não te acho vadia… muito pelo contrário, te admiro muito.


Hein?! Maite Perroni admira a garota que teve um filho aos 15 anos?!


Quando ela viu que eu havia ficado baralhada, ela explicou o porquê de me admirar


–É que… eu me lembro de quando era pequena, e quando meu pai ia trabalhar e minha mãe ficava com a gente, ela precisava sempre de alguém para a ajudar a cozinhar e a tratar da casa. E vc, céus, você faz tudo sozinha: trabalha, vai à escola, cuida das meninas, da casa… mas, acima de tudo, faz o melhor possível de todas as coisas. Na escola é uma das melhores alunas, em casa é uma boa mãe, no trabalho é uma boa trabalhadora… Isso é bastante difícil.


Sorri. Meu trabalho era reconhecido por alguém…


–Não sabe o quanto. – afirmei.


Continuámos abraçadas


–É melhor irmos andando. – falei.


–Sim, é. – ela falou, se levantando e arrumando seu vestido.


Me levantei e também arrumei meu vestido.


Sorrimos uma para a outra e voltámos para a sala de jantar.


Eu conseguia ouvir as gargalhadas de Sophia e Daniel e a televisão ligada. Supus que eles estivessem vendo desenhos. Hoje dá um desenho que a Sophia ama e que via com o primo.


Na sala de jantar, onde a galera ainda estava, Clara ainda estava ao colo de Anahí, se divertindo com a mão dela, a mordendo e tentando tirar seu dedo, puxando-o. Clara parecia confortável, no colo da dona dos lindos olhos verdes. Definitivamente, Anahí tem experiência com bebês e crianças de colo.


O resto da tarde correu bem. A galera ficou lá para jantar. Eu e as meninas voltámos para casa por volta da meia-noite. As únicas coisas que fiz, quando cheguei a casa, foi vestir a Sophia (ou despir, dependendo do ponto de vista), amamentar Clara, lhe vestir outro body e a deitar. Vesti a blusa de meu irmão e me deitei, com Sophia abraçada a mim, já que ela fez questão de dormir comigo.


Enquanto tentava adormecer, uma pergunta me veio à cabeça: Será que os velhos amigos de meu pai serão, agora, nossos novos amigos? Será que Mai vai quer andar comigo?


 


 



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Autor(a): DreamPortinon

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POV DULCE Como todas as manhãs de um dia de aula, o despertador tocou às cinco. Suspirei e abri os olhos. Olhei para a janela. O céu estava cinzento. Bufei. Um dia sem Sol na escola… Me levantei devagarinho. Apesar de ontem me ter deitado relativamente cedo (às 11 da noite), estou morta de sono. Sonhei a noite toda. E o pior de isso tudo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 68



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  • ..Peekena.. Postado em 02/03/2018 - 09:00:35

    Posta mais!!

  • ..Peekena.. Postado em 16/02/2018 - 01:48:40

    Continua some não adoro essa fanfic :D

  • ..Peekena.. Postado em 30/01/2018 - 14:08:04

    Continua

  • ..Peekena.. Postado em 23/01/2018 - 06:42:36

    To amando a fanfic continua .

  • ..Peekena.. Postado em 18/01/2018 - 00:04:39

    Continua

  • ..Peekena.. Postado em 15/01/2018 - 23:15:11

    Continua

  • ..Peekena.. Postado em 09/01/2018 - 20:31:57

    Continua!!! :D

  • livia_thais Postado em 09/01/2018 - 05:43:54

    Continuaaaaa

  • siempreportinon Postado em 08/01/2018 - 18:24:25

    Continua!

  • ..Peekena.. Postado em 07/01/2018 - 21:52:41

    Continua


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