Fanfics Brasil - Capítulo 3 Pecados no inverno *vondy* (adaptada)

Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 3

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   – Aceitam minhas duas filhas como testemunhas? – perguntou MacPhee.


    – Sim – disse St. Uckermann, olhando ao redor da loja, que estava cheia de ferraduras, equipamentos para carruagem e implementos agrícolas. A luz do lampião produziu pequenos brilhos nos pelos dourados da metade inferior do rosto dele.


– Como sem dúvida pode ver, minha... noiva... e eu estamos muito cansados. Acabamos de chegar de Londres e gostaríamos de apressar os procedimentos.


    – De Londres? – perguntou o ferreiro com óbvio divertimento, sorrindo para Dul. – Por que veio para Gretna, senhorita? Seus pais não lhe deram permissão para se casar?


    Dul lhe sorriu de volta, cansada.


    – Temo que não se-seja assim tã-tão simples, senhor.


    – Raramente é – concordou MacPhee, assentindo sabiamente com a cabeça. – Mas devo avisá-la: o casamento escocês é um vínculo irrevogável. Nunca poderá ser quebrado. Certifique-se de que seu amor é verdadeiro e depois...


    Interrompendo o que prometia ser uma torrente de conselhos paternais, St. Uckermann disse em uma voz áspera:


    – Isso não é um casamento por amor. É um casamento de conveniência e não há calor suficiente entre nós nem para acender uma vela de aniversário. Prossiga com isso, por favor. Nenhum de nós dorme direito há dois dias.


    O silêncio caiu sobre o local, com MacPhee e suas duas filhas parecendo chocados com os comentários bruscos. Então as sobrancelhas grossas do ferreiro se abaixaram num olhar reprovador.


    – Não gosto do senhor – anunciou ele.


    St. Uckermann o olhou com exasperação.


    – Minha futura esposa também não. Mas como isso não vai impedi-la de se casar comigo, também não deveria ser um impedimento para o senhor. Prossiga.


    MacPhee lançou um olhar penalizado para Dul.


    – A senhorita não tem flores – exclamou ele, agora determinado a dar um clima romântico à cerimônia. – Florag, vá buscar um ramo de urzes brancas.


    – Ela não precisa de flores – disparou St. Uckermann, mas a garota saiu correndo mesmo assim.


    – É um antigo costume escocês a noiva carregar urzes brancas – explicou MacPhee para Dul. – Quer saber por quê?


    Dul assentiu e tentou conter o riso. Apesar da fadiga, ou talvez por causa dela, estava começando a sentir um prazer perverso em ver St. Uckermann tentar controlar o mau humor.


    Naquele momento, o homem irritado ao seu lado com a barba por fazer não se parecia nem um pouco com o aristocrata presunçoso que comparecera aos festejos na casa de lorde Herrera.


    – Muito, muito tempo atrás... – começou MacPhee, ignorando o suspiro de St. Uckermann – havia uma bela donzela chamada Malvina. Ela era noiva de Oscar, o bravo guerreiro que tinha conquistado seu coração. Oscar pediu que sua amada o esperasse enquanto ele ia buscar fortuna. Em um dia terrível, Malvina recebeu a notícia de que seu amor havia morrido na guerra. Ele descansaria para sempre nas colinas distantes... perdido no sono eterno...


    – Meu Deus, como eu o invejo! – exclamou St. Uckermann amargamente, esfregando os olhos, rodeados por olheiras.


    – Quando as lágrimas de tristeza molharam a relva como orvalho – continuou MacPhee –, as urzes roxas aos pés dela se tornaram brancas. E é por isso que todas as noivas escocesas carregam urzes brancas no dia de seu casamento.


    – Essa é a história? – perguntou St. Uckermann franzindo a testa incredulamente. – As urzes provêm das lágrimas de uma jovem pela morte do noivo?


– Sim.


    – Então como, em nome de Deus, isso pode ser um símbolo de boa sorte?


    MacPhee abriu a boca para responder, mas naquele momento Florag voltou para entregar a Dul um ramo de urzes brancas secas. Murmurando agradecimentos, Dul deixou o ferreiro conduzi-la até a bigorna no centro da loja.


    – Tem uma aliança para a noiva? – perguntou MacPhee para St. Uckermann, que balançou a cabeça, negando. – Como eu pensei... Gavenia, vá buscar a caixa de alianças. – Inclinando-se para mais perto de Dul, explicou: – Eu trabalho com metais preciosos e ferro. É um trabalho fino, todo em ouro escocês.


    – Ela não precisa... – St. Uckermann parou, franzindo a testa quando Dul olhou para ele. Então deu um grande suspiro. – Está bem. Escolha algo rápido.


    MacPhee tirou um quadrado de lã da caixa de alianças, o abriu sobre a bigorna e pôs delicadamente uma seleção de meia dúzia de alianças sobre o tecido. Dul se inclinou para vê-las. As alianças, todas de ouro e de vários tamanhos e desenhos, eram tão bonitas e delicadas que parecia     impossível terem sido criadas pelas mãos grandes e ásperas de um ferreiro.


    – Esta tem nós e desenhos de cardos – disse MacPhee, erguendo uma para ela examinar. – Esta tem um padrão de chave, e esta uma rosa de Shetland.


    Dul escolheu a menor das alianças e a experimentou no dedo anelar esquerdo. Serviu perfeitamente. Aproximando-a do rosto, examinou o desenho. Era o mais simples de todos, uma aliança de ouro polido gravada com as palavras: Tha Gad Agam Ort.


    – O que isso significa? – perguntou a MacPhee.


    – “Meu amor é seu.”


    Não houve nenhum som ou movimento de St. Uckermann. Dul corou no constrangido silêncio que se seguiu e tirou a aliança, agora lamentando ter tido qualquer interesse nela. O sentimento na frase era tão inadequado nessa cerimônia rápida que enfatizava a farsa que era aquele casamento.


    – Acho que eu não quero nenhuma aliança – murmurou, colocando-a gentilmente sobre o pano.


    – Vamos ficar com ela – surpreendeu-a St. Uckermann. Ele pegou a aliança. Quando Dul arregalou os olhos, acrescentou sucintamente. – São só palavras. Isso não significa nada.


    Dul assentiu em silêncio e baixou a cabeça, ainda muito vermelha. MacPhee olhou carrancudamente para os dois e alisou a suíça no lado direito do rosto.


    – Meninas – disse para suas filhas com decidida alegria –, agora cantem uma canção para nós.


    – Uma canção? – protestou St. Uckermann, e Dul puxou o braço dele.


    – Deixe-as cantar – murmurou ela. – Quanto mais discutir, mais vai demorar.


    Praguejando para si mesmo, St. Uckermann observou a bigorna com os olhos estreitados, enquanto as irmãs cantavam em experiente harmonia.


    Ah, meu amor é como uma rosa vermelha, vermelha     Recém-brotada em junho     Ah, meu amor é como uma melodia     Tocada com doce harmonia     Tua beleza é tão grande quanto meu amor por ti     E eu a amarei, meu amor     Até que todos os mares sequem...


    O ferreiro ouviu suas filhas com muito orgulho, esperou até a última nota e depois as elogiou profusamente. Ele se virou para o casal ao lado da bigorna e disse com ares de solenidade:


    – Agora devo perguntar: ambos são solteiros?


    – Sim – respondeu St. Uckermann sucintamente.


    – Tem uma aliança para a noiva?


    – O senhor acabou...   


    St. Uckermann murmurou um impropério, mas parou quando MacPhee ergueu as sobrancelhas grossas, esperando a resposta. Claramente, se eles quisessem que a cerimônia fosse realizada, teriam de seguir a liderança do ferreiro.


    – Sim. Tenho uma bem aqui.


    – Então a coloque no dedo da noiva e encoste sua mão na dela.


 


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A maratona está pronta, só falta os Comentários para eu postá-la. *35 COMENTÁRIOS *


*LARYY*



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Autor(a): Laryy

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Em pé diante de St. Uckermann, Dul se sentiu estranha e zonza. No momento em que ele pôs a aliança em seu dedo, seu coração começou a bater muito rápido, produzindo correntes de algo que não era ansiedade nem medo, mas uma emoção nova que lhe aguçou os sentidos de um modo insuportável. N&ati ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00

    Maiiiis, continua por favor!!!

  • tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31

    continua

  • Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26

    CONTINUA!!!*-*

  • millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28

    Que bom que voltou. Não some por favor:D

  • tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14

    continua

  • Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33

    CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*

  • jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18

    Continua

  • Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03

    *-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2

  • jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25

    Posta mais

  • Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08

    *0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2


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