Fanfic: Os Protetores da Ordem | Tema: É uma fanfic original, espero que gostem!(:

Era uma noite fria com chuva forte na cidade do Rio de Janeiro, quando as três crianças do bairro periférico de Santa Cruz se reuniram numa casinha de madeira perto do terraço da casa de Cauã.

Cauã era uma das três crianças. Ele era negro, tinha o cabelo crespo, olhos marrons e apesar da pouca idade, já demonstrava o físico forte como de um homem, tinha as costas largas e sabia correr bastante.

A segunda criança era Larissa. Assim como Cauã, tinha quatorze e um sério problema com a sua aparência. Ela era gordinha e diferente das outras meninas da sua idade, não tinha desenvolvido ainda seu “corpo” de mulher. Apesar de achar isso, era uma garota de aparência bela, cabelos longos e lisos de cor de caramelo, olhos verdes e brilhantes.

A terceira criança era a mais nova. Tinha treze anos. Mesmo com a diferença de idade, conseguia se enturmar com as crianças mais velhas. O nome dele era Porthos, nome baseado na obra “Os três mosqueteiros”. Porthos era magrelo, tinha uma farta cabeleira que o fazia parecer um leão. Era um menino bastante tímido na frente de estranhos.

Era onze da noite. Esse horário, de acordo com a nova lei, era proibido pessoas de circularem nas ruas. O famoso toque de recolher. As pessoas perguntavam o motivo de tudo ter ficado daquele jeito. Um governo mais autoritário, fechado, tomando medidas cada vez mais repressivas e menos liberais. A verdade era que o mundo não estava normal. Algo de errado estava acontecendo e não era só no país. Ninguém tinha a mínima ideia do que era.

– Amanhã é nosso primeiro dia de aula na nova escola – disse Larissa.

Os três estavam muito nervosos com a ideia de ter que ir pra uma nova escola, até porque iriam entrar na segunda parte do ensino médio que agora era feito em regime de internato. Seus pais tinham conversado com eles anteriormente, para tentar acalmá-los dizendo não era tão ruim quanto parecia. Eles iriam se ver quase todo final de semana em que sairiam pra aproveitar o tempo em família.

Porthos já conhecia a rotina, pois seu irmão mais velho, Athos, já passara por tudo isso. Hoje em dia ele frequenta uma faculdade federal no curso de engenharia civil e vive o tempo todo ocupado, quase não para em casa.

– Pelo menos a gente vai pra mesma escola – disse, Cauã. – Não vamos nos separar lá dentro. Vamos continuar juntos, prometem?

– É claro que sim, vocês são meus irmãos. Os irmãos que eu nunca tive– disse, Larissa.

– Meus segundos irmão – declarou, Porthos.

Do lado de fora da casinha de madeira, escondido atrás de uma árvore, debaixo daquela chuva forte, encontava-se uma criatura do tamanho de um homem adulto. Ele observava as crianças atento enquanto pensava qual seria seu próximo movimento.

– Talvez não agora – pensou, em voz alta. – Talvez não agora.