Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

- Todos os tesouros da mamãe estão aqui... – Jack falou, pensativo – Lembra deste? – ele se virou para Christopher apontando uma poncheira de cristal – A gente pensava que servia para dar banho em passarinho!

Christopher se mostrou tenso, mas o irmão nem notou e continuou a falar: - Lembro do Natal em que ela ganhou isso, de uma marquesa russa ou algo assim... lembra dela, Christopher? Era uma mulher muito bonita...

Dulce não pôde evitar, e logo se perguntou se a tal russa seria a misteriosa Natasha... Olhou ansiosa para o marido, buscando alguma reação da parte dele que pudesse lhe dar uma pista. Christopher permaneceu calado, sem responder ao irmão, como se não tivesse escutado a pergunta ou como se não estivesse muito interessado no assunto. Logo desviou o olhar para uma estatueta de uma pastora em porcelana que estava em cima de uma pequena mesa redonda a um canto.

- Eu sempre detestei essa – falou, indicando a pastora com a cabeça.

- Mas vale uma fortuna! – Jack pegou a elegante figura nas mãos – Lembro até hoje que levei uma bronca depois que coloquei meus soldados de brinquedo em volta dela numa grande cena de batalha debaixo do piano. Ela era Helena de Tróia e os soldados tinham que capturá-la. Olhem, ainda dá pra ver as cicatrizes da batalha... – e apontou alguns pedaços lascados da peça.

- Sua mãe deve ter ficado furiosa – comentou Dulce, tentando conter uma risada ao imaginar a cena.

- Ela só riu – disse Jack – Ela me achava muito criativo. Foi papai quem me deu a bronca.

- Papai nunca encostou um dedo em você, Jack. Ele tinha muito orgulho do filho caçula – disse Christopher.

- Mas mesmo assim ele me repreendia. Dizia que eu precisava aprender a respeitar as coisas da mamãe.

- Que estranho – comentou Christopher – Mamãe não costumava se importar tanto assim com essas obras. O fato vem comprovar que nosso pai jamais a compreendeu.

- Você deve estar aborrecida, não é mesmo? – Jack se dirigiu à cunhada.

Ela negou com um gesto de cabeça. Na verdade, gostaria que conversassem mais sobre as recepções da mãe deles. Talvez assim conseguisse mais informações sobre a tal marquesa russa...

Dulce logo percebeu que a necessidade crescente em saber quem era aquela mulher, acompanhada da angústia, eram sinais inegáveis de uma emoção indesejada. Apesar de todas as evidências, Dulce se recusava a admitir, mesmo para si mesma, que se tratava de ciúme. Sim, ciúme de imaginar o marido com outra mulher. E ele havia chamado o nome dela durante o delírio...

- Dulce?

...continua...