Fanfics Brasil - Capítulo 14 - Ventanias A Canção dos Quatro Ventos - Finalizada

Fanfic: A Canção dos Quatro Ventos - Finalizada | Tema: Vondy - Adaptada


Capítulo: Capítulo 14 - Ventanias

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No castelo de Frabatto, Dulce, Poncho, Anahí e o mago conversaram

sobre seus próximos passos. Agora, tinham posse de informações

importantes. Sabiam que Fernando estava com problemas, que Blanca,

Marcos, Marcel e Eileen estavam juntos e, aparentemente, bem.

 

 Sabiam que

Chris podia voltar a ser o que era, mas não podia matar ninguém. Só não

sabiam exatamente o que fazer.

 

– Precisamos ajudar meu pai... – pensou Dulce, tentando

estabelecer prioridades.

 

– Sinceramente, Dulce – interrompeu Anahí. – Eu conheço seu pai

e ele se vira muito bem. Acho que precisamos nos concentrar no Chris. Se ele

matar alguém, acabam as chances dele voltar a ser quem era.

 

– E pior! – lembrou Poncho. – Teremos um rei definitivo da Corte

Unseelil e nada poderá deter uma guerra que afetará todo o reino.

 

Dulce se virou na direção de Frabatto, como que procurando por

uma resposta.

 

– Pense no que é mais importante agora, minha amiga. Mas afaste o

medo.

 

Dulce respirou fundo e pensou por um momento. Abriu os olhos

com uma decisão.

 

– Vocês têm razão – disse ela. – Chris é a prioridade.

 

– Como o encontraremos? – perguntou Poncho.

 

– Nas cercanias da Colina dos Amores Perfeitos – respondeu Anahí.

 

– É onde ele está atacando.

 

– Puxa! Que ótimo! – riu Dulce. – Vamos voltar para a boca do leão!

Temos que voltar para o reino de Manuel!

 

As janelas estremeceram e um assobio foi ouvido. Logo depois, uma

janela se abriu violentamente e Frabatto se levantou para fechá-la. Ele ficou

observando as árvores se revoltando lá fora enquanto nuvens escuras se

aproximavam. Os jovens chegaram perto, olhando o retrato da tempestade

que se aproximava.

 

– Isso vai nos atrasar... – disse Poncho.

 

Frabatto tinha um ar sério, coisa rara no mago bonachão.

 

– São os ventos no norte... – murmurou ele.

 

– O que isso significa?

 

O vento espatifou uma janela e um galho de árvore se partiu com a

violência, O mago deu um longo suspiro, observando folhas e pássaros

sendo levados pelos redemoinhos.

 

– Considerando a violência da ventania, nada de bom...

 

*****

Blanca, Marcos e Marcel caminhavam naquele estranho submundo

buscando informações sobre um feiticeiro da lua negra que teria sido

vendido como escravo. Apesar de não ter ligado para o escravo que fugiu,

Marcel começava a se preocupar com o fim do dinheiro que Oisin lhe dera.

 

– Restam menos de 30 moedas – disse.

 

– Ainda temos as pepitas de ouro que achamos na casa incendiada –

lembrou Marcos, segurando Eileen pela mão.

 

Marcel concordou com a cabeça e viu que Blanca conversava com

um homem que lhe apontou uma direção. Logo depois, ela voltou com a

primeira informação relevante.

 

– Aquele homem disse que um feiticeiro da lua negra foi vendido há

dois dias aqui.

 

– Ele sabe quem o comprou?

 

– Sabe, um tal de Klaus. Os homens dele o levaram.

 

– Pra onde? – perguntou Marcos.

 

– Meu dinheiro acabou e a memória dele também.

 

Marcel deu suas moedas para Blanca e ela voltou ao homem.

Minutos depois, ela voltou, o rosto apreensivo.

 

– Eu sei para onde o levaram. Eles o levaram para as arenas.

 

Eileen chamava a atenção. Não era um lugar para uma menina fada,

ou uma fada menina, fosse lá o que ela fosse. Olhos de más intenções

começavam a recair sobre eles. Pessoas que tinham algum cuidado com

uma fadinha daquelas eram tidas como fracas, tolas ou ingênuas, e esse tipo

de pessoa era sempre uma boa presa. Marcel foi o primeiro a sentir os

pelos da nuca se eriçarem.

 

– Blanca já tem as direções. Melhor sairmos daqui. Não é um lugar

seguro.

 

Ninguém argumentou. Começaram a procurar a saída daquele lugar,

até que perceberam que estavam sendo seguidos. Apertaram o passo.

 

Tentavam voltar por onde vieram, mas já não tinham certeza se estavam na

direção certa. O lugar era enorme.

 

Viraram à direita onde não deviam e se viram num beco sem saída,

repleto de poças de sei lá o quê, e paredes de pedras escorregadias. Atrás

deles, seis homens tão cheios de más intenções que transparecia em seus

olhos. Um deles puxou uma corrente, o outro puxou uma faca.

 

– Vão passando todo o dinheiro e talvez nós os matemos rápido... –

disse o homem da faca, um sujeito de rosto sujo e alguns dentes negros.

 

Blanca imediatamente passou Eileen para trás, mandando-a se

esconder. A fadinha já conhecia essa rotina que Fernando lhe ensinara e logo

achou um cantinho atrás de uma caixa velha abandonada e se abaixou. Com

a menina fora do caminho, os três puxaram suas espadas.

 

– São apenas seis! – disse Marcos. – Vai ser mole!

 

Ao vê-los armados, o cara da faca gritou para trás:

 

– Eles têm espadas!

 

E então mais cinco homens armados surgiram.

 

– Droga... – resmungou Marcos.

 

– Há alguma forma de conversarmos sobre isso? – perguntou

 

Marcel, que começava a ficar preocupado.

 

Um chicote estalou perto de seu pé, o que o fez saltar. Os homens

avançaram para cima deles e a luta começou. Blanca feriu dois homens,

mas uma corrente se enrolou em sua espada, desarmando-a. Um chicote fez

o mesmo com a espada de Marcos. Marcel usou sua espada para cortar o

chicote que agora prendia o braço de Marcos, conseguindo libertar o amigo,

mas um grito o fez parar. Blanca tinha uma faca no pescoço. Marcel

paralisou.

 

Era óbvio que se ele largasse a espada, não haveria chance para

nenhum deles. No entanto, se não largasse, o que aconteceria com Blanca?

 

De repente, o homem que segurava Blanca arregalou os olhos como

se tivesse visto algo assombroso. E provavelmente viu. Blanca sentiu que a

pressão em seu pescoço cedera e logo depois, o homem que a segurava caiu

morto no chão com uma faca nas costas. Sem pensar muito, ela pegou a

espada que tinha caído e correu para perto dos outros, ao mesmo tempo

em que uma confusão se formara no meio de seus agressores.

 

– O que é isso? – perguntou Marcos, que, como os outros, não

conseguia entender o que estava acontecendo.

 

Um furacão do tamanho de uma pessoa passava pelos homens e

então eles caíam. Alguns feridos, alguns mortos. Estavam no subsolo. Não

poderia ter um furacão de verdade. Em questão de segundos, seus inimigos

estavam fora de ação. Alguns fugiram, outros ficaram pelo chão mesmo. E

então, o furacão parou e surgiu a figura de um homem.

 

– Pé de Vento???

 

O jovem se aproximou.

 

– Eu lhes devo minha liberdade – disse ele. – E não gosto de dever

nada a ninguém. A dívida está paga!

 

– Não está não! – Marcel se adiantou.

 

Pé de Vento franziu o cenho. Como não? Não tinha acabado de salvar

a vida deles?

 

– Eu salvei suas vidas!

 

– Nós estávamos indo muito bem, obrigado! – retrucou Marcel. – Se

quer mesmo pagar a dívida, nos ajude a encontrar uma pessoa, um escravo

como você já foi.

 

Pé de Vento pensou um pouco. Então concordou com a cabeça.

 

– Ele foi levado por um homem chamado Klaus para as arenas –

explicou Marcos, na esperança de que Pé de Vento soubesse ao menos uma

direção.–

Isso não significa nada para mim – respondeu Pé de Vento,

acabando com as esperanças de Marcos.

 

– Você sabe como sair daqui? – Perguntou Blanca, pegando Eileen

no colo novamente.

 

O homem anuiu com a cabeça e correu, sendo imediatamente

seguido pelos outros.

 

*****

A ventania não trouxe chuva ou tempestade. Apenas um momento

de destruição e caos na natureza lá fora. Logo, as nuvens se dissiparam e o

vento parou, voltando tudo a ser como antes. Mesmo assim, já era tarde e

logo iria escurecer. Frabatto aconselhou-os a passarem a noite ali, pois a

noite no mundo das fadas era perigosa e inesperada. O encontro com o

Kelpie, o cavalo dos infernos, avivou a memória de Dulce sobre os perigos

da noite e decidiram partir somente pela manhã.

 

Dulce dividiu a cama com Anahí no antigo quarto que dividira

com Chris da primeira vez em que estiveram ali.

 

– Esse lugar é incrível! – disse Anahí. – Frabatto é incrível!

 

– Sim, ele é – concordou Dulce.

 

Ficaram em silêncio por alguns segundos, olhando o teto.

 

– Você se lembra quando fazíamos isso na minha casa? – perguntou

Dulce.

 

Anahí sorriu.

 

– Nós víamos filmes de terror e sua mãe fazia pipoca quentinha com

manteiga pra gente!...

 

– E depois nós íamos dormir com medo e deixávamos a luz acesa! –

riu Dulce.

 

– E aí ainda ficávamos falando de histórias de fantasmas, ficando

com mais medo ainda!

 

Elas riram, imaginando que isso nem fazia tanto tempo assim.

 

– Agora nós enfrentamos castelos assombrados ao vivo... –

comentou Anahí.

 

Elas riram e suspiraram. A Lua iluminava o quarto e podiam sentir o

calor uma da outra.

 

– Estou com medo, Anahí... – confessou Dulce.

 

A amiga a olhou com surpresa.

 

– Você? Você não tem medo de nada!

 

Dulce a olhou longamente mostrando sua vulnerabilidade.

 

– Mas estou. Frabatto me fez ver que estava sendo consumida pelo

medo. Me desculpe se fui ríspida ou bruta nos últimos dias. Você tem sido

uma boa amiga e não tem culpa do que aconteceu com Chris. Mas o medo me

transformou em outra pessoa. Uma pessoa pior.

 

Anahí abraçou a amiga.

 

– Não pense nisso agora. Estamos aqui e estamos seguras. Vai ficar

tudo bem...

 

Cansadas, adormeceram. Na manhã seguinte, acordaram cedo e

tomaram café. Frabatto lhes deu alimentos para a longa viagem, assim

como um mapa.

 

 Nem podiam acreditar que estavam tristes em deixar um

lugar que quase os matou de medo, embora fosse quase impossível associar

o atual castelo de Frabatto, com jardins floridos e árvores frondosas, ao

lugar em ruínas cercado por lápides e seres monstruosos. De qualquer

forma, estava na hora de se despedirem.

 

– Alguma chance de você vir conosco? – perguntou Dulce, achando

que valia a pena a tentativa.

 

Frabatto deu sua risada gostosa.

 

– Outros assuntos me prendem aqui, meus amigos, mas sei que

estarão bem e cumprirão sua missão com esmero.

 

Ela o abraçou carinhosamente, sendo abraçada de volta.

 

– Obrigada, meu amigo... – disse ela.

 

– Não tem de que. E não se esqueça: não tenha medo.

 

E assim eles partiram, retomando o caminho para a Colina dos

Amores Perfeitos, onde esperavam encontrar um troll zangado e tentar não

esbarrar em um elfo traiçoeiro ou qualquer um de seus soldados.

 

 


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Autor(a): vondynatica

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • kaillany Postado em 28/01/2017 - 16:41:38

    Amei,PARABÉNS!!!S2

  • kaillany Postado em 21/01/2017 - 17:31:35

    Continua!!!Ta acabando??s2

  • kaillany Postado em 19/01/2017 - 16:58:47

    Continuaa!!!s2

  • kaillany Postado em 10/01/2017 - 14:32:28

    Posta++!!s2

  • kaillany Postado em 07/01/2017 - 18:03:28

    Amando,continua!!!!s2


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