Fanfics Brasil - 003º Capitulo | Dulce Maria - Uma Noite E Nada Mais Reasonable Doubt - Uma Noite E Nada Mais |+18|

Fanfic: Reasonable Doubt - Uma Noite E Nada Mais |+18| | Tema: Vondy


Capítulo: 003º Capitulo | Dulce Maria - Uma Noite E Nada Mais

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Janette


 


 


 


(Bem, meu nome real é "Dulce"...)


 


 


 


— Mentiras sempre são descobertas pelas pessoas no final. Por que as pessoas não entendem isso? Esse era o conteúdoda mensagem de texto do Thoreau nesta manhã.


 


 


— Você não acha que algumas mentiras são justificáveis?, eu respondi.


 


 


— Não. Nunca.


 


Eu hesitei. — Então você nunca mentiu para mim?


 


 


— Porque eu mentiria?


 


— Porque mal nos conhecemos...


 


— Apenas porque você me mantem afastado. Ele me mandou outra mensagem antes que eu pudesse responder — Você gostaria de saber meu nome real e onde eu trabalho?


 


 


— Prefiro nosso acordo de sermos anônimos.


 


— Claro que prefere, e eu nunca menti para você. Eu confio em você por algum estranho motivo.


 


 


— Algum estranho motivo?


 


 


— Muito estranho. Vou falar com você mais tarde.


 


 


Joguei meu celular na bolsa e suspirei, sentindo aquela sensação familiar de culpa sobre mim. Eu nunca tive a intenção de continuar falando com ele, de nos tornarmos amigos fora do LawyerChat, mas eu estava nisso muito profundo e eu não queria deixá-lo ir.


 


 


Meses atrás, quando eu vi o convite para a rede exclusiva na mesa de minha mãe, eu jurei usá-la apenas quando precisasse tirar alguma dúvida das minhas aulas pré-direito. Usei seu código de acesso para fazer o login, e fiz um perfil falso e tive certeza de que todas as perguntas que fiz fossem apresentadas de uma forma que ninguém soubesse que eram para minha lição de casa.


 


 


Infelizmente para mim, o programa de Direito da Duke é diferente de qualquer outro programa do País. Consistia em mais classes que envolviam uma participação ativa, com um tutor para cada um de nós treinar como advogados, e foi determinado que cada aluno encontrasse um estágio nos quatro semestres finais. Além disso, esperavam que lêssemos e interpretássemos os casos com se já fossemos advogados.


 


 


Se eu soubesse que perguntar ao Thoreau sobre meus deveres de casa nos levaria a uma amizade real, eu teria parado de falar com ele mais cedo. Então, novamente, como eu era sua única amiga, ele era meu único amigo, também.


 


 


Ele era aberto e honesto a cada vez que nos falávamos, eu só desejava que eu pudesse igual a ele – especialmente porque ele parecia ter o habito de dizer “Odeio os mentirosos” sempre que um de seus encontros o enganava.


 


 


Droga...


 


 


Alisei o tule do meu tutu, e respirei fundo várias vezes. Poderia pensar sobre minha amizade com Thoreau depois, agora eu precisava me concentrar.


 


 


Hoje é o dia do teste para a produção de O Lago dos Cisnes e eu estou uma pilha de nervos. Mal tinha dormido na noite anterior e nem comido, e cheguei ao teatro com cinco horas de antecedência.


 


 


— Por favor, desocupem o palco, senhoras e senhores!


 


 


O diretor gritou de baixo. — As audições oficiais começarão em 30 minutos! Por favor, desocupem o palco e saiam pelas alas!


 


 


Antes de ir para os bastidores, olhei para a plateia. A maioria dos rostos era familiar – meus colegas de classe, professores, alguns diretores da companhia de balé que eu tinha trabalhado no verão passado, mas os rostos que eu precisava ver não estavam lá.


 


 


Eles nunca estavam.


 


 


Magoada, encontrei um canto no camarim e liguei para minha mãe.


 


 


— Alô?, ela respondeu no primeiro toque.


 


 


— Por que você não está aqui?


 


 


— Por que eu não estou onde, Dulce? Do que você esta falando agora? Ela soltou um suspiro sem paciência.


 


 


— Minha audição aberta para O Lago dos Cisnes. Você prometeu que você e papai estariam aqui.


 


 


— É Dulce, querido! Ela gritou para meu pai em segundo plano. — Seu recital foi hoje?


 


 


— Não estive em recital desde que tinha treze anos. Cerrei os dentes. — Este é um teste, a primeira audição da minha vida e vocês deveriam estar aqui.


 


 


— Acho que minha secretária esqueceu-se de me dizer sobre isso essa manhã, disse ela. — Você já conseguiu algum estágio para sua faculdade?


 


 


— Eu tenho duas faculdades.


 


 


— Pré-Direito, Dulce.


 


 


— Não. Eu suspirei.


 


 


— Bem, por que não? Você esta esperando algum destes cair do céu no seu colo? É isso?


 


 


— Eu tive uma entrevista ontem no Blaine and Associates. Eu disse, sentindo meu coração ficar mais pesado, — e eu tenho outra na próxima semana em Greenwood, Bach, and Uckermann. Eu também estou prestes a fazer um teste para o papel da minha vida se você puder fingir que se importa por no mínimo 5 segundos.


 


 


— Desculpe-me, mocinha?


 


 


— Você não está aqui. Havia lágrima em meus olhos. — Você não está aqui... você tem ideia do quão grande essa produção vai ser?


 


 


— Você está sendo paga? É o New York Ballet Company que esta produzindo?


 


 


— Isso não vem ao caso. Eu já lhe disse repetidas vezes o quão importante este teste é para mim. Eu liguei e te lembrei ontem a noite, e seria muito bom se os meus pais aparecessem  e acreditassem em mim de vez em quando


 


.


— Dulce... ela suspirou. — Eu acredito em você. Sempre acreditei, mas estou no meio de uma audiência enorme agora e você sabe disso porque está em todos os jornais. Você também sabe que se tornar uma bailarina profissional não é uma escolha de profissão estável, e por mais que eu adoraria deixar minha maior cliente para ver você na ponta dos pés no palco –


 


 


— Se chama en pointe.


 


 


— É a mesma coisa, ela disse. — Independentemente disso, é apenas um teste. Tenho certeza de que seu pai e eu não seremos os únicos pais a não ir hoje. Depois de se formar na faculdade e entrar na faculdade de direito, você vai ver o balé como realmente é – um hobby, e você será grata por nós a empurrarmos para duas graduações.


 


 


— Balé é o meu sonho, mãe.


 


 


— É uma fase, e você está muito além da idade para se tornar uma profissional da última vez que verifiquei. Lembra-se de como você de repente desistiu aos dezesseis anos? Você vai desistir de novo e vai ser melhor. Na verdade –


 


 


Eu desliguei.


 


 


Não queria ouvir mais um dos seus discursos para matar meus sonhos, e o que mais me irritou foi o fato de ela achar que é uma “fase” sendo que eu danço desde que tinha 6 anos de idade quando ela e meu pai derramaram incontáveis dólares em aulas particulares, fantasias e competições.


 


 


A única razão pela qual eu “desisti” aos dezesseis anos foi porque quebrei o pé, e não podia fazer um teste para qualquer escola de dança. E a única razão pela qual eu comecei a mostrar um fraco interesse em leis era porque eu não podia fazer muita coisa além das minhas sessões de reabilitação, exceto ler.


 


 


Meu coração sempre pertenceu as sapatilhas de ponta, e esse fato nunca iria mudar.


 


 


— Dulce María Saviñon? Um homem de repente chamou meu nome na porta do teatro. “É você?


 


 


— Sim.


 


 


— Você é a próxima a subir no palco. Tem cerca de cinco minutos...


 


 


— Já estarei lá... Guardei minha bolsa no armário e antes que eu pudesse fechá-lo, meu celular tocou.


 


 


Sabendo que era minha mãe ligando para oferecer um pedido meia–boca de desculpas, eu atendi e dei o meu melhor para não gritar. — Por favor, me poupe das suas desculpas, elas não significam nada para mim.


 


 


— Eu estava ligando para desejar boa sorte. Disse uma voz profunda.


 


 


— Dois minutos! Um ajudante de palco olhou para mim e fez sinal para eu ir para o palco.


 


— Thoreau? Eu virei de costas para o ajudante. — Para que você esta me desejando boa sorte?


 


 


— Você mencionou algum tipo de audição há algumas semanas. É hoje, não?


 


 


— Sim, obrigada...


 


 


— Você não parece muito animada sobre seu sonho agora.


 


 


— Como posso estar quando meus pais não acreditam nisso?


 


 


— Você tem vinte e sete anos de idade. Ele zombou. — Foda-se seus pais.


 


 


Eu ri, culpada. — Eu queria que fosse assim tão simples...


 


 


— E realmente é. Você faz seu próprio dinheiro, e apesar do fato de que você realmente não saiba nada sobre leis, você me parece uma advogada decente. Foda-se eles.


 


 


— Eu vou manter isso em mente, eu disse tentando me afastar deste assunto. — Estou chocada que você se lembrou que minha audição era hoje.


 


 


— Eu não. E ele desligou, e eu sabia que ele estava sorrindo quando o fez.


 


 


— Quinze segundos, Srta.Saviñon! O ajudante de palco agarrou meu braço e praticamente me puxou para o palco.


 


 


Sorri para os juízes e fiquei na quinta posição – braços sobre minha cabeça, e esperei a primeira nota da composição de Tchaikovsky começar.


 


 


Houve um farfalhar de papeis, alguém da plateia tossiu e então, a música começou.


 


 


Era para eu demonstrar um arabesco, uma pirueta, e em seguida, executar a rotina que eu tanto ensaiei em sala de aula durante o ultimo mês e meio. Eu não senti vontade disso, no entanto, e já que esta era uma das minhas últimas oportunidades de causar uma impressão, eu decidi dançar como eu queria.


 


Fechei os olhos e completei pirueta após pirueta, fouette após fouette. Eu nem estava em sintonia com a música, e eu poderia dizer que o pianista estava confuso e tentando me acompanhar.


 


 


Demonstrei cada salto que sabia, perfeitamente aterrissando em cada um deles e quando o pianista desistiu e atingiu a última nota, eu voltei para quinta posição – sorrindo.


 


 


Não houve aplausos, vibração, não houve nada. Tentei ler os rostos dos juízes para saber se eles estavam um pouco impressionados, mas eles estavam impassíveis.


 


 


— Isso é tudo, Srta.Saviñon, disse um deles. — Srta.


Leighton Reynolds pode subir ao palco, por favor? Murmurei um “Obrigada” antes de pisar fora e correr para fora do teatro. Eu não me incomodei de assistir o resto das audições.


 


 


Pelo restante da tarde eu andei em torno do Campus e tentei não chorar. Quando eu tive certeza de que as lagrimas cairiam, enviei e-mails ao Thoreau; era a única coisa que eu poderia fazer para me sentir melhor.


 


 


 


 


 


Assunto: Pensando...


 


 


“Um jantar. Uma noite. Sem repetições.” Você escolhe um restaurante barato ou caro? Você paga o jantar e o quarto de hotel? Ou você faz a mulher dividir a conta com você?


 


 


– Janette


 


 


 


 


Assunto: Re: Pensando...


 


 


Jantar caro. Hotel Cinco estrelas e suíte. Eu pago por tudo.


Você quer que eu faça algumas reservas para nós para que eu possa lhe mostrar?


 


 


 


–Thoreau


 


 


 


Assunto: Re: Re: Pensamento...


 


 


 


 


Claro que não. E "algumas" reservas? O que aconteceu com apenas um?


 


 


 


–Janette


 


 


 


 


Assunto: Re: Re: Re: Pensamento...


 


 


 


Eu disse que iria fazer uma exceção no seu caso.


Eu investi em uma caixa de sacos de papel de hoje.


 


 


 


–Thoreau


 


 


 


 


Eu ri e olhei para o relógio. Era cinco horas, e eu tinha certeza de que os resultados da audição haviam saído há algumas horas, mas eu estava com muito medo de olhar. Tudo que eu queria era uma chance de ser membro do corpo do Cisne, ou até mesmo uma substituta para a principal.


 


 


Por que eu estraguei a coreografia? O que diabos eu estava pensando?


 


 


Depois de me deixar louca com as perguntas, me forcei a fazer uma caminhada de volta para o teatro de dança e olhar a postagem do elenco final. Quando cheguei, havia uma enorme multidão na frente do mural e eu podia ouvir o habitual “Eu estou dentro! Eu estou dentro!” e “Como eles puderam não me escolher?”


 


 


Apertei-me entre todos e olhei para a folha, procurando meu nome na folha de elenco menor, mas meu nome não estava lá.


 


 


Foi na folha do elenco principal, e ao lado do papel de Odette/Odile, o cisne branco e preto, que estava o meu nome completo e em negrito.


 


 


Comecei a chorar, pulando para cima e para baixo em descrença. Queria ligar para minha mãe e dizer-lhe a boa notícia, mas meu coração de repente afundou com o pensamento.


 


 


Eu sabia que, neste exato momento, ela provavelmente estava dizendo a meu pai que eu desliguei na cara dela, e que ele precisava ter certeza de que eu sabia quem controlava as cordas por trás deles pagando minha faculdade: "Se você desistir do pré-Direito, vamos parar de enviar os cheques... Pré-Direito paga por suas aulas, balé não."


 


 


Levantei meus pés doloridos de um balde de gelo e os sequei com uma toalha. Eu não tinha certeza de como eu ia conciliar um papel principal, classes e um estágio em potencial, mas eu não tive escolha.


 


 


 


 


 


Suspirando, olhei para o calendário na minha mesa onde eu tinha rabiscado “dia da preparação para entrevista” no dia de hoje.


 


 


 


 


 


Minha iminente entrevista com Greenwood, Bach, and Uckermann – uma das empresas de maior prestígio no estado, era mais que uma entrevista. Era um processo, e cada estudante em busca do estágio sabia que conseguir um estágio numa empresa como essa podia fazer maravilhas para seu currículo.


 


 


 


 


 


A empresa era tão seletiva que eles conduziram quatro rodadas de entrevistas por telefone, três testes on-line e exigiram a cada requerente a realização de várias redações antes da entrevista final com os sócios.


 


 


 


 


 


Sai-me bem na entrevista pelo telefone e nos testes, mas a redação – sobre um caso de cem páginas era algo que eu não esperava. Até pensei que eles haviam me enviado o pacote errado, então liguei para dizer “Acredito que meu pacote veio trocado para um estágio nível Faculdade de Direito.” A secretária simplesmente riu de mim.


 


 


 


 


 


Ela disse que a empresa esperava de todos seus estagiários – nível pré-direito e graduação, para preencher o mesmo pacote com o melhor de suas habilidades.


 


 


 


 


 


— Não se preocupe, ela disse.  — Nós não estamos esperando a perfeição de você. Nós apenas queremos ver como sua mente funciona.


 


 


 


 


 


Peguei o arquivo do caso que estava me dando o maior trabalho e coloquei no meu colo. Depois fui para o site da empresa GBH e me familiarizei com três parceiros que estariam me entrevistando.


 


 


 


 


 


Greenwood, o fundador da empresa, era um homem grisalho com óculos emoldurado. Elogiado por Harvard por ser tão exigente e meticuloso, e vangloriou-se que, em seus trinta anos de prática da lei, ele tinha atingido uma das maiores taxas de vitória do País.


 


 


 


 


 


Bach, sócio da empresa por mais de dez anos, era um homem careca em seus quarenta e poucos anos, embora parecesse mais velho. Trilhou seu caminho até a empresa, e desde que ele era “um indivíduo trabalhador com paixão inigualável", Greenwood não teve escolha a não ser fazê-lo seu primeiro parceiro. Ele tinha uma das segundas mais altas taxas de vitória no país.


 


 


 


 


 


O último era Uckermann– Christopher Von Uckermann, e ele era... Era sexy pra caralho*. Tentei me concentrar em sua biografia e ignorar a foto dele, mas eu não consegui. Seus profundos e penetrantes olhos cor de avelã estavam olhando diretamente para mim, e seu cabelo castanho escuro curto estava implorando por minhas mãos.


 


 


 


 


 


Ele tinha o rosto de um Deus grego – uniformemente bronzeado, perfeitamente simétrico, forte e queixo esculpido, e os seus lábios cheios estavam curvados com um leve sorriso.


 


 


 


 


 


Mesmo que a imagem só mostrasse a parte de cima de seu corpo, eu imaginei que pela forma que ele preenchia seu terno azul marinho havia músculos rígidos e definidos debaixo dele.


 


 


 


 


 


Estava ficando molhada só de olhar para ele.


 


 


 


 


 


Foco, Dulce ... Foco...


 


 


 


 


 


Estranhamente sua biografia era a mais curta de todos eles. Ela não listava sua educação, ou o seu passado, ou o ano em que se tornou sócio. Era apenas um monte de palavras de tapa-buraco sobre como “a empresa se sente honrada em ter um advogado tão estimado na sua equipe”. Ah... e ele gostava de comer chocolate.


 


 


 


 


 


Que informativo...


 


 


 


 


 


Eu copiei e colei todas as biografias em um documento de texto e então eu liguei para Thoreau.


 


 


 


 


 


“Boa Noite, Janette,” ele respondeu me fazendo derreter com sua voz, como de costume. Eu juro que ele poderia me convencer a fazer qualquer coisa – quase qualquer coisa.


 


 


 


 


 


— Hey, hm...


 


 


 


 


 


— Sim?


 


 


 


 


 


Deus... eu amava a porra* da voz dele... Ele não disse muita coisa e eu já estava excitada.


 


 


 


 


 


— Você ligou para que eu pudesse ouvi-la respirar?


 


 


 


 


 


Ele estava sorrindo.


 


 


 


 


 


— Eu liguei, na verdade. Revirei os olhos. — Você está gostando dos meus sons?


 


 


 


 


 


— Eu os curtiria muito melhor se você estivesse debaixo de mim.


 


 


 


 


 


Corei. — hmmm...


 


 


 


 


 


— O caso, Janette. Ele riu. — Fale-me sobre seu caso mais recente.


 


 


 


 


 


— Certo, hm... Limpei minha garganta. — Para encurtar a história: Meu cliente carregava uma arma em um banco federal, e se esqueceu de ativar o bloqueio de segurança. Alguém esbarrou nele e suas mãos, instintivamente, foram para seu bolso e a arma disparou – atirando-lhe na perna.


 


 


 


 


 


— Desde quando você advoga em direito penal? Pensei que sua especialidade fosse direito empresarial.


 


 


 


 


 


Merda... — É, é. Vou pegar este caso para um amigo, de graça.


 


 


 


 


 


— Hmmm... Bem, seu amigo está encarando de dois a cinco anos em uma prisão federal se ele não tiver antecedentes. Qual parte que você precisa de ajuda, exatamente?


 


 


 


 


 


— A parte suplicante. Ele não fez mal a ninguém, mas a si mesmo.


 


 


 


 


 


— Ele tinha porte de arma?


 


 


 


 


 


— Não... olhei minhas notas.


 


 


 


 


 


— Então, eu tenho certeza que a promotoria vai convencer o júri que ele carregava a arma no banco com intenção de prejudicar alguém que não ele mesmo. Aceite qualquer acordo que eles propuserem.


 


 


 


 


 


— Bem, eu..., olhei para o que a folha de atribuição dizia. — E se eu já rejeitei este acordo?


 


 


 


 


 


Ele suspirou. — Chame a acusação e tente recuperar isto. Se eles disserem não, pleiteie não contestar.


 


 


 


 


 


— Não contestar? Você esta louco?


 


 


 


 


 


— Você está? Que tipo de advogado empresarial concorda em pegar um processo criminal já decidido? Um advogado bastante inexperiente nisso...


 


 


 


 


 


— Para sua informação, é uma designação– eu tossi.


 


 


 


 


 


— Não importa. Dizer-me para não contestar, é o mesmo que me dizer para fazer uma confissão de culpa.


 


 


 


 


 


— Se fosse esse o caso, eu teria dito para se declarar culpado. Ele parecia irritado. — Não contestar é a melhor opçãopara seu cliente, e qualquer advogado de verdade saberia disso.Tem certeza de que você passou no exame da ordem?


 


 


 


 


 


— Eu não teria sido convidada a participar do LawyerChat se eu não tivesse, teria? Senti meu coração doer com essa mentira. — Eu só estou tentando evitar que meu cliente seja condenado a prisão.


 


 


 


 


 


— Então, você realmente deve ficar com o direito empresarial. Havia um sorriso em sua voz. — Seu cliente vai para a prisão e não há nada que você possa fazer sobre isso. A única coisa negociável sobre o seu caso é quanto tempo que ele vai passar lá. Qualquer outra coisa que eu possa ajuda-la? Preciso te dar uma lição sobre a diferença entre culpado e inocente?


 


 


 


 


 


Revirei meus olhos e deixei o arquivo. — Obrigada por sua ajuda condescendente, como sempre.


 


 


 


 


 


— O prazer é meu, disse ele. — Preciso te perguntar uma coisa importante.


 


 


 


 


 


— Sobre o meu caso?


 


 


 


 


 


— Não. Ele soltou uma risada baixa. — Como você se parece?


 


 


 


 


 


— O quê? Eu mal podia ouvir minha voz. — O que você disse?


 


 


 


 


 


— Você me ouviu. Já que eu talvez nunca terei a chance de vê-la, gostaria de saber. Como você se parece?


 


 


 


 


 


Levantei-me e fui até o espelho, deixando que meus olhos percorressem meu reflexo. — Eu não sei como deveria responder a isso... Eu precisava mudar de assunto, rápido. De tudo o que ele me contou sobre seus encontros ao longo dos últimos meses, ele definitivamente tinha um tipo que gostava, um tipo que o intrigava como nenhum outro: loira, ligeiramente curvilínea e lábios carnudos.


 


 


 


 


 


Eu.


 


 


 


 


 


Tentei imaginar como ele era muitas vezes. Cabelos escuros, talvez? Loiro sujo? Uma boca feita para beijar e profundos olhos verdes? Abdômen definido que direcionava a um V lambível?


 


 


 


 


 


Ele mencionou que malha todos os dias.


 


 


 


 


 


Eu estava mais do que certa de que ele era atraente – ele tinha que ser, se tantas mulheres se interessam por ele nos sites de namoro, mas cada vez que minha mente criava uma imagem eu me convencia de que estava errada.


 


 


 


 


 


— Você sabe o quê? Eu disse, afastando meus pensamentos. — Eu nunca fui boa em descrever as coisas. Como você se parece?


 


 


 


 


 


— Eu pareço um homem que quer transar com você.


 


 


 


 


 


Um frio percorreu minha espinha de cima abaixo.


 


 


 


 


 


— Isso não é uma descrição...


 


 


 


 


 


— Que cor é seu cabelo? Ele não soava entretido, e eu sabia que ele não ia me deixar conduzir a conversa essa noite.


 


 


 


 


 


— Vermelhos. Puxei a faixa do meu coque e deixei meus fios loiros caírem sobre meus ombros.


 


 


 


— Qual tamanho?


 


 


 


 


 


— Curto...


 


 


 


 


 


— Hmmm... e seus olhos?


 


 


 


 


 


Olhei para minhas íris castanhos claros. — Verde.


 


Verde claro.


 


 


 


 


 


— Você tem sardas?


 


 


 


 


 


— Não. Pelo menos essa parte era verdade.


 


 


 


 


 


— E seus lábios?


 


 


 


 


 


— Você quer saber se são finos ou grossos?


 


 


 


 


 


— Eu quero saber como eles ficam em volta do meu pau*.


 


 


 


 


 


Engoli em seco.


 


 


 


 


 


— Você está tímida essa noite? Cubos de gelo tilintavam contra um copo ao fundo. — Quanto do meu pau* você acha que toma em sua boca?


 


 


 


 


 


Fiquei em silêncio, e minha respiração começou a desacelerar.


 


 


 


— Janette? Sua voz era suave. — Você vai me responder?


 


 


 


 


 


— É difícil fazer uma previsão sobre algo que você nunca fez. Eu o ouvi inalar uma respiração profunda, e a linha ficou completamente em silêncio.


 


 


 


 


 


Eu pensei que ele ia me perguntar como eu consegui fazer sexo com namorados no passado sem nunca fazer um boquete, mas ele não o fez.


 


 


 


 


 


— Hmmm. Você é uma ruiva natural?


 


 


 


 


 


— O que é que isso importa? Fui até minha cama. — Eu claramente não sou seu tipo.


 


 


 


 


 


— Eu tenho uma preferência, não um tipo, e uma ruiva linguaruda e que nunca teve o pau* de outro homem em sua boca é mais do que digna de uma exceção.


 


 


 


 


 


Levei meu polegar por baixo da minha calcinha e a tirei antes de deslizar sob os lençóis. — Pena eu não ser totalmente virgem, né?


 


 


 


 


 


— Eu não transo com virgens. Ele fez uma pausa. — Mas, considerando o fato de que você e eu nunca fodemos, você poderia muito bem ser uma.


 


 


 


 


 


Uma umidade escorregou pelas minhas coxas, e eu senti meus mamilos endurecendo. — Eu duvido –


 


 


 


 


 


— Estou cansado de só ser capaz de falar com você no telefone, Janette...


 


 


 


 


 


Silêncio.


 


 


 


 


 


— Eu preciso te ver... Sua voz estava tensa. — Eu preciso te foder*...


 


 


 


 


 


— Thoreau...


 


 


 


 


 


— Não, me escute. Seu tom era um aviso. — Eu preciso entrar profundamente dentro de você, sentindo sua boceta* pulsar em volta do meu pau* e você gritando meu nome – meu nome verdadeiro.


 


 


 


 


 


Uma mão se arrastou para baixo após o meu estômago e entre as minhas coxas, e os meus dedos começaram a dedilhar meu clitóris. Lento no início, em seguida, mais rápido, mais rápido, com todos os sons de suas respirações pesadas no meu ouvido.


 


 


 


 


 


— Eu tenho sido muito paciente com você... Sua voz sumiu. — Você não acha?


 


 


 


 


 


— Não...


 


 


 


 


 


— Eu tenho, disse ele. — Estou cansado de imaginar o quanto molhada sua boceta* pode ficar e o quão alto você vai gritar quando eu chupar seus peitos enquanto você cavalga em mim...


 


Quão forte vou puxar seu cabelo quando eu te deitar sobre minha


 


mesa e te foder* até que você fique sem folego... Exausta.


 


 


 


 


 


Fechei os olhos, deixando a outra mão apertar meu peito, deixando meu polegar beliscar meu mamilo.


 


 


 


 


 


— Eu vou te dar duas semanas para você encontrar seus fodidos sentidos...


 


 


 


 


 


— O quê?


 


 


 


 


 


— Duas semanas, ele sussurrou. — Será quando eu e você vamos nos ver, cara a cara, e eu vou reivindicar cada centímetro de você.


 


 


 


 


 


— Eu não posso... Eu não posso concordar com...isso.


 


 


 


 


 


— Você vai. Sua respiração estava agora em sincronia com a minha. — E no segundo que você o fizer, você vai me convidar novamente e eu vou te lembrar de tudo com o que você me provocou ao longo dos últimos seis meses.


 


 


 


 


 


Eu estava sem palavras. Meu clitóris estava inchado com cada esfregar do meu dedo, e minha respiração estava ficando cada vez mais curta.


 


 


 


 


 


— Vou ser gentil no começo, ele sussurrou, — especialmente quando eu deslizar meu pau* em sua boca e puxar seu cabelo, mostrando exatamente como eu gosto de ser chupado.


 


 


 


 


 


— Pare... Eu estava ofegante. — Por favor... Pare...


 


 


 


 


 


— Confie em mim, eu não vou parar.


 


 


 


 


 


— Thoreau... Minhas pernas tremiam.


 


 


 


 


 


— Eu não posso apenas falar com você. Eu preciso sentir você, eu preciso te provar. Diga sim para duas semanas...


 


 


 


 


 


Mordi o lábio, sabendo que se ele dissesse isso de novo, se ele me pedisse mais uma vez, eu diria que sim.


 


 


 


 


 


— Janette... Ele estava implorando.


 


 


 


 


 


Eu estava a segundos de gozar, a segundos de gritar "Sim! Sim! Sim!"


 


 


 


 


 


— Prometa-me que vai me deixar te foder em duas semanas...


 


Como se a minha boca estivesse sob seu comando, ela libertou meu lábio inferior e se preparou para dizer que sim, mas eu desliguei.


 


 


 


 


 


Mantendo os olhos fechados, eu deitei na cama e deixei as ondas de um longo orgasmo rolarem através de mim enquanto eu gritava os três sim que ele não podia ouvir. Quando finalmente parei de tremer, eu rolei e agarrei um travesseiro, puxando-o para o meu peito.


 


 


 


Antes que eu pudesse me forçar a dormir, ouvi meu telefone tocar em baixo de mim.


 


 


 


 


 


Era uma mensagem de Thoreau. — Vou levar isso como um sim. Catorze dias.


 


 


 


 


 


 


 


 




 


 


 


☺GatinhaAnônima☺


 


 


 


 



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Autor(a): ☻ GatinhaAnônima ☻

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 15



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  • josianerauber_ Postado em 06/10/2017 - 01:56:44

    Continua, preciso de mais, necessito!

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 06/04/2017 - 19:27:47

    Continua!!

  • candydm Postado em 13/02/2017 - 00:04:55

    Preciso de posts aquiiiii :/

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 13/01/2017 - 03:30:56

    Mds eu tava a dois dias procurando essa fanfic achando q ñ tinha favoritado foi um alívio acha ela agora a pouco. Estou amando cada capítulo, morrendo de curiosidade pra sabe pq o Christopher ñ se envolve com mulheres em um relacionamento. Dulce tem 27 anos mesmo? Ela ta loira ou ruiva? Louca peloeencontro deles. Espero q o Christopher ñ fique brabo com a Dulce sobre as mentirinhas q ela disse. Continua

  • josianerauber_ Postado em 11/01/2017 - 01:14:43

    Mds, to amando isso, to ansiosa para o encontro dos dois, imagina a cara dele quando ver ela, isso vai dar merda kkkk, continua pf, to morrendo aqui já

  • ☻ GatinhaAnônima ☻ Postado em 10/01/2017 - 23:05:04

    Candydm: Não sabe como fico feliz em saber disso kkk <3 <3 <3 O encontro dos dois esta se aproximando kkk CONTINUANDOO amoree <3 <3

  • candydm Postado em 07/01/2017 - 01:13:42

    Essa historia ja me prendeu de uma forma inesplicavel. Continua por favor, espero que esse encontro épico não demore

  • br_uckermann Postado em 06/01/2017 - 00:31:59

    Leitora nova ,continua logo a janette é a dulce??

    • ☻ GatinhaAnônima ☻ Postado em 06/01/2017 - 22:05:33

      Seja muito bem vinda amore, Sim Dulce é nossa Janette kkkkkkk, Continuandoooo

  • SweetPink ♡ Postado em 05/01/2017 - 23:04:11

    QUERO MAISSSS! kkkkkk tipo que pra ontem, quero ver como a 'Janette' (nos engana q a gente gosta dulce) e o Christopher vão se conhecer, continuaaaaa

    • ☻ GatinhaAnônima ☻ Postado em 06/01/2017 - 22:04:14

      Eu Quero tipo que pra hoje, amanha e depois, depois kkkkk , o encontro vondy é epico, quando eu li fiquei com mais vontade de ler o livro kkkk Continuandoooo &#9829;&#9829;&#9829;&#9829;

  • candydm Postado em 05/01/2017 - 03:13:24

    Já amei o prólogo e estou ansiosa para a continuação. Posta maisss!

    • ☻ GatinhaAnônima ☻ Postado em 05/01/2017 - 22:34:59

      Que bom que gostou do prólogo espero que continue gostando kkkkk. Postado mais um capitulo


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