Fanfic: Minhas Razões De Viver AyD | Tema: Portinon, AyD

Meia hora depois, Anahí já tinha trazido todas as malas para casa.

–É só isto? – ela perguntou, fechando a porta atrás dela.

–Só?! – ela assentiu

–May e minha mãe juntas têm mais roupa que esta. – ela falou, olhando para a dúzia de malas no chão. – Dormiram? – ela perguntou, olhando para minhas filhas. Assenti.

–Sophia estava cansada, ainda cochila à tarde.

Annie pegou a pequena que estava deitada no sofá e nos encaminhou para um dos quartos no corredor.

–Este será o quarto da Sophia. – ela falou, entrando num quarto digno de princesa. Era grande e tinha uma cama de casal coberta com uma colcha rosa. As cores principais do quarto eram rosa e branco. Algumas paredes tinham um papel de parede florido.

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Quarto da Sophia: http://blogs.odiario.com/fabiana-mussi/wp-content/uploads/sites/133/2015/10/1b468df123a707462136e76c54bac823.jpg

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–Oh, Annie. – suspirei – Isto é definitivamente desnecessário. – falei.

–Mas eu queria. Se fazemos as coisas, ao menos fazemos bem. – ela encolheu os ombros. Mas eu percebia que não era apenas aquilo. – E deu uma desculpa para minha irmã ir ao Shopping e para minha mãe decorar. Elas amam isso.

–É… e para a Senhora Doutora Anahí Giovanna Puente Perroni Portilla gastar o dinheiro, não é, senhora?! – perguntei, segurando Clara com um braço e colocando o outro na cintura.

–Exatamente. – ela sorriu torto. Arfei. – Cadê o pijama dela? – ela perguntou

–Eu vou buscar. – falei, me retirando do quarto. Ainda consegui ver Sophia se remexer no colo de dela.

Quando voltei ao quarto, com um pijama na mão e minha bebê na outra, Annie estava sentado na cama, com Sophia no colo. Ela cantarolava alguma coisa doce para ela, enquanto acariciava seus cabelos.

Me encostei na porta, observando aquele ato tão maternal por parte de Annie. Ela, sim, seria um boa mãe, pai sla para minhas filhas.

Deus do céu, Dulce María, o que está para aí pensando?! Mal foi para casa dela e já o quer como mãe das meninas? Elas precisam de um pai não uma mãe!

Minha mente gritava comigo.

–Annie, está aqui o pijama. – interrompi. Ela olhou para mim.

–Ela estava acordando. – ela se explicou

–Não se preocupe. Já é grandinha para dever explicações a alguém. – falei, deitando Clara na cama. Ainda com Sophi no colo dela lhe vesti o pijama.

Annie sorriu, a deitou e a cobriu.

Tirei os cabelos da face de minha filha e lhe beijei o cabelo.

Peguei em Clara e a aninhei em meus braços.

–O quarto dela é este. – ela abriu a porta em frente ao quarto de Sophi. – Não sei se ela já dorme num quartinho dela, por isso, tem também um berço para ela em teu quarto.

–Annie, eu já falei, e repito, que isto é definitivamente desnecessário.

O quartinho para Clara era rosa e branco. E delicado.

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Quarto da Clara: http://meninadeatitude.com.br/wp-content/uploads/2015/03/quarto-de-bebe-feminino-11.png

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–Olha, pedi à minha mãe para pôr uma poltrona para a alimentar. – falou, apontando para uma poltrona Rosa

Sorri para ela

–Isso é muito prestativa. – comentei – Obrigada.

Deixei minha bebê apenas de fralda, a tapei e a deitei.

–Dul! - Annie chamou. Olhei para ela – Quero que saiba que eu sempre estarei aqui. Sempre, mesmo, ok? – assenti – E que pode contar tudo. – assenti, novamente – Me imagina como uma… irmã – ela fez uma espécie de careta – Você conta tudo aos teus irmãos, não é? – balancei a cabeça. – Porquê?

–Bom, meus irmãos, quando se trata de mim… não são as melhores pessoas. Eles se juntam todos numa espécie de gangue e vão até quem me machucou. – falei – Quando eu era pequena, estávamos todos no parquinho, e uma menina começou zoando comigo, porque eu estava toda suja de lama, que nem um garoto, e meus irmãos se juntaram todos e queriam ir bater na menina. Por isso, é melhor não contar pra eles. – encolhi os ombros

–Então, ok, não sou sua irmã. – gargalhei – Sou… uma confidente, uma amiga.

–Ok.

–Ok?

–Ok. Mas é uma amiga daquelas boas, ‘tá? – perguntei. Ela sorriu largamente e me abraçou.

–‘Tá. – nós parecíamos duas crianças, fazendo promessas para toda a vida.

Eu me sentia confortável no abraço dela. Era quente, apertando, aconchegante. Passei meus braços por sua cintura e pousei minha cabeça em seu peito, ouvindo seu coração um tanto acelerado, como o meu. Porque sera?

–Bom, vamos arrumar suas coisas? – Annie perguntou. Assenti, a contra gosto. Tinha de acabar logo? – Ah! Primeiro te apresentar a casa. – saímos do quarto da minha bebê, onde ainda estávamos, e ela entrou no quarto ao lado deste. – Este é o teu.

–Deus do céu, Annie! É lindo! – falei, tapando a boca com as mãos. O quarto era grande (maior que o outro meu) e tinha tons quase neutros: cremes, alguns azul escuro e brancos. Tinha alguns detalhes que o tornavam feminino. Para completar, uma TV de tela plana bem em frente à cama. No lado esquerdo da cama, estava um berço, já com lençóis e aquele protetor para o neném não bater com a cabeça nas grades. Num dos lados do berço, estava um mobile cor de rosa, com borboletinhas.

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Quarto           da       Dul: http://s2.glbimg.com/MkP8ShXGQWux_dGxSRL3cvKXbE4=/smart/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2015/03/11/mostra_quartos_e_etc_29.jpg   

Berço:https://i.pinimg.com/originals/c4/a3/1a/c4a31a6e0411d4b5b5f5688a53def28d.jpg 

–Ah, que amor. – falei, passando as mãos pelo berço. – Acho que estou começando a gostar de Marichelo. Aliás, gostando mais. – corrigi. – Não era preciso tanta coisa. Um berço para Clara e uma cama de casal para mim e Sophi serviria. Vocês gastaram muito dinheiro nisto tudo. Nos três quartos. E nas outras coisas que há, estou certa?

–Muito provavelmente. – Anahí falou, de braços cruzados abaixo dos seios, sorrindo.

Passados alguns segundos, saímos de meu quarto e ela me mostrou a cozinha.

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Cozinha: http://www.ideiasmodernas.com/wp-content/uploads/2011/07/foto-cozinha-amdricana.jpg  ~*~

A cozinha era linda. Também maior que a minha, com tons neutros. Na mesa, estava uma cadeira alta, para bebê. Esta deveria ser uma das outras coisas que, muito provavelmente, haveriam por aí para minhas filhas.

–Cozinha? – perguntei, sem pensar. Annie riu.

–Não. Eu sei cozinhar. Apenas sou preguiçosa demais. – ela falou. Olhei para trás de mim, onde ela estava, de mãos nos cabelos.

–Uma médica preguiçosa? – perguntei. Ela assentiu, sorrindo – Então como come?

–Num restaurante qualquer. – ela deu de ombros.

–Hum…

–E você, cozinha?

–Uhum. Eu gosto muito de cozinhar. – falei, sorrindo

–Gosta? – assenti – Então te vou usar. – ela gargalhou com sua própria piada.

–Oh… usar?

–Uhum. Será minha cozinheira.

–Hum… Mas quero uma coisa em troca – levantei um dedo, sorrindo. Annie prendeu sua respiração – Vai me ajudar nos estudos, quando eu precisar.

–Negócio fechado! – ela apertou minha mão. Senti uma espécie de corrente eléctrica passar em nossas mãos.

–Ok. – sorri para ela. Que retribuiu ao sorriso.

–Vamos arrumar suas  coisas?

–Vamos.

Voltámos para a zona dos quartos.

Algumas horas depois, acabámos de arrumar as coisas. Entretanto, minhas filhas acordaram. Sophia foi ver TV e eu amamentei Clara e a coloquei sentadinha em cima de uma manta no chão, com alguns brinquedinhos. Pedi para Sophi me gritar se acontecesse alguma coisa a Clara. Por vezes, eu ia lá e via as duas sentadas em cima da manta, concentradas na TV.

–Elas são lindas. – Annie falou, me assustando. Já tínhamos arrumado as coisas. Eu fui para a sala, ver de minhas meninas. Mas não me atrevi a me aproximar e estragar aquele momento. Ambas estavam sentadinhas no chão. Clara ainda tremia um pouquinho – tinha começado a se sentar há bem pouco tempo. Sophia tinha um brinquedinho de pelúcia na mão e o abanava no ar. Clara gargalhava, tentando apanhar o brinquedo. Por vezes, elas olhavam para a televisão. Sophia por causa das bonecas (as Winx, umas fadinhas que ela ama) e Clara por causa das cores.

–Pois são. – falei num sussurro, sorrindo

Ficámos mais um tempo as observando. Sophia se divertia, afastando o bonequinho da pequena e a bebê se divertia, tentando o apanhar. Ela se esticava tanto que chegava a cair. Depois, fazia um bico fofo. O bico A La Anna Clara. Sophia, quando via que Clara ia chorar, se levantava e ia sentar a bebê, de novo. Nesses momentos, eu e Annie soltávamos uns Own sincronizados, pelo cuidado de Sophi pela irmã.

Bem que May disse que iriam haver muitos momentos familiares. Como este.

–Vou fazer o jantar. – sussurrei

–Não é preciso. – ela respondeu, no mesmo rom

–Eu não vou levar as meninas a um restaurante! Está frio para elas saírem! – reclamei.

–Não é um restaurante. – ela rolou os olhos. – Vamos jantar na casa de minha mãe. Todos os domingos jantamos lá: eu, meus irmãos, meus cunhados e meus pais. Um jantar de família

–Ah, não, Annie! Eu não vou! Eu não sou da sua família! Não, isso está fora de questão.

–Então eu também não vou. – ela deu de ombros

–Annie, tem que ir. É a sua família. Eles estão contando contigo.

–E contigo.

–Não

–Dul, você passou a ser da família desde que Mai te apresentou a nós. Minha mãe e… - ela não falou o resto, apenas continuou, ignorando o resto do e… – gostou tanto de ti… E, além disso, Mai e Marichelo estão entusiasmadas por vocês ir lá hoje, jantar.

–Isso é um golpe baixo. – falei. Ela sorriu, presunçosa. – Eu vou. Mas só se você for também a todos os jantares de sábado que meu pai e Blanca organizam.

–Ok. – me irritou ela aceitar tão facilmente. Eu preferia que ela negasse, assim como eu fiz, para depois lhe mandar à cara que eu tinha cedido, também.

–A que horas é o jantar? – perguntei.

–Oito e meia. – puxei o pulso de Annie, onde estava um relógio. Eram oito horas certinhas.

Fui até minhas meninas.

–Oi. – falei, me sentando entre elas.

–Oi, mamãe.

Clara se mandou para cima de mim.

–Eia, neném, isso era tudo saudades da mamãe, era? – perguntei a pegando e beijando sua bochecha fofa. Ela gargalhou

–Já me esqueceu, Clara?! Já?! Já num goto de ti! – Sophia falou, cruzando os bracinhos, fazendo um biquinho que escondia um sorriso de diversão.

–Ela gosta mais de mim! – e, num momento extremamente infantil, lhe estendi a língua.

–Num gota não! Eu chou a imã mais velha dela!

–E eu sou a mamãe dela!

–Não, ela gosta mais de mim, porque eu a tiro das discussões entre a mamãe e a irmã bobas. – Annie falou, pegando em Clara e lhe dando um beijo à esquimó.

Momento de família número 3.

Gargalhámos os quatro.

Annie se sentou no sofá atrás de mim, sentando Clara nas suas pernas, de costas para mim.

–Sabe onde vamos jantar hoje, Sophi? – Ela perguntou, olhando para minha primogênita.

–Onde? Onde? Onde? – ela perguntou, entusiasmada.

–Em casa da Marichelo.

–Sério? – seus olhinhos brilharam. Fuzilei E Anahí, que me ignorou

–Uhum!

–Que legal! Mamãe! Mamãe! Vem vesti a mim e à Clarinha! Vamo! Vamo! Yey! – ela guinchou, quando me levantei.

Balancei a cabeça.

–Me dá a Clara. – pedi, estendendo os braços para Annie

–Arruma a pequena que eu arrumo ela. – ela falou.

–Ok. Vamos, Sophi. – falei, pegando em minha pequena, que passou suas pernas por minha cintura e me abraçou possessivamente.