Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

–Sabe, se eu não soubesse que era mãe da Sophi, eu acho que daria o papel à minha irmã. – ela riu.

–Porquê? – perguntei.

–A Sophia é uma autêntica mini-Maite. – ela comentou.

–Oh… Mas isso é bom!

–É… mas vai gastar nosso dinheiro todo. – ela riu de seu próprio comentário.

–Não seja mau! A May é uma boa garota! Se não fosse ela, bom, não estaríamos juntas. Ela, indiretamente, nos ajudou. – murmurei. – E eu gosto bastante dela. Ela não ligou para os comentários maldosos que faziam de mim e se tornou minha amiga, contra tudo e todos. Poucos são os que fazem isso. Por isso, eu não me importo que Sophia seja uma autêntica mini-Maite.

–É… tem razão. Mas a Clarinha vai ser como a mamãe, né, amorzinho? – Anahí perguntou, segurando a mãozinha de Melanie.

Minha caçula desviou sua concentração de meu seio para Any, que a olhava. Ela sorriu.

–Clara, olha o que a mamãe tem para ti, pequena. – falei, a encaminhando novamente para meu seio.

Anahí foi trabalhar logo depois de Clara mamar. Mas antes de sair pela porta de madeira escura, me deu todas as indicações e precauções possíveis.

O resto do dia foi… chato. Anahí não veio almoçar a casa para atender as crianças. Então, fiquei o dia todo sozinha com as meninas. Bom, eu digo que foi chato não por estar com elas, mas por não poder fazer nada. As únicas coisas que fiz foi servir o almoço que, segundo Anahí, Blanca veio trazer ontem à noite quando saiu do hospital, arrumar a cozinha e ficar o resto da tarde em frente à tv.

Eu estava um pouco desconfortável com a calça jeans e aquela blusa. Ficaria melhor com uns shorts e uma blusa qualquer. Bem que eu tentei tirar a roupa, mas doeu muito e desisti. O que significa que teria de esperar que Any chegasse para mudar de roupa e tomar banho.

Às sete e meia, sentei Clara em sua cadeira e dei uma breve ajuda a Sophia. Servi o jantar de ambas e ajudei Clara a comer.

–Cadê a mama? – Sophia perguntou a meio do jantar.

–Ela está trabalhando. – respondi, num suspiro – Ela se atrasou um pouco hoje e vai ficar até mais tarde.

–Ok… Mas eu posso espelá pô ela? – ela perguntou

–Não, querida. Quando forem horas de a senhorita ir dormir, é para ir dormir. A mama, quando chegar, vai ao teu quartinho te dar um beijo, ok?

–Plometes? – ela perguntou

–Prometo, princesa – garanti, sorrindo.

Depois do jantar, liguei a tv num desenho qualquer e fui arrumar a cozinha.

Às nove e meia, deitei Sophia e fui amamentar Clara. Depois de ela estar saciada, a deitei, ligando seu mobile.

Fiquei observando ela adormecer, com as mãos pousadas em seu berço.

No início, ela ficava observando os bichinhos. Mas, depois, seus olhos começaram ficando pesados. Até que ela os fechou. Seus lábios criaram um biquinho fofo.

Sorri e acariciei sua bochecha.

Saí do quarto, desligando as luzes, e entrei no quarto em frente do de Clara. Sophia também já estava dormindo, agarrando seu bichinho.

Elas eram tão lindas…

Voltei para a sala, observando a tv. Estava passando um desenho que eu amava quando era pequena. Ninel me sentava em frente à tv e ia embora não sei para onde, me deixando a tarde toda sozinha, vendo este desenho. Então, quase que fui obrigada a gostar dele.

Alguns minutos depois, ouvi a porta de casa a ser aberta. Olhei para lá. Anahí estava entrando silenciosamente. Ela achava que estávamos dormindo.

–Oi, amor – sussurrei. Ela olhou para mim, meio que assustada. Depois, abriu seu sorriso acolhedor.

–Oi, minha rainha! – ela pousou sua bolsa de médica e veio até mim, me dando um selinho. – Elas dormiram?

–Uhum. As deitei há quase uma hora.

–Ok… Então está na hora das mamães tomarem banho. – ela falou, me ajudando a levantar e desligando a televisão.

Caminhámos até ao banheiro dela, onde ela se despiu e me ajudou a despir.

Anahí colocou um curativo à prova de água sobre meu corte e me pegou ao colo cuidadosamente.

–Eu consigo ir andando. Não sou mais um bebê, sabe? – perguntei, rindo.

–Não é? – ela perguntou – Droga, pensava que era!

Rimos.

–Vai ser sempre meu bebê. – ela falou, meio que manhosa

Anahí me pousou na banheira.

–Dói? – ela perguntou, olhando para o corte.

–Um pouco. – murmurei, olhando para o mesmo lado que ela.

–Pode tomar um remédio para as dores. – Ela lembrou

–Eu sei. – murmurei, me encostando à parede fria. Anahí caminhou até mim e me beijou carinhosamente.

–Já jantou? – ela perguntou, esfregando meus cabelos.

–Uhum. – ronronei. Ela, apesar de estar lavando meus cabelos, parecia que me estava massageando, o que me causava ainda mais sono. Fechei os olhos.

–Não durma aqui, amor. – ela pediu.

–Uhm… - abri os olhos, encontrando os dela me observando fixamente.

Ela acabou de me banhar.

–Quer ajuda? – perguntei.

–Não, querida. Senta aí e espera que eu termine, ok? – assenti e me sentei no fundo da banheira, sentindo a água cair em minhas costas.

–Any? – chamei. – Já jantou?

–Não. Vou jantar depois de dormir.

–Eu espero por ti para dormir. – ela sorriu.

Depois dela tomar banho, me pegou novamente e me ajudou a secar. Vesti um shorts e uma blusa qualquer e me deitei. Any vestiu uma camisola.

–Any? – chamei, quando ela ia a sair do quarto. Ela olhou para mim – Vai dar um beijo na Sophia. – pedi. Ela sorriu e assentiu.

Vinte minutos depois, ela voltou para o quarto e se deitou ao meu lado.

–Dorme bem, amor. – desejei, me aninhando nela.

–Dorme bem, minha rainha. Se precisar, me acorda a meio da noite.

–Ok. Te amo.

–Te amo muito.

E, com estas simples palavras, adormecemos