Fanfics Brasil - Capítulo 8 Pecados no inverno *vondy* (adaptada)

Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 8

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Quando Christopher mandou Cam Rohan trazer Dul para o andar de baixo, ela já havia arrumado o quarto do pai e pedido a uma relutante criada para ajudá-la a trocar as roupas de cama, já que os lençóis estavam úmidos de suor noturno.


    Embora Saviñón tivesse se mexido e murmurado enquanto elas o rolavam cuidadosamente de um lado para outro, não saiu do estupor induzido pela morfina. Seu corpo magro surpreendeu Dul pela leveza. Ela se encheu de angústia, compaixão e instinto protetor ao puxar as cobertas limpas até o peito do pai. Umedeceu um pano e o colocou na testa dele. Saviñón deixou escapar um suspiro e finalmente entreabriu os olhos em meio às rugas no rosto. Ele a olhou por um longo momento sem entender, até um sorriso esticar-lhe os lábios rachados, revelando dentes manchados pelo fumo.


    – Dul – disse em uma voz baixa e rouca.


    Ela se inclinou sobre o pai, as lágrimas contidas fazendo seu nariz e seus olhos arderem.


    – Estou aqui, papai – sussurrou, pronunciando as palavras que ansiara por dizer durante toda a vida.


– Estou aqui e nunca mais vou deixá-lo.    


Ele emitiu um som de contentamento e fechou os olhos. Justamente quando Dul pensou que o pai havia adormecido, ele murmurou:


    – Aonde vamos hoje primeiro, querida? À padaria, eu suponho...


    Percebendo que ele havia imaginado que essa era uma de suas visitas da infância de muito tempo atrás, Dul respondeu suavemente:


    – Ah, sim. – Ela se apressou a afastar com as costas da mão o excesso de umidade em seus olhos. – Eu quero um pão doce... e um cone de biscoitos... Depois quero voltar para cá e jogar dados com você.     Uma risada áspera veio da garganta devastada de Saviñón e ele tossiu um pouco.


– Deixe o papai dormir um antes...


    – Sim, durma – murmurou Dul, virando o pano sobre a testa dele. – Posso esperar, papai.


    Observando-o mergulhar novamente em seu sono induzido pela morfina, Dul engoliu em seco para afastar a dor aguda em sua garganta e relaxou à cabeceira da cama. Não havia outro lugar em que quisesse estar. Permitiu-se descansar um pouco, abaixando os ombros doloridos como se fosse uma marionete cujas cordas tinham sido soltas. Era a primeira vez que se sentia necessária, que sua presença parecia importar para alguém. E embora o estado do pai a entristecesse, ficou grata por poder ficar com ele em seus últimos momentos de vida. Eles sempre seriam estranhos um para o outro, mas isso era mais do que ela já havia esperado.


    Seus pensamentos foram interrompidos por uma batida à porta. Ergueu os olhos e viu Cam à soleira com os braços cruzados no peito e o corpo em uma posição enganosamente relaxada. Dul lhe lançou a imitação cansada de um sorriso.


    – Su-suponho que ele o mandou me buscar.


    Obviamente não havia necessidade de definir quem “ele” era.


    – Quer que coma com ele em uma das salas de jantar particulares.


    Dul balançou levemente a cabeça, seu sorriso se tornando amargo.


    – Ele manda, eu obedeço – murmurou em uma paródia de esposa obediente.


    Ela se levantou e parou para ajeitar os cobertores sobre os ombros do pai adormecido. Cam ficou imóvel à soleira enquanto Dul se aproximava. Ele era muito mais alto do que a média dos homens, embora não tanto quanto Christopher.


    – Como terminou casada com lorde St. Uckermann? Sei dos problemas financeiros dele. Estivemos a ponto de lhe negar crédito na última vez que esteve aqui. Ele a procurou propondo um casamento de conveniência?


    – Como sabe que não é um casamento por amor? – retrucou Dul.


    Cam a olhou com ironia.


    – St. Uckermann só ama a si mesmo.


    A pressão de um real sorriso curvou os lábios de Dul e ela fez um esforço para contê-lo.


    – Na verdade, fui eu que o pro-procurei. Foi o único modo que encontrei de me livrar para sempre dos Maybricks. – O sorriso desapareceu quando ela pensou em seus parentes. – Eles vieram me procurar aqui depois que eu de-desapareci, Cam?


    – Sim. Seus tios. Tivemos de deixá-los vasculhar todo o clube até se convencerem de que não estava escondida aqui.


    – Maldição – murmurou Dul, tomando emprestada a imprecação favorita de Daisy Portilla. – Imagino que depois tenham ido à casa dos Chaves e dos Portillas. Minhas amigas devem estar preocupadas com meu desaparecimento.


    Contudo, saber o que Dul fizera as preocuparia muito mais. Ela ajeitou distraidamente algumas mechas de cabelo soltas e abraçou o próprio corpo. Teria de avisar Maite e Daisy que estava bem. Como Anahí estava viajando pelo continente, não teria tido notícia de seu desaparecimento.


    Amanhã, pensou. Amanhã lidaria com as repercussões de sua fuga vergonhosa. Seria ousado de sua parte enviar alguém à casa dos Maybricks para buscar o resto de suas roupas? Havia alguma chance de a deixarem ficar com elas? Provavelmente não. Mais coisas para sua crescente lista de coisas a fazer... Teria de encomendar imediatamente alguns vestidos de dia e sapatos.


    – Quando me-meus parentes descobrirem que estou aqui, me levarão de volta. Podem tentar anular o casamento. Eu... – Ela parou para firmar sua voz. – Tenho muito me-medo do que poderia me acontecer se fosse forçada a ir com eles.


    – St. Uckerman não os impedirá? – perguntou Cam, pondo a mão no ombro dela para tranquilizá-la.


    Foi um contato inócuo, apenas o leve peso da palma na curva frágil do ombro de Dul, mas a acalmou.


    – Se ele estiver aqui na hora. Se estiver sóbrio. Se puder.


    Ela lhe deu um sorriso triste.


    – Eu estarei aqui – murmurou Cam. – Estarei sóbrio e poderei. Por que acha que St. Uckermann não estará?


    – É um casamento de conveniência. Acho que não vamos nos ver muito depois que ele puser as mãos no meu dote. Ele me disse que tem coisas melhores a fazer do que se sentar em uma casa de jogos de segunda classe e esperar... esperar...


    Hesitando, olhou por cima do ombro para a cama do pai.


    – Ele pode ter mudado de ideia sobre isso – observou Cam sarcasticamente. – Quando lhe entreguei a chave do escritório, ele pegou todos os livros contábeis e começou a examiná-los página a página. Quando terminar, terá passado o pente fino em todo o clube.


    Dul arregalou os olhos à informação.


– O que ele poderia estar procurando? – perguntou, perguntou, mais para si mesma do que para Cam.


    Christopher estava tendo um comportamento estranho. Não havia nenhum motivo para ele examinar as finanças do clube com tanta urgência quando eles tinham acabado de chegar de uma longa jornada. Nada mudaria de hoje para amanhã. Pensou na compulsividade no olhar do marido quando haviam observado a atividade no piso principal. “Vou examinar cada centímetro deste lugar. Vou conhecer todos os seus segredos.” Como se o clube fosse mais do que um mero edifício cheio de carpetes desbotados e mesas de jogos.


    Intrigada, Dul seguiu Cam por uma série de corredores dos fundos e passagens que forneciam uma rota mais direta para as salas de jantar no andar de baixo. Como a maioria dos clubes de jogos, o de Saviñón tinha sua cota de lugares secretos. Cam a levou para uma pequena sala particular, abriu a porta para Dul e fez uma mesura quando ela se virou para lhe agradecer



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Autor(a): Laryy

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Ao entrar na sala, Dul ouviu a porta se fechar discretamente. Christopher, esparramado em uma pesada cadeira de braço, com a relaxada confiança de Lúcifer em seu trono, usava um lápis para fazer anotações na margem de um livro contábil. A mesa à sua frente estava cheia de pratos trazidos do aparador na sala de jantar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00

    Maiiiis, continua por favor!!!

  • tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31

    continua

  • Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26

    CONTINUA!!!*-*

  • millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28

    Que bom que voltou. Não some por favor:D

  • tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14

    continua

  • Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33

    CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*

  • jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18

    Continua

  • Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03

    *-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2

  • jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25

    Posta mais

  • Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08

    *0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2


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