Fanfics Brasil - Capítulo 6 Pecados no inverno *vondy* (adaptada)

Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 6

23 visualizações Denunciar



Enquanto se despia e atirava cada peça de roupa sobre a cadeira, não pôde evitar de pensar em todas as mulheres que já haviam desejado se casar com ele. Bonitas e bem dotadas física e financeiramente, elas teriam feito de tudo para agradá-lo. Ele estivera ocupado demais com suas libertinagens para pensar em pedir qualquer uma delas em casamento. E agora, por uma combinação de circunstâncias e falta de oportunidade, terminara casado com uma criatura socialmente inadequada com uma linhagem ruim e um temperamento obstinado.


    Notando o modo como Dul desviou seu olhar do corpo nu dele, Christopher esboçou um sorriso de desdém. Foi até a pequena banheira, se abaixou para a água morna e se sentou com suas longas pernas pendendo nos dois lados. Lavou-se devagar, jogou bastante água no peito e nos braços ensaboados e observou a esposa estreitando os olhos. Ficou satisfeito em em ver que um pouco da calma dela desaparecera enquanto ele se banhava. Estava levemente ruborizada e com um interesse exagerado no desenho da colcha.


    Quando Dul seguiu com o dedo indicador um padrão de pontos, Christopher viu o brilho da aliança de ouro escocês. Ele teve uma reação estranha à visão, uma necessidade quase incontrolável de ir até ela, empurrá-la para a cama e possuí-la sem preliminares. De dominá-la e forçá-la a admitir que lhe pertencia. A força do desejo primitivo era mais do que alarmante para um homem que sempre se considerara civilizado. Confuso e excitado, terminou de se lavar, pegou a toalha úmida que ela havia usado e se enxugou. Dul notou sua excitação – ele ouviu a respiração dela se acelerar do outro lado do quarto. Agindo naturalmente, Christopher enrolou a toalha na cintura e prendeu a ponta para dentro enquanto se dirigia ao baú.


    Pegou um pente, foi até o lavatório e o passou sem dó nos cabelos molhados. O canto do espelho acima do lavatório proporcionava uma visão parcial da cama e ele viu que Dul o observava.


    Sem se virar, murmurou:


    – Serei o cão do açougueiro esta noite?


    – Cão do açougueiro? 


    – O cão que fica deitado no canto do açougue e não pode comer nenhuma carne.


    – Essa comparação não é um e-elogio para nenhum de nós.


    Christopher fez uma pausa quase imperceptível no ato de pentear seus cabelos ao perceber a volta da gagueira. Ótimo, pensou friamente. Ela não estava nem de longe tão calma quanto fingia estar.


    – Não vai responder à minha pergunta?


    – Eu... sinto muito, mas pre-prefiro não ter relações íntimas com vo-você de novo.


 


    Ofendido, Christopher pousou o pente e se virou para ela. As mulheres nunca o rejeitavam. E o fato de Dul fazer isso depois dos prazeres daquela manhã era difícil de entender.


    – Você me disse que não gostava de dormir com uma mulher mais de uma vez – lembrou-lhe Dul meio que se desculpando. – Alegou que isso era tedioso.


    – Pareço entediado? – perguntou ele, a toalha não ajudando muito a esconder a força da ereção.


    – Acho que isso depende de para qual pa-parte sua se está olhando – murmurou Dul, baixando os olhos para a colcha. – Não preciso lembrá-lo, mi-milorde, de que nó-nós fizemos um acordo.


    – Você pode mudar de ideia.


    – Mas não vou.


    – Sua recusa cheira a hipocrisia, querida. Já a possuí uma vez. Realmente faz alguma diferença para sua virtude fazer isso de novo?


    – Não estou me re-recusando em prol da virtude.    


A gagueira desaparecia quando ela recuperava a calma.


    – Meu motivo é totalmente diferente.


    – Estou ansioso por ouvir.


    – Autopreservação. – Com óbvio esforço, Dul olhou para ele. – Não faço nenhuma objeção a que você tenha amantes. Só não quero ser uma delas. O ato sexual não tem nenhum significado para você, mas para mim tem. Não tenho nenhuma vontade de ser magoada por você e acho que isso seria inevitável se eu concordasse em continuarmos a dormir juntos.


    Embora Christopher tentasse manter uma aparência calma, fervia por dentro com uma mistura de desejo e ressentimento.


    – Não vou me desculpar pelo meu passado. Um homem deve ter experiência.


    – E você adquiriu o suficiente para dez homens.


    – Por que você deveria se importar com isso?


    – Porque sua... sua história romântica, para falar educadamente, é como a de um cão que vai a todas as portas dos fundos da rua em busca de sobras de comida. E eu não serei mais uma porta. Você não consegue ser fiel a uma a mulher. Já provou isso.


    – O fato de eu nunca ter tentado não significa que não possa, sua cadela censuradora! Só significa que eu não quis.


    A palavra “cadela” fez Dul se retesar.


    – Gostaria que você não usasse uma linguagem tão baixa.


    – Pareceu apropriada, dada a proliferação de analogias com cães – disparou Christopher. – O que, a propósito, não se aplica ao meu caso, porque as mulheres me imploram por isso, não o contrário.


    – Então deveria procurar uma delas.


    – Ah, é o que farei – disse ele com crueldade. – Quando voltarmos a Londres, participarei de uma orgia que só terminará quando prenderem alguém. Nesse meio-tempo... realmente espera que partilhemos uma cama esta noite e amanhã tão castamente quanto duas freiras?


    – Isso não seria nenhum problema para mim – disse Dul com cautela, consciente de que aquele era o maior dos insultos.


    O olhar incrédulo de Christopher poderia ter queimado os lençóis. Murmurando uma torrente de palavras que ampliou consideravelmente a lista de palavras ofensivas que Dul conhecia, ele deixou a toalha cair e foi apagar o lampião. Ciente do desconforto dela diante de sua ereção, ele a encarou com desdém.


    – Não se preocupe mais com isso – disse, deitando-se na cama com Dul. – De agora em diante estou certo de que sua proximidade afetará minhas partes íntimas tanto quanto uma longa nadada em um lago siberiano.


 


*COMENTEM



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Laryy

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

    O tempo melhorou muito durante a viagem de volta para Londres e a chuva finalmente desapareceu. Contudo, a temperatura mais alta lá fora era neutralizada pela frieza entre os recém-casados. Embora Christopher tivesse mantido o aquecedor a contragosto, não convidava mais Dul para se aninhar em seus braços ou dormir em seu peito ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00

    Maiiiis, continua por favor!!!

  • tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31

    continua

  • Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26

    CONTINUA!!!*-*

  • millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28

    Que bom que voltou. Não some por favor:D

  • tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14

    continua

  • Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33

    CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*

  • jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18

    Continua

  • Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03

    *-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2

  • jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25

    Posta mais

  • Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08

    *0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais


Ad Blocker foi detectado!

Nós utlizamos anúncios para manter nosso site online

Você poderia colocar nosso site na lista de permissões do seu bloqueador de anúncios, obrigado!

Continuar