Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy
Nas duas semanas seguintes, Dul ficou feliz com a atividade constante no clube. Isso a ajudava a não se concentrar em sua dor. Quando disse a Christopher que queria ser útil, foi prontamente enviada para o escritório, onde cartas e livros contábeis estavam em grandes pilhas desorganizadas. Também lhe foi pedido que supervisionasse os pintores, decoradores, carpinteiros e pedreiros, uma responsabilidade que a teria apavorado muito tempo atrás. No início, lutou contra a gagueira e se sentiu nervosa por ser obrigada a falar com tantos estranhos. Contudo, quanto mais fazia isso, mais fácil se tornava. Ajudou-a o fato de todos os operários a ouvirem com uma mistura de paciência e respeito com que nunca fora tratada.
A primeira coisa que Christopher fez após o funeral de Fernando Saviñón foi ter uma reunião com o oficial de polícia a respeito do recente endurecimento das leis do jogo. Com persuasivo encanto, argumentou que o Saviñón's era um clube social, não especificamente de jogos. Portanto, não era o tipo de lugar que deveria estar sujeito a batidas policiais, porque seus membros eram, como afirmou solenemente, “homens da maior integridade”. Convencido pelo hábil raciocínio de Christopher, o oficial prometeu que não haveria batidas policiais no clube, desde que mantivesse uma aparência de respeitabilidade.
Ao saber do sucesso de Christopher com o oficial de polícia, Cam Rohan comentou com admiração:
– Essa foi uma jogada de mestre, milorde. Estou começando a acreditar que pode persuadir qualquer pessoa.
Christopher sorriu e olhou para Dul, que estava sentada perto.
– Acho que Lady St. Uckermann será uma prova disso.
Christopher e Cam tinham decidido formar uma aliança com o objetivo de reerguer o clube. Suas interações não eram exatamente amigáveis, mas também não eram hostis. Cam havia notado a capacidade de liderança outro, fundamental nos dias que se seguiram à morte de Fernando Saviñón O visconde tinha abandonado seu ar de aristocrática indolência e assumido a direção do clube com determinação e autoridade.
Como se poderia esperar, ele era o tipo de homem de que os funcionários do clube não gostavam, e no início o consideravam apenas um tolo ou inútil. Um aristocrata comodista e mimado que não sabia o que era trabalhar. Todos presumiram, como Dul, que ele logo se cansaria das responsabilidades de dirigir o clube. Contudo, ninguém ousou desafiá-lo quando ficou claro que estava disposto a despedir quem desobedecesse às suas ordens. Não havia nenhum exemplo melhor disso do que a demissão sumária de Clive Egan.
Além do mais, a paixão sincera de Christopher pelo clube não podia ser ignorada. Ele se interessava muito por tudo, da cozinha aos custos específicos da sala de jogos. Reconhecendo que tinha muito a aprender sobre o funcionamento dos jogos, dedicou-se a entender sua matemática. Uma noite, Dul entrou na sala de jogos e o encontrou com Cam à mesa central, que que lhe explicava seu sistema de probabilidades.
–Só há 36 combinações possíveis com dois dados, pois, obviamente, cada um tem seis lados. Quando você joga dois dados ao mesmo tempo, qualquer combinação resultante é chamada de “probabilidade acumulada” e as chances de obtê-la são de 1 em 35.
Cam parou, examinando Christopher com um olhar.
Christopher assentiu com a cabeça.
– Continue.
– Como todo jogador sabe, a soma de dois lados virados para cima é chamada de ponto. Um mais um é igual a dois pontos, seis mais seis é igual a doze. Mas as chances de obter qualquer número particular variam, já que só há um modo de obter dois pontos, mas seis modos de obter sete.
– Sendo sete um número natural – murmurou Christopher, a concentração o fazendo franzir as sobrancelhas. – Como o maior número de combinações resultará em um natural, as chances de obter sete com uma jogada são de...
– Dezesseis por cento – respondeu Cam, pegando o dado. Os anéis de ouro em seus dedos morenos captaram a luz quando ele jogou os dados de marfim sobre a mesa. Os dados quicaram e pararam sobre o tecido verde. Os dois lados para cima tinham o número seis. – Porém, as chances de obter doze são de apenas 2,7%. Obviamente, quanto mais você joga, mais as chances aumentam. Quando você joga os dados 166 vezes, as chances de obter doze pelo menos uma vez são de 99%. É claro que com outros pontos as chances são diferentes. Posso lhe mostrar no papel. Assim é mais fácil entender. Você terá uma grande vantagem quando aprender a calcular as probabilidades. Poucos jogadores calculam, e isso é o que diferencia os vencedores dos perdedores. Os jogos de azar são desiguais, mesmo quando jogados com honestidade, e na maioria das vezes quem leva vantagem é a banca...
Cam parou respeitosamente quando Dul foi até a mesa. Seus olhos escuros se tornaram sorridentes.
–Boa noite, milady.
Christopher fechou o cenho ao ver o clima de amizade entre eles.
–Boa noite – murmurou Dul, ocupando um lugar à mesa ao lado de Christopher. Ela sorriu ao olhar para o marido. – É bom em matemática, milorde?
– Sempre pensei que fosse- respondeu Christopher pesarosamente. – Até agora. Rohan, os outros crupiês sabem calcular probabilidades?
– O suficiente, milorde. São bem treinados. Todos sabem como tentar um jogador a fazer apostas em benefício da casa, como identificar os bons e maus jogadores...
– Treinados por quem? – perguntou Dul..
O sorriso de Cam produziu um brilho branco em seu rosto cor de mel.
– Por mim, é claro. Ninguém entende tanto de jogo quanto eu.
Sorrindo, Dul olhou para o marido.
– Tudo que lhe falta é confiança – observou laconicamente.
Contudo, Christopher não reagiu à pilhéria. Em vez disso, disse abruptamente para Cam:
– Quero uma lista, em ordem descendente, de todos os empréstimos pendentes e suas devidas datas. O livro contábil está na prateleira de cima, no escritório. Por que não começa agora?
– Sim, milorde.
Fazendo uma pequena mesura para Dul, Cam saiu.
Com o marido na penumbra da sala de jogos, Dul sentiu uma pontada de nervosismo. Nos últimos dias as interações deles tinham sido frequentes, mas impessoais. Ela se inclinou sobre a mesa, estendeu a mão para os dados e os guardou em uma pequena caixa de couro. Quando esticou as costas de novo, sentiu a mão de Christopher lhe acariciar a parte de trás do corpete e os pelos de sua nuca se arrepiarem.
– Está tarde – disse ele, seu tom mais suave do que o usado com Cam. – Você deveria ir para a cama. Deve estar exausta depois de tudo que fez hoje.
– Não fiz muito.
Ela encolheu os ombros e ele lhe acariciou as costas.
– Fez, sim. Tem trabalhado demais, querida. Precisa descansar.
Dul balançou a cabeça, achando difícil pensar com ele a tocando.
– Estou feliz pela chance de trabalhar um pouco. Isso me impede de ficar pensando em... em...
– Sim, eu sei. Foi por isso que permiti.
Seus longos dedos se curvaram ao redor da nuca de Dul. Ao sentir o calor da mão do marido, sua respiração se tornou entrecortada.
– Você precisa ir para a cama – continuou Christopher, a própria respiração não muito estável enquanto a puxava para mais perto.
Ele olhou lentamente do rosto para a curva dos seios de Dul e depois para o rosto de novo. Então deu uma risada sem graça.
– E preciso acompanhá-la. Como não posso... venha cá.
– Por quê? – perguntou Dul, enquanto ele a segurava contra a beirada da mesa e punha as pernas entre as dobras de suas saias.
– Quero torturá-la um pouco.
Dul arregalou os olhos enquanto seu coração bombeava fogo líquido em suas veias.
– Quando você... – Ela teve de pigarrear e tentar de novo. – Quando você usa a palavra “torturar”, certamente é em um sentido figurado.
Ele balançou a cabeça.
– Temo que seja em um sentido literal.
– O quê?
– Meu amor – disse Christopher gentilmente. –Espero que não tenha achado que nos próximos três meses eu seria o único a sofrer. Ponha suas mãos em mim.
– O-onde?
– Em qualquer lugar.
Christopher esperou até ela pôr as mãos nos ombros dele, sobre a fina lã do casaco, hesitando. Sustentando seu olhar, disse:
– O mesmo fogo que me queima a queimará.
– Christopher...
Ela se retesou um pouco e ele a segurou mais firme contra a mesa.
– Tenho o direito de beijá-la – lembrou-a. – Eu a beijarei quando e quanto quiser. Esse foi o nosso acordo.
Dul olhou ao redor da sala com aflição. Christopher leu facilmente seus pensamentos.
– Não ligo a mínima se alguém nos vir. Você é minha esposa. – Ele sorriu. – Com certeza minha melhor metade.
Inclinando-se, beijou os finos cachos na testa de Dul. Ela sentiu na pele a respiração quente e suave do marido.
– Meu prêmio... meu prazer e sofrimento... meu infinito desejo. Nunca conheci ninguém como você, Dul. – Ele roçou os lábios na ponte do nariz dela e os deslizou até a ponta. – Você ousa me fazer exigências que nenhuma outra mulher pensaria em fazer. Agora sou eu a pagar o preço. Mas mais tarde você pagará o meu... repetidamente...
Ele pôs a mão na parte de trás da cabeça de Dul e beijou seus lábios trêmulos.
Era um homem que adorava beijar, quase tanto quanto adorava o ato sexual. O beijo começou com um roçar de lábios fechados e secos... a pressão aumentando até Dul abrir a boca... e então ela sentiu a sutil intrusão da língua do marido. Inclinou a cabeça para trás impotente, apoiada nas mãos dele, os súbitos batimentos do coração bombeando sangue para suas veias e a fazendo se sentir fraca e quente. Ele tirou mais dela, beijando-a em todos os ângulos possíveis, profundamente.
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Autor(a): Laryy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 116
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millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00
Maiiiis, continua por favor!!!
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tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31
continua
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Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26
CONTINUA!!!*-*
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millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28
Que bom que voltou. Não some por favor:D
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tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14
continua
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Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33
CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*
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jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18
Continua
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Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03
*-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2
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jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25
Posta mais
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Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08
*0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2