Fanfics Brasil - Capítulo 7 Pecados no inverno *vondy* (adaptada)

Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 7

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Ela começou a andar pela galeria sem Christopher, e com alguns passos largos ele a alcançou. Quando chegaram aos aposentos particulares de Fernando Saviñón, a cabeça de Dul latejava loucamente. Partes iguais de medo e anseio lhe causavam suor nas mãos e um frio na barriga. Ao pôr a mão na maçaneta da porta que levava aos aposentos do pai, a palma escorregou no metal sujo.


    – Permita-me – disse Christopher rapidamente, afastando a mão dela.


    Ele abriu a porta, a segurou e seguiu Dul para a sala de visitas escura. A única luz vinha da porta aberta do quarto, onde um pequeno lampião emitia um brilho fraco. Dul atravessou a soleira e parou, forçando os olhos a se acostumarem com a penumbra. Mal se dando conta da presença do homem ao seu lado, aproximou-se da cama.


    Seu pai estava dormindo com a boca ligeiramente aberta, a pele pálida brilhando com uma delicadeza peculiar, como se ele fosse uma figura de cera. Rugas profundas marcavam-lhe o rosto. Ele estava com metade do peso que um dia tivera, os braços surpreendentemente magros, o corpo encolhido. Dul tentou conciliar a forma fina na cama com o pai grande e robusto que conhecera. Uma ternura alimentada pelo pesar a invadiu ao ver os cabelos ruivos do pai, agora bastante grisalhos, espetados na cabeça como se fossem penas de um filhote de pássaro.


    O quarto cheirava a velas queimadas, remédios e pele não lavada. A morte parecia bem próxima. Ela viu uma pilha de roupas de cama sujas no canto e lenços manchados de sangue no chão. A mesa de cabeceira estava coberta de colheres sujas e frascos de remédio de vidro colorido. Dul se abaixou para pegar alguns dos objetos no chão, mas Christopher a segurou pelo braço.


    – Você não tem de fazer isso – murmurou Christopher. – Pode chamar uma das criadas.


    – Sim – sussurrou Dul amargamente. – Dá para ver o bom trabalho que elas têm feito.


    Soltando seu braço, ela pegou os lenços sujos e os jogou na pilha de roupas de cama descartadas. Christopher se dirigiu à cabeceira da cama e olhou para o corpo debilitado de Saviñón. Pegou um dos frascos de remédio, o passou pelo nariz e murmurou:


    – Morfina.


    Por alguma razão, Dul se irritou ao vê-lo em pé perto de seu indefeso pai examinando o remédio.


    – Está tudo sob controle – disse ela em uma voz baixa. – Gostaria que você fosse embora agora.


    – O que pretende fazer?


 


    – Arrumar o quarto e trocar as roupas de cama. E depois me sentar ao lado dele.


    Christopher estreitou os olhos azuis.


    – Deixe o pobre diabo dormir. Você precisa comer e trocar suas roupas de viagem. Que bem acha que lhe fará se sentando no escuro e...? – Ele se interrompeu e murmurou uma imprecação ao ver a expressão obstinada de Dul. – Muito bem. Eu lhe darei uma hora e depois você fará uma refeição comigo.


    – Pretendo ficar com meu pai – disse ela categoricamente.


    – Dul.


    A voz dele foi suave, mas com um tom inflexível que a pôs de sobreaviso. Aproximando-se da esposa, Christopher virou o corpo rígido dela para ele e a sacudiu muito de leve, forçando-a a olhá-lo.


    – Quando eu mandar chamá-la, você irá. Está entendendo?    


Dul estremeceu de indignação. Ele deu a ordem como se fosse seu dono. Meu Deus, ela tinha passado sua vida inteira tendo de obedecer aos tios e agora teria de se submeter ao marido.


    Contudo, para lhe fazer justiça, ainda faltava muito para Christopher se igualar aos esforços combinados dos Maybricks e Stubbinses para tornar a vida dela um inferno. E Christopher não estava sendo irracional nem cruel exigindo que fizesse uma refeição com ele. Contendo sua raiva, Dul assentiu. Ao ver as feições contraídas dela, os olhos de Christopher adquiriram um brilho estranho, como faíscas produzidas pelo martelo de um ferreiro ao bater em uma folha de metal fundido.


    – Boa garota – murmurou ele com um sorriso zombeteiro, e saiu do quarto.


 


 


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Autor(a): Laryy

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Por um momento, Christopher ficou tentado a a deixar Dul no clube e ir a pé para casa, que ficava perto de St. James. Era difícil resistir ao fascínio do lar tranquilo, com encanamentos modernos e uma despensa bem suprida. Queria comer à sua própria mesa e relaxar diante da lareira em um de seus roupões de seda forrados de veludo p ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00

    Maiiiis, continua por favor!!!

  • tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31

    continua

  • Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26

    CONTINUA!!!*-*

  • millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28

    Que bom que voltou. Não some por favor:D

  • tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14

    continua

  • Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33

    CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*

  • jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18

    Continua

  • Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03

    *-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2

  • jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25

    Posta mais

  • Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08

    *0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2


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