Fanfics Brasil - Capítulo 13 - Indo às Compras A Canção dos Quatro Ventos - Finalizada

Fanfic: A Canção dos Quatro Ventos - Finalizada | Tema: Vondy - Adaptada


Capítulo: Capítulo 13 - Indo às Compras

301 visualizações Denunciar


 

 

Saíram da taberna na companhia do Mr. Bean, quer dizer, de Fairuz,

afastando-se do cheiro de carne assada e dos sons de conversas. Assim que

se viram envolvidos pela escuridão, o desconfiômetro apitou.

 

– Para onde estamos indo, ô baixinho? – perguntou Marcel.

 

– A diversão que procuram não se encontra por aqui! – respondeu o

sujeito sob o manto. – Precisaremos adentrar o submundo.

 

Blanca, Marcel e Marcos se entreolharam.

 

– Que submundo? – perguntou Marcos – O submundo das drogas?

Da prostituição? Do tráfico de figurinhas da Copa? 

 

Fairuz não respondeu, apenas apertando o passo e entrando em

becos escuros e desertos da cidadezinha. Eileen apertou a mão de Blanca,

buscando confiança.

Marcel hesitou, ficando um pouco para trás.

 

– Não estou gostando disso... – disse ele.

 

– Não temos muita alternativa – sussurrou Blanca. – E se algo

acontecer, estamos em maioria.

 

Fairuz chegou em uma porta de madeira velha e bateu cinco vezes.

Alguém abriu, mas não conseguiram ver. O homenzinho conversou alguma

coisa que eles não foram capazes de ouvir com quem abriu a porta e então

os chamou. Ele entrou e a porta ficou aberta, esperando que eles

passassem.

 

Entraram e lá dentro se depararam com oito homens com caras de

poucos amigos e armados. Eileen pulou no colo de Blanca, agarrando-se ao

seu pescoço.

 

– Acho que a história de sermos a maioria já era... – murmurou

Marcos.Marcel se virou para Fairuz.

 

– Se isso for uma cilada, quero informar que vou te matar primeiro.

 

– Fairuz nos disse que vocês querem comprar escravos...

 

– Isso mesmo.

 

– E vocês podem pagar?

 

– Certamente!

 

Marcel mostrou o saco de moedas, fazendo os olhos dos homens

brilharem. Imediatamente ele percebeu o erro e voltou a guardar a

algibeira, dizendo.

 

– O restante está em lugar seguro, caso vocês tenham o que estamos

procurando.

 

– Vocês sabem que o comércio de escravos é expressamente

proibido em quase todos os reinos daqui, não sabem? – Perguntou um dos

homens, um ruivo de barba e um colar de dentes de gosto duvidoso.

 

– Percebemos.

 

– Para que querem escravos?

 

– Como assim? – se perdeu Marcel.

 

– Para serviço pesado, para experiências ou para as arenas?

 

Os três se entreolharam confusos.

 

– Arenas! – respondeu Marcel, sem saber o que fazer.

 

Os homens se entreolharam.

 

– Homens para arenas custam caro!

 

– Como eu disse, se tiver o homem certo, pagaremos o necessário.

 

O homem que falou primeiro se aproximou. Tinha cabelo bem curto

e roupas de couro. Era alto, mas não muito forte. Estendeu a mão para

Marcel.

 

– Meu nome é Hublot! Vamos fazer negócio!

 

******

 

Foram levados a um outro aposento onde um grande armário estava

repleto de livros, o que era muito estranho considerando que os homens

que estavam ali não pareciam grandes fãs da arte escrita. Tudo se explicou

quando a estante se moveu e revelou uma escada larga que descia rumo à

escuridão.

 

– Vocês sabem que quando isso acontece em filmes de terror é

morte certa, né? – disse Marcos.

 

Cercados, não tinham muita escolha, além de descer e seguir Hublot,

que ia à frente com uma lamparina.

Chegaram a um túnel. Continuaram caminhando. Perceberam que

apenas dois homens os seguiram, indo logo atrás. Ao fim do túnel, uma luz.

 

– Eu não gosto muito de túneis com uma luz no final... – reclamou

Marcos.

 

A luz era um lampião pendurado ao lado de um grosso portão de

ferro trancado. Hublot puxou um enorme molho de chaves e abriu o

cadeado, abrindo o portão que fez um gemido de pesar. Assim que

passaram pelo portão perceberam que do outro lado era uma outra cidade.

 

Havia pessoas, barracas, cheiro de comida e bebida.

 

– Isso aqui parece Os Miseráveis, só que sem a música... – murmurou

Marcos. 

 

Hublot caminhou alguns minutos, cumprimentando um ou outro

que encontrava no caminho. Até que entrou por uma porta de madeira,

depois de falar brevemente com o homem que a guardava. Entraram com

ele e lá dentro viram que era uma espécie de ringue. Homens apinhavam o

lugar, gritando e sacudindo dinheiro nas mãos. No ringue, dois homens se

batiam com porretes.

 

– Aqui é o ringue onde só um sai vivo. Podem escolher entre os

vencedores ou olhar as jaulas dos que entrarão pela primeira vez.

 

No ringue, um homem deu com o porrete na cabeça do outro, que

caiu inerte. Todos comemoraram.

 

– Vamos ver os novatos!

 

Uma rápida olhada nos 16 homens ali presos foi o bastante para três

coisas:

 

1. Perceber que nenhum deles era Espinoza.

2. Terem uma urgente vontade de sair correndo dali.

3. Terem uma urgente vontade de sair correndo dali e chamar a

polícia.

 

Marcel se virou para Hublot.

 

– É só o que você tem?

 

O homem o olhou com um misto de desconfiança e suspeita.

 

– Eu esperava algo mais... mais... mais...mais...

 

Sem saber o que dizer, Marcel esperava algum apoio de seus amigos

idiotas, mas tanto Blanca quanto Marcos estavam atônitos olhando o

ambiente. Hublot continuou esperando ele terminar a frase. Percebendo

que estava perdendo seu disfarce, Marcel virou-se e apontou para o

primeiro sujeito que viu.

 

– Quanto é aquele ali?

 

Hublot olhou, de braços cruzados, e respondeu em tom

monocórdico.

 

– Aquele ali está morto.

 

Só então Marcel percebeu que o homem que ele apontou estava

pendurado e muito morto. Procurou de novo, dessa vez tentando achar um

vivo.

 

– Não, não, aquele outro ali! – tentou consertar Marcel.

Hublot mandou alguém buscar o homem. Ele tinha cabelos longos e

lembrava um jovem apache.

 

– A saúde está perfeita, mas não é muito forte... – disse Hublot. – 150

moedas de ouro.

 

– O quê???! Isso é um roubo! – interrompeu Marcos. – Um frangote

desses? Você acha que nós somos idiotas?

 

Marcel e Blanca não tinham ideia do que Marcos estava fazendo,

mas esperaram pra ver o resultado.

 

– Damos 80 moedas! – declarou Marcos.

 

– Vão embora! – respondeu Hublot, dando-lhes as costas.

 

– Tudo bem, vamos levar nosso dinheiro para outro lugar!

Hublot parou. Voltou até onde eles estavam.

 

– Cento e vinte moedas!

 

– 100 e não falamos mais nisso!

 

Hublot pensou. Então concordou.

 

Marcel pagou pelo homem e Hublot lhe entregou a chave dos

grilhões e um saquinho de frutinhas vermelhas.

 

– Tome, dê isso a ele uma vez por dia e ficará manso como um

gatinho até chegar onde você quer.

 

E então ele se afastou, deixando-os com sua nova aquisição. Marcos

comemorou.

 

– Puxa! Eu nunca tive um escravo antes!!!

 

– Marcos! – ralhou Blanca. – Você sabe que isso é horrível, não sabe?

 

– Sei, mas ainda é empolgante! Qual é o seu nome?

 

O homem respondeu com um olhar duro de poucos amigos.

 

– Hum... – concluiu Marcos. – Acho que ele vai nos matar assim que

tiver chance... Marcel! Qual era o plano?

 

Marcel verificou se ninguém mais estava ouvindo.

 

– Ele estava desconfiado! Tive que fazer uma compra para que não

nos matassem aqui mesmo!

 

Blanca se aproximou do escravo que tinha as mãos e os pés

acorrentados.

 

– Qual o seu nome?

 

O homem hesitou, mas respondeu.

 

– Pé de Vento.

 

– Muito bem, Pé de Vento. Você quer ser um homem livre? E voltar

para sua casa, sua cidade, sua família?

 

Sua expressão mudou, como se ela estivesse falando alguma coisa

impossível.

 

– É o meu maior desejo, senhora.

 

Então Blanca pegou a chave das mãos de Marcel e soltou suas mãos,

entregando-lhe a chave a seguir. Ainda surpreso, ele soltou os grilhões dos

pés.

 

– Você está livre, Pé de Vento. – disse ela. – Mas precisamos da sua

ajuda. Se quiser, pode nos ajudar. Mas como homem livre.

 

Ele olhou surpreso para ela e para Marcos e Marcel. E então saiu

correndo a toda velocidade, desaparecendo na multidão.

 

– Bom... – disse Marcel. – Lá se vão cem moedas de ouro...

 

– É... – concordou Marcos. – Dinheiro na mão é vendaval...

 

 


Compartilhe este capítulo:

Autor(a): vondynatica

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

    No castelo de Frabatto, Dulce, Poncho, Anahí e o mago conversaram sobre seus próximos passos. Agora, tinham posse de informações importantes. Sabiam que Fernando estava com problemas, que Blanca, Marcos, Marcel e Eileen estavam juntos e, aparentemente, bem.    Sabiam que Chris podia voltar a ser o que era, mas n&ati ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • kaillany Postado em 28/01/2017 - 16:41:38

    Amei,PARABÉNS!!!S2

  • kaillany Postado em 21/01/2017 - 17:31:35

    Continua!!!Ta acabando??s2

  • kaillany Postado em 19/01/2017 - 16:58:47

    Continuaa!!!s2

  • kaillany Postado em 10/01/2017 - 14:32:28

    Posta++!!s2

  • kaillany Postado em 07/01/2017 - 18:03:28

    Amando,continua!!!!s2


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais