Fanfic: A Canção dos Quatro Ventos - Finalizada | Tema: Vondy - Adaptada
Anahí e Poncho foram devidamente escoltados até o palácio, onde o
rei em pessoa quis vê-los. Foram levados até sua presença real, onde seu
filho, o príncipe também estava.
– Vocês sabem do paradeiro da princesa Maeve e do traidor que a
raptou?
Poncho e Anahí imediatamente se olharam, vendo que não era bem
essa a história.
– Não, senhor! – respondeu Anahí. – Nós não fazemos a menor
ideia!
– Mentirosos!!! – gritou o rei, batendo no braço do trono. – Vocês
sabem de alguma coisa! Provavelmente até os ajudaram!
O capitão da guarda falou que estavam no encalço da princesa
quando os encontraram, o que só piorou sua situação. O rei perguntou de
novo e como não houvesse resposta, mandou que os jogassem no calabouço
até que refrescassem suas memórias.
Assim que foram jogados na cela escura, Poncho disparou:
– Eu falei que isso não ia dar certo!
Anahí não disse nada. Deu uma volta pela cela, onde só havia feno
no chão. Na parede de frente para a cela havia uma pequena janela com
grades por onde a luz da lua passava.
– Temos que contar ao rei a verdade – disse Poncho.
– Não podemos! – virou-se Anahí.
– E o que vamos fazer? Apodrecer aqui?
– Não, precisamos levar o pó do espelho das almas para Dulce,
salvar Chris, impedir uma guerra e achar a família dela. Temos muita coisa
para fazer ainda.
– E o que você sugere?
– Calma! Estou pensando!
Anahí andou pela cela de novo.
– Pare de olhar pra mim! – reclamou.
– O quê?
– Não consigo pensar com você olhando para mim desse jeito! É
muita pressão!
Poncho jogou os braços para o ar e virou-se para a parede. Anahí
começou a andar de novo. Ela andou de novo e de novo, e deu muitas e
muitas voltas na pequena cela, até que finalmente disse:
– Tive uma ideia... – Você tem razão! Vamos contar a verdade ao rei!
****
A noite não foi bem dormida, pois tudo o que pensavam era em sair
daquela cabana assombrada. Assim que o primeiro raio de sol surgiu, eles
levantaram acampamento e saíram dali a galope, sem exagero.
Mais à frente, diminuíram a velocidade e voltaram ao trote normal
para não exaurir os cavalos. Blanca ia em seu cavalo com Eileen, pensando
sobre os perigos daquele lugar. Esperava que Dulce soubesse se virar.
– Parece preocupada.
Ela olhou para o lado e viu Pé de Vento. Era um rapaz muito bonito,
com cabelos compridos e rosto angulado que lembrava muito um índio
americano. Marcos e Marcel iam mais a frente, conversando entre si sobre
algo relacionado à diferença entre biscoito e bolacha.
– Você parece um índio apache – respondeu ela.
Ele riu.
– É isso que a preocupa?
E foi a vez dela de rir.
– Não, não é isso que me preocupa. É que este lugar tem tantos
perigos!... Estou preocupada com a minha filha. Ela está por aí sozinha. Ela
e o meu futuro genro.
Pé de Vento já tinha ouvido a história em várias partes de Marcos,
Marcel e até mesmo de Eileen. Ele sabia quem era Dulce, Chris e da aventura
pregressa deles.
– Pelo que eu ouvi, sua filha e seu futuro genro se viram muitíssimo
bem – respondeu ele.
Blanca foi obrigada a concordar. Não tiveram tempo de ouvir toda a
aventura de Dulce, mas pelo pouco que ela falou, ela passara por muita
coisa e conseguira voltar em um só pedaço.
– Confie um pouco mais nela – aconselhou Pé de Vento. – Afinal,
preocupar-se não vai ajudar em nada.
– Tem razão. Vamos falar de outra coisa. Qual a sua história?
O rapaz a olhou surpreso.
– Bom, eu nasci, eu cresci e agora estou aqui!
– Você é bom em resumir coisas, mas tenho certeza de que tem bem
mais para contar!
Pé de Vento abriu um belo sorriso e então contou sua história.
Quando criança, ele gostava de correr e brincar nos bosques. Sua
mãe não tinha problemas com isso, mas não permitia que ele chegasse
perto do riacho.
Ela dizia que uma donzela iria buscar seu filho e levá-lo
para longe. Emenik, no auge dos seus 12 anos, não acreditava muito nisso,
mas para não perturbar a mãe, que afinal era uma mulher muito boa,
mantinha sua promessa de não se aproximar do riacho.
Ele gostava de ajudar pequenos animais. Felizmente, não havia no
Reino das Fadas coisas horríveis como armadilhas e os animais viviam
livres. Mas às vezes se feriam, caíam em algum buraco, ou ficavam presos
em algum emaranhado de cipós. Um dia, Emenik ajudou um pássaro
colorido que tinha ficado preso num espinheiro. Ele o tirou de lá e o levou
para casa. Cuidou de suas feridas com a ajuda da mãe, até que o pássaro
ficasse bom e pudesse voar.
Ele o levou para fora e o soltou.
A vida seguiu e quando Emenik fez 17 anos, finalmente quebrou sua
promessa. Estava muito calor e ele achou que não teria problemas em dar
um simples mergulho no riacho. E assim ele o fez. Nos primeiros
momentos, tudo foi festa. O sol estava lindo e a água estava fresca e ele
lamentou não ter feito isso antes pelo medo bobo de sua mãe. Ele
mergulhou e quando voltou, havia uma donzela com ele.
Ela era linda e
sorria. Ele começou a conversar com ela. Queria saber quem ela era, o que
fazia ali, onde vivia. Ela disse que lhe contaria tudo se ele fosse com ela.
Ele não entendeu. Então ela o pegou pelo braço e o puxou para
baixo. Ele se lembrou imediatamente das recomendações da mãe e se
debateu. Soltou a mão dela e voltou para a superfície. Mas a ninfa voltou e
tentou puxá-lo para baixo. A luta estava ferrenha, mas ele estava perdendo.
Até que conseguiu se agarrar a uma pedra.
Nessa pedra havia um pássaro. O mesmo pássaro que ele ajudara
anos antes. E o pássaro virou uma mulher pequena com asas, com as
mesmas cores dele.
– Ouça, menino, você salvou minha vida – disse ela. – E estou aqui
para agradecer.
– Tá, de nada!
E a sereia o puxou novamente para baixo. Nova luta e mais uma vez
ele conseguiu escapar de seus braços e se agarrar novamente na pedra.
– Como eu ia dizendo... – continuou a mulher passarinho. – Vim aqui
para lhe dar meu presente!
A ninfa saltou em cima do garoto.
– Socorro! – gritou o rapaz.
– Tome! Eis o meu presente por ter salvo a minha vida! – disse a
mulher passarinho, soprando na direção do rapaz um encanto.
Emenik então sentiu algo diferente. Ele se virou e virou um tufão. A
água se agitou e afastou a ninfa, que nadou para longe assustada. Ele se
ergueu acima da água e percebeu que tinha virado um vento nervoso,
girando em espiral contínua. Assustado, ele parou, e caiu na água com
grande barulho.
O pássaro voou sobre sua cabeça.
– Estamos quites agora!
– E foi assim que Emenik virou Pé de Vento! – terminou ele.
A essa altura, Marcel e Marcos também estavam prestando atenção.
– Nossa! Que história legal! – Marcos pegou um caderninho e uma
caneta e começou a anotar algo.
– O que está fazendo? – perguntou Marcel.
– Anotando as coisas incríveis deste mundo! Quando sair daqui, vou
escrever um roteiro! Ou um livro! Ou os dois!
Marcel meneou a cabeça com mais um dos planos para enriquecer
de Marcos.
– E como você foi parar no mercado de escravos? – perguntou
Marcel.
– Ah... Essa história não é tão bonita... – disse Pé de Vento, que agora
sabiam se chamar Emenik.
Eu estava longe de casa, levando milho para vender na cidade
vizinha. Me emboscaram e quando vi, estava a caminho do mercado de
escravos.
Pé de Vento explicou que a escravidão não era uma prática tão
incomum no Reino das Fadas, mas estava crescendo. Se antes ficava restrita
a certas regiões mais dominadas por trolls e goblins de má índole, agora
acontecia em qualquer lugar.
Com a conversa, nem perceberam quando chegaram a uma pequena
cidade, onde poderiam comprar provisões para o restante da viagem, o que
fizeram rapidamente. Comeram um pouco e seguiram viagem, rumo ao que
chamavam de Cidade Obscura, onde havia ao menos três arenas, sendo
uma a maior. Era onde Pé de Vento achou que Fernando estaria. E os outros
acreditavam que era uma boa aposta.
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Autor(a): vondynatica
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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kaillany Postado em 28/01/2017 - 16:41:38
Amei,PARABÉNS!!!S2
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kaillany Postado em 21/01/2017 - 17:31:35
Continua!!!Ta acabando??s2
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kaillany Postado em 19/01/2017 - 16:58:47
Continuaa!!!s2
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kaillany Postado em 10/01/2017 - 14:32:28
Posta++!!s2
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kaillany Postado em 07/01/2017 - 18:03:28
Amando,continua!!!!s2