Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy
Para Dul, que se sentira desconfortável durante a viagem de vinte horas na semana anterior quando saíra da propriedade de Herrera em Hampshire, a viagem de 48 horas para a Escócia era torturante. Teria sido muito mais fácil se o ritmo deles fosse moderado. Mas, por sua própria insistência, eles foram direto para Gretna Green, parando apenas a intervalos de três horas para trocar cocheiros e parelhas de cavalos. Dul temia que seus parentes em seu encalço e, considerando o resultado da briga de St. Uckermann com lorde Herrera, tinha pouca esperança de que ele conseguisse se sair vitorioso em um embate físico com seu tio Peregrine.
Embora a carruagem tivesse uma boa suspensão de molas, viajar naquela velocidade constante fazia o veículo sacolejar ao ponto de Evie sentir-se nauseada. Ela estava exausta e não conseguia encontrar nenhuma posição confortável para dormir. Sua cabeça batia constantemente na parede. Sempre que conseguia cochilar, acordava poucos minutos depois.
St. Uckermann obviamente não se sentia tão indisposto quanto Dul, embora também estivesse com uma aparência amarrotada e cansada. Todas as tentativas de conversa haviam cessado e eles viajavam em silêncio. Surpreendentemente, St. Uckermann não pronunciara nenhuma palavra de protesto sobre esse grande exercício de resistência. Dul percebeu que ele tinha a mesma urgência que ela de chegar à Escócia. Era ainda mais do interesse dele do que do dela que estivessem legalmente casados o mais rápido possível.
A carruagem prosseguiu sacolejando por trechos acidentados da estrada, às vezes quase fazendo Dul cair do banco. O padrão de cochilos intermitentes e despertares forçados persistia. A cada vez que a porta da carruagem se abria, com St. Uckermann descendo para examinar uma nova parelha de cavalos, uma lufada de ar congelante entrava no veículo. Com frio, dolorida e enrijecida, Dul se encolhia no canto.
A noite foi seguida por um dia muito frio e chuvoso que encharcou o manto de Dul quando St. Uckermann a conduziu pelo pátio de uma estalagem. Ele a levou para um aposento particular, onde ela tomou uma tigela de sopa morna e usou o penico do quarto enquanto St. Uckermann ia supervisionar mais uma troca de cavalos e cocheiro. Ver uma cama tão de perto a fez ansiar por dormir. Mas poderia fazer isso depois de chegar a Gretna Green e estar para sempre longe do alcance de sua família.
No total, a duração da parada foi de menos de meia hora. Voltando para a carruagem, Dul tentou tirar os sapatos molhados sem sujar de lama o estofamento de veludo. St. Uckermann entrou depois dela e se inclinou para ajudar. Enquanto ele desamarrava e tirava os sapatos dos pés com câimbras de Dul, ela tirou em silêncio o chapéu ensopado de chuva dele e o jogou no banco oposto. Os cabelos de St. Uckermann pareciam grossos e macios, os cachos contendo todos os tons entre âmbar e champanhe.
Movendo-se para se sentar ao lado dela, St. Uckermann contemplou o rosto atormentado de Dul e estendeu a mão para tocar na curva gelada da bochecha dela.
– Qualquer outra mulher a esta altura estaria se queixando muito.
– Não po-posso me queixar – disse Dul, estremecendo violentamente. – Fui eu quem pe-diu para ir di-direto para a Escócia.
– Estamos na metade do caminho. Mais 24 horas e, amanhã à noite, estaremos casados. – Os lábios de St. Uckermann esboçaram um sorriso irônico. – Sem dúvida nunca houve uma noiva mais ansiosa pelo leito conjugal.
Os lábios trêmulos de Dul se curvaram em um sorriso ao entender o significado implícito das palavras de St. Uckermann: que ela estava ansiosa por dormir, não por fazer amor. Ao olhar para o rosto dele, tão perto do seu, perguntou-se distraidamente como os sinais de cansaço no rosto masculino e as olheiras podiam torná-lo tão atraente. Talvez fosse porque agora ele parecesse humano, em vez de um deus romano belo e sem coração. Grande parte da arrogância aristocrática desaparecera, sem dúvida para reaparecer mais tarde quando ele estivesse totalmente descansado. Por enquanto, estava relaxado e acessível. Parecia que um frágil vínculo fora estabelecido entre eles durante essa viagem infernal.
O momento foi interrompido por uma batida à porta da carruagem. St. Uckermann a abriu e viu uma camareira desgrenhada em pé na chuva.
– Aqui está, milorde – disse ela espiando por sob o capuz de seu manto encharcado enquanto lhe entregava dois objetos. – Uma bebida quente e um tijolo, como o senhor pediu.
St. Uckermann pegou uma moeda em seu colete e a entregou à mulher, que sorriu radiante antes de correr de volta para o abrigo da estalagem. Dul pestanejou, surpresa, quando St. Uckermann lhe passou uma caneca cheia de um líquido fumegante.
– O que é is-isto?
– Algo para aquecer seu corpo. – Ele pegou um tijolo envolto em camadas de flanela cinza. – E isto é para seus pés. Ponha as pernas sobre o banco.
Em outras circunstâncias Dul teria recuado àquele toque casual em suas pernas. Contudo, não se opôs quando ele arrumou suas saias e pôs o tijolo quente sob seus pés.
– Ah... – Ela estremeceu de conforto quando o calor delicioso chegou aos seus dedos gelados. – Ah, que delícia...
– As mulheres me dizem isso o tempo todo – falou ele com uma voz sorridente. – Venha, apoie-se em mim.
Dul obedeceu, deitando-se com os braços de St. Uckermann levemente curvados ao seu redor. O peito dele era sólido e muito rijo, mas acomodou sua nuca. Levando a caneca aos lábios, ela tomou um gole da bebida quente. Era algo alcoólico misturado com água, açúcar e limão. Bebeu-a devagar, seu corpo enchendo-se de calor. Ela deixou escapar um suspiro longo e satisfeito. A carruagem deu um solavanco para a frente, mas St. Uckermann logo ajustou seu braço mantendo-a confortavelmente contra o peito. Dul não conseguia entender como o inferno podia ter se transformado no paraíso de maneira tão repentina.
*COMENTEM*
Autor(a): Laryy
Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Ela nunca havia experimentado essa proximidade física com um homem e parecia terrivelmente errado apreciá-la. Por outro lado, teria de estar insana para não fazê-lo. A natureza desperdiçara uma quantidade absurda de beleza masculina naquela criatura indigna. Melhor ainda, ele estava incrivelmente quente. Dul tentou conter o impulso de se a ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 116
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00
Maiiiis, continua por favor!!!
-
tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31
continua
-
Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26
CONTINUA!!!*-*
-
millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28
Que bom que voltou. Não some por favor:D
-
tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14
continua
-
Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33
CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*
-
jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18
Continua
-
Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03
*-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2
-
jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25
Posta mais
-
Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08
*0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2