Fanfic: My favorite part | Vondy | Tema: Vondy

Antes que as coisas se acerte, elas precisam se bagunçar.
— Minha parte favorita (Mac Miller).

Meu corpo doía, a noite foi longa. Festa, festa e mais festa. Era a rotina do fim de semana, se divertir e esquecer tudo que aconteceu durante os outros dias. Permaneço deitada, olhando para o teto, enquanto luto para me levantar. Oh, eu odiava a segunda-feira.

Comecei a levantar um pouco meu corpo, sentando-me na cama, eu só queria voltar a dormir. Mas, o trabalho me aguardava. Comecei a me arrumar, colocando uma saia que ia até um pouco abaixo do meu joelho, totalmente colada em meu corpo, uma blusa fina de manga, por dentro da saia e um scarpan preto.

Passei uma maquiagem leve, com um batom rosa claro e soltei meu cabelo, totalmente liso, que ia até minha cintura. Ele era meu bebê. Saí do meu apartamento e fui em direção ao elevador, depois de alguns minutos já estava dentro do meu carro, caminhando em direção a Empresa Arquitetura Fosxyn, minha empresa. Caminhei em direção ao prédio e logo estava em minha sala, sentada enquanto olhava a linda paisagem que eu tinha do parque, lá de cima.

— Senhorita Espinoza? – minha secretária falou pelo interfone.

— Oi. – respondi. – O que houve, Marta?

— O senhor Lyle está aqui. – ela deu uma pausa, como se não quisesse falar aquilo e eu sabia que ela não queria. Eu odiava quando ele vinha me ver, depois de tudo. – Ele está querendo entrar. Posso autorizar? – perguntou.

— Pode, obrigada Marta. – desliguei e logo a porta foi aberta, Pablo veio andando em minha direção, com aquele terno justo em seu corpo, sentou a minha frente e sorriu para mim.

Babaca. Babaca. Babaca.

— Dulce, quero saber quando pretende mudar essa ideia de acabar com tudo. – sorriu.

— Isso não foi uma ideia e eu já te disse que não vamos voltar. Aceite isso, já acabou. Eu vou ter que dizer para não te deixarem subir mais. Pablo, acabou, apenas aceite.

— Querida, sei que é uma fase, você sabe que eu sou o cara para você. Não pode simplesmente romper nosso noivado do nada.

— Tanto posso, como fiz. – suspirei, tinha que trabalhar e ele estava me enchendo. – Pode ir.

Pablo fechou a cara e se levantou, saindo da minha sala. Suspirei aliviada, estava na hora dele aceitar que não íamos voltar. Ele deveria voltar pras festas e debates de sua campanha política e me deixar em paz de uma vez. Maldito seja.

Senti meu celular apitando e o destravei. Mensagem, oras, assim eu não conseguiria trabalhar mesmo.

• Oi amor, acabei de ver que seu ex estava aí, ele precisa parar de te encher o saco, estou me segurando para não bater nele. •

O número era desconhecido e eu simplesmente me arrepiei. Que p/orra é essa?

• Ah, esqueci. Você está uma delícia hoje, como todos os dias, gata. •

Meu corpo inteiro se arrepiou só de ler aquilo e eu passei os olhos pela janela de vidro, procurando alguém mexendo no celular, alguém que pudesse ver o que aconteceu ali, mas nada. Tudo estava calmo, em silêncio e sério.