Fanfic: Pecados no inverno *vondy* (adaptada) | Tema: vondy
– Lembre-se de que estamos falando de Daisy Portilla– retrucou Maite secamente. – Se existir a mínima chance de se meter em encrencas, se meterá.
Percorrendo a passagem escura, Daisy experimentou a mesma emoção que sempre sentira na infância, quando Anahí e ela brincavam de pirata na mansão na Quinta Avenida. Depois de suas lições diárias, elas corriam para o jardim, duas meninas travessas com tranças compridas e vestidos rasgados, e cavavam buracos nos canteiros de flores. Um dia, enfiaram na cabeça que iam construir uma caverna secreta. Assim,passaram todo o verão cavando um túnel na sebe que margeava a frente e os lados da mansão. Cortaram e apararam diligentemente até criarem um longo canal atrás da sebe, do qual entravam e saíam como ratos. Tinham reuniões secretas em sua “caverna de pirata”, é claro, e mantinham uma caixa de madeira com tesouros em um buraco escondido. Quando seus atos foram descobertos pelo irado jardineiro, horrorizado com a profanação de sua sebe, Daisy e Anahí ficaram de castigo durante semanas. Sorrindo nostalgicamente ao pensar em sua amada irmã mais velha, Daisy foi varrida por uma onda de solidão. Anahí e ela sempre tinham estado juntas, debatendo, rindo, se metendo em encrencas e salvando uma à outra sempre que possível.
Naturalmente, ela estava feliz por Anahi ter encontrado seu par perfeito no voluntarioso Herrera , mas isso não impedia que sentisse muita falta dela. E agora que as outras, inclusive Dul, tinham encontrado um marido, eram parte do misterioso mundo das casadas, do qual ela ainda estava excluída. Teria de encontrar um marido logo. Um cavalheiro bom e sincero que partilhasse de seu amor por livros. Um homem que usasse óculos e gostasse de cães e crianças. Daisy continuou a andar e quase caiu em um inesperado pequeno lance de escada. Um brilho fraco no degrau de baixo a fez prosseguir. Ao se aproximar da luz, viu que delineava a forma retangular de uma pequena porta.
Perguntando-se o que poderia haver do outro lado, parou e ouviu batidas estranhas e repetitivas. Uma pausa, e depois mais batidas. Foi vencida pela curiosidade e abriu a porta. A luz invadiu a passagem quando ela entrou em uma sala que continha algumas mesas, cadeiras vazias e um aparador com duas gigantescas urnas de prata. Olhando ao redor, viu a fonte das batidas. Um homem estava consertando uma moldura da parede, martelando habilmente pregos na fina tira de madeira. Assim que ele viu a porta se abrir, se levantou com agilidade, segurando o martelo como se pudesse usá-lo como arma.
Era o cigano, o rapaz com olhos de pantera faminta. Ele havia tirado seu casaco e colete... a gravata também... de modo que seu tronco só estava coberto por uma fina camisa branca frouxamente enfiada para dentro de calças justas. A visão dele provocou em Daisy a mesma reação que ela tivera no andar de cima: uma pontada no peito seguida de uma aceleração de sua frequência cardíaca. Paralisada ao se dar conta de que estava sozinha na sala com ele, Daisy o observou sem pestanejar enquanto Rohan se aproximava lentamente. Ela nunca tinha visto um ser vivo com aquela beleza morena exótica: pele cor de mel e olhos avelã emoldurados por cílios pretos espessos, com cabelos pretos caindo sobre a testa.
– O que está fazendo aqui? – perguntou Rohan sem parar até chegar tão perto que Daisy recuou instintivamente. Suas omoplatas encontraram a parede. Nenhum homem, na experiência limitada de Daisy, já se aproximara dela de um modo tão direto. Claramente, ele não sabia nada sobre modos refinados.
– Explorando – disse ela ofegante.
– Alguém lhe mostrou a passagem?
Daisy se sobressaltou quando Rohan pôs suas mãos na parede, uma de cada lado dela. Ele era um pouco mais alto do que o comum, mas não enorme, seu pescoço moreno ficando no nível dos olhos dela.
Tentando não demonstrar nervosismo, Daisy tomou fôlego e disse:
– Não, eu a encontrei sozinha. Seu sotaque é estranho.
– O seu também. É americana?
Daisy assentiu com a cabeça, perdendo a fala ao ver o brilho de um pequeno diamante no lóbulo da orelha dele. Isso lhe provocou uma estranha sensação no estômago, quase de repulsa, mas fez sua pele ficar muito quente. Para seu desgosto, ela percebeu que estava enrubescendo. Ele estava tão perto que Daisy sentiu o cheiro dele: sabonete misturado com o de cavalo e couro. Era um cheiro agradável, masculino, muito diferente do de seu pai, que sempre cheirava a colônia, graxa de sapatos e papel-moeda novo.
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Autor(a): Laryy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 116
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millamorais_ Postado em 20/06/2017 - 07:02:00
Maiiiis, continua por favor!!!
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tahhvondy Postado em 10/06/2017 - 17:07:31
continua
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Nat Postado em 06/06/2017 - 17:19:26
CONTINUA!!!*-*
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millamorais_ Postado em 05/06/2017 - 12:05:28
Que bom que voltou. Não some por favor:D
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tahhvondy Postado em 04/06/2017 - 12:14:14
continua
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Nat Postado em 04/06/2017 - 10:48:33
CONTINUA! Não some de novo, por favor!*-*
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jucinairaespozani Postado em 14/03/2017 - 23:28:18
Continua
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Nat Postado em 14/03/2017 - 22:16:03
*-*Alguma chance da Daisy e o Cam ficarem juntos?CONTINUA!S2S2S2
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jucinairaespozani Postado em 10/03/2017 - 17:29:25
Posta mais
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Nat Postado em 08/03/2017 - 20:37:08
*0*Meu Deuuusss!!!CONTINNNNNUUUUUAAAAA!!!!!S2S2S2