Fanfics Brasil - Capítulo 18 - Caminhos separados A Canção dos Quatro Ventos - Finalizada

Fanfic: A Canção dos Quatro Ventos - Finalizada | Tema: Vondy - Adaptada


Capítulo: Capítulo 18 - Caminhos separados

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Dulce não podia acreditar que Eileen tinha partido. Precisou se

controlar, pois além de odiar que a vissem chorando, não podia desabar.

Isso tiraria a confiança dos outros, até mesmo de seu pai. Ela podia sentir

que ele se culpava pelo que acontecera.

 

Então, ela se levantou, secou as lágrimas, respirou fundo e voltou

para o jogo.

Fernando explicou que tinha fugido e voltado para pegar um mapa,

pois estava totalmente perdido.

 

– Eu acho melhor não voltar lá não... – disse Poncho.

 

Eles explicaram que trolls os atacaram e os mercadores de escravos

estavam soltos. Além do mais, eles tinham um mapa. Fernando ainda parecia

meio atordoado, não sabiam se pela notícia que acabara de dar ou por tudo

que passara.

 

– Eu tentei sair daqui, mas não consegui! – explicou. – O caminho

ficava mudando, tentei por horas!

 

– Eu sei o que é isso! – disse Dulce, começando a procurar alguma

coisa pelo chão.

 

Ela deu alguns passos onde estavam até que viu uma coisa se mover.

Apanhou a moita e mostrou um duende de dentes afiados se debater. Em

suas costas, a moita que fazia parte de seu disfarce. Dulce o jogou longe.

 

– Pronto! É um stray Sod. Quando pisamos nele, libera um tipo de

encantamento e nos dá a direção do duende.

 

– Nos dá o quê? – perguntou Fernando.

 

– A direção do duende! Ele nos deixa perdidos, mesmo num lugar

conhecido. Perdemos horas da outra vez que encontramos com um desses!

 

– Geralmente, teríamos que colocar a roupa do avesso para achar o

caminho certo de novo – explicou Poncho. – Mas, nesse caso, só Fernando 

está

enfeitiçado. Ele pode simplesmente nos acompanhar.

 

– Ótimo – disse Fernando, ávido para sair dali. – Eu tenho um cavalo, as

meninas podem ir nele e nós vamos a pé.

 

– Que cavalo? – perguntou Anahí.

 

Fernando olhou em volta, atônito.

 

– Ah, droga!... Perdi o cavalo!

 

E assim, sem cavalo, mas juntos, eles se puseram a andar enquanto

traçavam planos. Fernando contou à Dulce que Marcel estava com eles e

Dulce lhe disse que vira isso no espelho de Frabatto. Marcel, inclusive, foi

o motivo de Dulce não ter observado melhor a imagem no espelho. 

 

Ela não

se deu conta disso, mas ficou tão surpresa vendo seu tio Marcel que não

percebeu que Eileen estava sob o manto de Blanca, abraçadinha em seu

pescoço. Se ela tivesse percebido isso, teria tirado um grande peso do seu

coração e do coração de Fernando. Mas ela não sabia. Ao menos Fernando ficou

aliviado de saber que a esposa e os amigos estavam bem, embora não

tivesse a menor ideia de onde.

 

– E o que vamos fazer agora? – perguntou Poncho, enquanto

caminhavam. – Seguimos com o plano de achar Chris?

 

– Ah, é! – lembrou-se Fernando. – E Chris? Onde está ele?

 

Depois de ter explicado quem era Frabatto e como ela podia ver as

coisas nos espelhos wi-fi dele, Dulce teve que explicar o que aconteceu

com Chris e como ele se transformou num troll. Fernando parou de andar para

entender melhor.

 

– Como assim? – perguntou, sem entender.

 

– Aparentemente, a tortura na prisão despertou o pior dele e ele se

transformou num troll.

 

– Isso não faz nenhum sentido! – argumentou Fernando.

 

Dulce se lembrou também que seu pai não sabia das vidas passadas

de Chris. Então ela explicou isso também. Foi uma confidência de Chris num

momento de dor e vulnerabilidade, mas ela achou que, àquela altura do

campeonato, ele não se importaria.

 

– Ele era um troll que um dia ajudou um humano raptado pela Corte

Unseelil, da qual o pai dele era o rei. O humano escapou, mas ele foi

severamente punido pelos trolls, incluindo o pai e o irmão. Então, um dia,

ele foi resgatado e passou um tempão trabalhando nas esferas superiores

como um elemental de Derrick.

 

– O anjo?! – surpreendeu-se Fernando.

 

– O próprio! – continuou Dulce, feliz de contar a história e tirar a

perda de Eileen da cabeça. – Então, um dia, ele foi promovido e virou um

anjo. Eu fui sua primeira missão!

 

– Nossa... – murmurou Fernando, que nem imaginava que ia viver para

ver aquilo tudo.

 

– Nós descobrimos uma maneira de tirá-lo desse estado trollesco –

disse Anahí. – E é por isso que estamos indo atrás dele agora!

 

Fernando estancou.

 

– Como é?

 

– Precisamos encontrá-lo antes que ele mate alguém! – explicou

 

Dulce, mas as palavras não saíram exatamente como ela esperava.

 

– Dulce, eu sinto muito, mas Chris agora é perigoso! – disse Fernando. –

Ele não é mais o rapaz que você conheceu. Ele é outra coisa agora! Você não

pode correr na direção da boca do leão!

 

– Pai, ele ainda é o Chris! Ele só não lembra! E se ele matar alguém

será tarde demais!

 

– O fato dele poder matar alguém é que me preocupa, Dulce! Ele

pode matar vocês três! Você não vai atrás dele!

 

A discussão entre pai e filha começava a alcançar tons de voz mais

altos, deixando Anahí e Poncho como uma plateia atônita e muda.

 

– Não posso abandoná-lo!!! – disse Dulce, sacudindo os braços. –

Nós podemos ajudá-lo e é o que vamos fazer!

 

– Não vão não! – gritou Fernando. – Vocês vão comigo! Acharemos

 

Blanca e os outros e sairemos desse pesadelo!

 

Ele agarrou o braço da filha, que tirou com fúria.

 

– E se fosse eu? – gritou Dulce. – Você me deixaria para trás assim?

 

Fernando parou. Por alguns instantes, só houve silêncio.

 

– Não... – respondeu ele enfim, com uma voz mais Ponchoda. – Claro

que não.

 

– Então? – perguntou Dulce, a voz um pouco trêmula. – Vai nos

ajudar?

 

Fernando suspirou fundo. Sabia que Blanca, Marcos e Marcel estavam

atrás dele naquele exato minuto. Sabia também que Dulce não existiria se

esses três tivessem preferido seguir suas vidas e não tivessem colocado a

vida de um estranho e o senso de justiça acima de suas necessidades. E ele

não era muito diferente de um troll naquela época. Marcos e Marcel não

teriam feito o que fizeram, incendiar uma cidade num resgate suicida, se

não tivesse sido por Blanca. 

 

Dulce tinha a quem puxar afinal. Se Blanca

não tivesse visto algo além nele, ele não estaria ali. Como poderia condenar

a atitude da filha?

 

– Para que direção temos que ir? – perguntou.

Poncho pegou o mapa e tentaram se localizar mais uma vez.

 

*****

 

Blanca acordou pela manhã ouvindo risadas infantis. Em seu sonho,

via Dulce ainda pequena, rindo com bolhas que surgiam na banheirinha.

 

Conforme a consciência se assentou, percebeu que as risadas eram de

Eileen. Ela estava sentada na entrada, onde o sol a banhava, ao lado de Pé

de Vento. Ele criava pequenos redemoinhos de pétalas de flores na palma

da mão e a menina se divertia. Blanca observou a cena com um sorriso.

 

Nunca pensara em ter mais filhos, mas agora sentia falta daquela risada em

casa. Logo, Dulce sairia de casa e abriria suas asas para sua vida, e ela

sabia disso. Logo, estariam ela e Grandier sozinhos de novo, embora nunca

estivessem de fato sozinhos e tinham energia e vigor o bastante para

encher seus dias de aventuras e atividades. 

 

E Fernando tinha planos. Ele

estava ansioso por conhecer o mundo, viajar e pisar novamente em sua

velha França, sua terra natal. Certamente ele não ia querer se prender

novamente em casa com uma criança. Eileen riu de novo.

 

– Eu viveria isso de novo... – murmurou Blanca, pensando em como

seria ter uma criança em sua vida mais uma vez e esquecendo em um

segundo todos os contras.

 

– Viveria o quê? – balbuciou Marcos, acordando cheio de feno no

rosto e no cabelo desgrenhado.

 

Marcel surgiu na porta com algo embrulhado em um tecido.

 

– Bom dia, alegria! – Vamos acordar porque o pássaro que primeiro

levanta, pega a minhoca!

 

Ele deu um pão quentinho para Eileen e um para Pé de Vento,

enquanto Marcos reclamava.

 

– Isso lá é uma frase de inspiração para começar um dia? Estamos

no mundo das fadas, Marcel! Seja mais poético! Quem quer comer uma

minhoca de manhã?

 

– Não enche ou como seu pão e você terá que caçar minhocas lá fora!

– ameaçou Marcel.

 

Todos ganharam um pão quentinho e o comeram com alegria.

 

– Onde conseguiu isso? – perguntou Blanca.

 

– O pessoal da fazendinha! Eu dei algumas moedas para eles pela

nossa estadia involuntária e eles ficaram tão felizes que me deram esses

pães!

 

Eileen se aproximou deles para terminar o pão e Pé de Vento

terminou o seu onde estava.

 

– Muito bem, qual o próximo passo? – perguntou Marcos.

 

– Precisamos achar o tal de Klaus... – disse Marcel.

 

Pé de Vento se levantou ao ouvir o nome.

 

– Klaus?

 

Os outros olharam para eles esperançosos.

 

– Você o conhece?

 

– Não, nunca o vi. – respondeu Pé de Vento. – Mas todos o conhecem.

É o principal mercador das arenas. Ele compra escravos para lutas de vida

ou morte.

 

Houve um silêncio.

 

– Isso não parece bom... – disse Marcos.

 

– Ao menos Fernando sabe lutar... – tentou amenizar Marcel.

 

Blanca ficou em silêncio. Marcos tinha razão. Aquilo não parecia

nada bom...  

 

 


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Autor(a): vondynatica

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • kaillany Postado em 28/01/2017 - 16:41:38

    Amei,PARABÉNS!!!S2

  • kaillany Postado em 21/01/2017 - 17:31:35

    Continua!!!Ta acabando??s2

  • kaillany Postado em 19/01/2017 - 16:58:47

    Continuaa!!!s2

  • kaillany Postado em 10/01/2017 - 14:32:28

    Posta++!!s2

  • kaillany Postado em 07/01/2017 - 18:03:28

    Amando,continua!!!!s2


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