Fanfics Brasil - Capítulo 11 *3/10 Pecados no inverno *vondy* (adaptada)

Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 11 *3/10

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    – Ele me pagou um soberano para ir buscá-la – murmurou Bullard. – É o que eu ganho em um mês.


    – Não – disse ela ofegante, batendo no peito dele. – Não! Eu lhe darei qualquer coisa... Não o deixe me levar.


    – Saviñón a fez ficar com ele esses anos todos – disse o rapaz com desprezo. – Ele não a queria aqui. Ninguém quer.


    Enquanto Dul  gritava em protesto, Bullard a empurrou para o tio, cujas feições largas revelavam um raivoso triunfo.


    – Fiz o que me pediram – disse Bullard bruscamente para o homem logo atrás de Peregrine, que Dul reconheceu imediatamente como seu tio Brook. – Agora me paguem.


    Parecendo desconfortável e vagamente envergonhado com com a transação, Brook lhe entregou o soberano. Peregrine agarrou Dul com força, deixando-a indefesa como um coelho segurado pelo pescoço. Seu rosto grande e quadrado estava vermelho de raiva.


     – Idiota imprestável! – gritou,sacudindo a cabeça de Dul. – Se você ainda não tivesse alguma utilidade, eu a descartaria como lixo. Por quanto tempo achava que podia se esconder de nós? Isso vai lhe custar caro, eu garanto!


    – Bullard, faça-o parar, por favor – gritou Dul, debatendo-se enquanto Peregrine a arrastava na direção de uma carruagem que os esperava. – Não!


    Mas Bullard não fez nada para ajudá-la. Apenas a observou da porta com olhos cheios de ódio. Dul não sabia o que tinha feito para ele desprezá-la tanto. Por que não havia ninguém para ajudá-la? Por que ninguém ouvia seus gritos? Lutando por sua vida, Dul arranhou o tio e lhe deu cotoveladas, as saia pesadas limitando seus movimentos. Foi irremediavelmente vencida. Enfurecido com sua resistência, Peregrine rosnou:


    – Quieta, seu pequeno demônio!


    Pelo canto do olho, Dul viu um garoto vindo do pátio do estábulo.


    – Chame Cam! – gritou Dul.


    Seu grito foi abafado quando a palma da mão de Peregrine lhe cobriu boca e o nariz. Ela mordeu a mão suja do tio, que a retirou com um urro enfurecido.


     – Cam! – gritou Dul de novo antes de ser silenciada por um forte tapa no ouvido.


     Peregrine a empurrou para Brook e o rosto dele se virou diante dos olhos turvados de Dul.


     – Ponha-a na carruagem – ordenou Peregrine, tirando um lenço de seu casaco para estancar o sangue da mão.


    Dul se contorceu nas mãos de Brook. Quando ele a empurrou com força na direção do veículo, conseguiu lhe dar um soco na garganta. O impacto o fez sufocar e soltá-la.


    Peregrine agarrou Dul com suas mãos enormes e a atirou contra a lateral da carruagem. Ela bateu com a cabeça nos duros painéis laqueados. Houve uma explosão de luzes diante de seus olhos e uma dor aguda em seu crânio. Zonza, tentou debilmente lutar enquanto era jogada dentro do veículo.


     Para seu espanto,o primo Eustace esperava lá dentro, pálido. Ele a segurou junto às amplas dobras de seu corpo, exibindo uma força surpreendente ao lhe rodear o pescoço com seu gordo antebraço.


     – Eu a peguei – disse, ofegando com o esforço. – Maldita encrenqueira, quebrou sua promessa de se casar comigo. Mas meus pais disseram que eu é que devo ficar com sua fortuna e eles a conseguirão para mim não importa o que precise ser feito.


     –Eu já estou casada! – ofegou Dul, sufocada pela montanha de carne que a cercava.


    – O casamento não durará. Vamos anulá-lo. Seu plano de arruinar as coisas para mim não funcionou. – Eustace pareceu um garoto petulante ao continuar: – É melhor não me irritar, prima. Meu pai disse que posso fazer que quiser com você depois que nos casarmos. Gostaria de ficar trancada em um armário durante uma semana?


     Dul não conseguiu inspirar ar suficiente para responder. Os braços pesados de Eustace a comprimiam contra aquele peito e barriga fofos e enormes. Lágrimas de dor e desespero surgiram nos cantos de seus olhos enquanto ela tentava freneticamente soltar seu pescoço.


     Em meio ao zumbido em seus ouvidos, escutou novos sons lá fora, gritos e imprecações. De repente, a porta da carruagem foi aberta e alguém se precipitou para dentro. Ela se contorceu para ver quem era. O pouco ar que lhe restava foi exalado em um fraco suspiro quando viu o brilho familiar de cabelos dourado-escuros.


    Era Christopher, como nunca o vira antes, não mais indiferente e controlado, mas totalmente dominado por uma fúria assustadora. Seus olhos pálidos lembravam os de um réptil quando ele lançou um olhar assassino para Eustace, que começou a respirar nervosamente sob a volumosa papada.


     – Entregue-a para mim –ordenou Christopher, sua voz rouca de raiva. – Agora, seu monte de lixo, ou eu cortarei seu pescoço fora.


     Parecendo perceber que Christopher estava ansioso por cumprir a ameaça, Eustace soltou Dul. Ela cambaleou na direção do marido enquanto tomava fôlego, desesperada. Ele a segurou gentil e firmemente.


    – Calma, amor. Está segura agora.


    Ela sentiu o corpo dele tremendo de raiva. Christopher lançou um olhar assassino para Eustace, que tentava mover o corpo gelatinoso para a extremidade do banco.


    – Da próxima vez que eu o vir – disse Christopher ferozmente –, não importa em que circunstâncias, vou matá-lo. Nenhuma lei, nenhuma arma, nem mesmo o próprio Deus conseguirá me impedir. Então, se tem amor à vida, nunca mais cruze o meu caminho.


     Deixando Eustace mudo e tremendo de medo, tirou Dul do veículo. Ela se agarrou a ele, ainda tentando recuperar o fôlego enquanto olhava apreensivamente ao redor. Ao que parecia, Cam fora avisado do ocorrido e estava cuidando dos tios dela. Brook estava caído enquanto Peregrine cambaleava para trás em virtude de algum tipo de golpe, seu rosto carnudo vermelho de raiva e espanto.


    Dul tropeçou assim que pisou no chão, e apoiou o rosto no ombro do marido. Christopher estava literalmente fervendo de raiva, o ar frio batendo em sua pele corada e transformando sua respiração em nuvens brancas. Ele a submeteu a uma breve mas meticulosa inspeção, passando as mãos de leve sobre ela e lhe examinando o rosto pálido. Sua voz foi surpreendentemente terna.


    – Está machucada, Dul? Olhe para mim, amor. Sim. Querida, eles a feriram?


    – Nã-não. – Ela o olhou, aturdida. – Meu tio Peregrine é muito fo-forte...


    – Eu cuidarei dele – garantiu ele e gritou para Cam: – Rohan! Fique com Dul.


    O jovem obedeceu imediatamente, aproximando-se de Dul com passos longos e ágeis. Falou com ela usando algumas palavras que pareciam estrangeiras, sua voz acalmando seu estado abalado.


     Dul hesitou antes de ir com ele, lançando um olhar preocupado para Christopher.


     – Está tudo bem – disse ele sem olhar para Dul, seu olhar gelado fixo no corpulento Peregrine. – Vá.


     – Que gentil da sua parte nos visitar,tio – disse Christopher sarcasticamente. – Veio nos felicitar?


    – Vim buscar minha sobrinha – rosnou Peregrine. – Ela foi prometida ao meu filho. Seu casamento ilícito não durará!


    – Ela é minha! – disparou Christopher. – Certamente você não é idiota a ponto de achar que eu a deixaria ir sem protestar.


    – Farei o casamento ser anulado – assegurou-lhe Peregrine.


    – Isso só seria possível se o casamento não tivesse sido consumado. E eu lhe garanto que foi.


    – Temos um médico que prometeu atestar que a virgindade dela está intacta.


    – Claro – disse Christopher com assustadora calma. – Sabe que tipo de reflexo isso teria em mim? Esforcei-me muito para cultivar minha reputação. Imagine se vou permitir que seja manchada por qualquer insinuação de impotência.


    Ele tirou o casaco e o jogou para Cam, que o pegou com uma das mãos. O olhar assassino do visconde em nenhum momento se desviou do rosto lívido de Peregrine.


     – Já lhe ocorreu que a esta altura posso tê-la engravidado?


     – Nesse caso, isso será remediado.


    Sem entender totalmente o que seu tio queria dizer, Dul se encolheu nos braços protetores de Cam. Ele os apertou enquanto olhava Peregrine com uma rara raiva.


     – Não se preocupe, querida –sussurrou Cam para Dul.


    Christopher ficou ainda mais vermelho ao ouvir as palavras de Peregrine, o que fez seus olhos parecerem vidro quebrado.


    – Que gentileza! Eu a mataria com minhas próprias mãos antes de deixá-los tê-la de volta.


    Parecendo perder qualquer vestígio de autocontrole, Peregrine se lançou para ele, rugindo:


     –Eu o matarei se preciso for,seu filho da mãe!


     Dul prendeu a respiração quando Christopher se desviou de Peregrine e o esperou voltar.


     – Burrice – ouviu Cam murmurar. –Deveria ter lhe dado uma rasteira.


     Ele se calou quando Christopher conseguiu evitar por pouco um soco de Peregrine e depois lhe deu um direto no queixo. Por mais que o soco tivesse sido forte, pareceu ter pouco efeito no tio corpulento de Dul.Horrorizada, ela viu os dois trocarem uma série de socos e golpes rápidos. Embora Christopher fosse muito mais ági, Peregrine conseguiu atingi-lo algumas vezes, fazendo-o cambalear para trás com a força do impacto.


     Os empregados começaram a sair do clube,dando gritos encorajadores para Christopher, enquanto transeuntes na rua corriam na direção do barulho. Um grande círculo se formou ao redor dos homens que brigavam e soaram gritos e vaias.


    Dul apertou levemente o braço ao redor de sua cintura.


    – Cam, faça alguma coisa – implorou.


    – Não posso.


    – Você sabe brigar. Meu pai sempre disse...


    – Não – respondeu Cam de cara fechada. – Essa briga é dele. Se eu interferir agora, parecerá que ele não é capaz de vencer seu tio sozinho.


     – Mas ele não é!


    Dul se encolheu quando Christopher cambaleou para trás depois de outro golpe brutal de Peregrine.


 


 


 




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Autor(a): Laryy

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    – Você o está subestimando – disse Cam, vendo Christopher ir novamente para a frente. – Ele... Isso! Ótimo gancho de direita. Bom jogo de pernas também. Os homens do tamanho dele não costumam se mover tão rápido. Se ele apenas... maldição, perdeu uma oportunidade...  &n ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00

    Maiiiis, continua por favor!!!

  • tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31

    continua

  • Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26

    CONTINUA!!!*-*

  • millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28

    Que bom que voltou. Não some por favor:D

  • tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14

    continua

  • Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33

    CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*

  • jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18

    Continua

  • Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03

    *-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2

  • jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25

    Posta mais

  • Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08

    *0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2


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