Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy
Embora Christopher estivesse ansioso por chegar a Londres, não lamentou sua decisão de viajar mais devagar na volta. Ao cair da noite, Dul estava pálida e pouco comunicativa, com as forças esgotadas depois da ansiedade dos últimos dias. Ela precisava descansar.
Quando encontrou uma estalagem adequada para passarem a noite e trocarem de cavalos, Christopher pagou pelo melhor quarto disponível e pediu que subissem imediatamente com comida e um banho quente. Dul se lavou em uma pequena banheira portátil enquanto ele providenciava a troca de cavalos pela manhã e alojamento para o cocheiro. Voltando para o quarto, pequeno mas limpo e com cortinas azuis um pouco surradas, Christopher descobriu que a esposa terminara seu banho e estava de roupas de dormir.
Ele foi até a mesa, ergueu o guardanapo que cobria seu prato e descobriu uma porção de frango assado, alguns tubérculos murchos e um pequeno pudim. Notando que o prato de Dul estava vazio, olhou-a com um sorriso irônico.
– Que tal?
– Melhor do que não jantar.
– Confesso que estou dando um novo valor aos talentos do meu cozinheiro em Londres. – Ele se sentou à frágil mesa e pôs um guardanapo no colo. – Acho que você vai gostar das criações dele.
– Não espero fazer muitas refeições em sua casa – respondeu Dul cautelosamente.
Christopher parou o garfo a meio caminho da boca.
– Vou ficar no clube do meu pai – continuou Dul. – Como já havia lhe dito, pretendo cuidar dele.
– Durante o dia, sim. Mas não dormirá lá. Voltará à noite para minha... nossa casa.
Ela o olhou sem pestanejar.
– A doença dele não desaparecerá ao cair da noite e voltará ao amanhecer. Ele precisará de cuidados constantes.
Christopher pôs um pouco de comida na boca enquanto respondia com irritação:
– É para isso que existem os criados. Você pode contratar uma mulher para cuidar dele.
Dul balançou a cabeça com uma obstinada firmeza que o irritou ainda mais.
– Não é o mesmo que ser cuidado por um parente amoroso.
– Por que você deveria se importar com a qualidade do cuidado do seu pai? Ele fez muito pouco por você. Mal conhece o canalha...
– Não gosto dessa palavra.
– É uma pena. Porque é uma das minhas favoritas e pretendo usá-la sempre que se aplicar.
– Então é uma sorte o fato de que vamos nos ver tão pouco depois de voltarmos a Londres.
Olhar para a esposa, cujo rosto doce escondia um temperamento inesperadamente obstinado, lembrou Christopher de que ela estava disposta a tomar medidas drásticas para conseguir o que queria. Só Deus sabia o que faria se a pressionasse demais. Forçando as mãos a relaxarem nos cabos da faca e do garfo, parou de comer. Não importava que o frango estivesse sem gosto. Se estivesse embebido no mais delicioso molho francês, ele não notaria. Sua mente astuta estava ocupada procurando estratégias para lidar com ela.
Finalmente assumiu uma expressão de gentil preocupação e murmurou:
– Meu amor, não posso permitir que você durma em um lugar repleto de ladrões, jogadores e bêbados. Certamente não percebe os perigos inerentes a essa situação.
– Vou providenciar para que receba meu dote o mais rápido possível. E então não terá de se preocupar comigo.
O autocontrole de Christopher, sempre tão grande, se evaporou como água em uma chapa de fogão.
– Maldição, não estou preocupado com você! É só que... inferno, isso é inadmissível, Dul. A viscondessa St. Uckermann não pode morar em um clube de jogos, nem que seja por alguns dias.
– Eu não sabia que você era tão convencional – disse Dul, e por algum motivo ver o rosto furioso do marido fez os cantos dos lábios dela se curvarem em um sorriso.
Por mais que o sorriso fosse sutil, Christopher o notou e foi imediatamente da raiva para a perplexidade. De modo algum passaria por uma situação difícil por causa de uma virgem... quase virgem... de 23 anos, ingênua a ponto de acreditar que era páreo para ele.
Seu olhar gelado de desprezo deveria tê-la intimidado.
– Em sua fantasia de bancar o anjo da guarda, querida, quem a protegerá naquele lugar? Dormir lá sozinha é um convite à violação. E de modo algum dormirei lá com você. Tenho coisas melhores a fazer do que me sentar em uma casa de jogos de segunda classe e esperar o velho Saviñón bater as botas.
– Eu não pedi para me proteger – respondeu ela em um tom calmo. – Vou me sair muito bem sem você.
– É claro que sim – murmurou Christopher com sarcasmo, subitamente perdendo o interesse pelo jantar frio à sua frente.
Atirando seu guardanapo sobre o prato, levantou-se da mesa e tirou o casaco e o colete. Estava empoeirado e cansado da viagem, e pretendia usar a banheira. Com um pouco de sorte, a água ainda estaria quente.
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Autor(a): Laryy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 116
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millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00
Maiiiis, continua por favor!!!
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tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31
continua
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Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26
CONTINUA!!!*-*
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millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28
Que bom que voltou. Não some por favor:D
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tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14
continua
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Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33
CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*
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jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18
Continua
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Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03
*-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2
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jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25
Posta mais
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Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08
*0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2